ACERCA DA UNIDADE DO CORPO DE CRISTO! I Coríntios 12.12-27
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· 1,494 viewsA igreja de Jesus jamais será sucumbida pelas forças externas enquanto manter a sua unidade interna.
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Grande ideia: A igreja de Jesus jamais será sucumbida pelas forças externas enquanto manter a sua unidade interna.
Estrutura: A unidade da igreja tem mentores: Jesus e o Espírito Santo (vv. 12,13) e o princípio base da unidade é a interdependência (vv. 14-27).
Hernandes Dias Lopes:
A igreja é comparada a uma família, a um exército, a um templo, a uma noiva. Porém, a figura predileta de Paulo para descrever a igreja é o corpo.
01. Paulo começa o seu argumento refletindo sobre a unidade da igreja com os seus mentores: Jesus e o Espírito Santo. (vv. 12,13)
(a) Cristo é o cabeça, e a igreja recebe dele sua força e beleza.
Werner de Boor:
O Cristo não está no mundo apenas como "anunciado" na "palavra", mas vive fisicamente em sua igreja entre os humanos, fala por intermédio da igreja, ama por seu intermédio, salva por meio dela, auxilia e cura por meio dela.
(b) Ênfase na expressão de unidade, “é um”.
William Macdonald:
Assim como o corpo humano é um instrumento pelo qual a pessoa se expressa a outros, o Corpo de Cristo é o instrumento na terra pelo qual ele escolhe revelar-se ao mundo.
(c) A unidade da igreja não é estrutural, nem organizacional, mas de cunho espiritual.
Werner de Boor:
A unidade da igreja, portanto, não é um alvo que podemos perseguir e que podemos atingir de forma mais ou menos rápida por determinados esforços. A unidade da igreja é consistentemente um mero fato, justamente através do único Espírito do qual todos receberam para beber.
(d) A unidade não desprestigia a diversidade, ao contrário a enobrece.
“Como a beleza do corpo humano é realçada pela variedade de suas partes, assim a glória do corpo de Cristo aparece na diversidade de seus membros”.
(e) O Espírito é o ambiente de convivência plena da saúde da igreja.
Simon Kistermaker:
Isso significa que todos os verdadeiros crentes em Jesus Cristo foram batizados no Espírito Santo. O texto ensina que cristãos regenerados são inseridos em um corpo pelo Espírito Santo, mas não diz nada sobre um batismo subsequente do Espírito.
(f) Este desejo de experimentar o Espírito mais e mais, por parte de cada cristão, une o corpo numa sincera dependência de Jesus. (David Prior)
(g) Repare na multiculturalidade do Corpo de Cristo: judeus e gregos (racial), escravos e livres (social).
(h) Não há igreja cristã que não viva na instrumentalidade do Espírito Santo.
C. H. Spurgeon:
O que é a igreja de Deus sem o Espírito Santo? O que seria o Hermom sem o orvalho ou o Egito sem o Nilo? Veja a terra de Canaã, quando a maldição de Elias caiu sobre ela, por três anos não sentiu orvalho nem chuva: assim seria o cristianismo sem o Espírito. O que os vales seriam sem seus córregos, ou as cidades sem seus poços, o que os campos de milho seriam sem o sol, ou a safra de vinho sem o verão--assim seriam nossas igrejas sem o Espírito. Como não podemos pensar no dia sem luz, na vida sem respiração, no céu sem Deus, também não podemos pensar no culto cristão sem o Espírito Santo.
Romanos 12.4–5 (NAA)
4Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função,
5assim também nós, embora sejamos muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros.
02. Paulo prossegue falando sobre a interdependência de cada membro do Corpo de Cristo. (vv. 14-27)
(a) A beleza da igreja está em sua diversidade.
Mattew Henry:
A variedade nos membros do corpo contribui para a sua beleza. Que monstro seria um corpo se ele fosse todo orelha, ou olho, ou braço! Assim é a beleza e a boa aparência da igreja, em que deve haver diversidade de dons e funções.
(b) O perigo dos complexos de inferioridade e superioridade.
Com agudeza Crisóstomo expõe que o pé não se contrasta com o olho, mas com a mão. Inclinamo-nos a invejar os que nos sobrepujam um pouco, e não os que pertencem a uma classe patentemente diversa.
(c) Devemos celebrar as diferenças individuais na igreja, não o individualismo.
Em vez de permitir que sejamos fundidos em um único molde, devemos nos deleitar nas diferenças e aprender a capitalizá-las.
A palavra grega “synekerasen”, tem o significado básico de misturar diferentes partes tendo em mente um propósito específico, isto é, gerar mútuo apoio e interdependência. (David Prior)
(d) Tenho de denunciar o individualismo como um veneno para a comunhão da igreja.
David Prior:
A Bíblia apoia a individualidade, não o individualismo. Este último fenômeno é uma perversão da vocação em Cristo. É uma praga na igreja de Deus, prejudicando o seu testemunho e atrofiando os indivíduos.
(e) Deus dotou todos os crentes com dons espirituais, pois o maior dom já foi dado, a saber, o próprio Espírito.
Simon Kistermaker:
Todo membro do Corpo de Cristo deve reconhecer que Deus não se esqueceu de ninguém na distribuição de dons e talentos. Ele ou ela não pode enterrar esses talentos pelo ócio, porque no final chegará o dia de acerto quando Deus há de pedir contas.
(f) Cuidado com o orgulho.
João Calvino:
Aquele que se sobressai porque possui dons mais excelentes, não deveria ser arrogante, nem subestimar os demais; ao contrário, precisa ponderar sobre o fato de que nada é tão insignificante que não venha a ser útil.
Werner de Boor:
- Os sentimentos de inferioridade são despertados e aprofundados por meio de falsos sentimentos de superioridade de outros.
(g) Foi Deus quem “colocou os membros no corpo, cada um deles como quis”.
Leon Morris:
- O verbo “colocar” está no aoristo, e a referência é à criação. Deus fez as coisas assim. "Cada um deles" põe a mostra o ensinamento de que o cuidado de Deus não se estende somente aos mais importantes e espetaculares.
(h) A necessidade de mútua cooperação.
Hernandes Dias Lopes:
Paulo diz que não estamos competindo na igreja nem estamos brigando por um lugar ao sol. Devemos lutar para ajudar-nos uns aos outros para que não haja divisão na igreja. Precisamos cooperar e trabalhar a favor uns dos outros.
Não estamos num campeonato dentro da igreja disputando quem é o mais talentoso, o mais dotado, o mais espiritual. Somos uma família. Somos um corpo. Devemos celebrar as nossas vitórias uns dos outros, e chorar as tristezas uns dos outros.
(i) O cuidado de um para com o outro é o antídoto para a “divisão no corpo”.
Mattew Henry:
Onde o cristianismo se desenvolve frio na relação de uns com os outros membros, eles serão carentes e despreocupados uns com os outros. E essa despreocupação mútua é o início de uma divisão.
(j) Em suma:
Simon Kistermaker:
A igreja de Jesus Cristo é um organismo, não uma sociedade; uma comunhão, não uma corporação; uma fraternidade, não uma associação.
William Macdonald:
Individualmente, cada um é membro dessa grande sociedade cooperativa. Como tal, deve realizar suas funções sem sentimentos de orgulho, independência, inveja ou inferioridade.
Colossenses 1.24 (NAA)
24Agora me alegro nos meus sofrimentos por vocês e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja,
Ilustr.
A palavra hoplita deriva de hóplon, o grande escudo levado pelo soldado. Era uma peça côncava, feita de madeira, pesando cerca de 8k. Era grande o suficiente para proteger o soldado do ombro até o joelho e, ao mesmo tempo, o lado direito de seu companheiro à esquerda. A falange hoplita formava assim uma parede de escudos atrás do qual os hoplitas golpeavam com suas lanças. O hoplita levava mais de 20 kg de equipamento sendo o escudo a peça mais importante. Por proteger dois soldados ao mesmo tempo, o escudo era considerado a parte mais importante do equipamento militar. Quando foi perguntado ao rei espartano Demaratos (séc. V a.C.) por que os homens são desonrados somente quando perdem seus escudos, mas não quando eles perdem sua couraça, sua resposta foi “porque os homens colocam a couraça para proteger a si mesmos, mas o escudo é para o bem comum de toda a linha”. Os escudos traziam um emblema sendo o mais famoso o V invertido, usado pelo hoplita espartano. Outra figura comum nos escudos era a górgona, criatura mitológica que com serpentes na cabeça e cujo olhar tinha o poder de transforma em pedra todos que a fitassem. Compunha ainda a panóplia (armadura) do hoplita: o capacete que protegia cabeça, face e pescoço, a couraça (peitoral), as caneleiras, a espada de 60 cm de comprimento e a lança de 2,5 m de comprimento. Muitos hoplitas carregavam ainda um punhal extra. Todas as peças eram feitas de bronze chegando a totalizar entre 25 e 30 kg de peso, uma carga considerável para homens que pesavam em média 68 kg. Cada hoplita era responsável pela compra e manutenção de sua própria armadura. Daí a adesão na falange ficar restrita àqueles que podiam pagar tamanha despesa. Tamanho investimento conferia ao hoplita um certo prestígio na sociedade grega.
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