TRÊS REFEIÇÕES COM DEUS – LC. 22.14-22

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Jesus faz referência a três outras refeições (as + significativas): a Páscoa, a Ceia do Senhor e a Ceia das Bodas do Cordeiro. A Páscoa é uma refeição do passado. A Ceia do Senhor é uma refeição para o presente. E a Ceia das Bodas do Cordeiro é uma refeição no futuro.

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Transcript

INTRODUÇÃO

Comer é uma coisa boa não é verdade!
Quem não gosta de comer? Deus poderia ter nos projetado de maneira diferente, de modo que não exigíssemos ou gostássemos de comida, mas ele não o fez. Ele escolheu nos tornar, nesta vida, dependentes de alimentos para a vida e saúde. Ele nos criou de tal forma que os alimentos são saborosos para a língua e trazem satisfação para o corpo.
A comida é importante para nós não só fisicamente, mas também socialmente.
Compartilhar refeições é uma parte importante da amizade e da hospitalidade. Quando compartilhamos comida, compartilhamos vida e substância.
Deus repetidamente inventa maneiras para Ele e o Seu povo compartilharem as refeições em comunhão um com o outro.
Gn. 18 Deus compartilhou uma refeição com Abraão antes de julgar Sodoma e Gomorra;
Moisés e os 70 anciãos comem na presença de Deus quando Deus confirmou sua aliança com Israel no Monte Sinai (Êx. 24:11);
As ofertas levíticas incluíam o que foi chamado de oferta de comunhão (Lv. 3): nesta oferta parte do animal era comida no santuário pelo ofertante e sua família junto com o sacerdote como uma refeição comum na presença de Deus;
Lemos nos evangelhos como Jesus comia com seus discípulos e compartilhou um café da manhã com eles na praia após sua ressurreição. (João 21: 10-13).
Lucas 22: 14-20 descreve a última ceia de Jesus com seus discípulos na noite anterior à sua crucificação.
Aqui Jesus faz referência a três outras refeições (as + significativas): a Páscoa, a Ceia do Senhor e a Ceia das Bodas do Cordeiro. A Páscoa é uma refeição do passado. A Ceia do Senhor é uma refeição para o presente. E a Ceia das Bodas do Cordeiro é uma refeição no futuro.
Então, vejamos nesta passagem de Lucas o que podemos aprender sobre essas três refeições com Deus descritas na Bíblia:
I. A REFEIÇÃO DA PÁSCOA - UMA REFEIÇÃO DO PASSADO - LUCAS 22: 14-15 / ÊXODO 12: 1-30
A primeira coisa que aprendemos em Lc. 22.14-15 é que a refeição que Jesus partilhou com os seus discípulos naquela noite antes de ser crucificado, era uma refeição pascal.
A. LIBERTAÇÃO DA ESCRAVIDÃO (ÊXODO 3: 7-10; 12: 12-13)
1. A Páscoa era a mais importante de todas as refeições judaicas. Todos os anos, os judeus se reuniam com suas famílias para compartilhar essa refeição juntos na presença de Deus.
2. A refeição da Páscoa significava a libertação da escravidão - a libertação de Israel da escravidão no Egito. Por quatrocentos anos, Israel sofreu como escravos no Egito até que Deus atendeu o clamor do povo e levantou Moisés (Êxodo 3: 7-10)
3. Moisés não estava muito entusiasmado com sua nova missão, mas depois de mais algum diálogo com Deus, Moisés saiu com seu irmão Aarão para levar a mensagem de Deus ao Faraó: "Deixe meu povo ir!" Então, em Êxodo 7-12, lemos sobre as dez pragas que Deus operou entre os egípcios antes que Faraó finalmente estivesse disposto a deixar os israelitas irem.
3.1. A refeição da Páscoa surgiu da décima e última praga. Deus enviou um anjo destruidor para tirar a vida de todo primogênito do Egito ... (Êxodo 11: 5).
Mas, como Deus havia feito com várias das outras pragas, ele fez uma distinção entre o Egito e Israel.
3.2. Deus instruiu os israelitas por meio de Moisés que no décimo dia do mês cada homem deveria levar um cordeiro para sua família, um para cada casa. Eles deveriam cuidar dos cordeiros por quatro dias, e então no décimo quarto dia do mês todo o povo de Israel os mataria ao crepúsculo. Em seguida, eles deveriam pegar um pouco do sangue dos cordeiros e colocá-lo nas laterais e no topo dos batentes das portas de suas casas. Naquela noite, deviam comer a carne assada no fogo, junto com ervas amargas e pão feito sem fermento.
3.3. Deus disse em Êxodo 12: 12-13: “Porque naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei de morte todos os primogênitos na terra do Egito, tanto dos homens como dos animais; e executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor. 13 Mas o sangue servirá de sinal nas casas em que estiverdes. Se eu vir o sangue, passarei adiante, e não haverá praga entre vós para vos destruir, quando eu ferir a terra do Egito” (Êxodo 12: 12-13).
3.4. O anjo destruidor veria o sangue nas ombreiras das portas e “passaria por cima” dessas casas - daí o nome “Páscoa”.
4. Os israelitas obedeceram as ordens de Deus e prepararam a refeição da Páscoa conforme as instruções:
Naquela noite, à meia-noite, Deus tirou a vida dos filhos primogênitos do Egito. A décima praga finalmente quebrou o coração teimoso de Faraó, e ele deixou o povo de Israel ir. Eles foram imediatamente libertados da escravidão. Faraó nem mesmo esperou pela manhã, mas convocou Moisés e Arão durante a noite e os convidou a irem embora.
B. RECONSTITUIÇÃO DA LIBERTAÇÃO DE DEUS (ÊXODO 12: 14-20)
1. A refeição pascal original marcou a época da libertação de Israel da escravidão no Egito:
À partir de então, Deus a estabelece como estatuto perpétuo (Êx. 12: 14-20).
1.1. A refeição pascal anual era na verdade uma representação simbólica da libertação de Deus que ocorreu na primeira Páscoa:
ü Ervas amargas: lembrança da amargura da escravidão de Israel no Egito;
ü O cordeiro pascal: lembrança dos cordeiros que foram sacrificados para que o anjo destruidor pudesse passar por cima de suas casas e poupar seus filhos primogênitos;
ü Pão sem fermento: lembrete de sua partida apressada no meio da noite.
1.2. A refeição da Páscoa é uma refeição maravilhosa por si só, rica em simbolismo e testificando do grande poder de Deus em libertar seu povo. A maioria dos judeus e até mesmo alguns cristãos ainda celebram a Páscoa hoje.
2. Mas para o cristão, a refeição pascal assume um significado ainda mais profundo:
Encontramos nos eventos da Páscoa e na própria refeição pascal um prenúncio de Cristo e da cruz.
Na Páscoa, Deus libertou Israel da escravidão- na cruz, Jesus nos libertou do pecado.
Na Páscoa, um cordeiro inocente, sem mancha ou defeito, foi sacrificado pelo povo - na cruz, Jesus, o Cordeiro perfeito de Deus, foi sacrificado por nós.
Essa primeira REFEIÇÃO nos leva à segunda REFEIÇÃO ...
II. CEIA DO SENHOR - UMA REFEIÇÃO PARA O PRESENTE – LC 22: 19-20
A Páscoa apontava para a morte de Cristo na cruz e a libertação do pecado. Jesus compartilhou a refeição da Páscoa com seus discípulos e a transformou em uma nova refeição - a Ceia do Senhor.
E quando compartilhamos a Ceia do Senhor juntos, também compartilhamos a comunhão entre nós e a comunhão com Deus de uma forma especial.
A. LIBERTAÇÃO DO PECADO (MT. 26:28)
Assim como a refeição da Páscoa significava para Israel uma libertação da escravidão, a Ceia do Senhor, ou Comunhão, significa para nós a libertação do pecado.
Jesus disse sobre o cálice da comunhão em Mateus 26:28: “pois isto é o meu sangue, o sangue da aliança derramado em favor de muitos para perdão dos pecados”. (Mateus 26:28)
1. O perdão dos pecados foi assegurado na cruz para todos os que colocam sua confiança e fé em Cristo como Salvador:
Assim como os cordeiros da Páscoa serviam como substitutos para os filhos primogênitos de Israel, Jesus morreu como nosso substituto na cruz.
Observe as palavras de Jesus nos versículos 19 e 20: "Isto é o meu corpo dado em favor de vós; ... este cálice é a nova aliança em meu sangue, derramado em favor de vós”.
2. Jesus morreu na cruz por você. Seu corpo foi dado por você; seu sangue foi derramado por você. Se você crer em Cristo, então seus pecados estão perdoados. Jesus já pagou o preço por você na cruz e você foi libertado da penalidade do pecado.
B. LEMBRETE DA MORTE DE JESUS (Lc. 22:19)
Assim como a refeição pascal foi projetada como uma encenação da libertação de Deus para Israel, também a Ceia do Senhor foi projetada como um lembrete da libertação de Cristo para nós.
1. Assim como os elementos da refeição pascal têm significado simbólico, os elementos da Ceia do Senhor têm significado simbólico:
1.1. O pão representa o corpo de Cristo, partido e rasgado por nós;
1.2. O cálice representa o sangue vital de Jesus, que foi derramado até a morte por nós.
2. A Ceia do Senhor é uma refeição memorial onde nos lembramos da morte de Cristo por nós na cruz.
E ao partilharmos esta refeição juntos, Deus está presente na comunhão de uma forma muito especial através do seu Espírito e do seu Filho. A Ceia do Senhor é a nossa refeição de comunhão com Deus no presente, e é um belo momento de nos reunirmos como o corpo de Cristo até o dia em que Cristo retornará.
Isso nos leva à terceira REFEIÇÃO: A Ceia das Bodas do Cordeiro.
A Páscoa é uma refeição do passado. A Ceia do Senhor é uma refeição para o presente. A Ceia das Bodas do Cordeiro é uma refeição no futuro.
III. A CEIA DAS BODAS DO CORDEIRO - UMA REFEIÇÃO NO FUTURO - LUCAS 22: 16-18 / APOCALIPSE 19: 6-9
A. VEJAMOS LUCAS 22:16 -18.
1. Jesus disse isso a respeito da refeição pascal que compartilhou com seus discípulos na noite antes de ser crucificado: (ler os vs.)
1.1. Já vimos que a refeição pascal no Antigo Testamento prefigurava a Ceia do Senhor no Novo Testamento. Mas nestes versículos, Jesus diz que tanto a PÁSCOA quanto A CEIA DO SENHOR encontram seu cumprimento final no REINO DE DEUS.
2. A Bíblia diz que é a CEIA DAS BODAS DO CORDEIRO que celebraremos:
2.1. Lembre-se:
ü De que a refeição pascal era uma refeição de cordeiro;
ü A Ceia do Senhor comemora Jesus, nosso cordeiro pascal que foi sacrificado por nós.
A Ceia do Senhor não é apenas um memorial à morte de Jesus na cruz, mas também aponta para o seu retorno. E, ao fazer isso, espera uma REFEIÇÃO ainda maior - esta CEIA DAS BODAS DO CORDEIRO.

B. LEMOS SOBRE A CEIA DAS BODAS DO CORDEIRO EM AP.19: 6-19:

1. Libertar-se da tristeza (Ap. 19: 7)
Apocalipse 19.7 (RA)
Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou,
Assim como a refeição da Páscoa significa a libertação da escravidão, e a Ceia do Senhor significa a libertação do pecado, a Ceia das Bodas do Cordeiro significa a libertação da tristeza.
1.1. Um casamento é um momento de alegria (Ap. 19: 7): A Ceia das Bodas do Cordeiro será um momento de alegria como nenhum outro.
1.2. Teremos muitos motivos para nos alegrar:
ü Teremos ressuscitado dos mortos em nossos novos corpos ressurretos;
ü Teremos entrado na beleza e perfeição do céu, nosso lar eterno;
ü Estaremos reunidos com amigos e entes queridos que partiram;
ü Mas, acima de tudo, estaremos na presença de nosso grande Deus e Pai e de nosso maravilhoso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
A CEIA DAS BODAS DO CORDEIRO marca o início de nossa nova vida no céu, onde não haverá maismorte, luto, choro ou dor. Estaremos livres de todas as dores e tristezas deste mundo. Estaremos livres da presença do pecado e da dor. Seremos libertados da tristeza para a alegria eterna.
2. Realização do desígnio de Deus (Ap. 21: 3)
Apocalipse 21.3 RA
Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.
2.1. A Ceia das Bodas do Cordeiro também marca a realização do desígnio de Deus. Dissemos no início da mensagem de hoje que sempre foi plano de Deus ter comunhão conosco, mas o pecado trouxe a separação de Deus e interrompeu o plano de Deus. A Ceia das Bodas do Cordeiro marca a restauração e realização do projeto original de Deus.
2.3. Apocalipse 21: 3 diz o seguinte sobre o céu:
“E ouvi uma forte voz, que vinha do trono e dizia: O tabernáculo de Deus está entre os homens, pois habitará com eles. Eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles.”
2.4. O desejo e plano de Deus para uma comunhão perfeita com o homem encontrará cumprimento final na Ceia das Bodas do Cordeiro:
ü A igreja será a noiva nesta ceia;
ü E a igreja, como a Noiva de Cristo, será vestida de linho branco, um símbolo de justiça e pureza diante de Deus;
ü Os salvos perdoados, lavados, limpos e purificados - não haverá mais pecado no caminho, não haverá mais obstáculos entre nós e Deus - apenas a bela e doce comunhão de comunhão ininterrupta com Deus e Jesus.
Aqui, na Ceia das Bodas do Cordeiro, tanto a Páscoa quanto a Ceia do Senhor, e todas as refeições já compartilhadas, encontram seu cumprimento final. DEUS E O HOMEM SERÃO RESTAURADOS À PERFEITA COMUNHÃO JUNTOS.
CONCLUSÃO
Esta manhã temos a mesa da Ceia do Senhor diante de nós. É nossa refeição com Deus no momento. Significa a libertação do pecado e serve como um lembrete da morte de Jesus por nós na cruz.
A refeição da Páscoa é uma refeição do passado. Ele encontra seu cumprimento aqui na Mesa do Senhor. Mas, mesmo ao compartilharmos a comunhão hoje, lembre-se de que esta refeição também é apenas temporária.
Pois quando Cristo retornar, a Ceia do Senhor dará lugar à Ceia das Bodas do Cordeiro, a reunião alegre e alegre do povo de Deus com seu grande Deus e Salvador: Jesus Cristo o Cordeiro perfeito de Deus, que tira o pecado do mundo.
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