Sem título Sermão (14)

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Lucas 15.25–32 RA
Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo. E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo. Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado. Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu. Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.
Uma das situações mais angustiantes para uma família é lidar com desaparecimentos de membros. Quem já passou por isso testemunha que desejaria a notícia de uma morte, pois a história já teria tido um ponto final, que viver a angústia de um desaparecido e não saber como ele está passando. Por outro lado, quando encontra-se o perdido, a vida recebe cores vivas com muita emoção, alegria, celebração, festa. No texto lido, que é o desfecho da parábola do Filho Pródigo, a ceia festiva da celebração, patrocinada pelo pai, está acontecendo com muito ânimo e empolgação. Uma ceia com bezerro sacrificado para a especial ocasião, atraindo as pessoas para celebrar a volta do filho perdido.
Muitas semelhanças são evidentes com a Ceia instituída por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Um Cordeiro foi morto, gerando festa e vida aos que Nele creem. O pão simboliza o corpo, o vinho, o sangue desse Cordeiro derramado. Pecadores, antes distantes do Pai, foram atraídos na Cruz e reconciliados na família de Deus.
É muito significativo desfrutarmos do privilégio de participarmos da Ceia. Celebramos a nossa vida alcançada pela morte do Senhor. Jesus morreu há dois mil anos, e ainda hoje, em todo lugar ao redor do mundo, pessoas estão sentadas, partindo o pão, bebendo o vinho, lembrando e celebrando a morte de Cristo que nos deu vida, até que ele venha.
Mas na celebração do texto lido, nem tudo foi alegria. Um personagem muitas vezes esquecido nessa história, o filho mais velho, nos mostrará atitudes tenebrosas, infelizmente presentes em nossas celebrações, em nossas vidas, e que devem ser evitadas. REVOLTA, APELO PELA MERITOCRACIA, CARNALIDADE.
Vamos conhecê-lo melhor. Com o pedido do mais moço pela sua parte na herança, o pai repartiu com os dois o que era direito. O mais velho também recebeu sua parte, porém ficou em casa. Era um menino trabalhador e se mostrava uma pessoa digna.
Lucas 15.25 RA
Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
Certo dia, cumprindo sua jornada diária, voltou do trabalho no campo e logo ouviu o barulho da grande festa. Perguntou ao criado o que era, e foi surpreendido com a resposta:
Lucas 15.27 RA
E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde.
Interessante a resposta sucinta porém detalhada, sem deixar dúvidas do que se tratava. “Veio teu irmão” revela que não chegou qualquer um; foi o irmão descabeçado. “Teu pai mandou matar o novilho” deixa claro que a festa foi encabeçada pelo dono da casa. Totalmente esclarecido dos fatos, revela-se sua indignação e sua recusa em participar da grande ceia. O FILHO MAIS VELHO SE REVOLTOU CONTRA A VONTADE DO PAI
Lucas 15.28 RA
Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo.
Essa revolta fez com que ele ficasse cirandando no entorno do grande banquete sem desfrutar do que foi preparado pelo pai. O cheiro da carne, o barulho dos risos regados a vinho só fizeram aumentar em seu coração a amargura. Estava perto da festa que celebrava a reconciliação, mas privado de participar por conta do muro da mágoa e revolta que ele mesmo construíra. A vontade do pai estava cumprida, mas não se ajustava à vontade do filho mais velho; isso o revoltou e magoou.
A MÁGOA NOS PRIVA DA CEIA DA ALEGRIA DO PAI. A palavra é para os que nunca saíram da igreja, mas vivem longe da comunhão com o Pai e com os irmãos por causa das mágoas do coração. A Ceia nos chama a um relacionamento com aquele que por nós morreu, e com aqueles que foram feitos família de Deus. Na caminhada cristã algo sempre acontece e quebra a comunhão, lançando revolta e mágoa em nosso coração. O Pai conhece os corações e recebe aqueles que tomam o caminho de volta para Ele. Nós, por vezes temos a postura do filho mais velho, julgando, condenando e executando as pessoas em nosso coração.
A orientação dada por Jesus para participar da Ceia cabe bem aqui...
1Coríntios 11.28 RA
Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice;
Esse autoexame é que nos mostrará se estamos em trevas ou luz, amizade ou inimizade, ódio ou amor. Devemos nos examinar, mudar de atitude e entrar para o banquete. A mesa nos chama e quer nos incluir. O autoexame é necessário para quebrar as barreiras do nosso coração. Casais necessitam reconciliação, percebem e não entram na festa da comunhão por orgulho, revolta, mágoa. Amizades de anos da mesma forma, bem como pais e filhos. A mesa nos convida a reconciliarmos com o Pai e com os irmãos. Que faremos?
O pai da parábola percebe a mágoa e revolta do filho, e sai ao seu encontro. Mesmo estando no quintal de casa, o filho estava com o coração a quilômetros de distância. O PAI VAI AO ENCONTRO, OUVE E ORIENTA.
Lucas 15.28–30 RA
Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo. Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado.
O pai vai ao encontro do filho mais velho, tenta convencê-lo a participar. A impressão é que o pai pergunta as razões para tanta revolta, pois o menino responde e o pai pacientemente ouve. Na resposta o menino deixa claro que sua obediência não foi proveniente de um amor incondicional de filho, mas de servo que merecia como recompensa por seus serviços, ao menos um cabrito para alegrar-se com os amigos. Aquele menino estava na casa, trabalhando para o pai, e não com o pai, ou pelo pai. Trabalhar com o pai é ter a companhia dele. Trabalhar pelo pai é fazer por amor, em resposta a tudo o que o pai fez. Trabalhar para o pai é diferente, pois é fazer para obter recompensa. É querer os méritos das conquistas. Isso é muito presente em outra parte de crentes que estão dentro da Igreja!
Estão cansados, decepcionados, revoltados, porque trabalham muito PARA DEUS e não COM ou POR DEUS. Já que você está na casa, chame Deus para suas demandas, reconheça que sem Ele nada pode, e trabalhe muito por Ele, sempre em resposta à graça maravilhosa Dele em sua vida.
Quantas vezes nós, querendo ter justiça própria, somos injustos com os irmãos. O filho mais velho nem trata seu irmão como irmão, diz “teu filho”, e ainda afirma o que não tem certeza, dizendo que os gastos foram com meretrizes. Quantas vezes estamos apontando o dedo para os outros por nos acharmos merecedores de recompensa do Pai. O pai ouviu tudo aquilo, entendeu e orientou ao menino.
Lucas 15.31–32 RA
Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu. Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.
Se o pai não foi chamado de pai pelo filho, ele começa sua fala tratando o menino de “meu filho”. Ou seja: ACORDA MENINO. NUNCA TE TRATEI COMO SERVO, E TUDO QUE É MEU É TEU. O pai deixou claro que sempre o considerou como filho amado. A festa que ocorria era necessária, e o pai deu as razões. Deixou claro para o mais velho que quem havia voltado era irmão dele, e que estava morto e perdido.
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