DEUS: CRIATIVO NA CRIAÇÃO! Gênesis 1.1-2.3

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Deus é o agente da criação, que em sua criatividade criou todas as coisas por meio da sua Palavra.

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Grande ideia: Deus é o agente da criação, que em sua criatividade criou todas as coisas por meio da sua Palavra.
Estrutura: Tudo começou na criação do tempo (v. 1), se expandiu na voz que deu ordem ao caos (v. 2), prosseguiu no trabalho pesado em “seis dias” (vv. 3-31) e alcançou o seu clímax na inauguração do “repouso sabático” de Deus (2.1-3).
Derek Kidner:
“Não é por acaso que Deus é o sujeito da primeira frase da Bíblia, pois esta palavra, [“Deus”], domina o capítulo inteiro e sobressai em cada ponto da página: são usadas umas trinta e cinco vezes no mesmo número de versículos da história. Esta passagem, na verdade o Livro, é a respeito Dele em primeiro lugar; ler esta passagem com qualquer outro interesse principal (algo que é bem possível fazer) é fazê-lo de uma forma errada”
- Jerônimo, o pai da igreja que traduziu as Escrituras para o latim no sec. V, comentou que os rabinos proibiam que qualquer pessoa com menos de trinta anos expusesse o primeiro capítulo de Gênesis.
- Temper Longmann III:
Por que ler o livro de Gênesis? Para entendermos nossas origens. Para compreendermos nosso lugar no mundo, nosso relacionamento com outras criaturas, com outros seres humanos e com o próprio Deus.
- MACKINTOSH, Charles Henry:
Existe qualquer coisa particularmente notável na maneira como o Espírito Santo abre este livro sublime. Ele apresenta-nos, imediatamente, a Deus, na Sua plenitude essencial do Seu Ser e no isolamento de Sua atuação. Toda matéria preliminar é dispensada. É a Deus que somos trazidos. Ouvimo-lo, de fato, quebrando o silêncio e brilhando sobre as trevas da terra com o propósito de fomentar um globo no qual pudesse mostrar o Seu poder eterno e Sua Divindade”.
Hebreus 11.3 (NAA)
3Pela fé, entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não são visíveis.
01. Deus é o agente da criação, por intermédio dele o tempo foi criado. (v. 1)
(a) “No princípio”: o estudo das origens é o propósito maior do livro.
Pelo fato de ter sido colocado logo no início dos 66 livros, Gênesis nos faz dobrar os joelhos em obediência reverente diante de Deus, por exibir perante os nossos olhos, e trovejar em nossos ouvidos, aquela verdade que deve ser aprendida antes de todas as outras em nosso trato com Deus, em nossa interpretação da história e em nosso estudo da revelação divina, a saber A SOBERANIA DIVINA.
(b) A palavra hebraica para "Deus", o primeiro sujeito de Gênesis da Bíblia, é plural para denotar a sua majestade: אלהים ’elohiym
A doutrina da criação ocupa uma posição importante na fé da igreja. O primeiro artigo do Credo apostólico afirma: “Creio em Deus Pai, Todo Poderoso, Criador do céu e da terra”.
(c) O autor humano estava sintonizado com a proposta divina de apresentar Deus como o único criador.
Israel Belo:
O texto bíblico de Gênesis 1.1 não é uma narração jornalística ou científica da criação, mas uma afirmação de fé em Deus como criador. As regras da narração jornalística e científica mudam, mas as afirmações bíblicas avançam pelos tempos.
(d) Deus “criou” todo o universo (céus e terra): ברא bara’
bära’ “na Bíblia foi usada somente de Deus. Fala de atos muito especiais—a criação de tudo do nada (ex nihilo 1.1, 2.3,4), da criação de animais cientes (em contraste com plantas) (1.21) e do homem e da mulher (1.27). Somente Deus pode fazer algo do nada. Deus conhece intimamente todo átomo do universo porque Ele o fez! Cada célula, cada fio de cabelo, cada estrela por nome, Deus criou tudo que existe! (Sl 139)
(e) Deus está fora do tempo, mas cria o tempo para que houvesse ideia de processo na mente humana.
Derek Kidner:
Não é por acaso que Deus é o sujeito da primeira oração da Bíblia, pois essa palavra domina todo o capítulo e salta à vista em cada ponto da página: é usada 35 vezes, em tantos quantos forem os versículos da história.
(f) Logo, todo o universo veio à existência por conta da vontade de um ser com dimensões infinitas!
Delitzsch:
Assim, se no início Deus criou os céus e a terra, "não há nada que pertença à composição do universo, quer em material ou forma, que teve uma existência de Deus antes deste ato divino no início".
02. Deus é o agente da criação, ele colocou ordem onde havia “caos e solidão”. (v. 2)
(a) A terra era inabitada e inóspita á existência humana.
Isaltino Gomes Coelho Filho:
A Linguagem de Hoje diz que “a terra era um vazio”. O hebraico é tohû wâ bohû. Um rico jogo sonoro! Tohû dá a ideia de algo que não se pode agarrar porque é informe. Bohû dá a ideia de vácuo, de vazio. A terra era um nada. Apenas uma massa ígnea, gases, ainda informe. Mas Deus já estava lá. Estava lá quando tudo começou. Estará quando tudo terminar.
(b) Era um contexto de negridão absoluta, como um buraco no fundo da terra.
(c) “Mas”, essa conjunção adversativa reflete que no plano de Deus nem tudo estava perdido: o Espírito Santo se movimentava!
(d) O Espírito Santo é uma pessoa divina.
Entretanto, é importante reconhecer a terminologia empregada por Moisés aqui. O uso da expressão hebraica “ruach elohim” em outros lugares no Velho Testamento parecem sugerir que o autor fala de uma pessoa e não uma qualidade, especialmente por desempenhar funções que são atribuídas claramente ao Espírito Santo no Novo Testamento.
(e) O Espírito Santo trabalhou no desenho e embelezamento do universo [Jó 26:13].
A palavra “pairava” usada aqui tem o mesmo sentido de proteger, cobrir, da mesma maneira que uma galinha acolhe e cobre os seus pintinhos.
John Gill:
"Esse mesmo Espírito.... adejava sobre a superfície das águas, impregnando-as, como uma galinha choca os seus ovos...".
03. Deus é o agente da criação, ele trabalhou pesado nos primeiros dias da criação. (vv. 3-31)
(a) No primeiro dia: Deus ordenou que a luz brilhasse e, depois, separou a luz das trevas.
Champlim:
Essa luz era uma perfeita representação de Seu pensamento, um reflexo da essência do Seu ser, porquanto Deus é Luz. Essa luz era agradável, deleitosa, útil. Foi o primeiro passo na reversão do caos escuro.
(b) No segundo dia: Deus colocou um firmamento entre as águas superiores e inferiores, e chamou de "Céus", aquilo que conhecemos como céu.
No segundo dia Deus criou o firmamento. A palavra firmamento significa “expansão”, e se refere ao céu que está ao nosso redor. Antes do segundo dia, as águas estavam em todo lugar como líquido e vapores. Deus separou as águas que estavam sobre a terra das águas que estavam acima, nas nuvens. Isto deixou uma atmosfera ao nosso redor, como nós a conhecemos.
(c) No terceiro dia: Deus reuniu as águas e fez surgir a porção seca, criando, assim, a "Terra" e os "Mares".
No terceiro dia Deus separou a terra ou porção seca, das águas [Jó 38:11]. Antes disso, a terra era coberta de água. Também neste dia, foram criadas todas as formas de vegetação. Note que junto com a criação da vida, é mencionado que ela iria se propagar segundo a sua espécie [vers. 12].
(d) No quarto dia: No firmamento dos céus, Deus colocou os corpos celestes e deu-lhes sua incumbência: fazer a divisão entre a noite e o dia e oferecer "sinais" para marcar os dias, anos e estações.
No quarto dia Deus fez os corpos celestes, como nós os conhecemos hoje. Possivelmente eles já existiam [vers. 1], mas não brilhavam ou executavam suas funções ainda. De qualquer modo, no quarto dia, o sol, a lua, os planetas e as estrelas começaram a brilhar. O propósito disso nos é dado no versículo 14.
F. F. Bruce:
Esses objetos (luminares) dever ser considerados transmissores e não geradores de luz. Isso e o fato de o sol e a lua não serem citados pelo nome mostra que há uma diminuição intencional da sua importância numa época em que eram adorados quase no mundo todo. (F. F. Bruce)
(e) No quinto dia: Deus havia criado os céus e as águas e, então, encheu-os abundantemente de criaturas viventes.
No quinto dia Deus criou os animais que vivem nas águas e também os pássaros. Perceba novamente, que cada um se reproduz segundo a sua espécie. A vastidão da criação: há mais de 500 mil espécie de insetos; há 30 mil espécie de aranhas; há 6 mil espécie de répteis; há 5 mil espécies de mamíferos; há 3 mil espécies de rãs.
(f) Na criação dos primeiros animais, o relato da benção de Deus!
“E Deus os abençoou”: Essa é uma nova descrição no relato da criação: Pela primeira vez Deus abençoa sua criação. Anteriormente, Sua palavra já tinha sido levado à cabo no desenvolvimento da terra e do reino vegetal, mas agora Deus dirige Sua atenção aos animais que criou: Ele deseja que sejam fecundos. Enquanto divindades pagãs representavam a fecundidade, Yahweh é o Deus que ordena e coordena a fecundidade.
(g) Na criação do homem, Deus o faz à sua imagem de semelhança.
“Façamos”: a conjugação do verbo no plural evidencia uma convocação de toda a coorte celestial.
Os animais foram criados "conforme a sua espécie". Mas o homem foi criado "conforme a espécie de Deus", ou seja, de acordo com a Sua natureza, o que prevê a final participação do homem na natureza divina.
Imagem de Deus tem a ver com o seu papel de representante divino na estrutura da criação.
Nos textos do antigo Oriente Próximo, somente o rei é a imagem de Deus. Mas, na perspectiva hebraica, isso é democratizado a toda a humanidade. “O texto está dizendo que exercer domínio real sobre a terra como representante de Deus é o propósito básico para o qual Deus criou o homem”, explica Hart.
Ele acrescenta ainda: “o homem é designado rei sobre a criação, responsável diante de Deus, o Rei último, e como tal esperava-se que administrasse e desenvolvesse e cuidasse da criação, tarefa que inclui obra física real.”.
(h) Vemos um convite a um relacionamento estreito entre Deus e o homem.
Gerard van Groningen:
No momento em que Deus criou o ser humano à sua imagem e segundo a sua semelhança, um princípio de comunhão foi imediatamente estabelecido. Deus nos criou para estarmos com ele, para termos comunhão com ele e submetermo-nos a ele em seu reino cósmico.
(i) Dai entendemos o propósito maior do casamento: espelhar o verdadeiro casamento e a verdadeira família.
Tim Keller:
Efésios 5 diz que o propósito maior do casamento não é o sexo, a estabilidade social ou a realização pessoal. O casamento foi criado para refletir em nível humano nosso relacionamento último de amor e união com o Senhor. É um sinal e um antegosto do futuro reino de Deus. No entanto, essa visão sublime da união conjugal mostra que, na verdade, o casamento é penúltimo. Ele aponta para o Verdadeiro Casamento do qual nossa alma necessita, e para a Verdadeira Família para a qual o nosso coração foi criado.
04. Deus é o agente da criação, ele no término de sua criação, inicia o seu “repouso sabático”. (2.1-3)
(a) A criação foi “acabada”.
Isaltino Gomes Coelho Filho:
A ideia de "acabados" é que ele não deixou a obra incompleta. Nada que fosse necessário deixou de ser feito.
Henry Morris:
Não havia nada em desordem, nem inimizades, nem sofrimento, nem luta, e certamente não havia morte em toda a criação de Deus.
(b) Em relação ao sábado, Deus abençoa e santifica o tempo o “descanso” para o seu povo.
Gerard van Groningen:
O reino cósmico cumpre seu propósito pelo suprimento de um lugar de descanso para os vice-gerentes de Deus. Não era somente para eles terem um lar e um jardim e deles desfrutar, servindo como trabalhadores reais ao lado de Deus e a ele submissos. Era para eles descansarem do seu trabalho e, assim, eles, a cada noite e no sétimo dia, poderiam entrar em uma comunhão de amor e adoração.
(c) Deus descansou com um senso de dever cumprido!
É o repouso da realização cumprida, não da inatividade, pois Ele nutre o que cria. (Derek Kidner) Yates, falando sobre a aprovação divina ao seu próprio trabalho, comentou que "tudo no universo, desde a maior das estrelas até a menor das folhinhas, produziu alegria no seu coração".
(d) Temos de descansar no “descanso” de Deus!
Alguém disse que a maioria das pessoas em nosso mundo está sendo "crucificada entre dois ladrões": os arrependimentos de ontem e as preocupações de amanhã, por isso não consegue desfrutar o dia de hoje.
(e) Deus santificou tanto o trabalho quanto o descanso, mas, hoje em dia, o descanso parece ser aquilo que as pessoas mais necessitam em seu coração.
Mattew Henry:
A observância solene de um dia a cada sete como dia sagrado de descanso e de santo trabalho, para a honra de Deus, é dever de toda pessoa a quem Deus tem dado a conhecer seus santos dias de repouso.
(f) Em Jesus temos o verdadeiro descanso:
Mateus 11.28–30 (NAA)
28— Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu os aliviarei.
29Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração; e vocês acharão descanso para a sua alma.
30Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.
(g) “A Deus demos glória!”
Warren Wiersbe:
Quando curvamos nossa cabeça para orar antes das refeições e agradecer ao Senhor a comida que ele provê, quando vemos o sol e a chuva que nos são oferecidos sem qualquer custo e quando vemos o desenrolar das estações, devemos elevar nosso coração em louvor ao Criador por sua fidelidade e generosidade.
Ilustr.: https://www.calendarr.com/brasil/dia-mundial-de-acao-de-gracas/
Dia Mundial de Ação de Graças.
Próximo Dia Mundial de Ação de Graças 25 de Novembro de 2021 (Quinta-feira) O Dia Mundial de Ação de Graças ou Dia de Ação de Graças (Thanksgiving Day, em inglês), é uma das datas mais importantes dos Estados Unidos, sendo comemorado como se fosse o Natal no Brasil, mas em novembro. Ao contrário do Natal, o Dia de Ação de Graças não tem data fixa. Ele é comemorado todos os anos na quarta quinta-feira de novembro, e é feriado nos EUA. Este ano cairá em 25 de novembro de 2021.
Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, o Dia de Ação de Graças é uma data comemorada em família, por isso, é comum as pessoas viajarem para se reunir com os seus familiares. O Dia de Ação de Graças tem origem com as comemorações da fartura das colheitas e, assim, eram realizadas na altura do outono.
Os primeiros a fazerem isso foram os fundadores da Nova Inglaterra, localizada em Plymouth Colony, Massachusetts. Isso aconteceu em 1621, quando as pessoas se organizaram para celebrar a colheita produtiva após terem tido um inverno bastante rigoroso. Desde então, todos os anos havia festa para agradecer as boas colheitas. Por isso, atualmente o Dia de Ação de Graças se caracteriza por mesas fartas e famílias reunidas para fazer orações.
Em 1863, o presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln decretou oficialmente que a quarta quinta-feira de novembro seria o Dia de Ação de Graças. A data passou a ser feriado nacional nos Estados Unidos a partir do ano de 1941.
A iguaria mais consumida nesse período é o peru e, por esse motivo, a data também é conhecida como Dia do Peru (Turkey Day, em inglês). Existe uma cerimônia em que o presidente americano perdoa dois perus. Isso quer dizer que ele livra esses animais da morte, já que milhões de perus são consumidos nessa ocasião.
Outros pratos tradicionais que compõem a mesa é o purê de batata e tortas de abóbora, maçã e nozes. Faz parte da história do feriado o tradicional desfile Macy’s Thanksgiving Day Parade, que é realizado desde o ano de 1924 pela loja Macy's, na cidade de Nova Iorque.
Além dos Estados Unidos, o Dia de Ação de Graças também é uma das datas mais importantes do Canadá, onde também é feriado. Entretanto, no Canadá a data é celebrada em um dia diferente, na segunda segunda-feira do mês de outubro.
Significado do Dia de Ação de Graças: Ação de graças significa agradecer. Após as colheitas, as pessoas festejavam a fartura de alimentos e agradeciam a Deus a produção. Atualmente, o Dia de Ação de Graças é um dia de agradecimento e de reconhecimento por tudo o que as pessoas conquistam ao longo do ano, por isso, há muitas demonstrações de carinho nessa ocasião.
Dia de Ação de Graças no Brasil
No Brasil, nem todos comemoram o Dia de Ação de Graças. Geralmente, o dia de agradecimento fica a cargo de algumas igrejas protestantes, bem como de famílias cuja origem seja norte-americana.
A comemoração foi instituída no Brasil pela Lei n.º 781, de 17 de agosto de 1949, sugerida pelo brasileiro Joaquim Nabuco, enquanto Embaixador do Brasil nos Estados Unidos, durante o governo de Gaspar Dutra.
Entretanto, apenas no ano de 1966, com a Lei nº 5.110, foi instituído que a comemoração ocorreria no mesmo dia que é celebrada nos EUA, na quarta quinta-feira de novembro.
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