A IGREJA E AS DUAS ERAS
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INTRODUÇÃO
A história bíblica é dividida em duas eras distintas:
1. A era da promessa: quando Deus prometeu restaurará todas as coisas estabelecendo seu reino e governando por meio de seu Messias;
2. A era do cumprimento: a era em que as promessas de Deus estão sendo cumpridas, na qual os cristãos estão vivendo agora, e que continuará para sempre.
Os profetas do Antigo Testamento falaram sobre a era do cumprimento como os “últimos dias”. Enquanto esperavam que esses últimos dias viessem com o Messias no final de muita tribulação e sofrimento, os autores do Novo Testamento nos dizem que esses dias se entremearam na história antes da volta de Jesus Cristo.
Agora, vivemos na superposição dessas eras, no "ainda não" - a era do cumprimento, os últimos dias, tendo "agora já” com o reino de Deus por meio de Jesus Cristo, e a era da promessa, acompanhada de sofrimento e tribulação, ainda permanecendo até a segunda vinda de Jesus Cristo.
I. Um Éden Melhor
A frase “duas eras” refere-se a duas épocas distintas da história bíblica.
1. A primeira era pode ser considerada o período de “promessas”:
Deus promete habitar com seu povo, trazer o Messias, estabelecer o reino, oferecer perdão de pecados, ressuscitar os santos dentre os mortos e assim por diante.
2. A segunda era é considerada a era do cumprimento e ocorre durante o período conhecido como "últimos dias" ou "tempos do fim":
É aí que a escatologia vem à tona. Nosso termo em português “escatologia” vem de duas palavras gregas: eschatos (“último”) e logos (“palavra”) : “estudo das últimas coisas”.
3. Devemos considerar a fase final da redenção como “escatológica”, visto que ela ocorre no final da história.
“os últimos dias” – usada no AT para se referir a este período final da história de Israel (p. ex., Gn. 49: 1; Nm 24:14; Dn. 2: 28-29, 45). Todos os eventos que ocorrem nesse período, sejam atos de julgamento ou restauração, são "escatológicos".
O período dos “últimos dias” é o clímax da história do povo de Deus.
AS DUAS ERAS
A igreja pertence à era da nova criação, que começou em Pentecostes e abraça todos os que nasceram de novo.
O Novo Testamento menciona de passagem a distinção entre a pessoa interior e externa 2Cor. 4:16
“Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia.”
No entanto, ele se apoia mais fortemente na distinção entre o "velho" e o "novo homem" — ou a vida na carne contra a vida no Espírito. Não contrasta secular e sagrado, mas entre temporal e eterno. Uma era e seus governantes estão passando; e outra, está chegando. O velho desta era atual permanece sujeito aos poderes do mundo, da carne e do diabo Ef. 2:1-3
“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.”
enquanto o novo homem da nova era é empoderado pelo Espírito.
A igreja conta com a obra do Espírito, a palavra de Deus e as chaves de pronunciar declarações.
A ERA DA CRIAÇÃO E A ERA DA NOVA CRIAÇÃO
O que é importante reconhecer é que a era da criação e da nova criação atualmente se sobrepõem. Eles operam simultaneamente. Toda a pessoa (interior e externa, espiritual e política) vive dentro das estruturas institucionais legítimas, mas caídas da criação (família, estado). E toda a pessoa renascida (interior e externa, espiritual e política) vive pelo poder do Espírito dentro das estruturas institucionais da nova criação (igreja, pastores ordenados). Na verdade, é porque essas duas eras se movem simultaneamente no presente que podemos esperar que os cristãos nas igrejas exerçam as chaves de maneiras que são justas e pecaminosas, e podemos esperar que os cristãos no governo exerçam a espada de maneiras que são justas e pecaminosas. Somos "simultaneamente justificados e pecaminosos", como Lutero disse. Os cristãos precisam da igreja e do estado – precisam dos dois.