FÉ PARA VER MILAGRES! Lucas 7.1-10

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A fé que chama a atenção de Jesus é aquela que expõe a fragilidade humana em uma declaração de completa dependência a Deus.

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Grande ideia: A fé que chama a atenção de Jesus é aquela que expõe a fragilidade humana em uma declaração de completa dependência a Deus.
Estrutura: Houve um pedido do centurião a Jesus (vv. 1-5), Temos aqui a disponibilidade de Jesus em atender esse pedido (vv. 6-8) e o reconhecimento da fé do centurião por Jesus (vv. 9-10).
“O Globo”, 19/11/2021, “O ano do luto: Nunca se morreu tanto no Brasil como em 2020, segundo o IBGE”.
De acordo com o IBGE, é o maior contingente de mortes da história recente do país (1.513.575). O excedente corresponde a um aumento de 14,9%. É a maior alta, tanto em número absoluto quanto em percentuais, desde 1984, quando começou a série histórica das estatísticas do Registro Civil do IBGE.
Os registros de nascimento caíram em 2020: foram 2.728.273, queda de 4,7% ante 2019.
“Vimos em alguns locais do Sul e Sudeste um fenômeno inédito de haver mais mortes do que nascimentos”, ressalta Lima.
01. Pedido a Jesus. (vv. 1-5)
(a) Lucas agora apresenta Jesus colocando em prática o que ele havia ensinado até aqui, em seu “sermão da planície”.
Comentário Bíblico de Lucas: Através da Bíblia Jesus Recompensa a Fé de um Oficial Gentio (Lc 7.1–10)

O episódio relatado nos versos 1 a 10 está intimamente ligado ao sermão precedente porque Lucas queria salientar que a palavra de Jesus também estava disponível aos gentios. Ele mostra que, para Jesus, a fé não tem fronteiras geográficas e raciais.

(b) É incomum um comandante militar ter tanta deferência em relação a um dos seus servos. Estamos diante de algo diferenciado.
Mateus 8.5–6 (NAA)
5Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, um centurião se aproximou dele, implorando:
6— Senhor, o meu servo está na minha casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente.
Léxico Lexham do Novo Testamento Grego ἑκατοντάρχης

ἑκατοντάρχης -ου, ὁ; (hekatontarchēs), SUBS. centurião. Equivalente hebraico: מֵאָה 1 (3).

Uso do Substantivo

1. centurião — um oficial do exército romano comandando (cerca de) 100 soldados; quem recebia ordens de uma tribuna. Ver também κεντυρίων.

Mt 8.5 προσῆλθεν αὐτῷ ἑκατόνταρχος παρακαλῶν

Lc 7.6 φίλους ὁ ἑκατοντάρχης λέγων

At 10.1 ἑκατοντάρχης ἐκ σπείρης τῆς καλουμένης Ἰταλικῆς,

At 22.25 τὸν ἑστῶτα ἑκατόνταρχον ὁ

At 27.1 ἑκατοντάρχῃ ὀνόματι Ἰουλίῳ σπείρης Σεβαστῆς.

(c) Cafarnaum foi a base do ministério de Jesus na Galiléia.
https://estiloadoracao.com/cidade-de-cafarnaum/
Logo no início de seu ministério, Jesus partiu de Nazaré para Cafarnaum. Nessa cidade se deu parte importante da vida de Jesus Cristo, servindo como um tipo de base para o seu ministério na Galileia.
A localização de Cafarnaum era estratégica para a atuação terrena do Senhor. A cidade oferecia fácil acesso à maioria das aldeias da região da Galileia, tanto por terra quanto por mar. A identificação de Jesus com essa cidade fica evidente quando o evangelista Mateus diz que Cafarnaum era a cidade de Cristo (Mateus 9:1). Na verdade o estabelecimento de Jesus em Cafarnaum era o cumprimento das Escrituras, conforme o profeta Isaías profetizou (Mateus 4:14-16; cf. Isaías 9:1,2).
Foi nas vizinhanças de Cafarnaum que Jesus chamou seus primeiros discípulos (João 1:35-42). Pedro, André, Tiago e João deixaram suas profissões como pescadores para se tornarem “pescadores de homens” (Mateus 4:18-22). O apóstolo Mateus também era um publicano que trabalhava em Cafarnaum.
Em Cafarnaum Jesus realizou muitos de seus milagres. Ali o Mestre curou o servo do centurião, a sogra de Pedro, o paralítico que foi levado por quatro homens, o filho de um nobre (à distância), libertou um endemoninhado etc. (Mateus 8:5-17; 9:1-8; Marcos 1:24-31; 2:1-18; Lucas 4:23-41; 7:1-10; João 4:46-54). Jesus também ensinou na sinagoga de Cafarnaum, e naquela cidade ele pronunciou muitos de seus importantes discursos, como aquele em que Ele afirmou ser o Pão da Vida (João 6:24-65).
Apesar de os habitantes de Cafarnaum terem presenciado grandes milagres de Jesus, e terem escutado diretamente dos lábios do Filho de Deus as boas novas da salvação, a maioria deles permaneceu impenitente. Eles não deram crédito à pregação da graça de Deus.
Por isto Cafarnaum foi condenada por Jesus devido a sua falta de fé, e escutou dele a predição acerca de sua total ruína (Mateus 11:23,24; Lucas 10;15). Com o passar do tempo a importante cidade entrou em declínio, tornando-se desabitada depois do século 5 d.C.
(d) De algum modo aquele militar ouviu falar a respeito de Jesus e enviou “emissários” para interceder por ele: “anciãos dos judeus”.
(e) A fala desses religiosos está com base na “meritocracia”, algo que contraria o modo de Jesus lidar com as pessoas. Mas Jesus não os repreende: o drama humano falou mais alto.
(d) O Reino de Deus pregado por Jesus estava presente:
N. T. Wright:
Quando Jesus curava pessoas; quando celebrava festas com todos, sem distinção; quando oferecia livremente o perdão às pessoas, como se substituísse o próprio Templo pelo seu trabalho- de todas essas formas estava claro, ou pelo menos Jesus planejava que o estivesse, que suas obras não eram apenas uma amostra de uma realidade futura; antes eram a própria realidade. Era assim que as coisas se pareciam quando Deus estava no comando. O reino de Deus estava vindo, conforme ensinou seguidores a orar, “na terra como no céu”.
Em certa ocasião, Jesus falou claramente àqueles que o acusavam de coligação com o Diabo: “se é pelo (Espírito) de Deus que eu expulso demônios, então o reino de Deus chegou a vocês” (Lucas 11.20). Boa parte do que Jesus realizava e falava só faz sentido com base no pressuposto de que ele realmente acreditava que Deus estava, segundo prometera, tornando-se rei de uma forma nova. Estava acontecendo, e suas ações demonstravam com o que o reino se parecia.
02. Disponibilidade de Jesus. (vv. 6-8)
(a) Essa expressão: “então Jesus foi com eles” deve chamar nossa atenção.
(b) A fala do centurião demarca uma fé sincera e um reconhecimento da autoridade de Jesus para curar.
NVT:
Jesus foi com eles, mas, antes de chegarem à casa, o oficial mandou alguns amigos para dizer: “Senhor, não se incomode em vir à minha casa, pois não sou digno de tamanha honra. Não sou digno sequer de ir ao seu encontro. Basta uma ordem sua, e meu servo será curado. Sei disso porque estou sob a autoridade de meus superiores e tenho autoridade sobre meus soldados. Só preciso dizer ‘Vão’, e eles vão, ou ‘Venham’, e eles vêm. E, se digo a meus escravos: ‘Façam isto’, eles fazem”. Lucas 7:6-8
(c) Uma consciência de autoridade acomoda aqui uma certeza da intervenção do Senhor Jesus em sua necessidade.
(d) Gosto de pensar no “eu não sou digno de recebê-lo em minha casa” (NAA), como a virtude sublime da humildade.
Lucas 7.4 (NAA)
4Estes, aproximando-se de Jesus, lhe pediram com insistência: — Ele merece a sua ajuda,
Lucas 7.6 (NAA)
6Então Jesus foi com eles. Quando Jesus já estava perto da casa, o centurião enviou-lhe alguns amigos, dizendo: — Senhor, não se incomode, porque não sou digno de recebê-lo em minha casa.
Tiago 4.6 (NAA)
6Mas ele nos dá cada vez mais graça. Por isso diz: “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.”
Tiago 4.10 (NAA)
10Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará.
Tim Keller:
A humildade do evangelho mata a necessidade que tenho de pensar em mim. Não preciso mais ligar as coisas à minha pessoa. Essa humildade dá fim a pensamentos como: “Estou nesta sala com essas pessoas. Isso faz com que seja bem visto por elas? Estar aqui me faz bem?. A humildade baseada no evangelho significa que não relaciono mais cada experiência e cada conversa à minha pessoa. Na verdade, deixo de pensar em mim mesmo. É a liberdade que vem do autoesquecimento. É o descanso bendito que somente o autoesquecimento nos oferece.
A pessoa verdadeiramente humilde não é aquela que se odeia ou se ama, e sim a quem a humildade do evangelho. É uma pessoa que se esquece de si mesma e cujo ego é igual aos dedos dos pés. Eles simplesmente exercem sua função. Não imploram por atenção. Os dedos simplesmente trabalham; o ego simplesmente trabalha. Nem o ego, nem os dedos chamam atenção para si.
03. Reconhecimento por Jesus. (vv. 9-10)
(a) O texto vai dizer que Jesus ficou “admirado”.
Leon Morris:
Somente duas vezes é que se registra que Jesus admirou-Se com pessoas, aqui, por causa da fé, e em Nazaré por causa da incredulidade.
Marcos 6.6 (NAA)
6E admirava-se da incredulidade deles. Jesus percorria as aldeias vizinhas, ensinando.
(b) O reconhecimento de Jesus foi bem explícito: “Eu lhes digo que nem mesmo em Israel encontrei fé como esta”.
Comentário Bíblico de Lucas: Através da Bíblia Jesus Recompensa a Fé de um Oficial Gentio (Lc 7.1–10)

Com essas palavras Jesus destacou algo muito sério para os discípulos e para todos os que atentaram para a sua reação. Jesus demonstrou que o evangelho, muitas vezes, pode encontrar melhor resposta nos que foram marginalizados e estão fora da sociedade do que naqueles que estão dentro e afirmam estar comprometidos com Jesus.

(c) A cura do servo do centurião se deu imediatamente à essa declaração de fé.
Deuteronômio 32.39 (NAA)
39Vejam, agora, que eu, sim, eu sou Ele, e que não há nenhum deus além de mim; eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro; e não há quem possa livrar alguém da minha mão.
João 4.50–53 (NAA)
50Jesus respondeu: — Vá, o seu filho vai viver. O homem creu na palavra de Jesus e partiu.
51Quando já estava a caminho, os seus servos vieram ao encontro dele, anunciando-lhe que o seu filho estava vivo.
52Então perguntou a que horas o seu filho havia se sentido melhor. Informaram: — Ontem, à uma hora da tarde a febre o deixou.
53Com isso, o pai reconheceu que aquela era precisamente a hora em que Jesus tinha dito a ele: “O seu filho vai viver.” E ele e toda a sua casa creram.
(d) E Jesus disse mais:
Mateus 8.10–13 (NAA)
10Ao ouvir isso, Jesus ficou admirado e disse aos que o acompanhavam: — Em verdade lhes digo que nem mesmo em Israel encontrei fé como esta.
11Digo a vocês que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugar à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no Reino dos Céus.
12Mas os filhos do Reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.
13Então Jesus disse ao centurião: — Vá! E seja feito conforme você crê. E, naquela mesma hora, o servo do centurião foi curado.
(e) Qual seria então a vantagem do judeu? Nenhuma.
Romanos 3.1–3 (NAA)
1Qual é, então, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão?
2Muita, sob todos os aspectos. Principalmente porque aos judeus foram confiados os oráculos de Deus.
3E então? Se alguns não creram, será que a incredulidade deles anulará a fidelidade de Deus?
Nunca esqueçamos de andar nas mesmas pisadas desse bendito espírito de fé que o centurião revelou naquela ocasião. Nossos olhos ainda não contemplaram o Livro da Vida. Não vemos nosso Salvador intercedendo por nós à direita de Deus, mas temos as promessas de Cristo. Então, descansemos nelas e não tenhamos medo. Não devemos duvidar de que cada palavra pronunciada por Cristo se tornará frutífera. A palavra de Cristo é um alicerce seguro. Aquele que descansa nessa palavra jamais será confundido. No último dia, os crentes serão encontrados como pessoas perdoadas, justificadas e glorificadas. Jesus disse isso; portanto, assim será.
Ryle, J. C.. Meditações no Evangelho de Lucas (Meditações nos Evangelhos) (p. 146). Editora Fiel. Edição do Kindle.
04. Outras aplicações:
(a) Na ótica do evangelho não há destaques meritocráticos, todos são igualmente indignos, por isso, carecem da graça de Deus, em Cristo Jesus. Somos todos mendigos!
Efésios 2.8–9 (NAA)
8Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus;
9não de obras, para que ninguém se glorie.
Glênio Paranaguá:
No cristianismo há duas palavras-chave que caracterizam o padrão do evangelho. A misericórdia de Deus que não dá ao abominável pecador aquilo que ele merecia. O pagamento justo para o pecador seria a condenação ao inferno, mas, em razão da misericórdia em Cristo, ele não vai sofrer esse tormento. Copérnico suplicou: “Não te peço, Senhor, a graça que deste a Paulo, nem o perdão que ofereceste a Pedro; suplico-te somente a misericórdia que concedeste ao ladrão na cruz”.
A misericórdia anula os efeitos da condenação, em face do sacrifício realizado por Jesus, enquanto a graça de Deus dá ao desprezível pecador aquilo que ele não merecia. Ele não tinha direito ao céu, porém, a graça em Cristo lhe permite esta dádiva imerecida. A obra da misericórdia remove a condenação justa do pecado, por causa da justiça de Cristo, que satisfez às exigências da lei, e a obra da graça brinda com dotes indevidos aqueles que foram salvos por ela, como pretexto de um amor incondicional. Mas isto insulta o mérito.
(b) A fé é o estender da nossa mão carente a quem de fato pode nos dar a cura que tanto precisamos: a descoberta do sentido da nossa vida. Deus nos acolhe em Jesus!
A. W. Pink:
Uma abelha não extrai mel da flor, enquanto fica somente a contemplá-la. Por igual modo, o crente não deriva qualquer consolo real e nem qualquer força espiritual das promessas divinas, enquanto a sua fé não se apossa delas, e enquanto elas não penetram em seu coração.
Apocalipse 3.20 (NAA)
20Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.
Ilustr.: Você Mora no Porão? No famoso quadro de Holman Hunt (1851-1853), “A Luz do Mundo”, só há um trinco do lado de dentro da porta. Certo crítico, ao ver o quadro pela primeira vez, chamou a atenção do artista para a falta do trinco, a isto o artista explicou que a porta representava o homem, o qual, quando Cristo batesse à porta, tinha de abri-la ele mesmo. Após contemplar o quadro, um garotinho perguntou ao pai: “Papai, por que eles não deixam Jesus entrar?” “Não sei”, respondeu o pai. Um momento depois, o menino acrescentou: “Papai, eu já sei por que eles não deixam Jesus entrar. É que eles moram no porão e não estão ouvindo Jesus bater”. (Joseph A. Smith)
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