Cartas de João

Serie I, II e III João   •  Sermon  •  Submitted
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Introdução

1, 2, 3João: Como Ter Garantia da Salvação Capítulo 1: Uma Introdução à Primeira Carta de João

Ela descreve aqueles que são membros da família de Deus. Assim como os filhos refletem os pais, os filhos de Deus têm a sua semelhança. Quando um indivíduo se torna filho de Deus, ele recebe a vida de Deus, ou seja, a vida eterna.

Augustus Nicodemus declara que existem 21 cartas no cânon do Novo Testamento, e apenas 1João e Hebreus não trazem o prefácio costumeiro no qual o autor se apresenta.
Interessante como o vocabulário tanto nas epístolas quanto no evangelho mostra semelhança inconfundível. Ambos os livros enfatizam os mesmos temas: amor, luz, verdade, testemunho e filiação. Tanto a epístola quanto o evangelho revelam o uso literário de contraste: vida e morte, luz e trevas, verdade e mentira, amor e ódio.

As semelhanças podem ser observadas tanto com respeito ao conteúdo quanto ao estilo. A Primeira Carta de João, à semelhança de Hebreus, não tem o nome do autor na introdução nem saudações na conclusão. Isso pressupõe que o autor já era uma pessoa muito conhecida de seus leitores e dispensava qualquer apresentação. É uma carta de um pastor que ama as suas ovelhas e está profundamente interessado em protegê-las das seduções do mundo e dos erros dos falsos mestres, e em vê-las firmes na fé, no amor e na santidade

João não lida com nenhuma situação específica de determinada igreja. Essa carta é uma espécie de tratado teológico, onde João submete os crentes a três testes distintos: o teste teológico, ou seja, se acreditam que Jesus é o Filho de Deus; o teste moral, ou seja, se vivem de forma justa; e o teste social, se amam uns aos outros.

Quando João escreveu essa carta, da cidade de Éfeso, muitos dos cristãos já pertenciam à segunda ou terceira geração. Nessa época, a igreja de Éfeso já havia perdido o seu primeiro amor (Ap 2.4). O amor estava se esfriando (Mt 24.12). O perigo que atacava a igreja não era a perseguição, mas a sedução. O problema não vinha de fora, mas de dentro.

Jesus já havia alertado que “[…] muitos falsos profetas se levantariam, e enganariam a muitos” (Mt 24.11). Paulo já alertara os presbíteros da igreja de Éfeso acerca dos lobos que entrariam no meio do rebanho e de homens pervertidos que se levantariam no meio deles para arrastarem após si os discípulos (At 20.29,30).

Esses falsos mestres saíram de dentro da própria igreja (2.19) para fazer um casamento espúrio entre o cristianismo e a filosofia secular. Esse sincretismo produziu uma perniciosa heresia chamada gnosticismo. É esse perigo mortal que João combate nesta epístola.

Os propósitos da carta
João escreveu o evangelho para os descrentes e seu propósito era que seus leitores cressem que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenham vida em seu nome (Jo 20.31). A Primeira Epístola, por sua vez, foi escrita aos crentes para dar-lhes segurança da salvação em Cristo (5.13).
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