Uma vida livre de preocupações - Fp 4.6-9
introdução
Não fiquem preocupados com coisa alguma
O NT compreende que a vida está cercada de cuidados. A preocupação é inevitável, mas recebe uma nova orientação. A libertação dela vem quando a pessoa a lança sobre Deus, não porque Deus atende a todos os pedidos, mas porque a oração concede libertação da ansiedade.
Qual a recomendação deste texto para nós? Como o pecado da preocupação pode ser vencido?
Ele aqui emprega o termo “pedido” para denotar desejos ou aspirações. Ele quer que se façamos estes conhecidos de Deus por meio da oração e súplica, como se os crentes derramassem seus corações diante de Deus, ao confiarem-lhe a si próprios e também tudo o que possuem. Com efeito, todos os que olham para cá e para lá em busca dos insignificantes confortos do mundo podem, até certo ponto, parecer aliviados; mas só existe um refúgio seguro – descansar no Senhor.
Para orarmos corretamente o primeiro passo é adorarmos a Deus. E adorar é exaltá-lo. É glorificá-lo. Na adoração reconhecemos que Deus é poderoso para resolver qualquer problema que apresentamos a ele. Adoramos quando reconhecemos que é suficientemente grande para superar qualquer pressão das pessoas que se levantem contra nós. Adoramos quando deixamos que indique para nós as prioridades para as quais devemos dar atenção. Adoramos quando deixamos as preocupações em suas poderosas mãos e experimentamos a suficiência que só ele nos dá. Mas só agimos assim porque temos uma mentalidade segura em Cristo!
Para orarmos corretamente necessitamos também suplicar. A súplica não é uma declaração normal de necessidade ou desejo. Não! A súplica não é uma oração superficial, não é despejar nossas questões diante de Deus só para aliviarmos a consciência. Não, de modo nenhum! Suplicar é colocar as nossas necessidades com sinceridade e intensidade diante de Deus. Suplicar é derramar o nosso coração, revelando os mais íntimos sentimentos diante de Deus. Suplicar tem a ver com clamor, com anseio, com busca verdadeira para a solução das nossas dificuldades.
E, finalmente, oramos corretamente quando, junto com a adoração e a súplica, apresentamos ao Senhor as nossas ações de graças. Paulo estava convicto de que toda oração deve incluir ações de graças. O cristão deve sentir, como se tem dito, que a sua vida está suspensa entre as bênçãos do passado e do presente. A oração deve incluir as ações de graça, em primeiro lugar, pelo próprio privilégio de podermos orar. Nunca podemos nos esquecer de agradecer o fato de Jesus ter rasgado o véu que separava o ser humano de Deus. Hoje temos livre acesso à sua presença, e esse já é um grande motivo de gratidão a Deus.
Qual o efeito de fazer conhecidos de Deus nossos pedidos?
“A paz de Deus vos guardará a ponto de impedir que volteis as costas para Deus com pensamentos ou desejos perversos.”
É com boa razão que ele chame isto de a paz de Deus, visto que ela não depende do presente aspecto das coisas nem pende conforme as várias oscilações do mundo,26 porém se fundamenta na sólida e imutável palavra de Deus.
Paulo nos da por fim, uma receita para mudança e transformação de vida.
Quais são as suas preocupações no momento? O que ocupa a sua mente? O que ocupa o seu pensamento nesses dias? As preocupações têm roubado a sua alegria?