EXPIAÇÃO LIMITADA – Parte II – Pag. 48 - 54
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R. C. Sproul:
Nunca devemos subestimar a importância de nosso papel no evangelismo. Também não podemos superestimá-lo. Nós pregamos. Damos testemunho. Fornecemos o chamado exterior. Mas só Deus tem o poder de chamar uma pessoa para si mesmo interiormente. Não me sinto traído por isso. Ao contrário, sinto-me confortado. Precisamos fazer nosso trabalho confiando que Deus fará o dele.
4.2. QUEM LIMITA REALMENTE A EXPIAÇÃO.
4.2.1. Portanto, torna-se evidente que não é o calvinista que limita a expiação, e sim aqueles que negam que a morte expiatória de Cristo realiza o que necessitamos desesperadamente – ou seja, a salvação da condição de MORTE, DUREZA E CEGUEIRA, sob a ira de Deus.
4.2.2. Eles LIMITAM o poder e a eficácia da expiação, para que possam dizer que ela foi realizada até em favor daqueles que morrem em favor daqueles que morrem em incredulidade e são condenados.
4.2.3. A fim de dizer que Cristo morreu DA MESMA MANEIRAem favor de todos os homens, eles têm de limitar a expiação a uma POSSIBILIDADE ou a uma OPORTUNIDADE de salvação, se homens caídos puderem escapar de sua morte e rebelião para obter fé por um meio eficaz, NÃO PROMOVIDO PELA CRUZ.
4.2.4. Por outro lado, nós não limitamos o poder e a eficácia da expiação. Pelo contrário, afirmamos que na CRUZ, Deus tinha em vista a REDENÇÃO CONCRETA e EFICAZ de seus filhos de tudo que os destruiria, inclusive sua própria incredulidade.
4.2.5. E afirmamos que Cristo morreu especificamente por sua noiva, ele não criou simplesmente uma possibilidade ou uma oportunidade de salvação, mas COMPROU realmente e OBTEVE infalivelmente para eles tudo que é necessário para torná-los salvos, incluindo a GRAÇA DA REGENERAÇÃO e o DOM DA FÉ.
4.2.6. Não negamos que Cristo morreu, EM ALGUM SENTIDO, para salvar todos. O que negamos é que a morte de Cristo foi no MESMO sentido em favor de todos os homens. Deus mandou Cristo para, em algum sentido salvar todos. E o enviou para salvar, EM UM SENTIDO MAIS ESPECIFICO, aqueles que creem. A intenção de Deus é diferente para cada grupo. I Timóteo 4:10
4.2.7. Para TODOS OS HOMENS, a morte de Cristo é o fundamento para a oferta gratuita do evangelho. O enviar o Filho é para todo o mundo no sentido que Jesus deixou claro: PARA QUE TODO O QUE NELE CRÊ NÃO PEREÇA. Nesse sentido, Deus enviou Jesus para todos. João 3:16
4.2.8. Deus é salvador de todos os homens porque Cristo morreu para PROVER uma oferta de perdão totalmente CONFIÁVEL E VÁLIDA, para que todo aquele que CONFIAR em Cristo, sem exceção, seja salvo.
4.2.9. Quando o evangelho é pregado, Cristo é oferecido a todos, SEM DISCRIMINAÇÃO. E a oferta é plenamente autêntica para todos. O que é oferecido é Cristo, e qualquer um – qualquer um que recebe a Cristo, recebe TUDO que ele comprou para suas ovelhas, sua noiva.
4.2.10. O evangelho não OFERECEuma possibilidade de salvação. Ele é a possibilidade de salvação. Mas o que é oferecido é Cristo, e nele, a INFINITA realização que ele consumou em favor de seu povo, por meio de sua morte e ressurreição.
4.3. O PAPEL CRUCIAL DA NOVA ALIANÇA
4.3.1. O fundamento bíblico para dizermos que Cristo morreu não somente para tornar disponível a salvação para todos os que crerem, mas também para COMPRAR A FÉ dos eleitos é o fato de que o sangue de Jesus ADQUIRIU as bençãos da nova aliança para seu povo. Mateus 26:28
4.3.2. O ponto de vista arminiano apresenta os pecadores como necessitados da ajuda divina para crerem. Isso é verdade. Precisamos de ajuda. Nesse ponto de vista, o pecador, depois de ser ajudado por Deus, PROVÊ o impulso decisivo. Deus apenas AJUDA; o pecador DECIDE.
4.3.3. Assim, “O SANGUE DA ALIANÇA” não garante decisivamente a nossa fé. A causa decisiva da fé é a AUTODETERMINAÇÃO HUMANA. A obra expiatória de Cristo, eles dizem, estabelece esta possibilidade, mas não garante o resultado.
4.3.4. Todavia, a nova aliança, comprada pelo sangue de Cristo, ensina algo muito diferente. Deus expressou os TERMOS da nova aliança por meio de Jeremias 31:31-34
4.3.5. Uma diferença fundamental entre a nova aliança prometida e a velha aliança feita com seus pais é que eles QUEBRARAM a velha aliança, mas na nova aliança Deus IMPRIMIRÁ neles a lei e a INSCREVERÁ no seu coração, para que as condições da aliança sejam garantidas pela iniciativa SOBERANAde Deus.
4.3.6. A nova aliança não será quebrada. Isso é parte do PROPÓSITO de Deus. Ela faz reivindicação dos participantes da aliança, e as GARANTE E PRESERVA.Jeremias 32:39-41.
4.3.7. Deus faz pelo menos 6 promessas neste texto:
· Farei com eles uma aliança eterna.
· Eu lhes darei o tipo de coração que garante o temerem a mim para sempre.
· Nunca deixarei de lhes fazer o bem.
· Porei o temor a mim no seu coração.
· Não deixarei que se apartem de mim.
· Eu me alegrarei em lhes fazer o bem.
4.3.8. Deus não deixará no poder da vontade humana caída o OBTER E O PRESERVAR a sua permanência na nova aliança. Ele dará um novo coração – um coração que teme o Senhor. Será decisivamente uma obra de Deus e não de homem. E Deus agirá nesta aliança para que NUNCA SE APARTEM DE MIM. Ezequiel profetizou da mesma maneira: Ezequiel 11:19 e 36:26-27
4.3.9. Se a nova aliança deverá ser mais bem sucedida do que a velha aliança, Deus terá de remover o coração de pedra e dar ao seu povo um coração que O AMA. Ele terá de tomar a iniciativa miraculosa para garantir a fé e o amor de seu povo. Isto é exatamente o que Moisés disse que Deus faria: Deuteronômio 30:6
4.3.10. Se alguém desfruta de participação na nova aliança, com todas as suas bençãos, isso acontece porque Deus PERDOOU sua iniquidade, REMOVEU seu coração de pedra, lhe DEU um coração sensível, que teme e ama a Deus, e a fez andar nos estatutos dele.