Por que Jesus teve que vir? João 1.29-31

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Introdução

A história do natal é linda. Não temos sequer alguma questão para levantar sobre ela. Mas, o seu signifcado deve ser revisto e aplicado aos nossos corações. Como tudo em nossa vida, a tendência dos nossos dias é o relativismo. Relativismo é um filosofia que nos leva a simplesmente descredibilizar tudo, torna-lo relativo para a interpretação pessoal. Essa filosofia é a que mais predomina em nossos dias, e influencia diretamente como lidamos com as grandes verdades da fé cristã. Enquanto o relativismo cresce, as grandes verdadeiras afirmadas pelo Cristianismo tornam-se meras interpretações relativas para alguns que acreditam, porém não são universalmente aceitas e vivenciadas. Temo por essa influência entrar no natal. É por isso, que a pergunta que pode levantar diversas discussões e desafios deve ser respondidas para hoje: Por que Jesus teve que vir? Vamos buscar responder a luz do Evangelho de João, no testemunho dado por João Batista.
(João 1.29-31)“No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse:
“Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
Este é aquele a quem eu me referi, quando disse: Vem depois de mim um homem que é superior a mim,porque já existia antes de mim. Eu mesmo não o conhecia, mas por isso é que vim batizando com água: para que ele viesse a ser revelado a Israel”.”
João Batista testemunha sobre quem Ele é. Enquanto os outros Evangelhos testemunham do nascimento e da vinda de Jesus como um bebê, João foca em mostrar quem era Jesus desde a eternidade (Jo 1.1-14) e mostra a relevância do testemunho de João Batista (Jo 1.15-18 “João dá testemunho dele. Ele exclama: “Este é aquele de quem eu falei: aquele que vem depois de mim é superior a mim, porque já existia antes de mim”. Todos recebemos da sua plenitude, graça sobre graça.Pois a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido.”)
Logo após esse movimento, percebemos a primeira história onde mostra João Batista iniciando sendo interrogado por Sacerdotes e Levitas, mostrando quem ele era. Que ele não era o prometido que viria, mas que simplesmente estava anunciando a sua vinda, um profeta que preparava o caminho para o Cristo. “Eu sou a voz do que clama no deserto” (Jo 1.23) e assim a função de João Batista era de um arauto, batizando aguardando a vinda daquele que continuaria esse ato! A beleza começa aqui. Deus assim decidiu trabalhar através da vida de João Batista que nasceu através de um milagre de sua mãe, Isabel, parente de Maria mãe de Jesus (Lc 1.5-25).
A Bíblia nos conta que no momento em que as duas se encontram, João Batista agitou-se no ventre de sua mãe (Lc 1.41 “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o bebê agitou-se em seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.” ) e no cântico de sua mãe, ela relata mais uma vez (Lc 1.44 “Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, o bebê que está em meu ventre agitou-se de alegria.” ). Deus havia preparado a história, para que ela fosse revelada por meio do reconhecimento de João Batista e isso se estende-se até nós hoje!
O que nós precisamos reconhecer com relação a Jesus?

1) Reconhecer que Jesus é o salvador aguardado! (V. 29-31)

João já estava claramente anunciando o reino de Deus para todos os cantos de Israel. Os outros Evangelhos relatam os detalhes mostrando que esse homem cumpria o que as Escrituras havia prometido!
(Mt 3.1-6 “Naqueles dias surgiu João Batista, pregando no deserto da Judéia. Ele dizia: “Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo”. Este é aquele que foi anunciado pelo profeta Isaías: “Voz do que clama no deserto: ‘Preparem o caminho para o Senhor, façam veredas retas para ele’ ”. As roupas de João eram feitas de pêlos de camelo, e ele usava um cinto de couro na cintura. O seu alimento era gafanhotos e mel silvestre. A ele vinha gente de Jerusalém, de toda a Judéia e de toda a região ao redor do Jordão. Confessando os seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão.” )
Ele foi quem batizou a Jesus e presenciou o momento onde o próprio Deus falou sobre quem era Jesus, um filho amado (Mc 1.9-11 “Naquela ocasião Jesus veio de Nazaré da Galiléia e foi batizado por João no Jordão. Assim que saiu da água, Jesus viu o céu se abrindo, e o Espírito descendo como pomba sobre ele. Então veio dos céus uma voz: “Tu és o meu Filho amado; em ti me agrado”.” ) João Batista então é aquele que realmente viu o Senhor através dos fatos que ele viveu com quem era Jesus.
Porém, o que nos salta os olhos é perceber a profundidade com que ele compreende quem era Jesus. João Batista não o chama simplesmente de mestre, exemplo ou revolucionário político. Não o trata como um parente ou um amigo próximo, ele brada com alegria para que todos possam ver,
“Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
Em nossos dias, Jesus se tornou tudo, menos quem ele deveria ser. Na mentalidade dos nossos dias Jesus tornou-se muitas faces daquilo que as pessoas pintam.
Jesus é um ótimo exemplo moral - Pegam princípios de sua vivência e aplicam a sua realidade tentando imitá-lo em sua ética e caridade com as pessoas.
Jesus é um ótimo ativista político - Aprendem com as suas falas com relação ao domínio romano da época e o transformam em um ativista de acordo com a preferência política partidária.
Jesus é um ótimo místico - Captam momentos onde Jesus retirou-se do meio do povo e foi vivenciar só a realidade de encontrar a sua divindade e assim aplicam a suas realidades.
Jesus é um ótimo líder - Aprendem com o estilo de Jesus de liderança e assim buscam aplicar em sua prática de gestão de processos e pessoas.
Em suas maioria das vezes, são aspectos válidos e reflexões interessantes, mas o brado de João Batista vai na contramão de tudo o que nós vemos em nossos dias, pois o reconhece como o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
Vejam! É um brado de grande emoção. No português nós perdemos a riqueza dos detalhes que são expressos na língua original grega. O termo é ιδε (Ide) é usado como uma interjeição
Gramática Grega: Uma Sintaxe Exegética do Novo Testamento (VI. Nominativo de Exclamação)
“Esse uso é realmente uma subcategoria do nominativo por vocativo. No entanto, seu tratamento será feito separadamente e essa distinção (até certo ponto) é realizada arbitrariamente: o nominativo de exclamação não é usado em endereçamento direto. É um uso primitivo da língua onde a emoção sobrepuja a sintaxe: o tópico emocional é exclamado sem qualquer verbo expresso. Robertson diz: isso é “um tipo de nominativo de interjeição”, algo ligado à uma explosão emocional. As chaves de identificação são: (1) a ausência de um verbo (embora este esteja implícito), (2) a emoção óbvia do autor, e (3) a necessidade de um ponto de exclamação na tradução. Às vezes, ὦ é usado com o nominativo.”
A conclusão que temos é: João Batista realmente estava exultando com o que estava vendo, expressando claramente a sua alegria em perceber quem estava diante Dele!
Evangelho de João (UM SEGUNDO TESTEMUNHO DE JOÃO – João 1:29–34)
É uma palavra extraordinária, ainda mais que está sendo proferida agora, muito antes do acontecimento da cruz. Não é um entendimento posterior, que se forma forçosamente na cruz. Aqui se vislumbra uma inversão de todas as expectativas vigentes até então, comparável à virada na vida de Saulo diante de Damasco. A percepção é de que a primeira tarefa do Messias não é juízo e poderio dominador, mas “tirar o pecado do mundo”. O Messias esperado, ao chegar, não é “leão”, mas “Cordeiro”, não “rei”, mas “Servo” (Mt 20:28).
Ele se revela claramente como Aquele que de uma vez por todas resolve o maior problema do mundo, a possibilidade do homem ter um relacionamento com Deus. Neste ponto, é que nós precisamos compreender a profundidade do que Jesus fez.
“Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
Vejamos a história de um tema muito interessante dentro da Palavra de Deus: O sacrifício.
Quando Adão e Eva se entregaram ao seu desejo de serem iguais a Deus, eles mergulharam todos nós em um mundo sob a maldição de Deus, um mundo no qual o sacrifício se tornaria a ordem do dia. A humanidade precisaria abraçar não apenas o autossacrifício, mas um sacrifício judicial, que consertaria a brecha em nosso relacionamento com Deus feita pelo pecado. À medida que a narrativa das Escrituras se desenrola, a necessidade, a natureza e os efeitos do sacrifício são revelados lentamente. (Lawrence, Teologia bíblica na prática - Posição Kindle 2965)
O teólogo Michael Lawrence resumiu de maneira importante a história do sacrifício na Palavra de Deus.
1. O primeiro sacrifício é feito por Caim e Abel (Gn 4) - Este é chamado de oferta, oferecer a Deus o que é seu por direito, é a ideia que nasce do primeiro sacrifício.
2. O segundo sacrifício ocorre por Noé (Gn 8) - O contexto é ação de graças, e o fato de que eles são animais completamente queimados comunica a ideia de um presente, porque todo o animal é dado a Deus […] O pecado que motivou o julgamento de Deus permaneceu nos corações de Noé e seus filhos, mas Deus promete nunca mais destruir toda a humanidade. Aqui no capítulo 8, então, vemos algo novo na história do sacrifício: alguns sacrifícios têm um efeito sobre Deus e sua atitude em relação a nós.
3. O terceiro sacrifício ocorre por Abraão, depois um grande período de tempo. (Gn 22.2) - É nesse momento que acontece a história conhecida que Deus pede ao patriarca para sacrificar seu próprio filho. O filho que Deus havia prometido a Abraão é levado, e no momento exato Deus manda que ele não o fizesse.
“a ideia parece ser de tributo e senhorio. Tudo pertence a Deus e ele tem o direito de tomar de volta, mesmo que seja seu único filho. No último segundo, Deus interrompe a ação de Abraão e oferece um carneiro. O teste da devoção de Abraão acabou, mas não o sacrifício. Um carneiro é sacrificado, Isaque é poupado e a história do sacrifício se desenvolve ainda mais. Acontece que Deus aceita um substituto para a vida que ele tem o direito de reivindicar. Além disso, ele mesmo fornece esse substituto.” Lawrence, Michael (P. 2987)
Essa história é linda, mas aponta para uma realidade além dela, quando Isaque questiona o seu pai Gn 22.7-8 “Isaque disse a seu pai Abraão: “Meu pai!” “Sim, meu filho”, respondeu Abraão. Isaque perguntou: “As brasas e a lenha estão aqui, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” Respondeu Abraão: “Deus mesmo há de prover o cordeiro para o holocausto, meu filho”. E os dois continuaram a caminhar juntos.”
4. Muitos anos de história se passam, e o sacrifício reaparece no Egito dos então escravos (Êx 12) - “há mais uma introdução, o cordeiro pascal. Em Êxodo 12, o Senhor promete poupar os primogênitos de Israel se cada família pegar um cordeiro de um ano sem defeito, sacrificá-lo e passar o seu sangue no batente de suas portas. Deus diz que verá o sangue do sacrifício e passará por cima de suas casas, poupando-lhes do julgamento que o Egito enfrentaria.” Lawrence, Michael. (p.2987)
5. A Lei entregue muda o jogo do sacrifício. Ele agora se torna uma realidade do povo (Levíticos) - “Até este ponto, houve menos de uma dúzia de casos de sacrifício registrados na Bíblia. Não parece ser um tema importante. Mas isso muda com a entrega da lei. Um livro inteiro da Bíblia, Levítico, é amplamente dedicado a detalhar todos os diferentes sacrifícios que Israel deve oferecer a Deus. Há ofertas de comunhão e ofertas totalmente queimadas, que já vimos. Mas agora há mais, os mais importantes sendo os sacrifícios para expiar o pecado e a culpa. Agora, todas as peças que foram lentamente reveladas se juntam.” Lawrence, Michael (p.3001)
“É nesse ponto da história da redenção que a história do sacrifício para, ou pelo menos é pausada. Séculos e séculos, e nada muda. Nenhum novo sacrifício é apresentado; os antigos são infinitamente repetidos, dia após dia, semana após semana, ano após ano. E aí está o problema: esses sacrifícios não estão livrando as pessoas do pecado delas. Na verdade, eles cada vez mais se tornam um lembrete nauseante de como o povo continua pecaminoso. Por meio dos profetas, Deus denunciou a oferta mecânica e superficial desses sacrifícios. O arrependimento, não o ritual, é o que Deus desejava. Mas para Israel, o arrependimento havia desaparecido e o ritual era tudo o que restava. E assim Deus baniu a nação para o exílio. Sem o templo, não poderia haver sacrifício. Talvez assim as pessoas aprendessem que o que Deus queria era o arrependimento.” Lawrence, Michael. (p. 3017)
6. O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo - De uma vez por todas,há um sacrifício que acaba com o grande problema!
Aqui está o problema que o sacrifício na Bíblia é projetado para resolver. Nós não precisamos principalmente de um exemplo inspirador de amor, de vitória sobre os poderes das trevas, ou de vitória sobre a morte. Antes, o eterno e santo Deus está justamente irado conosco por nossa rebelião, e precisamos de um meio de escapar da penalidade de sua justiça, porque nós mesmos não podemos suportar essa penalidade. De acordo com as Escrituras, precisamos de um sacrifício. (Lawrence, Michael - p. 3070)
Essa é a grande dimensão de porque Jesus veio. Ele veio para ser o nosso Salvador prometido! O cordeiro vindo de Deus, que tem o propósito claro, tirar (αιρωv) o pecado do meio do povo
Dicionário Teológico do Novo Testamento, Volumes I & II (aírō)
Se a expressão que está em Jo 1.29 tem o sentido de “tirar e levar embora”, ou seja, de um comportamento indireto de culpa; ou o sentido de “retirar”, ou seja, de remover por meio da expiação, […] Cordeiro de Deus favorece a segunda interpretação: “tirar o pecado do mundo” (pelo poder reparador de seu sangue; cf. 1Jo 1.7)
O nosso texto continua Jo 1.30-31, 34 (“Este é aquele a quem eu me referi, quando disse: Vem depois de mim um homem que é superior a mim, porque já existia antes de mim. Eu mesmo não o conhecia, mas por isso é que vim batizando com água: para que ele viesse a ser revelado a Israel”.” “Eu vi e testifico que este é o Filho de Deus”.” ) As peças do quebra-cabeça passam agora a fazer sentido. João conecta Jesus com as profecias aguardadas e com relação de onde Ele veio (Eternidade).
Talvez você esteja pensando que o tema do sacrifício não tem nada a ver com relação ao natal. Natal é comemorado o nascimento, páscoa é comemorado a morte e ressurreição. Porém, quando compreendemos qual foi o objetivo principal do nascimento de Jesus, o natal passa a ter sentido!
Lucas reune diversos cânticos de pessoas, estas demonstram a profundidade com que estava ligada a vinda de Jesus com a salvação (Ex. Simeão - Lc 2.29-32 “Ó Soberano, como prometeste, agora podes despedir em paz, o teu servo.30 Pois os meus olhos já viram a tua salvação, 31 que preparaste à vista de todos os povos:32 luz para revelação aos gentios e para a glória de Israel, teu povo”.)
A vinda de Jesus só faz sentido, quando reconhecemos que Ele é o Salvador prometido! Ele precisa ser o seu Salvador, para que o natal faça sentido. Natal é o salvador que veio para morrer!

2) Reconhecer que Jesus transforma vidas! (Jo 1.35-42)

O testemunho de João Batista, agora alcança aos seus seguidores, a Bíblia nos mostra que é André, e possivelmente João, o autor deste Evangelho, devido a grandiosidade de detalhes que são apresentadas nessa história, os comentaristas dizem que possivelmente foi ele quem estava com André.
A história nos conta esse movimento de expansão da boa notícia de Jesus e de seu Reino.
João Batista ------> André, João ------> Pedro
Há uma grande lição de mudança de vida que nos é mostrada aqui.
a. Ouviram quem era Jesus e qual era a sua missão (Jo 1.35-36 No dia seguinte João estava ali novamente com dois dos seus discípulos. Quando viu Jesus passando, disse: “Vejam! É o Cordeiro de Deus!”)
b.Seguiram a Jesus, após ouvir sobre quem Ele é (Jo 1.37 37 Ouvindo-o dizer isso, os dois discípulos seguiram Jesus) uma atitude clara, uma postura de homens que aguardam o Messias, o Cristo que viria. Instigados com tudo o que estava diante dos seus olhos, decidiram acompanhar a Jesus.
c.Jesus observa que eles estavam o seguindo, e os chama para experienciar algo novo: quem Ele é. (Jo 1.38-39Voltando-se e vendo Jesus que os dois o seguiam, perguntou-lhes: “O que vocês querem?” Eles disseram: “Rabi” (que significa “Mestre”), “onde estás hospedado?” Respondeu ele: “Venham e verão”. Então foram, [por volta das quatro horas da tarde], viram onde ele estava hospedado e passaram com ele aquele dia.”
“As coisas humanas precisam ser conhecidas para que sejam amadas, mas as coisas divinas devem ser primeiramente amadas, antes de poderem ser conhecidas.” Blaise Pascal (CHAMPLIN, p. 286)
É por esse motivo, que essa história é tão impactante. Esses homens amaram e conheceram quem Deus é. E as palavras que Jesus fala para esses homens ecoam até os dias hoje!
“O que vocês querem?” - RA traduz como “o que buscais?” O termo usado é ζητέω
“(Uma) investigação filosófica (cf. 1Co 1.22; At 17.27) e o uso da LXX para buscar a Deus (cf. Rm 10.20). A busca de Deus em oração em Mt 7.7ss. segue o uso da LXX. A busca envolve a mais ampla orientação da vontade: a busca do reino e da justiça de Deus (Mt 6.32–33), a busca das coisas do alto (Cl 3.1), a busca do grande alvo da vida (Mt 13.45), a busca de justificação (Gl 2.17).” (Dicionário Teológico do Novo Testamento, Volumes I & II (zētéō)
Jesus questiona a motivação com a qual esses discípulos seguiam a Jesus. O que vocês verdadeiramente querem? Quais são os desejos ao virem até mim?
Nesse movimento da história, esses homens foram até onde Jesus estava hospedado, na região (Jo 1.38-39). Eles desejam conhecer o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Jesus os chamou para o conhecer na intimidade de sua vida.
O importante a observar é que os discípulos desejavam uma oportunidade de conversar com Jesus sem interrupções. Visto que isto era um tanto difícil no espaço aberto, eles perguntaram onde Jesus estava se hospedando no momento, claramente implicando que desejavam receber um convite para visitá-lo. O interesse deles tinha sido completamente despertado pelo testemunho de João Batista que, consequentemente, provou ser um verdadeiro arauto e preparador de caminho. […] “Por que o autor chega a mencionar o horário?”. A resposta é: o autor, como foi demonstrado, era um destes dois discípulos. Aquele dia com Jesus mudou toda a sua vida! Deixou uma impressão tão forte sobre ele que ele nunca esqueceu a hora exata em que o convite foi recebido e a decisão de aceitá-lo foi tomada. “(HENDRICKSEN)
Esses homens seguiram a Jesus! (Jo 1.40-41 40 “André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido o que João dissera e que haviam seguido Jesus.”) No primeiro momento dando a ideia de viagem, ir até um local com alguém, mas depois dando a ideia de uma entrega completa de sua vida. “Em grego, do sentido normal de seguir resulta seguir intelectualmente, moralmente e religiosamente
um compromisso total e uma relação exclusiva para alguém que não é reconhecido apenas como um professor, mas como o Messias. [Dicionário Teológico do Novo Testamento, Volumes I & II (C. Akoloutheín no NT]
E logo após, André se volta em direção ao seu irmão, Pedro, para apresentar quem é Jesus (Jo 1.41-42 “O primeiro que ele encontrou foi Simão, seu irmão, e lhe disse: “Achamos o Messias” (isto é, o Cristo). E o levou a Jesus. Jesus olhou para ele e disse: “Você é Simão, filho de João. Será chamado Cefas” (que traduzido é “Pedro”).”
Reconhecer que Jesus transforma vidas tem diversas implicações
1. Nos rendermos a Ele - Jesus continua chamando pessoas (Mt 11.28 “Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso”) O chamado desses primeiros discípulos os levou a uma decisão crucial, a quem nós somos fieis? Seguir a Jesus implica em ir além da realidade que você vive, e pela fé amar para conhecer a Deus! Não do nosso jeito, mas do jeito de Jesus. (Ex: Josias e a Ansiedade). Eu preciso aprender a me render a Jesus, nos termos de Jesus. Deus não é relativo, ele nos ensina o seu caminho e nos chama a caminhar com ele.
2. Compartilhar com as pessoas que necessitam do Evangelho - A partir do momento em que nós deliberamente entendemos que é Jesus quem transforma vidas e muda histórias, nós agimos como André. Compartilhar com as pessoas quem é Jesus, não é uma realidade forçada ou simplesmente uma ação que demanda um esforço profundo. Tem a ver com quem você é! “Discipulado começa em seguir a Jesus e convidar as pessoas a seguirem a Jesus”. Não são super pessoas aquelas que compartilham sua fé em Cristo e a sua capacidade de transformação, na realidade, são as fracas que compreenderam que apenas Ele é quem pode transformar vidas!
É tão profundo, tão imenso e cobre-nos É furioso, poderoso e abraça-nos Só ele pode devolver a vida aos corações
Deus transforma pessoas pequenas e fracas em discípulos de Jesus, que compartilham da fé para aqueles que estão ao seu redor, através do Espírito Santo! Quem foi André? Poucas vezes ele aparece na Bíblia, mas sempre que aparece ele estava partilhando com as pessoas para que seguissem a Jesus! Da mesma maneira o fez com Pedro. Jo 1.41-42 “O primeiro que ele encontrou foi Simão, seu irmão, e lhe disse: “Achamos o Messias” (isto é, o Cristo). E o levou a Jesus. Jesus olhou para ele e disse: “Você é Simão, filho de João. Será chamado Cefas” (que traduzido é “Pedro”).” O próprio Pedro se viu como alguém que negou a Cristo, mas depois que Jesus já havia retornado aos céus foi quem bradou diante dos lideres religiosos e de todo o povo diversas vezes sobre o plano de Deus. (At 4.13 “Vendo a coragem de Pedro e de João, e percebendo que eram homens comuns e sem instrução, ficaram admirados e reconheceram que eles haviam estado com Jesus.”) E no momento que foi impedido de dizer, ele reconheceu diante dos líderes que o tinham prendido: At 4.19-20 “Mas Pedro e João responderam: “Julguem os senhores mesmos se é justo aos olhos de Deus obedecer aos senhores e não a Deus. Pois não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos”.”

Conclusão

Por que Jesus teve que vir?
Para ser o prometido Salvador - Não há um outro caminho, não nenhum outro mediador, não há nenhuma outra maneira de lidar com o maior problema que temos, a nossa separação de Deus. É por isso que o natal é uma data tão linda, pois é nesse momento em que celebramos que Deus olhou para o mundo e enviou seu filho, seu único filho!
Para transformar histórias - O pecado nos separa de Deus e de toda a sua boa criação. Mas Jesus vem e transforma completamente a realidade, e faz pessoas pequenas e fracas em seguidores de Jesus. O maior sucesso que você pode ter em sua vida, é seguir a Jesus.
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