A Verdadeira Supremacia
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Introdução
Introdução
Qual é a forma de se chegar a um destino? Saindo do lugar. Mas, existem duas formas de não se chegar a esse destino, ficando parado ou indo pelo caminho errado. Se você precisa ir para São Paul e fica parado aqui no Rio de Janeiro, você de fato não vai chegar lá. Mas se ao invés disso, você pegar a BR101 ao norte, em direção ao Espírito Santo, mas achando que está indo para São Paulo. Depois de algumas horas você chega em Vitória, achando que está em São Paulo, vai se surpreender com uma capital que falavm que era enorme e não é tão grande assim. Vai se surpreender com uma "São Paulo" que ao contrário do que lhe contaram tem mar, e se você gosta de frutos do mar, nessa cidade você vai facilmente achar um dos mais deliciosos pratos da culinária brasileira que é a moqueca. Talvez você até descubra depois de chegar em Vitória, que não está em São Paulo, mas por se sentir tão confortável na capital capixaba, por gostar muito de praia e também de moqueca, além do custo de vida mais baixo e não ter todo aquele tumulto da capital paulista que Vitória a patir de agora é a sua "São Paulo". O objetivo era São Paulo, mas o caminho errado te levou para um lugar diferente, que a princípio te satisfez mais e você então encontrou uma "são paulo" para chamar de sua.
Mas depois você descobre que essa "São Paulo" fake que na verdade é Vitória, não possuia o melhor hospital do Brasil, que era o único que possuia o tratamento necessário para uma grave doença que você possuia Que o destino verdadeiro sempre foi São Paulo, e o mar de Vitória e a deliciosa moqueca capixaba foram distrações para o objetivo real e necessário para você.
Porque comecei com essa história maluca? Porque ela tem a ver com o texto bíblico de hoje, sobre o desafio que os colossenses enfrentavam diante do falsos ensinos. As más teologias são como essa história hipotética, e absurda, que contei. As más teologias exercem um papel devastador, elas pegam pessoas que estavam na inércia espiritual (mortas) e desviam o caminho do objetivo. Os Colossenses que antes eram pagãos estavam sendo influenciados por outros evangelhos e outros Cristos, e isso estava levando aqueles irmãos a errarem o caminho.
13 Ele nos libertou do poder das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, 14 em quem temos a redenção, a remissão dos pecados.
15 Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. 16 Pois nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. 17 Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste. 18 Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja. Ele é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para ter a primazia em todas as coisas. 19 Porque Deus achou por bem que, nele, residisse toda a plenitude 20 e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.
21 E vocês que, no passado, eram estranhos e inimigos no entendimento pelas obras más que praticavam, 22 agora, porém, ele os reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e irrepreensíveis, 23 se é que vocês permanecem na fé, alicerçados e firmes, não se deixando afastar da esperança do evangelho que vocês ouviram e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro.
Paulo aqui faz uma importante afirmação, uma das mais belas decrições da cristologia que podemos encontrar. E porque ele faz isso? Não se combate uma mentira simplesmente negando essa mentira, mas ensinando a verdade (detectar notas falsas). Sabe como se combate uma mentira? Conhecendo bem a verdade. Mentira, toda hora surge uma nova, mas quando conhecemos a verdade estamos imunes a todo tipo de variante do virus da mentira. Quando eu falo DA VERDADE, falo do EVANGELHO, assim como está escrito em João 8.32 "E conhecereis a verdade, e averdade vos libertará", esse texto não fala sobre qualquer verdade, embora a verdade sempre é o certo, mas sobre a verdade do evangelho, esse texto só se aplica a isso. Por isso para todo Cristão, não só os Colossenses, é fundamental saber:
Quem é Jesus;
O que Jesus veio fazer;
O resultado do que Jesus veio fazer.
Conhecer esses três pontos é fundamental para um cristianismo autêntico. Sim, isso é importante e fundamental e por mais que pareça óbvio, tem muita gente que é crente ou se diz crente e ainda se confunde sobre esses três aspectos fundamentais sobre Cristo. Para chegar em quem Ele é, gostaria de começar falando sobre o que Ele veio fazer e o resultado disso. Ou conhecemos verdadeiramente a Cristo, ou não temos a Cristo.
O que Jesus veio fazer?
O que Jesus veio fazer?
Ele nos libertou… Logo, Ele é o nosso libertador. Sendo Cristo o nosso libertador, isso aponta para a nossa condição de escravos ou prisioneiros. Jesus não nos libertou de um sistema opressor político nem nos propõe uma liberdade individual absoluta, embora muito se pregue isso hoje em dia. A liberdade que Cristo nos promete é muito maior do que a liberdade individual de ir e vir ou de ter ou não que se vacinar. Mas Ele nos libertou do império das trevas, essa é uma condição que extrapola a nossa existência. É uma liberdade mesmo em meio a opressão dos homens, é uma liberdade qué possível desfrutar mesmo em um contexto de opressão. Da mesma forma que um homem que não crê no país mais livre do mundo é escravo.
O domíinio das trevas nos leva a crer que o estado de escravidão que vive é liberdade, mas a liberdade humana de querer viver para si é escravidão. A bíblia diz que temos três inimigos: O mundo, a carne e o diabo. O diabo e o mundo só tem dominio sobre nós de acordo com a condição da nossa carne. A maior guerra que temos não está na cultura, mas dentro de nós.
Interessante observarmos que a bíblia nos fala que Cristo nos transportou, nos tirou de uma condição de inércia, estávamos mortos, incapazes de produzir obras de vida. Jesus Cristo foi ativo em nossa salvaçao, o Deus que busca o homem enquanto este era incapaz de buscar. Deus nos buscou quando nós ainda não o buscávamos. Russell Shedd diz que Deus montou uma “operação de resgate” para libertar os pecadores do poder das trevas. Deus não apenas nos tirou da região da morte, como também nos transportou para dentro do Reino da luz, o reino do Filho do Seu amor. Houve um traslado, uma transferência imediata do império de trevas para o reino da luz.
Qual foi o resultado do que Cristo veio fazer?
Qual foi o resultado do que Cristo veio fazer?
Essa obra produz resultados, implicações práticas.
a. A salvação implica uma mudança radical de domínio sobre a nossa vida. Antes estávamos no império de trevas, sob o domínio cruel e opressor de Satanás. Antes estávamos no cativeiro do diabo, acorrentados pelo pecado. Agora, estamos livres e salvos. Fomos não apenas libertados do império das trevas, mas também transportados para o reino da luz. Agora Cristo, e não Satanás, domina sobre nós. Agora temos outro dono, outro senhor, outra vida, dentro de outro reino. Fomos transladados de uma vez por todas. Já estamos no Reino da luz (1Pe 2.9). Isso é escatologia realizada. Já estamos vivendo uma prévia da glória eterna.
b. A salvação implica uma mudança radical de devoção do nosso coração. No reino das trevas servíamos a um príncipe carrasco. Ele nos oprimia, nos escravizava e nos mantinha prisioneiros para a morte eterna. Essa opressão se dava em uma devoção absoluta ao nosso eu, as minhas vontades e a minha carne são o centro orientador da minha vida, vivo em um auto-engano chamando essa escravidão de liberdade. Mas agora vivemos no Reino da luz, do amor, da paz e da vida eterna. No antigo império reinava o ódio; no Reino da luz domina o amor. No antigo império estávamos debaixo de cruel escravidão; no Reino da luz somos livres. No reino das trevas, Satanás queria a nossa morte; no Reino da luz, Cristo morreu por nós para nos dar vida. Esse transporte muda radicalmente o centro orientador da minha vida.
Quem é Jesus?
Quem é Jesus?
Talvez você responda prontamente: Ele é o Filho de Deus. Beleza, isso é verdade, mas o que isso significa? Porque entender isso é tão fundamental? Não só no tempo em que essa carta foi escrita e na cidade de Colossos, mas hoje ainda muitos "Cristos" são criados:
Para muitos, um defensor dos marginalizados que veio destruir o sistema político e se rebelar contra o império;
Para outros, o fundador da grande religião ocidental;
Para alguns alguém a ser adorado;
Para muitos, um resolvedor de problemas;
Para muitos atualmente, aquele que veio pata potecncializar sua capacidade e te trazer sucesso pessoal, profissional e financeiro;
Para um famoso escritor brasileiro, o mestre do amor, o homem mais inteligente da história, o maior líder da história e assim sucessivamente.
Em primeiro lugar, Jesus Cristo é a tradução literal de Deus, a expressão visível do Deus invisível. O apóstolo Paulo afirma: “Ele é a imagem do Deus invisível” (1.15a). Deus como Espírito é invisível e sempre será (1Tm 6.16). Mas Jesus é a Sua visível expressão. Ele não apenas reflete Deus, porém como Deus Ele revela Deus para nós (Jo 1.18; 14.9). Jesus é a imagem, não a imitação, de Deus. A palavra “imagem” significa uma representação e uma revelação exata. Cristo não é uma cópia de Deus, mas a encarnação do divino no mundo dos homens. Tudo que Deus é, o é igualmente Jesus. “Quem me vê a mim vê o Pai”, disse Jesus (Jo 14.9). “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30). O autor aos Hebreus diz: “Ele é a expressão exata do Seu ser” (Hb 1.3). O apóstolo Paulo é categórico: “Porquanto, Nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade”.
Werner de Boor diz que a invisibilidade de Deus é que constitui o apuro religioso. Por causa dela, pode-se duvidar de Deus e até negá-lo. Por causa dela, todas as religiões do mundo têm incontáveis “imagens” de Deus, pintadas e talhadas, fundidas e esculpidas em mármore, ajeitadas com idéias e conceitos, rudes e nobres. Nenhuma, porém, satisfaz o ser humano que busca e indaga. “Mostra-nos o Pai, e isso nos basta!” (Jo 14.8) – esse é o clamor do coração humano. Deus, porém, não deixou essa busca e esse clamor sem resposta. Há uma imagem que lhe corresponde inteiramente, “o Filho do Seu amor”. Jesus disse: “Quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14.9).
Jesus Cristo é a exegese de Deus. Ele é o verdadeiro Deus de verdadeiro Deus. Em Cristo, o Deus invisível tornou-se visível e palpável (Jo 1.14; 1Jo 1.1–4). Ele é o espelho por meio do qual contemplamos a face de Deus. O Deus invisível tornou-se visível a nós por meio de Cristo. O Deus transcendente tornou-se carne e habitou entre nós por meio de Cristo. Aquele que habita na luz inacessível entrou na nossa história e nos revelou o coração do Pai. Quem quiser saber quem é Deus, olhe para Jesus.
"O Eterno andou no tempo, o criador da vida sofreu por te amar, a Palavra se fez carne, para que você olhasse o Filho e visse o Pai. Em Cristo você vê a face de Deus."
Conclusão
Conclusão
Além do resgate, do transporte para o reino de Cristo, e da redenção realizados no passado e no presente, temos ainda o perdão dos pecados. Um perdão que removeu a barreira entre o Deus Santo e o homem pecador e os ajuntou a comunidade dos perdoados que é a igreja. Esse perdão também pavimentou um novo caminho de relacionamento com Deus. Através desse relacionamento, somente por esse caminho, temos a nossa alma aliviada do peso da culpa, retira de nós a condenação do pecado e também o peso da culpa.
Se você tem criado uma imagem diferente de Cristo, consequentemente de Deus, eu gostaria de te dizer que você estará na mesma condição daquele viajante desorientado. Qualquer imagem parcial ou distorcida de quem Deus é pode até te trazer algum alívio imediato, mas nunca será capaz de produzir vida pela e eterna.