Identidade do Cristão na Nova Aliança [Efésios 2.1-10]

Captação

Muitas vezes ficamos confusos e não sabemos nem sequer o que Deus deseja de nós. Seja no trabalho, na escola, faculdade, família ou qualquer lugar por onde andamos, parece que não somo aquilo que Deus deseja que sejamos.

Por isso essa reflexão em Efésio 2.1-10 é oportuna. Nós não sabemos o que fazer ou onde ir, pois não sabemos quem somos ou a razão de sermos diferentes do mundo. Ao contrário dos Cristãos no primeiro século que foram chamados por outros de cristãos, tamanha era a sua convicção e identidade.

Para saber o que fazer ou como reagir diante de uma situação difícil que o mundo pode apresentar precisamos compreender a distinção entre a nossa identidade enquanto cristão e a do mundo e termos convicção de como adquirimos essa identidade e o resultado que ela deve produzir em cada um de nós. E a formulação dessa identidade é semelhante a um escultor que trabalha com a pedra bruta e faz uma verdadeira obra de arte, somos a obra de arte do próprio Deus.

Identidade do Mundo (1 – 3)

De acordo com Paulo fica evidente algumas características que fazem parte da identidade do mundo.

Mortos em transgressões e pecados (1)

Assim como eles anteriormente estávamos mortos em nossas transgressões. Fazia parte de quem nós somos e todas as decisões e atitudes eram consequências dessa forma de viver.

Cegos pelo príncipe do poder do ar (2)

Além de mortos por nós mesmos ainda éramos cegados pelo Diabo, de modo que não percebíamos a forma como vivíamos e achávamos que estávamos livres, quando na verdade estávamos cegos.

A domínio do pecado é descrito em três planos: pessoal, racial e sobrenatural (1 e 2)

Aqui é evidente os três planos do domínio do pecado:

Pessoal – Estava morto e sem ajuda lutava contra Deus

Racial – Minha natureza caminha sempre para o mau.

Sobrenatural – Diabo e o sistema do mundo me direcionam ao mau.

Dignos da ira de Deus (3)

Por causa de tudo o que foi acima descrito éramos dignos da ira de Deus, ou seja, o resultado de uma vida sem Jesus Cristo é uma vida longe de Deus e, portanto inimiga de Deus. Por isso apesar de ser amor Deus justamente direcionava-nos a sua ira.

Conclusão

Naturalmente a minha vontade, natureza e carne seguem na direção contrária a Deus. Alguém que não se encontrou com Cristo e teve uma experiência profunda com ele não tem essa nova identidade, ao contrário continua com essa identidade descrita do mundo. É alguém pecador inconsciente digno da ira de Deus e que por causa dessa identidade faz o que lhe é natural.

Ilustração

O início da escultura é uma pedra bruta

Identidade do Salvo (4 – 6)

Ao contrário do não salvo aqueles que têm um encontro com Cristo tem a sua identidade transformada. Quem ele é muda, por isso as suas atitudes também mudam. Esta mudança não é superficial por uma religiosidade, mas a própria estrutura de quem a pessoa é muda completamente.

Vida em Cristo (4 – 5)

A primeira mudança descrita pelo apóstolo Paulo é o domínio diabólico. Se o não crente é cego pelo Diabo o salvo pode enxergar e perceber que aquele estilo de vida que anteriormente era liberdade e agradável, agora se torna repulsivo e percebo que na verdade era escravidão. Consigo perceber claramente o que antes me estava encoberto.

Deus ressuscitou das trevas para uma vida em Cristo nas regiões celestes eternamente (6)

Enquanto o não salvo que era morto em seus delitos e pecados, agora o salvo é ressuscitado e transformado de modo que vive agora uma vida que de fato vale a pena. Ele vive em Cristo e tem a garantia da vida eterna com Deus. Não existe outro meio de vida eterna que não passe por esta ressuscitação.

Ilustração

Deus começa a esculpir detalhes na pedra bruta, após a primeira transformação e garantias radicais

Acesso à Nova Identidade (7 – 9)

Salvação não vem por obras é dom de Deus (8 – 9)

Quando entendemos essa maravilhosa a graça a nossa vida não permanece a mesma ela muda por completo. Tínhamos a identidade do mundo agora a de Cristo. Para essa transição é necessário os meios certos. Se pensarmos em uma escultura são necessárias as ferramentas certas, sem elas nem o melhor dos escultores pode realizar o seu trabalho.

Ilustração

Ferramentas para uma boa escultura

Resultado da Nova Identidade (10)

O texto diz que somos feitura de Deus, ou uma obra prima de Deus! Ele não fez tudo isso por acaso ele tem um plano que vai muito além do trabalho, estudos, convívio familiar ou com os amigos. Ele preparou boas obras para cada um de nós especificamente ele nos criou de modo especial para realizar grandes coisas em seu nome e para o seu reino! Essa é a consequência dessa nova identidade que temos nEle.

Ilustração

Escultor molda detalhes

Princípios Eternos

Não tenho nada a oferecer a Deus para que ele me de qualquer benefício.

Deus não precisa de mim.

O fato de ele ter me alcançado é evidencia da sua graça, bondade e misericórdia eu tenho o potencial de ser o pior dos homens.

Vivia como um zumbi seguia os instintos não sabia o que era vida.

Em Cristo tenho liberdade de não fazer o que todo mundo faz

Liberdade não é fazer o que eu quero isso é libertinagem. Liberdade é poder não fazer o que não quero (Escravo)

A vida verdadeira vem com Cristo, antes disso não existe vida, ele me deu sem merecer isso é graça, um presente imerecido.

Não há nada que eu possa fazer que interfira na salvação.

Salvação em Cristo é graça, ou seja, um presente de Deus.

Fé em Cristo é a ferramenta de Deus para moldar o meu coração.

Salvação não vem por obras, mas gera obras.

Deus preparou de antemão obras para que eu manifestasse a graça por ele recebida

Conclusão

Numa das galerias de Paris há uma estátua notável. O escultor, como em geral todos os artistas famosos, era muito pobre e viveu e trabalhou num sótão. Ao terminar a estátua, olhou-a cheio de orgulho e afeição; quantas noites perdidas, quanto sacrifício e quanta paciência representavam aquela estátua! Bastante cansado, deitou-se. Naquela noite, caiu sobre Paris uma geada fortíssima. O escultor, acordando no seu quarto frio e desconfortável, lembrou-se da estátua tão recentemente terminada, e teve receio de que a geada viesse a estragar o trabalho que com tanto esmero fizera. Correndo os olhos pelo quarto, nada via com que pudesse proteger sua tão sonhada estátua. Sem hesitar um momento sequer, levantou-se e, tirando a roupa de cama com que se cobria, agasalhou com o máximo cuidado a bela escultura. Pela manhã, o escultor foi encontrado morto, mas a sua estátua ainda hoje existe. Morreu para perpetuar a obra de suas mãos.

Irmãos, somos a obra das mãos do Grande Artista. E Ele, semelhante a este escultor, morreu também para nos dar vida eterna. Há, porém, uma diferença: o escultor que morreu preservou apenas a sua estátua do mau tempo daquela noite; o Divino Escultor, porém, ressuscitou e vive para todo sempre, podendo proteger-nos e guiar-nos em todos os momentos, dos mais felizes aos mais tenebrosos.

Em Cristo sou feito Obra prima de Deus para fazer a sua obra

Desafios

Quais Obras Deus preparou de antemão para praticar?

Como tenho me empenhado em proclamar a Liberdade da Nova Identidade?

Eu tenho desfrutado de Nova Realidade em Cristo?