Hebreus 4. 14-16
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Hebreus 4. 14-16
Hebreus 4. 14-16
-Jesus, o Filho de Deus, Grande Sumo Sacerdote, (já temos);
o sumo sacerdote perfeito e que se compadece das nossas fraquezas;
-Conservemos (a fé que professamos);
-Acheguemo-nos com Toda Confiança (ao trono da graça);
-Para: receber misericórdia;
achar graça;
socorro em ocasião oportuna;
O advérbio portanto não deve ser entendido como se referindo ao contexto imediatamente anterior, mas a Hebreus 2.17, onde o assunto do sacerdócio de Cristo foi primeiramente introduzido. O autor, que brevemente se referiu ao “sumo sacerdote a quem confessamos” em Hebreus 3.1, agora está pronto para explicar o significado do sacerdócio de Jesus.
INTRODUÇÃO (ILUSTRAÇÃO):
Estamos no mês do aniversário da Reforma Protestante (31 de outubro de 1517). Dentre os vários motivos que levaram a ruptura de Martinho Lutero com a Igreja Católica Apostólica Romana foi a questão da autoridade tanto do Papa quanto da igreja, ou seja, a igreja romana ensinava que o Papa era um sucessor de Pedro e que possuia autoridade para governá-la, e infalibilidade para ensinar e definir pontos da fé cristã. Um dos títulos atribuido a ele é Vigário de Cristo (representante, enviado e substituto). Sem contar o poder de chefe de Estado que eles tinham e ainda tem até hoje. Na verdade, esse desejo de reforma vem muito antes de Lutero, como por exemplo já no séc.14 e 15 com John Wycliffe e John Huss (um inglês e outro boêmio) que já questionavam os abusos de autoridade do Papa e da igreja que não só distorciam as Escrituras como também impediam o acesso da mesma para o povo comum. Eles foram mortos por ensinar e colocar as Escrituras na língua do povo. Quando chega no contexto de Lutero os abusos ainda são mais intensos, por exemplo a venda de indulgências (As indulgências consistiam na remissão completa dos pecados cometidos por um indivíduo por meio de pagamento monetário). Lutero vai contra e entre as 95 teses encontramos: Teses 1-4: Os pecados são perdoados por Cristo mediante o arrependimento espiritual interior em não através de uma confissão sacramental externa celebrada pelos sacerdotes. Teses 5–7: O papa não pode redimir culpa alguma, mas apenas declarar que foi perdoada por Deus. Isso nos mostra o quanto o ser humano com todo o seu “histórico religioso” (esse anseio pelo divino, independente da crença) o Homem sempre teve a necessidade de ter um representante, um “enviado”, um “salvador”, alguém que o represente.
CONTEXTUALIZAÇÃO:
E quando olhamos para o contexto da carta aos Hebreus, escrita entre 65 e 70 d. C cujo autor é desconhecido, vemos que ela também aborda a figura de um “represente”, de um “intercessor”, isto é, o Sumo Sacerdote do A.T, já que o endereço da carta refere-se a judeus cristãos helenistas da diáspora. Este ofício do Sumo Sacerdote remete a Arão irmão de Moisés e ao Sacerdócio Levítico. O seu ofício era o de conduzir o culto e os sacrifícios, primeiro no tabernáculo, depois no Templo de Jerusalém. Somente ao Sumo Sacerdote era permitido entrar no santo dos santos, o que ele fazia apenas uma vez por ano, no grande Dia da Expiação, e pedia perdão pelos pecados do povo. Portanto, ao longo de toda a carta o autor está contrastando os ofícios da Antiga Aliança, que os destinatários conheciam bem por serem judeus e tinham dificuldade de abrir mão, com os aspectos da Nova Aliança, principalmente a respeito do personagem principal que é Cristo. A glória da nova aliança diante da antiga aliança:
a superioridade do Filho de Deus sobre os anjos (cap.1-2); a superioridade do Filho de Deus sobre Moisés (cap.3); a superioridade do Filho de Deus sobre Josué, o guia de Israel até Canaã (cap 4.1-13);
É o que diz a primeira parte do v.14
Diante disso,
TEMA: JESUS, O SACERDOTE PERFEITO
Quais são as características desse Sacordote Incomparável e o que Ele nos proporciona e concede:
1° O SACERDOTE QUE SE COMPADECE
O Sumo Sacerdote do A.T era limitado e não era capaz de satisfazer todos os problemas do povo, como por exemplo compadecer das fraquezas humanas, pois ele tbm era um humano imperfeito. Jesus é diferente pois ele se compadece!
ter o mesmo sentimento, simpatizar com; sentir muito por, ter compaixão de;
Jesus não é apenas totalmente divino; ele também é totalmente humano e, assim, compreende nossas fraquezas e nossas tentações. Além do mais, o próprio Jesus experimentou fraquezas e tentações. No início do seu ministério, ele foi tentado por Satanás; ele enfrentou a sede, o cansaço, a traição e os desapontamentos durante seu ministério na terra.
Nada na experiência humana é estranho a ele, porque ele mesmo o sofreu. Ele foi tentado pelo próprio diabo no deserto (Mt.4).
Portanto, Cristo se compadece da nossa dor, do nosso sofrimento, das nossas angústias, etc. Ele não fica indiferente a nossa dor;
Aqueles cristão estavam vivendo em perseguição, lutas, dúvidas quanto a fé; etc
2° O SACERDOTE QUE ENCORAJA
chamar para o (meu) lado, chamar, convocar, adomestar:
Conservar firmemente a nossa confissão. “Apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos” (Hb 10.23). “Fiquemos firmes na fé”.
É mais do que guardar um conjunto de doutrinas, é a prática da vida cristã.
Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça. Aproximar com toda a confiança.
O verbo aproximar-se pode ter uma conotação religiosa, porque se refere frequentemente aos sacerdotes que, em seu serviço cúltico, se aproximavam de Deus com sacrifícios.
O escritor nos exorta a chegarmos perto do trono da graça em oração, pois o único sacrifício que um crente pode oferecer é um coração quebrantado e contrito.
“Ao trono da graça”: o pecador que vai ao trono da graça, arrependido e com fé, de fato encontra a graça perdoadora de Jesus.
Além disso, somos exortados a ir ao trono com confiança; isto é, podemos ir com ousadia (Hb 3.6; 10.19, 35), não de modo temerário ou com medo do julgamento, mas “em total confiança, sinceridade para com Deus e na esperança da plenitude da glória de Deus”. Jesus convida seu povo a se aproximar livremente, sem hesitação.
CONCLUSÃO