O ENSINO DE JESUS SOBRE A ORAÇÃO
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Mateus 6.5 “E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.”
Mateus 6.5 “E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.”
a) “Não sejas como os hipócritas”
a) “Não sejas como os hipócritas”
A palavra “hipócrita” no grego ὑποκριτής hupokrites, literalmente significa “um ator sob uma personagem (um ator de palco), i.e., figuradamente um enganador, um impostor”. Sabemos que os atores estão sob o palco para encenar histórias fictícias, i.e., que não são reais. Assim eram os religiosos da época de Jesus, encenando uma vida religiosa cheia de mentiras.
b) “Pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens”.
b) “Pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens”.
O termo “serem vistos” no seu contexto original (gr. φαίνω Plainō) é “parecerem, ou aparentarem justiça”. Esta aparência é descrita por Jesus em Mateus 23.28: “Assim, também, exteriormente pareceis justos aos homens; mas interiormente estais cheios de hipocrisia e iniquidade”. São como os sepulcros caiados, belos por fora, aparentemente limpos e adornados de santidade, mas por dentro (na verdade), estão cheios de toda podridão de pecados (Mt 23.27).
c) “Em verdade vos digo que já receberam seu galardão”
c) “Em verdade vos digo que já receberam seu galardão”
A palavra galardão (gr. μισθός Misthos), é literalmente “salário, um pagamento, uma recompensa”, neste sentido, é a recompensa a ser recebida no futuro, i.e., os hipócritas têm a sua recompensa garantida.
Mateus 6.6 “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.”
Mateus 6.6 “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.”
“O significado de aposento é um depósito, despensa, apartamento particular, quartinho ou “gabinete”, onde a pessoa pode retirar-se e fechar-se do mundo para comungar com Deus”.
Isto porque, a oração oculta, feita em secreto, tem como único interesse de ser ouvida por Deus e por mais ninguém. Neste versículo vemos que a oração deve ser discreta, pois aquele que ora, não busca ser visto como um “orador” e assim aparentar piedade ou santidade. Jesus por muitas vezes demonstrou que a oração deve ser discreta, quando se ausentava para orar em particular (Mt 14.23; 26.36).
Mateus 6.7 “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.”
Mateus 6.7 “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.”
a) “Não useis de vãs repetições”
O termo “vãs repetições” no original (gr. βαττολογέω battolodeō) é o “gago, no sentido proverbial, i.e., tagarelar tardiamente”. É falar muito sem demonstrar conteúdo, repetindo a mesma coisa muitas vezes. Uma oração sem propósito é como uma conversa trivial que serve apenas para passar o tempo, é uma conversa jogada fora, uma oração insensata.
Como a expressão popular: “blábláblá...”. Os pagãos pensam que por meio de repetições infinitas e muitas palavras eles informariam os deuses sobre o que estivessem precisando e os cansariam para que lhes concedessem os pedidos.
Entretanto, a intenção dos fariseus não era ganhar os ouvidos de Deus, mas os olhos dos homens.