A Missão em Jerusalém
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Introdução
Introdução
A história de Paulo
Sua missão aos gentios
Sua missão aos judeus
A chegada de Paulo a Jerusalém foi marcada por:
A chegada de Paulo a Jerusalém foi marcada por:
I. Uma alegre recepção (vs. 17-20a)
I. Uma alegre recepção (vs. 17-20a)
Paulo e seus companheiro são recebidos pelos discípulos e Tiago (v.17).
Essa recepção bondosa necessariamente abrangeria hospedar toda a comitiva, incluindo cristãos gentios não circuncidados em casa de judeus cristãos;
A hospitalidade era uma característica comum na época, em que as comitivas preferiam ficar nas casas de um anfitrião a passar em hospedarias;
O fato desses cristãos gentios serem bem recebidos pelos cristãos judeus revela o impacto do Concílio de Jerusalém em Atos 15 e o poder unificador do Evangelho;
Paulo se encontra com Tiago e os demais discípulos e presta um relatório completo de suas viagens (v.18-20a);
Foi aqui que Paulo entregou a coleta dos cristãos gentios (cf. 24.17) para os cristãos pobres de Jerusalém;
Ao ouvirem o relato de Paulo, os discípulos ficaram alegres e glorificaram a Deus por tudo que ouviram;
Antes das viagens missionárias de Paulo, os cristãos judeus não reconheciam a abertura do reino de Deus aos gentios. Foi após essas viagens, em que Deus manifestou a sua salvação aos gentios, que esse pensamento mudou.
II. Uma genuína preocupação (vs. 20b-22)
II. Uma genuína preocupação (vs. 20b-22)
Apesar da salvação ter chegado aos judeus, havia uma animosidade entre esses e o apóstolo Paulo que despertou a preocupação da igreja;
Os cristãos aceitam bem o ministério aos gentios, mas entram em conflito com sua própria cultura;
Havia uma tensão em Jerusalém por causa do nacionalismo judaico que expurga qualquer associação com os gentios;
A natureza exclusivista desse nacionalismo o torna intolerante para com membros supostamente fieis de seu povo que, no entanto, têm comunhão com outros povos;
Esse nacionalismo judeu estava afetando os cristãos judeus também;
O motivo de tal animosidade era porque chegou ao conhecimento desses cristãos judeus que Paulo ensinava que os judeus deveriam apostatar dos ensinamentos e tradições da lei de Moisés;
Atos, Volumes 1 e 2 b. O Conselho (21.20–25)
Multidões de judeus cristãos em Jerusalém e na Judeia observavam a lei estritamente e esperavam que todos os crentes fizessem o mesmo. Eles eram como os judaizantes que fizeram oposição a Paulo e Barnabé no final de sua primeira viagem missionária a Chipre e Ásia Menor (15.1,5). Graças ao zelo pela lei, a igreja de Jerusalém tinha perdido seu zelo pelas missões. Enquanto Paulo tinha seguido em frente pregando a mensagem da salvação ao mundo greco-romano, os judeus que tinham ido à fé em Cristo procuravam o mérito da salvação pela manutenção das tradições judaicas e pela observação da lei mosaica.
A intenção de Tiago era de não haver um embate com esses judeus e o apóstolo Paulo
As acusações dos judeus partia de uma perspectiva equivocada das palavras do apóstolo Paulo quanto à imposição dos costumes judaicos aos gentios. Eles, não compreendendo o cerne da discução, acusavam Paulo de não guardar a lei de Moisés;
Como afirma, Kistemaker, “para fazer justiça a Paulo, devemos notar que em seu trabalho e sua vida ele demonstrava lealdade aos judeus pela obediência aos costumes judaicos. Por exemplo, ele fez com que Timóteo fosse circuncidado na mesma ocasião que ele estava enviando a carta do Concílio de Jerusalém para as igrejas da Galácia (16.3–4). Segundo, ele próprio tinha feito o voto nazireu que requeria que seu cabelo fosse rapado e se apresentasse no Templo de Jerusalém em data específica (18.18). E por fim, em suas epístolas, ele nunca proíbe os judeus de circuncidar os filhos.”
O que deveriam fazer diante desse cenário?
III. Uma santa disposição para a paz (vs. 23-26)
III. Uma santa disposição para a paz (vs. 23-26)
Tiago recomenda que Paulo, como um judeu zelozo que era, cumprisse com um ritual de purificação no templo, para protegê-lo dessas acusações e respeitar a consciência individual dos judeus que desejavam manter esses costumes (vs. 23);
A convivência entre judeu crente e a Lei é um assunto complicado. Por um lado, não há como o crente judeu encontrar salvação nas tradições judaicas. Por outro, as Escrituras não proíbem is judeus de continuar a praticar os costumes judaicos. Albert Moholer Jr.
Paulo deveria patrocinar a purificação de quatro homens que fizeram o voto de nazireu. Como afirma Kistemaker, nós presumimos que eles tinham tomado voto nazireu antes da festa do Pentecoste. Ao final de um período de um mês do voto, eles estavam sem condições de pagar as despesas envolvidas no cumprimento do voto.
Segundo Números 6.14–17, o nazireu tinha de oferecer três animais (um cordeiro macho, uma fêmea e um carneiro), um grão e uma oferta de bebida e um cesto de pães. O custo do nazirado individual era alto, mas servia como uma expressão de total compromisso com Deus.
Durante o período do seu voto, o nazireu não podia usar lâmina em sua cabeça e tinha de deixar o cabelo crescer. Mas ao findar o período ele rapava a seu cabelo e o oferecia ao Senhor, queimando-o junto com o sacrifício da oferta pacífica (Nm 6.18).
Tiago e os presbíteros aconselharam Paulo a levar esses quatro homens e se juntar a eles no ritual de purificação e pagar as despesas deles.
Embora os quatro homens tivessem tomado o voto nazireu, Paulo evidentemente não o tinha (vs. 24)
Os rituais de purificação para os nazireus e para ele não podiam ser os mesmos. Paulo tinha chegado a Jerusalém depois de sair de um território gentio e estava cerimonialmente impuro. Ele tinha de se submeter à purificação levítica antes que pudesse ser o benfeitor dos quatro nazireus e participar de suas cerimônias.
Para ele, os dias prescritos de purificação duravam uma semana. No terceiro dia da semana, ele foi aspergido com água de expiação (v. 26); uma segunda aspersão foi feita no sétimo dia (v. 27). Depois, quando os sacrifícios fossem marcados para serem oferecidos, Paulo iria cobrir as despesas dos quatro nazireus. Ele podia participar da cerimônia somente se ele próprio estivesse limpo segundo a lei levítica.
No sétimo dia da purificação de Paulo, o tempo de abstenção dos nazireus tinha também terminado (comparar com Nm 6.3). E se Paulo procurava obter o cerimonial de purificação de uma semana, ele não precisava rapar a cabeça.
Prova. Ao pagar as despesas dos quatro nazireus, apresentar-se ao sacerdote com eles na hora certa dos sacrifícios e participar nos rituais de purificação, Paulo demonstrava que ele era um judeu que obedecia as leis. Uma demonstração prática de sua integridade como judeu era muito mais efetiva do que uma longa explicação. Pagar as despesas dos quatro nazireus era considerado um ato de piedade.
A associação de Paulo com os quatro nazireus deveria ser uma prova contundente de que ele era um judeu dedicado na observação das leis de Deus em todos os sentidos.
Fazendo assim e juntando as resoluções do Concílio de Jerusalém quanto aos gentios, eles pensavam apaziguar os ânimos (vs. 25);
Seguindo as recomendações da igreja, Paulo age dessa forma, no entanto, ainda sim, isso não o livraria do sofrimento que ele passaria nas mãos dos judeus (vs. 26).
Aplicações e Conclusão
Aplicações e Conclusão
Aplicações:
Apenas o Evangelho é capaz de derrubar as barreiras de separação que existem em nossos dias;
Deus está fazendo uma grande obra por meio das mãos humanas;
Precisamos entender bem as questões que estão sendo expostas, e assim nos posicionarmos segundo a verdade;
A verdadeira libverdade significa ser capaz de abrir mão de nossas próprias preferências, desejos e necessidades. A verdadeira liberdade significa ser livre do eu. Libertos do egoísmo, os cristãos podem apresentar seus próprios desejos como um sacrifício no altar do amor cristão.