O Livramento Vem de Deus

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INTRODUÇÃO: O salmo 3 é um salmo de Davi que foi escrito na época que ele fugia de seu filho Absalão (2 Sm 15.16). Na verdade isto foi o resultado de uma séria de tragédias causadas pelo pecado de Davi com Bate-seba.
1 – Amnon, filho de Davi, estupra sua meio-irmã e apesar de ficar indignado com a situação, Davi não toma nenhuma atitude.
2 – Após 2 anos Absalão, outro filho de Davi, mata Amnon afim de vingar a irmã.
3 – Absalão fica exilado por anos e através da intervenção dos oficiais de Davi, Absalão retorna, mas o rei decide não velo.
4 – Absalão começa a minar a autoridade do rei Davi e a se promover como “solução” para Israel.
5 – Inicia-se uma revolução com o apoio de um dos conselheiros mais chegado de Davi – Aitofel

Davi foge

6 – Absalão se deita com as concubinas de Davi a vista de todo o povo cumprindo na totalidade a profecia de Natã.

2 Samuel 12:10-12 (NTLH)

10 Portanto, porque você me desobedeceu e tomou a mulher de Urias, sempre alguns dos seus descendentes morrerão de morte violenta. 11 E também afirmo que farei uma pessoa da sua própria família causar a sua desgraça.

Você verá isso quando eu tirar as suas esposas e as der a outro homem; e ele terá relações com elas em plena luz do dia. 12 Você pecou escondido, em segredo, mas eu farei com que isso aconteça em plena luz do dia, para todo o povo de Israel ver.”

Apesar de Deus ter perdoado o pecado de Davi, as consequências ainda assim vieram. Não que Deus tenha passado por cima da vontade de Absalão e Amnon a fim de castigar Davi. Mas os atos vistos pelos filhos em seu pai, foram reproduzidos. Davi pensava que podia ter a mulher que quisesse e Amnon também pensou assim. Davi cometeu um assassinato para alcançar os seus objetivos e seu filho Absalão fez o mesmo. Muito cuidado com o exemplo de damos aos nossos filhos. Atos falam mais que palavras.
Então em meio à perseguição e desprezo de todos, Davi descobre seu lugar de refúgio em Deus.

I – Deus é escudo, nossa glória e quem nos mantém de cabeça em pé. (Sl 3.1-3)

1 Senhor, muitos são os meus adversários! Muitos se rebelam contra mim!
2 São muitos os que dizem a meu respeito: "Deus nunca o salvará! " Pausa
3 Mas tu, Senhor, és o escudo que me protege; és a minha glória e me fazes andar de cabeça erguida.
Davi traz uma luz para o que era sua situação naquele momento. A maioria estava contra ele. No verso 6 ele chega a dizer que “milhares” tem se levantado contra ele. Quase todo Israel havia deixado de seguir o Rei (2 Sm 15.12). Quão comum é nos acharmos como que sozinhos nas situações. Na história do cristianismo sempre estivemos em menor numero. Os heróis da fé sempre estiveram em menor numero e muitas vezes até sozinhos. Lutaram contra forças hostis, pressões dos líderes religiões, toda a política dos homens. Mas de fato, o Senhor sempre esteve com eles sendo o Escudo.
Quem visse Davi fugindo de Jerusalém com certeza pensaria que era o seu fim. Logo depois Simei, um dos descendentes de Saul, atirava pedras nele e gritava que ele era homem sanguinário e que nem Deus poderia salvá-lo. No entanto, Davi sabia em sua própria consciência que lhes dera alguma base para essa exclamação, pois cometera pecado contra Deus na própria luz do dia. Então eles lançaram seu crime com Bate-Seba em seu rosto e disseram: “Suba, homem sanguinário; Deus te abandonou e se esqueceu de você.
Davi Sofreu o que muitos de nós sofremos. Satanás tentando minar a nossa fé com aquilo em que já recebemos perdão de Deus. É uma situação terrível. Ficamos atemorizados com o julgamento provindo do céu ao mesmo tempo que somos fustigados pelas tentações e acusações provindas do inferno e acabamos esquecendo da cruz de Cristo que se dispõem no meio.
Contudo, Davi sabia que não estava só. Deus era o seu escudo.
Isto estava expresso na certeza de que nada valiam o exército que ele formou, o palácio que construiu, as vitórias que conquistou, as táticas militares. Sua única esperança era o Senhor. Se ele não fosse o seu escudo, certamente os dardos de morte o alcançariam. Quando lemos a história descobrimos que o Senhor foi o escudo de Davi: Aitofel aconselhou Absalão a deixá-lo ir imediatamente, com 12.000 homens a procura de Davi em fuga, pois isto seria o fim de Davi. Mas o Senhor usou Husai, outro conselheiro de Davi para dissuadir Absalão.
2 Sm 17 (NTLH)
14b O SENHOR Deus havia resolvido que os bons conselhos de Aitofel não seriam seguidos, para que assim o castigo do SENHOR caísse sobre Absalão.
Muitas vezes queremos nos defender sozinhos. Dizemos: “Vou resolver minha vida”. Quantas vezes imaginamos que temos muitos escudos a nossa disposição ou que eles são a nossa segurança, até que algo novo aconteça e ai descobrimos que só o Senhor pode ser o nosso escudo. Somente ele pode confundir as estratégias malignas que foram montadas contra nós. Como é bom quando aprendemos que é Deus quem nos sustenta. Como é maravilhoso saber que a “gloria” que temos aqui na terra não se compara com a Gloria de Deus (v.3).
a) Davi poderia imaginar que a glória dele estava nas coisas que ele conseguiu adquirir durante a vida. Só a sua coroa, pelo peso que tinha e pelas pedras preciosas, valia quase R$6.000.000. Tinha uma coroa que não representava mais nada. O seu reino havia sido tirado. Os bens e dinheiro são ilusões. Isso não é a nossa gloria.
b) Davi poderia imaginar que sua glória estaria nas conquistas militares que tinha feito. Era um guerreiro feroz. Quando novo matou o grande Golias além de um leão e de um urso, que segundo a Bíblia nos conta, foram mortos pelas sem ajuda de armas, somente pela força de Davi. Mas agora era um fugitivo. Do grande exercito que possuía antes somente uns 1000 homens haviam sobrado. A glória dele também não estava na guerra.
c) Podia pensar que sua glória estava nas pessoas que estavam a sua volta. Mas todos os seus conselheiros estavam com Absalão. Quem ele havia ajudado, tinha virado as costas para ele. A glória dele não estava nas pessoas. Honra-lo com a nossa vida é a verdadeira glória, pois de alguma maneira quando assim fazemos a sua glória brilha sobre a nossa vida. A verdadeira glória é eterna procede da tua eternidade. Ela se reflete em nossas vidas. Gastamos as vezes uma vida inteira buscando uma glória que pode durar tão pouco quando o Senhor nos convida a refletir a glória eterna da sua soberana majestade.
Como é bom saber que é Ele que mantém nossa cabeça erguida a fim de nos fazer continuar caminhando. Quando entendemos a nossa pequenez, aprendemos a total dependência de Deus. Nós deixamos para Deus o que não conseguimos fazer.

II – Devemos dirigir nossas súplicas a Ele (Sl 3.4)

4 Ao Senhor clamo em alta voz, e do seu santo monte ele me responde. Pausa
5 Eu me deito e durmo, e torno a acordar, porque é o Senhor que me sustém.
O Senhor ouviu seu grito de penitência e súplica. Foi neste grito que o homem culpado e solitário se colocou em Deus. Muitos se esquecem de fazer isso. Quando as tragédias e dificuldades da vida vem, se esquecem de Deus achando que Deus também se esquece deles. Davi sabia em quem confiar e por isso se dedicava a clamar a Deus pedindo auxilio e proteção. Mesmo ele está longe do santuário, longe da arca; mas a voz do solitário e triste chega a Deus em qualquer lugar. Não uma ou duas vezes, mas como de costume ele ora, e Jeová atende. A relação normal entre ele e Jeová é a da franca comunhão; até mesmo a pressão do presente desastre não faz a fé vacilar. É difícil começar a confiar quando estamos nas garras da calamidade, mas os pés acostumados ao caminho para Deus podem encontrá-lo no escuro. Sozinho com Deus. Este é o segredo da força do mártir. Se o mundo o abandona, se homens e demônios zombam de você, bata no portão do Céu com gritos, gemidos e lágrimas, e Deus receberá e abrigará você.

III – Confiança produz segurança. (Sl 3.5-6)

5 Eu me deito e durmo, e torno a acordar, porque é o Senhor que me sustém.
6 Não me assustam os milhares que me cercam.
Estes versos expressam lindamente a coragem tranquila que vem da confiança. Uma vez que dormir e voltar a acordar em circunstâncias normais não é uma prova tão impressionante da ajuda divina, na situação do salmista isso é. A coisa mais comum de acontecer em situações difíceis assim e perdermos o nosso sono. No verso 5, o salmista está contemplando a experiência que tendo em sua situação atual. "Cercado por inimigos, ele estava bastante seguro sob a proteção de Deus e exposto a nenhum perigo mesmo à noite" (Riehm, em Hupfeld no local). Seu pequeno grupo não tinha fortaleza em Maanaim, e o conselho de Aitofel de atacá-los durante a noite era tão natural que a possibilidade devia estar presente ao rei. Mas outra noite tinha ido e vindo em segurança, perturbada por nenhum grito de um inimigo. O perigo noturno havia passado e o dia estava novamente brilhando.
Mas eles estavam seguros porque o Guardião de Israel os havia mantido. Deitar-se e dormir em tais circunstâncias era em si mesmo um ato de fé e um sinal do coração quieto que a fé dá. Como Cristo no duro "travesseiro" de madeira durante a tempestade, ou como Pedro dormindo no sono de uma criança na noite anterior à sua execução, este homem pode fechar os olhos e se acalmar, embora "dez milhares tenham se colocado contra ele". Eles o cercam, mas não podem alcançá-lo através de seu escudo.
Quão diferente é o tom de referência para os enxames do inimigo no verso 6 e no verso 1. Ali o salmista contava e se encolhia diante deles; aqui o seu número é um elemento em sua confiança triunfante. Coragem vem do pensamento do único Aliado Divino, diante de quem milhares de inimigos não são nada. Um homem com Deus para apoiá-lo é sempre a maioria. Tal coragem, baseada em tal experiência e fé, é mais modesta e razoável, mas não é conquistada sem um esforço de vontade, que se recusa a temer, e fixa um olhar confiante não no perigo, mas no protetor.

IV – A Vitória é o Senhor Quem Dá. (Sl 3.7-8)

7 Levanta-te, Senhor! Salva-me, Deus meu! Quebra o queixo de todos os meus inimigos; arrebenta os dentes dos ímpios.
8 Do Senhor vem o livramento. A tua bênção está sobre o teu povo. Pausa
A última estrofe (Sl 3.7-8) dá a culminação da fé na oração. "Levanta-te, Jeová", é citado da antiga invocação (Num 10.35) e expressa em forma fortemente antropomórfica o desejo de alguma interposição do poder Divino. O destemor não é tão completo que o salmista esteja além da necessidade de orar. Ele é corajoso porque sabe que Deus vai ajudar. Pede que Deus quebre os dentes dos inimigos em um mesmo sentido de que alguém quebraria os dentes do leão para que este não tivesse força na mordida. Ele vê a vitória como certa, como de fato já realizada. Ele vê seu inimigo como um animal selvagem cuja mandíbula está quebrada e que é incapaz de devorar sua presa. Ele se sente seguro de que Deus repreenderá a ira de Simei, confundirá o conselho de Aitofel, frustrará a usurpação de Absalão e destruirá a insurreição de Israel. Assim, tendo-nos posto bem diante de Deus, embora nossos inimigos se enfureçam como as ondas do mar, podemos antecipar com confiança a vitória. Ele contudo não pede vingança, mas bênção (v.8). Este versículo “lança uma luz brilhante nas profundezas da sua nobre alma. Ele foi injustiçado; mas como Deus o perdoou, ele perdoa aqueles que o feriram. Demasiadas vezes, quando as minorias se tornam maiorias, elas exigem e tiranizam; mas quando Deus nos exalta na porta, nosso espírito deve ser perdoador e terno.

CONCLUSÃO: A luta pertence ao Senhor. Não devemos confiar na espada mais longa, os pulmões mais fortes, a maioria das vozes, etc. Isso são falsas medidas de verdade. Não confie nas próprias forças. Não tenha medo de estar em minoria com Deus. Deus é mais sábio, mais forte que todos, e quem é minoria com Deus não precisa temer. “Aquele que está em você é maior do que aquele que está no mundo.” Viva nEle e deixe Ele viver em você

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