A NECESSIDADE DA PREGAÇÃO E DO ENSINO BÍBLICO

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Introdução
A Bíblia é a Palavra de Deus. É o registro daquilo que Deus revelou de si mesmo aos homens.
“A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho.” Salmo 119.105 - NVI
“130 A explicação das tuas palavras ilumina e dá discernimento aos inexperientes.” Salmo 119.130 - NVI
“16 Quando as tuas palavras foram encontradas, eu as comi; elas são a minha alegria e o meu júbilo, pois pertenço a ti, Senhor Deus dos Exércitos.”Jeremias 15.16 - NVI
“... As palavras que eu lhes disse são espírito e vida.” João 6.63 - NVI
“...todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”.Lucas 10.42
“Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação,” 1Pedro 2.2 (NVI)
Espero que você tenha percebido a importância da Bíblia, a Palavra de Deus para a sua vida, dos seus filhos e para as pessoas que você ama.
Na Bíblia, no Antigo Testamento, temos os profetas pregando e no Novo Testamento, podemos mencionar João Batista, Jesus, Pedro, Estevão, Paulo e Apolo.
Podemos citar alguns exemplos de pessoas que demonstraram ter o dom do ensino nas Escrituras, como: Filipe (At 8.31), Áquila e Priscila (At 18. 26), Paulo (At 19. 8-10, 20. 20), (Cl 1. 28), (1Tm 2.7), Timóteo (1 Tm 4. 11, 13, 6. 2), Tito (Tt 2. 2- 4).
Antes de voltar para a eternidade com o Pai, Jesus ordenou que pregassem e ensina a mensagem que ele veio trazer.
“E disse-lhes: “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas.” Marcos 16.15
“19 Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,20 ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. Mateus 28.19-20
Vamos focar no ministério de Jesus, que quando esteve aqui no mundo, pode ser visto em três atividades que realizava: pregação, ensino e curas.
Vamos ler o que Mateus registrou em 9.35-38. Está escrito assim:
Mateus 9.35–38 (NVI)
Jesus ia passando por todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças. Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor. Então disse aos seus discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para a sua colheita”.
Jesus visitava as cidades e povoado (alguns estudiosos dizem que só na Galileia havia mais de 200 pequenas cidades). Quando Ele chegava em uma delas, pregava, ensinava e atendia algumas das necessidades básicas das pessoas, e a maior delas, naqueles dias, era na área da saúde, então, ele trazia cura para elas.
Mas, vejam, ele investiu a maior parte do tempo ensinando e pregando. Na realidade a maior parte do seu ministério foi ensinando os seus discípulos mais próximos, os apóstolos.
Quero mostrar a diferença entre ensinar e pregar e sua importância para a vida do cristão.
Pregação: convite e exortação
Ensino: explicação e explanação
Mateus, Volumes 1 e 2 (4.23–25 Ensino, Pregação e Curas de Cristo)
Há diferença entre pregação e ensino, embora seja verdade que boa pregação é também ensino. Não obstante, a ênfase não é a mesma. O termo usado no original – pregar – significa noticiar, anunciar, proclamar (ver CNT sobre 1 e 2 Timóteo e Tito 3.2). Por outro lado, ensinar indica a tarefa de comunicar uma informação mais detalhada a respeito de um anúncio feito. Jesus fez pleno uso de sua oportunidade de pregar e ensinar nas sinagogas (13.53–58; Mc 6.1–6; Lc 4.16–31).
Em síntese, podemos definir a pregação como a proclamação, convite e exortação da verdade bíblica e teológica. O ensino, em contraste, é a explicação desta verdade bíblica.

PREGAR

“Jesus ia passando por todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando as boas novas do Reino” (Mateus 4.35)
O pregador é aquele que anuncia uma mensagem de Deus.
A palavra usada para pregação (kerusso e que deriva kerigma, mensagem), significa proclamar publicamente, como um arauto ou mensageiro de um rei anunciava suas proclamações.
Pregação é um alerta e chamamento para algo, ou uma exortação e/ou convite
O arauto anunciava um alerta , em nome do rei, do perigo que estava vindo e, também, fazia uma convocação para a guerra ou para se proteger.
Mas, também, convocava o povo para a adoração a Deus
“Então decidiram fazer uma proclamação em todo o Israel, desde Berseba até Dã, convocando o povo a Jerusalém para celebrar a Páscoa do Senhor, o Deus de Israel. Pois muitos não a celebravam segundo o que estava escrito.” 2 Crônicas 30.5
Jesus pregava.
“Daí em diante Jesus começou a pregar: “Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo”. Mateus 4.17 (NVI)
Ele alertava ao povo sobre a necessidade de arrependimento e a chegada do Reino dos Céus.
Aqui no púlpito, nossa missão é proclamar a vontade de Deus, e alertar sobre os perigos e, também, o caminho que vocês devem seguir. É alertar sobre o perigo do pecado, da necessidade da busca pela santidade, de servir ao Senhor da seara com seus dons espirituais.
Aqui no púlpito, nos pregamos, convocando para vocês para adorar a Deus, para se apresentarem para servi-lo.
O sermão, às vezes, como exortação, se torna duro e muitos criticam o pregador por isto.
ILUST.: Um pregador visitante normalmente traz as pregações mais leves, o pastor, que tem cuida das ovelhas, precisas, muitas das vezes, trazer uma pregação mais dura.
A pregação é monológica...A pregação é a comunicação que se move em apenas uma direção, do pregador no púlpito aos ouvintes nos bancos.
“Jesus ia passando por todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando as boas novas do Reino” (Mateus 4.35)

ENSINAR

Se a pregação é monológica, o ensino deve ser dialógico
Jesus usou muito as sinagogas para ensinar e pregar. O culto na sinagoga, de modo geral, consistia de oração, louvor, leitura das Escrituras e exposição feita por um rabino ou outra pessoa competente e fechava com uma bênção.
21 Eles foram para Cafarnaum e, logo que chegou o sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. 22 Todos ficavam maravilhados com o seu ensino, porque lhes ensinava como alguém que tem autoridade e não como os mestres da lei. Marcos 1.21–22 (NVI)
O mesmo aconteceu em Nazaré, conforme vemos em Lucas 4.16-30, quando ele leu o rolo do profeta Isaias, depois, fechou e explicou que se referia a ele.
Muitas das vezes Jesus pregava e depois, só com os seus discípulos, ensinava, explicava.
10 Os discípulos aproximaram-se dele e perguntaram: “Por que falas ao povo por parábolas?” 11 Ele respondeu: “A vocês foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos céus, mas a eles não. 12 A quem tem será dado, e este terá em grande quantidade. De quem não tem, até o que tem lhe será tirado. Mateus 13.10–12 (NVI)
Jesus não desejava que as pessoas continuassem em uma vida de superficialidade espiritual (apenas exteriormente religiosas).
As parábolas, além de mostrar verdades espirituais importantes, exigiam do ouvinte interesse em mergulhar em seus significados, em seguir a Jesus para ir mais fundo a respeito dessas verdades.
Eles queriam isso? Obviamente que não! É por isso que eles viam (os feitos de Jesus), mas não enxergavam, escutavam (as parábolas e os ensinos), mas não os compreendiam.
Faltava-lhes a sensibilidade de coração que eles não desejam muito buscar.
Veja o que Jesus disse:
Mateus 13.14–15 (NVI)
14 Neles se cumpre a profecia de Isaías: “ ‘Ainda que estejam sempre ouvindo, vocês nunca entenderão; ainda que estejam sempre vendo, jamais perceberão. 15 Pois o coração deste povo se tornou insensível; de má vontade ouviram com os seus ouvidos, e fecharam os seus olhos. Se assim não fosse, poderiam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, entender com o coração e converter-se, e eu os curaria’.
O ensino da Palavra de Deus requer interesse da pessoa em conhecer mais e mergulhar na Palavra, a Bíblia.
Veja a atitude dos discípulos de Jesus, após ouvir uma pregação dele.
Mateus 13.36 (NVI) 36 Então ele deixou a multidão e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e pediram: “Explica-nos a parábola do joio no campo”.

DOM DE PREGAR E DOM DE ENSINAR

A Bíblia nos diz que Deus deu a alguns o dom para ser mestre, de ensinar a mensagem de Deus.
Efésios 4.11 “11 E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres,”
As pessoas precisam se instruídas e iluminadas na sua ignorância das coisas espirituais.
2Timóteo 3.16–17 (NVI) 16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, 17 para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.
Alguns são autodidatas e, portanto, conseguem estudar a Bíblia sozinho, mas a prática dela envolve a mutualidade, “uns aos outros” e, portanto, precisará estar junto com outros cristãos, membros do corpo de Cristo, a igreja.
Alguns precisam ouvir uma pregação que os desfie a buscar a Deus, a se afastar do pecado, a servir a Deus, a adorar a Deus.

Conclusão

Me preocupa que a maioria dos membros da igreja fiquem apenas com a pregação e não se interessem pelo ensino.
Um bom ensino, envolve, também, um pouco da pregação, ao desafiar as pessoas a praticá-los. Uma boa pregação, precisa ser bem fundamenta na Palavra, mas, um não substituiu o outro.
Hoje, com a redução do tempo de atenção das pessoas, o pregação não deve passar de 30 minutos e, então, não dá para aprofundar muito no texto. Então, você precisa estudar a Bíblia, participar de uma classe de estudo bíblico.
Se você conseguiu ver a importância da Bíblia para a sua vida, do seus filhos e de quem você ama, arranjará tempo para estudar a Bíblia, a Palavra de Deus.
Evangelho de Mateus 15. Retrospectiva e visão panorâmica da ampla atividade do Senhor, 9:35–38

Quarto: Ensino e proclamação são acompanhados da ação simultânea. Pois o reino de Deus está “em vigor”. Quando o Senhor diz a sua palavra, caem as amarras do pecado, os castelos do mâmon, as fortalezas da doença, sim os laços da morte. – Jesus nos proíbe deixar de lado a grande miséria física, social e econômica das multidões, como se não tivéssemos nada a ver com ela, como se fosse possível ouvir e aceitar o evangelho do reino de modo desligado dela. Jesus nos proíbe considerar essa miséria como algo sancionado por Deus. Pelo contrário, ela faz parte da realidade sem Deus em que Jesus nos ordenou que penetrássemos, dando-nos as magníficas palavras do “sal” e da “luz”.

Comentário Bíblico de Mateus: Através da Bíblia Jesus Realiza Vários Milagres Mt 9.1–38 (Mt 9.1–38)

Mateus diz que Jesus ensinava e pregava, mas também curava. Assim se manifesta o reino de Deus: palavra e ação! Essa é a maneira correta de realizarmos o ministério de expansão do reino de Deus. Embora haja nitidamente uma prioridade, deve haver um equilíbrio entre o ensino, a proclamação e a ação, o cuidado com a parte física do ser humano. Mateus declara objetivamente que Jesus, ao ver as multidões que sofriam, atendeu-as das duas maneiras. O verso 35 diz que Ele ensinava, pregava e curava.

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