VOLUNTÁRIOS PARA A MISSÃO! Lucas 6.12-19

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Jesus confia a sua missão para homens e mulheres que estão disponíveis para orar (a Deus) e servir (aos homens).

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Grande ideia: Jesus confia a sua missão para homens e mulheres que estão disponíveis para orar (a Deus) e servir (aos homens).
Estrutura: Em oração no monte, Jesus convoca seus primeiros missionários (vv. 12-16) e descendo do monte, todos se deparam com os desafios da missão (vv. 17-19).

Um aspecto singular do discipulado do NT é que ele é um compromisso com a pessoa de Jesus. Seu ensino tem força somente quando há primeiro esse compromisso com sua pessoa. É provável que Pedro tenha conhecido Jesus e o tenha ouvido falar antes do incidente em Lc 5.1ss., mas é o impacto da pessoa de Jesus que faz dele um mathētḗs (cf. Natanael em Jo 1.45ss.). Esse compromisso pessoal explica a profunda depressão dos discípulos após a crucificação (Lc 24.19ss.). Não basta que eles tenham o legado de sua palavra. Eles perderam o próprio Jesus. A importância crucial da ressurreição reforça isto. O próprio Jesus reinstitui o grupo (a despeito da resistência inicial, Lc 24.36ss.; Jo 20.24ss.), restaura a comunhão pessoal e envia os discípulos, não para transmitirem seu ensino, mas para darem testemunho de sua ressurreição (Lc 24.48). Para marcar a ruptura na comunhão, Lucas deixa de usar mathētḗs após o Getsêmani e o usa novamente somente para a comunidade mais ampla em Atos.

01. Subindo ao monte: orar a Deus. (vv. 12-16)
(a) Lucas registra Jesus em outros momentos de oração.
Lucas 3.21 (NAA)
21Ao ser todo o povo batizado, Jesus também foi batizado. E aconteceu que, enquanto ele orava, o céu se abriu,
Lucas 5.16 (NAA)
16Jesus, porém, se retirava para lugares solitários e orava.
Lucas 5.16 (NAA)
16Jesus, porém, se retirava para lugares solitários e orava.
Lucas 22.41 (NAA)
41Ele, por sua vez, se afastou um pouco, e, de joelhos, orava,
Lucas 22.44 (NAA)
44E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o suor dele se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.
Warren Wiersbe:
Por que orou a noite toda? Em primeiro lugar, sabia que a oposição contra ele aumentaria e resultaria em sua crucificação. Assim, pediu forças para enfrentar o que o esperava. Além disso, desejava receber a orientação do Pai, a fim de escolher seus doze apóstolos, pois neles se encontrava o futuro da igreja.
(b) Depois da vigília de oração, a convocação: “chamou a si” (προσφωνεω prosphoneo)
Interessante que o monte serviu de inspiração para um tempo de proximidade entre Pai e Filho. Jesus, diferentemente dos mestres que abriam inscrições para seus ensinamentos, fez questão de selecionar preventivamente seus alunos.
(c) Gosto de pensar nos discípulos como “homens comuns”.
Leon Morris:
Jesus nunca estabeleceu uma organização. Estes doze homens representam a totalidade da Sua máquina administrativa. Alguns deles eram claramente homens de destaque, mas, de modo geral, parecem ter sido nada mais do que medianos. A maioria deles deixou pouquíssimas marcas na história da igreja. Jesus preferiria operar, naqueles tempos como também agora, através de pessoas perfeitamente comuns.
Antes de Começar Guilherme Kerr
Antes de começar Ouça com atenção Hora é de se pensar Pés no chão Chega de ouvir falar Basta de ouvir dizer Tempo é de avaliar Compreender Antes de começar Ouça com atenção Hora é de se pensar Pés no chão Não adianta crer Só de segunda mão Tempo é de se rever Ser cristão Para seguir Jesus Como Tiago e André Crendo, apesar de dúvidas Como o vês Tomé Obedecer Jesus Como Pedro e Bartolomeu Andar na Sua luz Qual Tiago, filho de Alfeu E o que mais dizer De João e de Mateus Filipe e o zelote Simão Judas Tadeu Gente que Deus usou Simples e tão comum Gente que Deus chamou Alguns
1Coríntios 1.26–29 (NAA)
26Irmãos, considerem a vocação de vocês. Não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento.
27Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes.
28E Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são,
29a fim de que ninguém se glorie na presença de Deus.
(d) Os doze de Jesus contrapunham-se aos doze da Velha Aliança. Trata-se do novo Israel de Deus.
N. T. Wright:
A campanha de Jesus não se assemelha a alguém que concorre a um cargo como hoje, no contexto de nossa democracia moderna. Jesus não está indo por toda parte tentando conseguir apoio, como fazem os políticos atuais. Sua atitude se assemelha muito mais à de um líder rebelde em um país governado por um tirano, formando uma administração alternativa, estabelecendo seu governo, fazendo coisas acontecerem de maneira nova. Ele escolhe doze de seus seguidores mais próximos e os separa como ajudadores especiais. Para qualquer um que tem olhos para ver, seu gesto diz claramente que Jesus está reconstituindo o povo de Deus, Israel, ao redor de si mesmo. Israel estava sem doze tribos desde o século VIII a. C. , quando assírios vieram e capturaram o reino do norte, deixando apenas Benjamim e Judá (“os judeus”) no Sul, mais qualquer outro levita que permanecia entre eles. No entanto, alguns dos profetas falaram do dia quando todas as tribos seriam reunificadas outra vez. Ao escolher os doze, Jesus parecia indicar, simbolicamente, que é assim que ele desejava que sua obra fosse vista. Isto é uma campanha. Um movimento rebelde, um movimento arriscado, um movimento de aspirações reais debaixo do nariz do suposto “rei dos judeus” da época: o próprio Herodes Antipas.
Mateus 21.43 (NAA)
43— Portanto, eu lhes digo que o Reino de Deus será tirado de vocês e entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos.
1Pedro 2.9 (NAA)
9Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamar as virtudes daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.
(e) Eles deveriam antes de terem contato com a função missionária, manter intimidade com o promotor missionário.
Ter comunhão com Jesus é mais importante do que ativismo religioso. Antes de proclamarmos o evangelho ao mundo, precisamos como Maria, assentar-nos aos pés do Senhor para ouvir a sua Palavra. Nós precisamos aprender dele, imitá-lo, beber do seu Espírito e andar em seus passos.
Jesus não escolheu os doze por causa da sua fé, pois ela geralmente falhou. Ele não os escolheu por causa da sua habilidade, eles eram muito limitados. A única coisa que destacamos deles é a prontidão para seguir a Jesus.
1Coríntios 4.9 (NAA)
9Porque me parece que Deus pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte. Porque nos tornamos espetáculo para o mundo, tanto para os anjos como para os seres humanos.
(f) Jesus optou em dedicar à sua vida no discipulado.
Dewey Mulholland diz que a decisão de Jesus de escolher os doze apóstolos foi uma das decisões mais cruciais da História. Ele não escreveu livros, não ergueu monumentos nem construiu instituições. Ele discipulou pessoas do modo mais eficaz para perpetuar o seu ministério.
John Stott:
No Novo Testamento, o verbo grego para “chamar” ocorre cerca de 150 vezes e, na maioria dos casos, refere-se a Deus chamando os seres humanos. No Antigo Testamento, Deus chamou Moisés, Samuel e os profetas; no Novo Testamento, Jesus chamou os Doze e mais tarde Saulo de Tarso. Hoje, embora não sejamos profetas nem apóstolos, ele ainda nos chama ao seu serviço. É maravilhoso o fato de que Deus se importa conosco o suficiente para nos chamar pessoal e individualmente. Em consequência, Deus é aquele que nos chamou, e nos somos aqueles que “foram chamados de acordo com o seu propósito”.
1Pedro 1.15–16 (NAA)
15Pelo contrário, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem,
16porque está escrito: “Sejam santos, porque eu sou santo.”
Romanos 8.28 (NAA)
28Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
Hebreus 9.15 (NAA)
15Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que os que foram chamados recebam a promessa da herança eterna, visto que houve uma morte para remissão das transgressões que foram cometidas sob a primeira aliança.
(g) Sobre o nosso chamado, Calvino:
O Senhor ordena que cada um de nós, em todas as ações da vida, olhe para o seu chamado (…). Portanto, para que, por meio da nossa estupidez e precipitação, tudo não fique confuso, ele designou funções para cada homem em seu modo de vida particular. E para que ninguém possa descuidadamente transgredir seus limites, nomeou esses vários tipos de vida “chamados”. Portanto, cada indivíduo tem seu próprio tipo de vida atribuído a ele pelo Senhor como uma espécie de posto de sentinela para que não possa vagar desatentamente ao longo da vida (…). Disso surgirá também uma consolação singular: que nenhuma tarefa será sórdida e desprezível, desde que você obedeça à sua vocação, que não venha a resplandecer e seja considerada muito preciosa aos olhos Deus.
02. Descendo do monte: servir aos homens. (vv. 17-19)
(a) A vida cristã não é formada apenas de “montes”, temos de encarar os “vales”. Jesus está diante de um “lugar plano”.
(b) E a missão de Jesus continua seguindo o seu “manifesto de Nazaré”.
Lucas 4.18–19 (NAA)
18“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos,
19e proclamar o ano aceitável do Senhor.”
Marcos 3.14–15 (NAA)
14Então designou doze, aos quais chamou de apóstolos, para estarem com ele e para os enviar a pregar
15e a exercer a autoridade de expulsar demônios.
(c) Um grupo bem diverso de pessoas: “discípulos”, “grande multidão (Judéia, Jerusalém, Tiro e Sidom).
(d) A agenda de Jesus incluía curas e expulsão de demônios. Isso se chama “saúde integral”.
(e) Desde sempre as pessoas anseiam em “tocar em Jesus”. Hoje eles querem tocar em algum cristão de verdade. Temos de ser discípulos que apontam pessoas para Jesus!
03. Outras aplicações:
(a) Temos de alternar momentos “de monte” e outros de “lugar plano”. Precisamos da contemplação, mas ela não pode nos paralisar a ponto de nos distanciarmos da nossa missão.
Lucas 9.33–35 (NAA)
33Quando estes começaram a se afastar de Jesus, Pedro lhe disse: — Mestre, bom é estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para o senhor, outra para Moisés e outra para Elias. Porém, Pedro não sabia o que estava dizendo.
34Enquanto assim falava, veio uma nuvem e os envolveu. E ficaram com medo ao entrar na nuvem.
35E dela veio uma voz que dizia: — Este é o meu Filho, o meu eleito; escutem o que ele diz!
https://www.christianitytoday.com/ct/2021/september-web-only/teologia-oracao-relacionamento-com-deus-sentimentos-pt.html?utm_source=telegram&utm_medium=post&utm_campaign=global
Nossa teologia da oração é mais importante do que nossos sentimentos (KRISTEN DEEDE JOHNSON|29/SETEMBRO/2021)
Eugene Peterson descreve a oração como um “discurso de resposta”. Ele escreve em Working the Angles: “A oração nunca é a primeira palavra; é sempre a segunda palavra. Deus tem a primeira palavra. Orar é responder a um discurso; não é principalmente ‘falar’, mas ‘responder’. Essencial para a prática da oração é compreender plenamente essa qualidade secundária”. E isso, que vale para todo o nosso relacionamento com Deus — pois depende da ação anterior de Deus — também vale para a oração. O Deus que deu origem à criação, o Senhor que chamou Abrão a uma aliança com ele, o Verbo que se fez carne para que nos tornássemos filhos de Deus, é o mesmo Deus a quem respondemos em oração.
(b) A realização do discípulo está em acompanhar o Mestre em sua missão. Mesmo que ela seja intensa (e trabalhar com pessoas é desgastante!). Seja discípulo e não apenas um membro de igreja.
O membro espera Pães e peixes; o discípulo é um pescador.
O membro luta por crescer; o discípulo por reproduzir-se.
O membro se ganha; o discípulo se faz.
O membro gosta do afago; o discípulo, do serviço e do sacrifício.
O membro entrega parte dos seus desejos; o discípulo entrega sua vida.
O membro espera que lhe aponte a tarefa, o discípulo é solícito em tomar a responsabilidade.
O membro murmura e reclama; o discípulo obedece e nega a si mesmo.
O membro reclama que o visitem; o discípulo visita.
O membro vale porque soma o discípulo porque se multiplica.
O membro sonha com a igreja ideal; o discípulo se entrega para fazer a igreja real.
O membro diz: Que bonito! O discípulo: Eis-me aqui!
O membro espera o avivamento na Igreja; o discípulo é parte dele.
O membro é forte soldado na trincheira de defesa; o discípulo é um soldado invasor na trincheira do inimigo.
O membro é condicionado pelas circunstâncias; o discípulo as aproveita para exercitar sua fé.
O membro é valioso; o discípulo é indispensável.
QUAL É O SEU PAPEL NA IGREJA DO SENHOR, MEMBRO OU DISCÍPULO?
Ilust. Sócrates ensinou por 40 anos, Platão por 50, Aristóteles por 40 e Jesus por só 3 anos e meio. A influência do ministério de Cristo, entretanto, transcende infinitamente o impacto deixado pelos anos de ensino combinados desses famosos filósofos. Jesus não pintou nenhum quadro, porém, alguns dos maiores pintores do mundo, tais como Raphael, Michelangelo e Leonardo da Vinci, tiveram sua inspiração nEle. Jesus não escreveu nenhuma poesia, contudo, Dante, Milton e muitos dos maiores poetas mundiais foram inspirados por Ele. Jesus não compôs nenhuma música, mas, Handel, Beethoven, Bach e Mendelssohn alcançaram sua mais alta perfeição nas músicas que compuseram em louvor a Ele. Toda esfera de grandeza humana foi enriquecida por este Carpinteiro humilde de Nazaré.
Lucas 9.23 (NAA)
23Jesus dizia a todos: — Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.
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