AS CIDADES DE REFÚGIO
Notes
Transcript
AS CIDADES DE REFÚGIO
Textos – Números 35.9-15; Deuteronômio 4.41 e 42; 19.1-13; Josué 20
INTRODUÇÃO
Ao estudar o livro de Deuteronômio me deparei com um texto falando sobre as cidades de Refúgio. O que eram elas? Quem podia ficar lá? Para que serviam?
Deus manda separa seis cidades de refúgio. Um lugar de proteção contra o vingador do sangue. O SENHOR aponta quais deveriam ser as cidades, e diz assim a Josué: VAMOS LER Josué 20.1-3.
O objetivo das cidades de refúgio era proteger o assassino que matou alguém por acidente e sem saber. Elas deveriam servir de proteção a alguém em caso de homicídio involuntário ao invés de assassinato. Então ela não era para abrigar assassinos a sangue frio, mas sim aquele que havia matado alguém por engano.
E eles servirão de refúgio para você contra o vingador do sangue. Quem era o vingador do sangue? A palavra hebraica para essa frase é goel, esse representante tinha deveres numerosos e de natureza diversa. Neste contexto, significa o representante da família da vítima, encarregado de garantir que a justiça seja realizada contra o assassino.
Deus tinha determinado que os assassinos fossem punidos no antigo Israel e, naquela cultura, a responsabilidade final de fazer justiça cabia ao goel designado (vingador do sangue).
Esse princípio da pena capital remonta a Gênesis 9.6 que diz “Quem derramar sangue de homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque à imagem de Deus foi feito o homem.” Esse direito estatal de usar a espada para a execução também está estabelecido no Novo Testamento. Não vamos ler, mas você pode conferir em casa lendo Romanos 13.3-4.
Assim o vingador do sangue seguia o assassino e, se necessário, levava-o às autoridades para execução. Isso era feito trazendo duas ou três testemunhas oculares que poderiam confirmar o assassinato de acordo com Deuteronômio 17.6-7.
Uma vez que o vingador do sangue podia se levantar contra uma pessoa que cometeu algum homicídio culposo (acidental ou não intencional) em vez de assassinato a sangue frio, as cidades de refúgio foram estabelecidas para proteger a pessoa inocente de assassinato.
II – ENTRADA PARA UMA CIDADE DE REFÚGIO – VAMOS LER JOSUÉ 20.4
O assassino inocente deveria apresentará seu caso aos anciãos daquela cidade. Segundo o costume, os anciãos da cidade passavam muito tempo nos portões dela. Quando alguém que foge de um vingador de sangue chega à cidade de refúgio, ele apresenta seu caso aos anciãos ali mesmo, nos portões da cidade.
E eles recebiam o fugitivo dentro da cidade. Depois que o caso tivesse sido explicado. A pessoa em fuga podia esperar encontrar proteção dentro dos muros da cidade de refúgio, embora deva permanecer lá e viver na cidade para desfrutar dessa proteção. Ali era um lugar de proteção contra o vingador do sangue. VAMOS LER – Josué 20.5.
Eles não entregavam o assassino nas mãos do vingador. Os líderes da cidade de refúgio eram obrigados a proteger aquele que fugiu para a cidade. O vingador do sangue não tinha capacidade legal para pegar o assassino e entrega-lo à execução. Israel tinha um sistema legal sofisticado, com julgamentos muitas vezes baseados na intenção e premeditação.
III – LIBERDADE PARA ASSASSINOS – VAMOS LER – JOSUÉ 20.6
Quando o seu caso era julgado e ele era declarado inocente pelas autoridades competentes, ele retornava para a cidade de refúgio e ficava lá até a morte do Sumo Sacerdote. Então a liberdade para o assassino acontecia apenas de uma maneira. Somente quando ocorria a morte do Sumo Sacerdote, então, ele podia retornar para sua casa e ser protegido da ira do vingador do sangue.
Seis cidades foram selecionadas para serem cidades de refúgio. Josué 20.7-8 vem dizendo quais eram essas cidades (Cades, Hebrom, Ramote, Bezer, Golã e Siquém). Em um mapa, é possível ver que as cidades de refúgio tinham bom espaço em todo o país. Não importa onde a pessoa estava em Israel, ela não estava muito longe de uma cidade de refúgio. Nenhuma dessas cidades ficava a mais de meio dia de viagem de qualquer parte do país.
Deuteronômio 19.3 nos diz que as estradas destas cidades deveriam estar adequadas para o uso, deveriam ser mantidas em bom estado para as pessoas que precisassem, tivessem total acesso as cidades de refúgio. A cidade não era muito boa para um assassino se ele não pudesse chegar logo, se a pessoa não tivesse pressa em chegar, ela não teria nenhuma utilidade.
IV – CONCLUSÃO
Quem poderia achar guarida nas cidades de refúgio? Josué 20.9 VAMOS LER. As cidades de refúgio não eram apenas para o benefício dos israelitas, mas também para o estrangeiro que morava entre eles. A justiça de Deus é aplicada a todos sem parcialidade. E todos são convidados a se refugiarem em Jesus.
E a Bíblia aplica esta ilustração das cidades de refúgio ao crente que encontra proteção em Deus em mais de uma ocasião, e há pontos de semelhança entre as cidades de refúgio e nosso refúgio em Jesus.
No Salmo 46.1 diz que “Deus é nosso refúgio e fortaleza socorro bem presente nas tribulações.” O SENHOR é nosso socorro na angústia. E não é apenas aqui, mas em outras 15 oportunidades, os Salmos falam de Deus como nosso refúgio.
Hebreus 6.18 diz para que “por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, possamos ter uma consolação muito forte, nós os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança que nos é proposta.” Este texto nos transmite a ideia de um pecador fugindo para uma cidade de refúgio de Israel, quando ele fazia isso estava também fugindo para o sacerdote que lhe oferecia expiação do pecado, pois esse sacerdote era um tipo de Cristo em quem devemos nos refugiar.
As cidades de refúgio estavam abertas a todos, Jesus de semelhante modo recebe a todos. Não apenas aos israelitas, mas ao estrangeiro também. Ninguém deve temer ser expulso de seu lugar de refúgio em um momento de necessidade. O convite é para todos, inclusive para aqueles que as vezes achamos que a graça é preciosa demais para ser desperdiçada.
As cidades de refúgio estavam ao alcance da pessoa necessitadas, assim também é em relação a Jesus. Essas cidades eram inúteis, a menos que a pessoa pudesse chegar ao local de refúgio. Jesus pode nascer, morrer e ressuscitar mil vezes na Judeia, mas se eu não aceitar pela fé esse ministério na minha vida não me servirá de nada.
As cidades de refúgio tornaram-se lugares onde viveria o necessitado. Assim também é com Jesus. Ninguém ia para a cidade de refúgio em tempo de necessidade apenas para dar uma olhada, ninguém chegava lá apenas por curiosidade. As cidades de refúgio são a única alternativa para os necessitados, sem essa proteção específica, eles seriam destruídos, sem Jesus na sua vida você também será destruído, 1 João 5.12 diz “Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida.”
As cidades de refúgio forneciam proteção apenas dentro de seus limites, com Jesus também é assim. Sair de dentro da cidade de refúgio significa morte, sair de perto de Jesus é morte, por isso Ele diz em Mateus 24.13 “Mas aquele que perseverar até o fim, esse será salvo.”
Com Jesus e as cidades de refúgio, a liberdade total vem com a morte do Sumo Sacerdote. Você é livre por quê Jesus nosso Sumo Sacerdote morreu, e sua morte satisfez todas as acusações que haviam contra nós. Jesus entregou sua vida para que nós pudéssemos ter a liberdade. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” João 8.36
Uma distinção crucial entre as cidades de refúgio e nosso refúgio Jesus.
As cidades de refúgio só ajudavam os inocentes, o culpado ali não tinha vez. Mas os culpados podem vir a Jesus e encontrar refúgio também. Pois Ele veio buscar o perdido, levar culpados ao arrependimento, e nesse momento estende até você um convide muito especial VAMOS LER Isaias 55.7.
APELO
O antigo plano referente às cidades ele refúgio apresenta notáveis ilustrações da vida cristã. O pecador deve fugir sem demora ao refúgio que é Jesus Cristo (Hb 6.18). Você que conhecem a direção deve colocar placas ao longo do caminho. Uma grande responsabilidade repousa sobre você que é um guia, e o descuido pode resultar numa placa que aponte para a direção errada, extraviando, assim, o pecador em fuga.
Essas cidades estavam com as portas abertas para receber a todos. Deus não faz acepção de pessoas. Todo aquele que se aproxima dEle não será lançado fora (Jo 6.37). Há uma porta aberta para todos os que queiram se achegar a Deus com humildade e espírito contrito.