UMA IGREJA, SEUS MEMBROS E AS ORDENANÇAS
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INTRODUÇÃO
Saudação e boas-vindas:
“Boa noite a todos! Sejam todos bem-vindos ao primeiro culto deste a novo ano que está começando”
“Graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai e do [nosso] Senhor Jesus Cristo” (Gl. 1.3 – ARA)
Vamos orar pedindo a orientação do Senhor para este culto ... (irmão Carlos/o irmão André)
Instauração da assembleia solene:
No culto de hoje, estaremos recebendo os irmãos Rodrigo e Deyse como membros desta igreja, e, ratificando a irmã Laura Rigone como membro através da Carta de Transferência solicitada por esta igreja à igreja signatária ...
No entanto, para isso, é necessário instaurarmos uma assembleia solene, afim de cumprirmos os requisitos estatutários.
Assim sendo, há uma proposta para que instauremos esta assembleia solene?
Ok... os favoráveis digam amém ... os contrários ...
Momento de louvor:
Dito isso, convido a equipe da música para conduzir a igreja em louvor e adoração e consagração de vidas, dízimos e ofertas ...
Momento da Palavra:
1. Desafio da leitura bíblica anual:(plano em ordem cronológica): chamar a irmã Ivone ou quem leu a Bíblia toda em 2021.
2. Desafio do culto doméstico:sugestão – Devocional: “Catecismo Nova Cidade”
3. Eu quero aproveitar o ensejo deste culto, no qual estaremos recebendo o Rodrigo e a Deyse como membros para dirigir uma palavra sobre igreja, membresia e ordenanças ...
I. O QUE É UMA IGREJA
Primeiro, vamos pensar um pouco sobre o que é a igreja à luz da Bíblia.
A. A Criação como pano-de-fundo
E mais uma vez, para encontrarmos respostas consistentes, precisamos ir para o livro de Gênesis para obtermos um pano-de-fundo:
1. A autoridade de Deus Criação (Gn. 1.1): quando pensamos em igreja, precisamos considerar que Deus é o Criador de todas as coisas, e, em virtude de sua obra de Criação, Ele tem autoridade soberana para ordenar à sua criatura humana a fazer o que Ele quer (Sim! Deus pode ser arbitrário – só Ele pode). Sim. Deus criou todas as coisas e, portanto, Ele tem o direito moral de governar todas as coisas. A criatura não tem o direito de discutir com o Seu Criador, assim como um vaso de barro não tem direito de discutir com o oleiro e nem um filho com seus pais
Ai daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entre outros cacos. Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem alça.
Ai daquele que diz ao pai: Por que geras? E à mulher: Por que dás à luz?
2. A autoridade de Deus é absoluta, legítima, abrangente – mas é também autorizadora:
Deus usa sua autoridade para autorizar outros a exercerem o seu governo. Esse governo autorizador de Deus não pode ser explorador, opressor, abusivo ou que tira a vida.
3. O governo de Deus, por definição, concede vida: em Gn. 1.28 Deus usa sua autoridade para criar e, em seguida, dar ao macho a capacidade de se multiplicarem (recriar) e dominar a terra. Deus coroa a humanidade com o domínio sobre todas as esferas da criação – os céus, a terra e o mar (Sl. 8.5-8
E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.
Salmo 8.5–8 (BEARA)
Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus
e de glória e de honra o coroaste.
Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão
e sob seus pés tudo lhe puseste:
ovelhas e bois, todos,
e também os animais do campo;
as aves do céu, e os peixes do mar,
e tudo o que percorre as sendas dos mares.
O tempo não nos permite aprofundar mais sobre isso, mas o ponto que quero destacar aqui é que em Gênesis Deus estabelece uma instituição política (estrutura de regras que molda o comportamento e identidade) – a criação de Adão e Eva à imagem de Deus serve como propósito funcional de levar estender o domínio de Deus até os confins da terra.
Adão, por ter sido criado à imagem de Deus, era uma espécie de filho de Deus (Lc. 3.38): o Pai de Adão era um Rei, então, Adão também estava designado para ser uma espécie de rei.
Embora, Deus tivesse advertido a Adão e Eva, que perderiam o propósito de sua exist~encia se eles transgredissem a sua lei – eles desobedeceram (Gn. 2.17
mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
Então Adão recebeu de Deus o mandato cultural – isto é, a autoridade para representar Deus, ser co-regente com Deus: refletir a própria santidade, justiça, união e amor de Deus na vida coletiva da humanidade, uma vida de multiplicação de exercício de domínio. Adão e Eva eram súditos, porque a autoridade deles estava debaixo da autoridade de Deus, mas também, eram cidadãos porque representavam o governo de Deus.
B. A Queda como pano-de-fundo
Com a rebelião de Adão e Eva, essa instituição política foi explodida, a rejeição de Deus significou a rejeição do governo visível de Deus através de seu povo, constituído de súditos e governantes – ou usando uma expressão bíblica, um povo constituído de reis e sacerdotes (1Pe.2.9 Ap. 1.6; 5.10).
Vós, porém, sois raça eleita,sacerdócio real, nação santa,povo de propriedade exclusiva de Deus,a fim de proclamardes as virtudesdaquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!
e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes;
e reinarão sobre a terra.
1. As alianças como mediadoras do governo de Deus
É claro que Deus não perdeu o domínio nem sua autoridade – a espada permanece nas mãos de Deus. Mas depois da Queda o domínio de Deus se torna imperceptível.
a. O governo universal de Deus por meio da aliança noaica (Gn. 9.9-10
Eis que estabeleço a minha aliança convosco, e com a vossa descendência,
e com todos os seres viventes que estão convosco: tanto as aves, os animais domésticos e os animais selváticos que saíram da arca como todos os animais da terra.
Disse Deus: Este é o sinal da minha aliança que faço entre mim e vós e entre todos os seres viventes que estão convosco, para perpétuas gerações:
Disse Deus a Noé: Este é o sinal da aliança estabelecida entre mim e toda carne sobre a terra.
Noé e uma espécie de novo Adão – um súdito chamado a assumir o ofício de cidadão – Noé é um mediador justo que oferece sacrifício, e, ao mesmo tempo capacita o povo de Deus a passar sobre o dilúvio do juízo divino. É aqui que entra a instituição do Estado e o padrão para a família pós-queda.
b. Abraâmica:Trata-se aliança feita com Abraão (Gn 17:1–8) e ratificada com Isaque e Jacó.
c. Sinaítica:Trata-se da aliança feita com todo o povo israelita no Sinai (Êx 19:5
Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha;
d. A Nova Aliança: essa nova aliança que Jeremias profetizou no AT (Jr 31.31) encontra seu cumprimento no Novo Testamento, e, ela inclui todos os que tem fé em Jesus Cristo, os quais ele selou com o seu sangue (Mt 26:28; Lc 22.20; 1Co 11.25; Hb 9.15; 12.24).
Então por meio dessa nova aliança Deus cria o seu novo povo – como uma instituição política, através do qual, Deus quer implementar seu governo dentro da vida desse povo, afim de que essas pessoas possam atuar como suas testemunhas, representar publicamente o rei Jesus, exibir a justiça e a retidão de Deus e proclamar que o mundo inteiro pertence a esse rei.
Podemos dizer, que uma igreja é um grupo de pessoas que professam a fé em Jesus Cristo, que se reúne como uma embaixada do reino de Cristo aqui na terra, para proclamar o evangelho, para afirmar uns aos outros como cidadãos do reino por meio das ordenanças e para evidenciar o amor e a santidade de Deus por meio da unidade e diversidades de seus membros seguindo o ensino das Escrituras.
II. SEUS MEMBROS
A. A igreja local é instituída em dois momentos:
1. O primeiro momento vem pela pregação do evangelho com a salvação e a inclusão de uma pessoa na igreja universal. Mas até este ponto, a igreja permanece invisível, porque a fé habita no coração. A salvação é obra do Espírito Santo ...
2. O segundo momento acontece quando um grupo de cristãos se une pactualmente e assim confirmam uns aos outros como concidadão e membros do corpo de Cristo.
Aqueles “dois ou três” de Mt. 18.20, reunidos em nome de Cristo, ao declararem uns aos outros como membros, eles se tornam membros, e, assim, se tornam uma igreja.
Então, a igreja é o conjunto de seus membros – e, tudo isso se torna visível por meio das ordenanças: do batismo e da ceia do Senhor. (vamos desenvolver um pouco mais isso)
III. MEMBRESIA NA IGREA E AS ORDENANÇAS
A. O que é tornar-se membro da igreja
1. Tornar-se membro de uma igreja é assumir formalmente a cidadania no reino de Cristo, tornando pública a presença pactual de Cristo na terra em determinado tempo e lugar.
2. É assumir a supervisão sobre outrem
Ser membro de uma igreja é o ofício que um crente assume ao exercer a mesma supervisão sobre outros crentes, um ofício que nos foi dado por meio da justificação pela fé e autorizado por Jesus ao entregar as chaves do reino à igreja.
3. Por isso, a igreja tem a autoridade formal de confirmar alguém como membro ou de remover alguém da igreja, de sua participação na mesa do Senhor ou do seu ofício.
B. As ordenanças como meio de confirmação da membresia
1. A membresia da igreja, portanto, depende da confirmação e supervisão da igreja local sobre a profissão de fé de um indivíduo crente, o que a igreja faz por meio das ordenanças do batismo e da ceia do Senhor.
2. O corpo como um todo tem uma autoridade para confirmar e supervisionar formalmente os cidadãos do reino de Cristo, algo que a pessoa que professa a fé sozinho não tem.
3. O que é filiação ou filiar-se à igreja?
Em última análise, a filiação à igreja é o reconhecimento formal entre igreja e o indivíduo de sua condição de cidadania, um reconhecimento que precisa ser contínuo para que otestemunho de uma igreja tenha credibilidade.
Na verdade, teologicamente falando, ser discípulo de Jesus significa submeter-se à confirmação e supervisão de uma igreja. A submissão a uma igreja local é uma expressão de como um cristão se submete a Cristo, o rei. É o fruto do arrependimento. É obediência àquele que confessamos como Cristo, o Filho de Deus vivo, e também a participação no governo de Cristo. Além disso, é onde o crente se submete e participa do governo do reino.
C. As ordenanças como um tipo de distintivo
O batismo e a ceia do Senhor são um tipo de distintivo dos membros do corpo de Cristo, uma associação universal gerida ou estabelecida localmente. É por meio do batismo e da ceia do Senhor que a nova aliança é ratificada publicamente.
O batismo é o sinal pelo qual cada novo crente aceita Jesus como seu representate e aceita o povo de Jesus como o seu povo.
A ceia do Senhor não pode ser vista de forma individualista porque a função da ceia tem a ver com a formação do Corpo – Paulo diz em 1Co. 10.17 diz “embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão”. Essas ordenanças determinam a identidade da igreja – ela é a comunidade daqueles que não só se uniram ao Cristo de Deus, mas que também morreram com Ele.
CONCLUSÃO
Um discípulo ou seguidor de Jesus é um rei-sacerdote da nova aliança e um cidadão do reino – um governante governado que representa o céu. E um cidadão do reino é um membro da igreja, alguém confirmado pela igreja como pertencente a ela.
O discípulo precisa se reunir juntamente com a igreja local regularmente em nome de Cristo para proclamar o evangelho e confirmar uns aos outros como de discípulos de Jesus por meio da autoridade das chaves.
Tem que ser assim, porque a igreja local organizada é o lugar na terra em que a fé se torna pública.
USANDO AS CHAVES NA PRÁTICA ATRAVÈS DA RECEPÇÃO POR ACLAMAÇÃO
1. Leitura da carta de transferência da Laura
2. Admissão por aclamação: Rodrigo e Dayse.
USANDO AS CHAVES NA PRÁTICA ATRAVÈS DA CEIA DO SENHOR
Convidar o ministério da música.
Convidar o Dc. André Nazário
ORAÇÃO E BENÇÃO APOSTÓLICA