Reforma, uma necessidade fundamental da Igreja
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INTRODUÇÃO
Uma reforma torna-se necessária quando falta ao povo segurança, justiça e dignidade.
Uma reforma torna-se imperativa quando os problemas se agigantam e parecem insolúveis.
Havia escombros, pobreza, desânimo, decretos contrários e forte oposição. Uma reforma torna-se urgente quando os crentes estão desanimados, enfraquecidos e desunidos; quando os inimigos parecem prevalecer contra a Igreja, intimidando-a e fazendo-a paralisar a obra; quando faltam líderes comprometidos com Deus que ousam desafiar e conduzir o povo a uma reação para restaurar a Igreja.
Por que uma reforma é tão urgente e necessária na vida da Igreja?
Primeiro, para que a Igreja deixe de ser opróbrio.
Segundo, para que saibamos que Deus está conosco.
Terceiro, para que os inimigos tenham seus planos frustrados.
Quero compartilhar com vocês três princípios fundamentais que o Senhor nos essina nesse texto.
I. A REFORMMA DA IGREJA PRECISA PASSAR POR UMA AVALIAÇÃO PROFUNDA. (Ne 2.11)
É preciso avaliar antes de agir. Isso deu a Neemias a capacidade de olhar ao redor, à frente, para dentro e para cima.
Neemias esperou a hora certa de falar com Artaxerxes e agora espera a hora certa de falar com o povo.
O trabalho envolvia sacrifício pessoal. Neemias avaliou a gravidade do problema antes de começar a agir. Os dias utilizados em pesquisa, estudo, meditação não são dias perdidos.
O trabalho requeria grande coragem moral. Deus não nos chama para obras fáceis. Neemias trabalhou doze anos como governador de Jerusalém. Ele deu sua vida por aquela causa.
É preciso diagnosticar a natureza dos problemas que atingem a Igreja (Ne2.17).
Eram Três os problemas mais gritantes que estavam afligindo a cidade de Jerusalém:
A pobreza e a humilhação. Jerusalém estava assolada e debaixo de opróbrio.
A injustiça social. As portas estavam queimadas. Os juízes julgavam as cidades em suas portas. Portas queimadas denunciavam um poder judiciário falido e apontavam para uma cidade onde não havia quem julgasse segundo a lei. A justiça estava ausente, pois o poder judiciário estava sem ação
A insegurança pública. Os muros estavam quebrados. A cidade estava fragilizada e vulnerável ao ataque dos inimigos.
II. A REFORMA DA IGREJA PRECISA DE MÚTUA COOPERAÇÃO ( Ne 2.17b,18)
Neemias move o povo ao sentimento do patriotismo. Ele abre seus olhos para a realidade em que viviam.
Neemias mostra que não podemos nos conformar com o caos, com a crise, com o opróbrio.
Neemias também chama o povo para trabalhar. Jamais a reforma teria sido feita se o povo não se envolvesse. Cada um precisa fazer sua parte. Não adianta culpar os outros e apenas ver o que eles precisam fazer.
Neemias mostrou o exemplo pessoal. Ele não disse “vá e construa”, mas “vinde e construamos!” O líder precisa estar na frente.
Neemias também mostrou a força da unidade. A união nos protege contra o desencorajamento. A união nos ajuda a enfrentar uma oposição hostil e combinada.
Neemias mostra a ajuda do céu. Deus está nesse negócio. Ele é o maior interessado na restauração da Sua Igreja. O maior encorajamento para fazer a obra de Deus está no próprio Deus. (Nee 2.18)
Neemias mostra também a ajuda da terra. O mesmo rei que mandou paralisar a obra, agora envia Neemias para fazer a obra, patrocina a viagem de Neemias e lhe dá os recursos.
O sucesso do apelo por ajuda – a resposta do povo.
( Nee 2.18 “E lhes declarei como a boa mão do meu Deus estivera comigo e também as palavras que o rei me falara. Então, disseram: Disponhamo-nos e edifiquemos. E fortaleceram as mãos para a boa obra.”
A resposta do povo foi pronta, prática e unânime.
John Maxwell destaca sete princípios usados por Neemias para lidar com o povo: simplificação, participação, delegação, motivação, preparação, cooperação e comemoração. E acrescenta: “Nenhuma grande tarefa é realizada sem que haja pessoas para concretizá-la e um líder para conduzi-la”.
III. A REFORMA DA IGREJA NECESSITA DA BÊNÇÃO DIVINA E DO TRABALHO DO HOMEM (Ne 2.20)
A soberania de Deus e a responsabilidade humana sempre caminham de mãos dadas. Deus é soberano, mas o homem é responsável.
A bênção divina é a base para a restauração da igreja (2.20). Sem a ajuda de Deus, o nosso trabalho é vão. “Se o Senhor não edificar a cidade, em vão trabalham os que a edificam” (Sl 127.1)
A reforma da igreja é feita não por força nem por violência, mas pelo Espírito de Deus (Zc 6.4). Jesus disse: “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15.5). Paulo pergunta: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8.31). “Maior é aquele que está em nós do que aquele que está no mundo.”
A soberania de Deus não anula a responsabilidade humana (2.20b). A vitória vem de Deus, mas nós precisamos empunhar as ferramentas de trabalho e as armas de combate. É preciso se dispor e reedificar.
CONCLUSÃO.
I. A REFORMMA DA IGREJA PRECISA PASSAR POR UMA AVALIAÇÃO PROFUNDA. (Ne 2.11)
II. A REFORMA DA IGREJA PRECISA DE MÚTUA COOPERAÇÃO ( Ne 2.17b,18)
III. A REFORMA DA IGREJA NECESSITA DA BÊNÇÃO DIVINA E DO TRABALHO DO HOMEM (Ne 2.20)
Concluindo, precisamos tirar desse texto estudado algumas lições práticas. Avalie antes de agir; investigue antes de motivar; silencie antes de falar; Dê seu exemplo antes de conclamar os outros; mexa com o coração das pessoas antes de mover suas mãos; dependa de Deus, resista aos inimigos, coloque a mão na obra e a reforma acontecerá.