Evangelização

Introdução

Uma das grandes ênfases da Reforma Protestante no século XVI foi que o Evangelho chegasse a todas as pessoas.

Um dos grandes incentivadores para que o Evangelho chegasse ao novo mundo foi João Calvino que enviou para o Brasil recém descoberto alguns hugenotes que vieram aqui para iniciar uma nova vida e pregar o evangelho; e tantos outros que de Genebra incendiaram a Europa com a mensagem do Evangelho.

A evangelização é uma marca distintiva da igreja de Cristo. Faz parte de sua identidade. E você tem uma grande responsabilidade nisso.

Observando o ministério de Paulo na cidade de Éfeso, quais são as marcas da evangelização?

I. Marcada por uma mensagem Cristocêntrica e pela obra do Espírito Santo (vs. 1-7)

O evangelho chega a alguns discípulos de João Batista que ouviram o evangelho;

Os discípulos não conheciam a mensagem sobre Jesus Cristo;

Foram batizados e receberam o Espírito Santo;

Aplicações:

A vida e a obra de Jesus é o centro da mensagem evangelística.

O Espírito Santo é derramado sobre todos os que crêem em Cristo e se tornam seus discípulos.

II. Marcada pelo ensino e apologética (vs. 8-10)

Falando com ousadia, discutindo e persuadindo - uma mensagem que pode ser entendida racionalmente;

Rejeitando os que falam mal do Caminho;

Ensinando na Escola de Trajano;

Aplicações:

Evangelizar é expor com convicção a mensagem sobre Cristo, fazendo defesa do evangelho.

É melhor se afastar de uns e somar forças com outros.

O evangelho avança apesar da rejeição.

III. Marcada pela manifestação do poder de Deus (vs. 11-20)

Os sinais extraordinários feitos por Deus por intermédio do apóstolo Paulo;

A tentativa frustrada de alguns judeus exorcistas;

O temor causado pelo episódio;

A transformação causada pelo Evangelho

Confissão pública de suas más obras;

Abandonando as práticas mágicas;

Aplicações:

A evangelização não é um mero exercício racional, mas a demonstração do poder de Deus na vida das pessoas.

O evangelho não pode ser vendido nem utilizado para fins próprios.

Não somos chamados expressar uma fé solitariamente, mas publicamente.

O evangelho requer de nós um custo - o de abandonar nossas práticas e obras más.

Conclusão

Tanto os apóstolos como os reformadores foram evangelistas fervorosos que se dedicaram a anunciar Jesus de forma intensa e ousada, colhendo os frutos de uma grande transformação que tocou a vida de pessoas, cidades e nações. Assim como aconteceu com Éfeso e a Europa. No entanto, ironicamente ambas não se mantiveram no primeiro amor. Perderam a centralidade da obra de Jesus, tornaram-se céticos, cada um a sua maneira, deixaram Jesus de lado. Por isso, Éfeso ruiu e a Europa é considerada hoje um continente pós-cristão, com um menor indice de cristãos. Diante de tantos desafios, nós somos chamados, à semelhança de Paulo e dos reformadores, a nos dedicar com zêlo intenso a pregar o evangelho, ter a evangelização como algo distintivo em nossa vida cotidiana, em nossa vida como igreja.