AULA - POSSO CRER NA BÍBLIA? (EBD PIBSAJ)

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Título: Posso Crer na Bíblia?

INTRODUÇÃO

Captação:

Não foram poucas as vezes que ao evangelizar eu fui respondido com as seguintes afirmações:
“Sim, está escrito isso na Bíblia dessa maneira agora, mas todos sabem que ela já foi mudada”.
Há tantas bíblias diferentes, com traduções diferentes, a gente não consegue saber o que realmente estava no original
Não dá para confiar na bíblia porque como podemos saber se os livros inspirados são realmente os 66 que estão nela?
Como a Bíblia foi escrita por humanos ela contém erros e contradições
A intenção aqui irmãos não é falar sobre a intepretação (hermenêutica) da Bíblia e quais interpretações são erradas ou corretas. Mas a intenção aqui é falarmos sobre se podemos confiar no documento Bíblia. Será que este livro que temos hoje é realmente o que tinham na época dos judeus ou de Jesus? Será que foi realmente preservado tudo daquela época? É nesse sentido que vamos conversar hoje, sendo edificados pelo modo soberano e poderoso que Deus proveu para deixar uma revelação especial sobre Ele e suas obras para todos os crentes de todos os tempos até a volta de Jesus.

1. O que é a Bíblia?

Explicação

A Bíblia é uma coleção de escritos que os cristãos consideram singularmente inspirados e autoritários.
Ela é a compilação de 66 livros inspirados por Deus escritos por homens de várias épocas
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2Timóteo 3.16–17, RA)
Ela se divide entre Antigo Testamento, 39 livros,(Relacionamento entre Deus e os judeus) e o Novo Testamento (A nova realidade do cumprimento das promessas de Deus para com os judeus = igreja), 27 livros.
Tendo Deus o desejo de se revelar ao ser humano, o propósito da Bíblia é tornar uma pessoa sábia para a salvação pela fé em Cristo Jesus
“e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.” (2Tm 3.15 )
A Bíblia é a autoridade suprema para o cristão em doutrina e obras
“Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.” (2Tm4.1-2)
A Bíblia tem funções de: Convencer do pecado (Rm3.20); Corrigir e instruir (2Tm3.16); Frutificar espiritualmente (Tg 1.22-25); Produzir perseverança (Jo10.28-29); Produzir alegria (Sl 19.9-10)
O Velho Testamento foi escrito originalmente na língua Hebraica hebraica (Daniel e Esdras têm algumas pequenas porções em aramaico, uma língua semítica relacionada ao hebraico) e o Novo Testamento foi escrito em Grego

Resumo

A Bíblia é uma compilação de 66 livros inspirados por Deus e escritos durante várias épocas nos idiomas hebraico, aramaico e grego. Tem funções de edificar, nortear e convencer o homem para a vida de Deus. Ela é também a regra de fé e prática do cristão

2. COMO A BÍBLIA ESTÁ ORGANIZADA?

Explicação

Antigo Testamento: Se alguém visitasse uma sinagoga (“templo”) judaica moderna e pegasse uma cópia das Escrituras hebraicas, ela teria exatamente o mesmo conteúdo do Antigo Testamento cristão, mas num arranjo diferente.
A ordem canônica judaica, a Bíblia hebraica, começa com Gênesis e termina com 2 Crônicas. É por isso que Jesus provavelmente se referiu a Abel como primeiro mártir e a Zacarias como último, em Lucas 11.49-51: “Por isso, também disse a sabedoria de Deus: Enviar-lhes-ei profetas e apóstolos, e a alguns deles matarão e a outros perseguirão, para que desta geração se peçam contas do sangue dos profetas, derramado desde a fundação do mundo; desde o sangue de Abel até ao de Zacarias, que foi assassinado entre o altar e a casa de Deus. Sim, eu vos afirmo, contas serão pedidas a esta geração.”
Parece que o cânon do Antigo Testamento foi fixado por volta da época de Jesus.
Novo Testamento: Depois da ressurreição e ascensão de Jesus, as histórias a seu respeito foram contadas por algum tempo, aparentemente como uma tradição oral que foi cuidadosamente perservada e transmitida por testemunhas oculares:
“Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra, igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem, para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído.” (Lucas 1.1–4, RA)
Depois, a medida que igrejas iam sendo fundadas, cartas de líderes da Igreja, principalmente de apóstolos como Paulo, João e Pedro, foram sendo escritas para instruir a Igreja. Essas cartas foram reconhecidas pela cristandade e também incorporadas como inspiradas.
Agora, o cânon do Novo Testamento está igualmente fechado, visto que nenhum novo testemunho apostólico sobre o Cristo histórico pode ser dado agora.
Aplicação: Se alguém disse ou disser que tem uma revelação de Deus depois disso, só tera efeito de edificação, não de instrução, e terá que estar de acordo com a Bíblia que é a revelação que com certeza Deus deixou pra sua Igreja.
Da formação do Canôn e as marcas de autenticidade: O canôn (significa norma/régua, ou seja grupo de livros inspirados) bíblico não foi estabelecida até o quarto século, muito depois da vida e morte de Cristo.O estabelecimento do Canôn da Bíblia foi um processo que ocorreu ao longo de um período de tempo; No entanto, isso não significa que a igreja estava sem um Novo Testamento até o final do século IV. Desde o início da igreja, os livros básicos do Novo Testamento, aqueles que lemos e observamos hoje, estavam em uso, e funcionaram como um cânone por causa de sua autoridade apostólica.
Houveram duas marcas principais para se incluir um livro como inspirado no Canôn Bíblico, que foram:
A sua origem apostólica: Um critério que tinha duas dimensões, ou seja, para ser de origem apostólica, um documento tinha de ter sido escrito por um Apóstolo ou sob a sanção directa e imediata de um Apóstolo.
Ter tido recepção pela igreja primitiva.
Nossas atuais divisões em capítulos foram acrescentadas ao Antigo e ao Novo Testamento por Stephen Langton (1150-1228), arcebispo de Canterbury, no início do século XIII, enquanto dava palestras na Universidade de Paris. Antes disso, Cristãos e judeus antigos citavam frequentemente as Escrituras com referência a um livro, um autor ou um evento textual, mas com pouca especificação adicional. Por exemplo, quando Jesus fez referência ao relato sobre Moisés, aludiu ao texto apenas com a expressão “no trecho referente à sarça” (Mc 12:26; Lc 20:37).
As divisões dos textos em versículos em nosso Antigo Testamento moderno baseiam-se na versificação padronizada pela família Ben Asher (escribas judeus) por volta de 900 d.C., enquanto que as divisões no Novo Testamento foram acrescentadas a um texto bilíngue (grego e latim), em 1551, por Robert “Stephanus” Estienne, um impressor de Paris.
Antes da divisão em versículos de Estienne, eruditos bíblicos eram obrigados a se referir aos textos com expressões como “na metade do capítulo 4 de Gálatas”.

Resumo

O AT cristão é igual o AT judeu, só muda a ordem dos livros. O NT foi sendo compilado através de cartas, testemunhos e relatos conforme a Igreja evoluia, hoje, ele está fechado.
Os livros que fazem parte do canôn bíblico passaram pelos critérios de serem escritos por apóstolos e as igrejas da época terem reconhecido como livros inspirados.
As divisões em capítulos e versículos do texto bíblico só foram feitas depois de muito tempo que a bíblia já estava pronta.

3. QUEM ESCREVEU A BÍBLIA – HUMANOS OU DEUS?

A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA

Para explicar a inspiração da Bíblia temos algumas teorias:
Teoria de intuição: Os escritores bíblicos escreveram por intuição religiosa (ERRADO)
Teoria de iluminação: O Espírito Santo fez uma impressão na mente dos escritores bíblicos (ERRADO)
Teoria Dinâmica: Deus deu conceitos definidos aos escritores bíblicos e eles comunicaram esses conceitos com suas próprias palavras (ERRADO)
Teoria de ditado: Deus ditou as palavras da Bíblia para os escritores bíblicos, assim, eles escreveram sem nenhuma personalidade humana (ERRADO)
Teoria de inspiração verbal e plenária: Embora os autores escrevessem enquanto pensavam, sentindo-se seres humanos, Deus superintendeu tão misteriosamente o processo que cada palavra escrita era também a palavra exata que Deus queria fosse escrita – livre de todo erro. (CORRETA)
“porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” (2Pedro 1.21, RA)
Exemplo: o Salmo 95 foi escrito por um antigo israelita que liderava outros israelitas em adoração. O salmo começa: “Vinde, cantemos ao SENHOR, com júbilo, celebremos o Rochedo da nossa salvação. Saiamos ao seu encontro, com ações de graças, vitoriemo-lo com salmos” (Sl 95:1-2). Entretanto, centenas de anos depois, o autor de Hebreus citou o Salmo 95 com a frase introdutória “diz o Espírito Santo” (Hb 3:7).

Resumo

A Bíblia é um livro que teve cada palavra inspirada pelo Espírito Santo ao mesmo tempo que preservava a personalidade dos homens enquanto escreviam.

4. A BÍBLIA CONTEM ERROS?

A INERRÂNCIA DA BÍBLIA

Até o século XVII, todas as pessoas que se diziam cristãs consideravam a Bíblia como totalmente verdadeiro em todos os assuntos que ela afirmava. Mas, com o advento do Iluminismo, críticas a Bíblia começaram a surgir, de modo que nos últimos 50 anos desenvolveu-se um vocabulário para resumir várias afirmações sobre a veracidade da Bíblia. Alguns deles são:
Inerrante/Inerrância: A doutrina da inerrância, ou a afirmação de que as Escrituras são inerrantes, significa que a Bíblia é completamente verdadeira em todas as coisas que os autores bíblicos dizem – ou em detalhes geográficos, ou cronológicos, ou teológicos (CERTO) Ou, "em palavras simples… a inerrância afirma que a Bíblia nos diz a verdade e nunca nos diz o que não é verdade”. -Kenneth Kantzer
Infalível/Infalibilidade: A Bíblia é isenta de derro nas questões de teologia e fé. É uma inerrância limitada. Podem haver erros em outras áreas não teológicas por exemplo. (ERRADO)
Inspirada/Inspiração: Deus estava de algum modo por trás da escrita da Bíblia. Essa teoria é ambígua e abre margem para a inspiração de Deus em outros documentos ou ainda hoje. (ERRADO)
Neo-ortodoxo/Neo-ortodoxia: Deus se revelou ao longo da história através de atos poderosos, mas os seres humanos falíveis registraram esses atos imperfeitamente. (ERRADO)

Fundamentação para Inerrância da Bíblia

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,” (2Timóteo 3.16, RA)
“porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” (2Pedro 1.21, RA)
... a Escritura não pode falhar...” (Jesus) (João 10.35, RA)

Considerações acerca da Inerrância da Bíblia

A inerrância se aplica apenas aos autógrafos (originais da Escritura). (Embora possamos chegar praticamente a exatidão dos autógrafos, o que será explicado mais a frente)
A inerrância respeita a intenção do autor da passagem e as convenções literárias sob as quais o autor escreveu (figuras de linguagem, exegese correta da passagem etc)
A inerrância não significa que a Bíblia provê informação definitiva ou exaustiva sobre cada assunto (Não vai fazer todas as considerações possíveis e existentes acerca de física atômica por exemplo)

Resumo

Embora a Bíblia tenha sofrido ataques quanto a sua inerrância, a verdade é que tudo o que a Bíblia nos diz é verdade e nunca nos diz o que não é verdade.

5. OS MANUSCRITOS ANTIGOS DA BÍBLIA FORAM TRANSMITIDOS ACURADAMENTE?

QUESTÕES TEXTUAIS

O Antigo Testamento foi escrito originalmente em hebraico (com poucas porções em aramaico) entre 1400 e 430 a.C. O Novo Testamento foi escrito em grego entre 45 e 90 d.C.
Os originais dos documentos antigos são chamados autógrafos. Todos os autógrafos dos livros bíblicos se perderam ou foram destruídos, embora tenhamos milhares de cópias antigas. O processo de se compararem e estudarem essas cópias, a fim de reconstruir as palavras dos originais, é chamado crítica textual.
Grudem escreve: “Quanto a mais de 99% das palavras da Bíblia, sabemos o que os manuscritos originais dizem” (Systematic Theology, 96). D. A. Carson lista 96% a 97% em relação ao Novo Testamento. Nenhuma questão doutrinária é deixada em dúvida pelas variantes textuais.
“Um importante erudito bíblico, D. A. Carson, diz que os autógrafos do Novo Testamento podem ser reconstruídos com aproximadamente 96% a 97% de exatidão. Klein, Blomberg e Hubbard fazem uma declaração semelhante: “Estimativas sugerem que entre 97% e 99% do Novo Testamento original podem ser reconstruídos a partir dos manuscritos existentes, acima de qualquer dúvida razoável. A porcentagem do Antigo Testamento é menor – mas, no mínimo, 90% ou mais” .
Além disso, nenhum texto questionado afeta a doutrina cristã. Ou seja, todas as doutrinas cristãs são estabelecidas firmemente sem apelarem para textos debatidos. A maioria das questões textuais não resolvidas tem pouca ou nenhuma importância doutrinária.”
O fragmento mais antigo existente do Novo Testamento data de cerca de 130 d.C.40 Nenhum outro texto antigo chega perto dessa quantidade de evidência textual antiga.
A cópia de manuscritos do Antigo Testamento e do Novo Testamento foram feitos por escribas judeus e cristãos que tinham muita precisão e cuidado, utilizando um sistema detalhado para isso. Inevitavelmente, todos os manuscritos copiados à mão têm algumas variações, mas evidencia-se uma exatidão impressionante na maioria das cópias antigas que temos de ambos os Testamentos.
Na própria Bíblia, encontramos evidência dos documentos do Novo Testamento sendo copiados e veiculados “E, uma vez lida esta epístola perante vós, providenciai por que seja também lida na igreja dos laodicenses; e a dos de Laodiceia, lede-a igualmente perante vós.” (Cl 4:16).
À medida que essas cópias continuaram a aumentar e cópias eram feitas de cópias, certas tendências uniformes dos escribas ficaram incorporadas em várias famílias de textos, classificadas, usualmente, de acordo com a província geográfica – Ocidental, Alexandrina, Bizantina e Cesareense.
Ao compararmos testemunhos dentro das várias tradições de texto, podemos chegar, com admirável exatidão, ao texto real dos autógrafos.

5. QUEM DETERMINOU QUAIS LIVROS DEVERIAM SER INCLUÍDOS NA BÍBLIA?

QUESTÕES TEXTUAIS

CONCLUSÃO

1. Recapitulação da grande ideia e das divisões principais

2. Aplicação da teologia bíblica

3. Aplicações finais.

Ilustrações para aplicações
Citações para aplicações
Referências:
Plummer, Robert L. (Robert Lewis), 1971- 40 questões para se interpretar a Bíblia / Robert L. Plummer ; [tradução: Francisco Wellington Ferreira] /– São José dos Campos, SP: Fiel, 2017. 2Mb ; ePUB
L. Plummer, Robert. 40 questões para se interpretar a Bíblia . Editora Fiel (www.editorafiel.com.br). Edição do Kindle.
Sproul, R. C. Posso Crer na Bíblia?. Organizado por Tiago J. Santos Filho. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. 1a Edição. Vol. 2. Questões Cruciais. São José dos Campos, SP: Editora FIEL, 2013.
Kenneth S. Kantzer, em Encyclopedia of Bible Difficulties, por Gleason L. Archer (Grand Rapids: Zondervan, 1982), 7.
Who Is This Jesus? Is He Risen?”, um documentário apresentado por D. James Kennedy e Jerry Newcombe [Fort Lauderdale, FL: Coral Ridge Ministries, 200]
William W. Klein, Craig L. Blomberg e Robert L. Hubbard, Introduction to Biblical Interpretation, rev. ed. [Nashville: Thomas Nelson, 2004], 122
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