Estais vigilantes para o dia do Senhor
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Estais vigilantes para o dia do Senhor
Estais vigilantes para o dia do Senhor
ACF2007 - 1 Tessalonicenses 5:1-11: (5:1) MAS, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; (5:2) Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; (5:3) Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. (5:4) Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; (5:5) Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. (5:6) Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios; (5:7) Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, embebedam-se de noite. (5:8) Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação; (5:9) Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, (5:10) Que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele. (5:11) Por isso exortai-vos uns aos outros, e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.
Os cristãos de Tessalônica estavam ansiosos pela volta de Jesus Cristo. Eles estavam sofrendo perseguições, e diversas aflições. Não bastasse isso, surgiam falsos profetas no meio deles, dizendo que Jesus Cristo já teria voltado. Por este motivo Paulo escreve diversas vezes a esta igreja sobre o assundo da volta de Cristo.
Aqui, neste momento, Paulo traça uma diferença entre o cristão que aguarda a volta de Cristo e as pessoas do mundo; esse é o tema que Paulo desenvolve nesta seção.
Seu propósito é encorajar os cristãos a viverem em santidade em meio ao paganismo. Ele o faz destacando o contraste entre os cristãos e os não salvos.
Jesus Cristo une e também divide. Os que o aceitaram como Salvador são unidos em Cristo como filhos de Deus. Somos membros do corpo e "um em Cristo Jesus" (Gl 3:28). Quando Jesus Cristo voltar nos ares, "seremos arrebatados juntamente com eles [os mortos em Cristo que ressuscitarão primeiro]" (1 Ts 4:17) e nunca mais ficaremos separados.
Mas Cristo também divide: "Assim, houve uma dissensão entre o povo por causa dele" (Jo 7:43; 9:16; 10:19). A fé em Jesus Cristo não apenas promove nossa união com outros cristãos, mas também deve nos separar espiritualmente do resto do mundo. Jesus disse: "Eles não são do mundo, como também eu não sou" (Jo 17:16).
1. Conhecimento e ignorância (1 Ts 5:1, 2)
1. Conhecimento e ignorância (1 Ts 5:1, 2)
ACF2007 - 1 Tessalonicenses 5:1-2: (5:1) MAS, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; (5:2) Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite;
Devemos considerar com atenção três expressões destes versículos.
1.1. "Os tempos e as épocas."
1.1. "Os tempos e as épocas."
Trata-se de uma oração encontrada em três ocasiões na Bíblia e se refere, principalmente, ao plano de Deus para Israel. É assim que Daniel se expressa quando Deus lhe revela o sonho do rei ("o tempo e as estações"; Dn 2:21). Jesus emprega essas palavras em Atos 1:7, indicando que os tempos e as épocas referem-se principalmente a Israel.
Deus tem um plano definido para as nações do mundo (At 17:26), e Israel é a nação-chave.
A. T. Pierson costumava dizer: "Nossa história é a história de Deus". Deus determinou os tempos e as épocas para as nações da Terra, especialmente para Israel; e tudo isso culminará em um período terrível conhecido como "o Dia do Senhor".
1.2. "O Dia do Senhor."
1.2. "O Dia do Senhor."
Na Bíblia, a palavra dia pode se referir a um período de 24 horas ou a um período mais extenso, no qual Deus cumpre algum propósito especial. Em Gênesis 2:3, o termo refere-se às vinte e quatro horas, mas em Gênesis 2:4 descreve a semana toda da criação.
O Dia do Senhor é o período em que Deus julgará o mundo e castigará as nações. Ao mesmo tempo, Deus preparará Israel para a volta de Jesus Cristo à Terra, a fim de estabelecer seu reino. Em Amós 5:18ss, Joel 2:1 ss, Sofonias 1:14-18 e Isaías 2:12-21, encontramos uma descrição desse período importante.
Outra expressão usada para designar esse período é "tempo de angústia para Jacó" (Jr 30:7). Muitos estudiosos das profecias também o chamam de Tribulação e indicam Apocalipse 6 a 19 como a passagem das Escrituras que descreve mais claramente esse acontecimento.
1.3. "Como ladrão de noite."
1.3. "Como ladrão de noite."
O ladrão toma o proprietário da casa de surpresa. Ele não envia antecipadamente uma carta de advertência sobre seu plano, dizendo: “Amanhã a tal e tal hora lhe farei uma visita. Esconda em lugar seguro os seus valores”. Não. Ele vem repentinamente e inesperadamente. Assim também a vinda do dia do Senhor (ou seja, o dia de sua chegada para o juízo). Por isso, é perda de tempo indagar quanto tempo falta ou quando será.
Entretanto, a comparação, é válida também em outro aspecto estreitamente relacionado: o ladrão geralmente encontra suas vítimas despreparadas. Aqui, porém, a comparação é procedente só com referência aos não crentes, e não com referência aos crentes (I Tess 5:4).
Agora, juntando esses três conceitos, descobre-se o que Paulo desejava ensinar a seus amigos aflitos em Tessalônica.
· Já lhes falara que Cristo viria buscar a Igreja, acontecimento descrito em 1 Tess 4:13-18.
· Dissera a eles que haveria um período de grande sofrimento e tribulação na Terra antes do arrebatamento da Igreja.
Aqui, sua ênfase é simplesmente alertar aos cristãos sobre o que sucederia, enquanto os incrédulos não tinham conhecimento do plano de Deus. O caráter repentino desses acontecimentos revelará ao mundo sua ignorância da verdade divina.
2. Expectativa e surpresa (1 Tess 5:3-5)
2. Expectativa e surpresa (1 Tess 5:3-5)
ACF2007 - 1 Tessalonicenses 5:3-5: (5:3) Pois que, quando disserem: Há paz e segurança (despercebidos e despreparados), então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. (5:4) Mas vós, irmãos, já não estais em trevas (sem conhecimento), para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; (5:5) Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.
2.1. A expectativa
2.1. A expectativa
O mundo incrédulo desfrutará um tempo de falsa paz e segurança pouco antes desses acontecimentos cataclísmicos. Devemos observar com atenção o contraste entre "eles" (os incrédulos) e "vós" (ou "nós") ao longo de toda essa seção.
Eles dirão: "Paz e segurança!", mas nós diremos: "Jesus está voltando e o julgamento está a caminho!"
1 Tessalonicenses 5:3-5 - Pois que, quando disserem (os ímpios): Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.
2.2. A surpresa
2.2. A surpresa
O mundo será pego de surpresa, porque se recusa a ouvir a Palavra de Deus e a atentar para a advertência de Deus.
· Deus avisou que o dilúvio estava a caminho e, no entanto, somente oito pessoas creram e foram salvas (1 Pe 3:20).
· Ló avisou sua família de que a cidade seria destruída, mas ninguém lhe deu ouvidos (Gn 19:12-14).
· Jesus avisou sua geração de que Jerusalém seria destruída (Lc 21:19ss), e, graças a sua advertência, houve cristãos que conseguiram escapar, mas muitos outros pereceram durante o cerco.
Aliás, Jesus apresentou o dilúvio e a destruição de Sodoma e Gomorra como exemplos (Mt 24:37-39; Lc 17:26-30). Naquele tempo, as pessoas realizavam suas atividades diárias normalmente “comendo, bebendo, se casando” sem considerar, em momento algum, que o julgamento estava próximo.
O que poderia haver de errado em receber alimentação física, dedicar-se ao comércio ou à indústria, praticar a agricultura ou planejar um casamento? Deus pode ser glorificado por meio dessas coisas (1Co 10.31). Quando, porém, a alma é totalmente absorvida por elas, de tal forma que se tornam um fim em si mesmas.[1]
Isto serve também para pessoas dentro das igrejas que levam suas vidas “comendo, bebendo, se casando” sem tomar um posicionamento firme em relação à Deus. Sua vida diária em nada se deferem dos não cristãos.
2.3. Os cristãos não estão nas trevas pois tem os SINAIS da vinda
2.3. Os cristãos não estão nas trevas pois tem os SINAIS da vinda
Por outro lado, a história da igreja nos mostrou que pessoas bem intencionadas já tentaram estipular datas para a volta de Cristo e acabaram envergonhadas por seu fracasso. No entanto, é possível aguardar sua vinda sem determinar uma data específica.
Jesus Cristo nos ensinou a observar os "sinais" que precederiam seu segundo advento. Só que quando você está despercebido e distraído com as coisas desse mundo, seus olhos não conseguem enxergar os sinais.
Os cristãos são "filhos da luz", portanto não estão no escuro no que se refere aos acontecimentos futuros, os cristãos tem a bíblia que é viva e eficaz, e nos traz muitos sinais da sua vinda. O problema é que muitos cristãos tem a bíblia em suas mãos, mas não sabem o que fazer com ela, não sabem estudar a bíblia. Cristãos possuem a luz do mundo nas mãos, mas permanecem nas trevas por completa e absoluta ignorância.
Por outro lado, os incrédulos ridicularizam a ideia da volta de Cristo. "Tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda?" (2 Pe 3:3, 4).
E Deus também tem avisado o mundo que o Dia do Senhor estás prestes a chegar, as 7 trombetas do apocalipse apontam para esse alerta de Deus, ainda há tempo de arrependimento, mas as pessoas simplesmente estão ignorando os alertas de Deus.
E Deus também tem avisado o mundo que o Dia do Senhor estás prestes a chegar, as 7 trombetas do apocalipse apontam para esse alerta de Deus, ainda há tempo de arrependimento, mas as pessoas simplesmente estão ignorando os alertas de Deus.
2.4. Vivendo na expectativa
2.4. Vivendo na expectativa
Quase vinte séculos se passaram desde que Jesus prometeu que voltaria, e continuamos esperando. Isso não significa que Deus não cumpre suas promessas. Significa, apenas, que Deus não segue nosso calendário. "Para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia" (2 Pe 3:8).
· Paulo compara o julgamento vindouro às "dores de parto [daquela] que está para dar à luz" (1 Tess 5:3). Mesmo com todo o conhecimento médico moderno, as dores de parto continuam sendo reais e intensas. São acompanhadas de contrações musculares que permitem à mãe dar à luz o bebê.
· O profeta Isaías usa a mesma imagem ao descrever a vinda do "Dia do Senhor" (Is 13:6-13).
· Jesus chama o início do Dia do Senhor de "princípio das dores" (Mt 24:8); o termo grego traduzido por "dores" refere-se, especificamente, a dores de parto.
Isaías, Jesus e Paulo nos ensinam que o reino nascerá do Dia do Senhor. Quando os julgamentos de Deus tiverem chegado ao fim, o Filho de Deus voltará "com poder e muita glória" (Mt 24:30). Paulo descreve esse acontecimento em sua segunda epístola aos cristãos tessalonicenses.
Viver na expectativa não é vestir um lençol branco e assentar-se no alto de um monte. É justamente esse tipo de atitude que Deus condena (At 1:10, 11). Antes, é viver à luz de sua volta, conscientes de que nossas obras serão julgadas e de que não teremos novas oportunidades de servir. É viver de acordo com os valores da eternidade.
3. Sobriedade e embriaguez (1 Ts 5:6-8)
3. Sobriedade e embriaguez (1 Ts 5:6-8)
Ser sóbrio significa estar alerta, viver com os olhos abertos, ser sensato e constante. Para tornar o contraste mais vivido, Paulo retrata dois grupos de pessoas: um embriagado e adormecido e outro desperto e alerta. O perigo aproxima-se, mas os bêbados sonolentos não têm consciência do que se passa.
3.1. A conduta do cristão
3.1. A conduta do cristão
É evidente que os termos dormir, ser vigilante e ser sóbrio são usados aqui em sentido metafórico. Assim usados, seu significado é o seguinte:
v Dormir (cf. Mc 13.36; Ef 5.14) significa viver como se nunca houvesse de vir um dia de juízo. Pressupõe-se a existência de relaxamento espiritual e moral. Lucas 12.45 retrata esta condição de forma vívida. Assim o faz também a descrição das virgens displicentes, que não levaram óleo em suas vasilhas para suas lâmpadas (Mt 25.3,8). Isso significa estar despreparado.
v Ser vigilante significa viver uma vida santificada, consciente da vinda do dia do juízo. Pressupõe-se precaução espiritual e moral. O indivíduo vigilante tem sua lâmpada acesa e seus lombos “cingidos”, e é nessa condição que ele aguarda a volta do Noivo (sobre isso, leia Lc 12.35–40). A pessoa vigilante está sempre preparada.
v Ser sóbrio significa estar cheio de ardor moral e espiritual; não viver entusiasmados, por um lado, nem indiferentes, por outro, porém calma, firme e racionalmente (cf. 1Pe 4.7), fazendo seus deveres e cumprindo seu ministério (2Tm 4.5). A pessoa sóbria vive de maneira profunda. Seus prazeres não são primariamente os dos sentidos, como os prazeres do ébrio, por exemplo, porém os da alma.
Uma vez que somos "filhos do dia", não devemos viver como se fossemos das trevas. "Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias [imoralidade] e dissoluções [indecência], não em contendas e ciúmes" (Rm 13:12, 13).
Em outras palavras, uma vez que "o dia" se aproxima, é hora de despertar, de lavar-se e de vestir-se. Ao fazê-lo, devemos nos revestir "da couraça da fé e do amor e [tomar] como capacete a esperança da salvação" (1 Ts 5:8). Somente as "armas da luz" (Rm 13:12) poderão nos proteger devidamente nos últimos dias antes da volta de nosso Senhor.
· Cristão sóbrio tem uma visão de mundo tranquila e sensata.
· Não é complacente, mas também não é frustrado nem temeroso.
· Ouve as notícias trágicas da atualidade sem perder o ânimo.
· Passa pelas dificuldades da vida, mas não desiste.
· Sabe que seu futuro está seguro nas mãos de Deus e, portanto, vive cada dia com criatividade, tranquilidade e obediência.
· A visão determina o resultado, e, quando nossos olhos estão voltados para o alto, o resultado é seguro.
3.2. Os incrédulos
3.2. Os incrédulos
Os incrédulos do mundo, porém, não estão alertas. São como bêbados vivendo em um paraíso falso e desfrutando uma segurança falsa. Quando o Espírito Santo encheu os primeiros cristãos em Pentecostes, os incrédulos os acusaram de estar embriagados (At 2:13). Na verdade, os que não têm Cristo vivem como bêbados.
A espada da ira de Deus está sobre o mundo, no entanto, as pessoas levam uma vida ímpia e vazia e raramente pensam nas coisas eternas.
3.3. O contraste entre o cristão e o ímpio
3.3. O contraste entre o cristão e o ímpio
Vimos a fé, a esperança e o amor anteriormente (1 Ts 1:3). Aqui, esses elementos são descritos como uma armadura que nos protege neste mundo mau.
· A fé e o amor são como uma couraça que cobre o coração: a fé em Deus e o amor pelo povo de Deus.
· A esperança é um capacete resistente que protege os pensamentos.
Os incrédulos enchem sua mente das coisas deste mundo, enquanto os cristãos consagrados voltam sua atenção para as coisas do alto (Cl 3:1-3).
Ter esperança da salvação significa ter "a esperança que a salvação nos dá". Na verdade, a salvação se dá em três tempos:
· (1) passado - fomos salvos da culpa e do castigo do pecado;
· (2) presente - estamos sendo salvos do poder e da contaminação do pecado;
· (3) futuro - seremos salvos da própria presença do pecado quando Cristo voltar.
A bendita esperança da volta de Cristo é a "esperança da salvação". Os incrédulos não têm esperança alguma (Ef 2:12). Isso explica, em parte, por que vivem assim: "comamos e bebamos, porque amanhã morreremos!" Esse é o princípio de vida dos ímpios. Tal princípio muito usado no final do império romano, carpe diem.
v Carpe diem é parte da frase latina carpe diem quam minimum credula postero (literalmente: 'aproveita o dia e confia o mínimo possível no amanhã'), extraída de uma das Odes, de Horácio (65 a.C. - 8 a.C.). No contexto da decadência do Império Romano, a frase resumia o ideal horaciano, de origem estoico-epicurista, de aproveitar o que há de bom em cada instante, já que o futuro é incerto.
Infelizmente muitas pessoas que se intitulam cristãos vivem sob esse princípio pagão, sem pensar no amanhã, sem pensar no dia do juízo, sem al menos se preocupar que nossa vida não termina aqui, e que um dia estremos diante do trono de Deus. Antes, vivem numa completa indiferença moral e o desinteresse pelas coisas espirituais.
Mas para os não salvos que se refestelam em sua embriaguez, a vinda de Jesus Cristo será o fim da luz e o começo da escuridão eterna.
4. Salvação e julgamento (1 Ts 5:9-11)
4. Salvação e julgamento (1 Ts 5:9-11)
Os cristãos não precisam temer o julgamento futuro, pois ele não faz parte do plano que Deus traçou para nós. Os cristãos sempre passaram por tribulações, algo que, aliás, faz parte da vida cristã consagrada (Jo 15:18-27; 16:33). Os que aceitam a Cristo passarão pela tribulação, mas não experimentarão as taças da ira de Deus pelos seguintes motivos:
4.1. O caráter da Igreja.
4.1. O caráter da Igreja.
A Igreja é o corpo de Cristo, e ele é o cabeça (Cl 2:17-19). Quando morreu por nós na cruz, Cristo levou sobre si todo o julgamento divino necessário para que fôssemos salvos. Ele prometeu que jamais teríamos de experimentar a ira de Deus (Jo 5:24). O Dia do Senhor é um dia da ira de Deus, e parece desnecessário e contrário à justiça de Deus a Igreja ter de passar por essa experiência.
4.2. O caráter da Tribulação.
4.2. O caráter da Tribulação.
Trata-se de um tempo em que Deus julgará as nações gentias e purificará Israel, preparando-o para o Reino do Messias. Quem provará a ira de Deus são "os que não possuem o selo de Deus em suas testas" (Ap 7:3; 9:4).
5. Aplicação - Conclusão
5. Aplicação - Conclusão
A realidade da volta iminente de Cristo é um estímulo à pureza (1 Jo 3:1-3) e à fidelidade na obra que nos foi confiada (Lc 12:41-48). Também é um estímulo à participação na igreja e ao amor pelos irmãos (Hb 10:25). A convicção de que estaremos com o Senhor nos fortalece em meio às dificuldades da vida (2 Co 5:1-8) e nos motiva a ganhar os perdidos para Cristo (2 Co 5:9-21).
Muitos cristãos encontram-se em uma situação tão confortável aqui na Terra que raramente pensam sobre ir para o céu e se encontrar com o Senhor. Não se lembram de que, um dia, deverão apresentar-se no tribunal de Cristo. Lembrar que Cristo está voltando contribui para nosso ânimo e para nossa edificação.
Para quem ainda não aceitou a Cristo, o futuro reserva julgamento. Não é preciso continuar na ignorância, pois a Palavra de Deus oferece a verdade. Não é preciso continuar despreparado, pois é possível crer agora mesmo em Jesus Cristo e nascer de novo. Por que viver em função das experiências desprezíveis e pecaminosas do mundo, quando estão disponíveis as riquezas da salvação em Cristo?
5.1. Apelo
5.1. Apelo
Quem ainda não é salvo tem um encontro marcado com o julgamento. E ele pode ocorrer muito antes do que se espera, pois "aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo" (Hb 9:27). Por que não marcar um compromisso com Cristo, encontrar-se com ele pessoalmente e crer nele para sua salvação? "Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Rm 10:13).
[1] Hendriksen, W. (2007). 1 e 2 Tessalonicenses, Colossenses e Filemon. (H. G. Silva, V. G. Martins, & É. C. Mullins, Trads.) (2a edição, p. 145). São Paulo: Editora Cultura Cristã.