Consequência do Testemunho de Paulo

Introdução

O que você diria a seu respeito se você fosse acusado de um crime que não cometeu?

Quais argumentos você usaria em sua defesa? Quais os recursos você disporia?

Como Paulo se defendeu diante de seus acusadores?

I. Enfatiza quem ele era e o que ele fazia (vs. 1-5)

II. Enfatiza quem é Jesus (vs. 6-8)

III. Enfatiza o que ele deveria fazer (vs. 9-11)

IV. Enfatiza o que Jesus fez em sua vida (vs. 12-16)

V. Enfatiza o que Jesus fez através de sua vida (vs. 17-21)

I. Paulo foi salvo do linchamento (vs. 22-24)

Oposição dos judeus: Depois de ouvir o testemunho de Paulo sobre o Evangelho, os judeus pediram para que Paulo fosse condenado. dirigindo a ele palavras de ódio;

Gritavam

Rasgavam suas capas

Jogavam poeira no ar

Oposição dos romanos: Os romanos eram cruéis. Vendo o tumulto dos judeus por causa de Paulo, sem um mandato oficial, mandaram prender Paulo e quiseram açoitá-lo sem saber o motivo;

O tribuno - um oficial romano responsável por manter a ordem no templo; ficava do lado de fora do templo;

Tenta reunir informações a respeito do que transcorreu e utilizava a tortura como meio para isso (açoites com um chicote de couro trançado com pedras que estraçalhava a carne da pessoa);

Apesar dos romanos desejarem fazer o mal a Paulo, Deus utilizou aquele centurião para livrá-lo de um linchamento. Vemos aqui a providência e a proteção que Deus deu a Paulo.

II. Paulo foi salvo do açoitamento (vs. 25-29)

A cidadania romana;

Paulo surpreende o centurião que estava para açoitá-lo perguntando se era legal açoitar um cidadão romano sem que fosse condenado legalmente;

O centurião retorna ao tribuno levando a fala de Paulo que o deixou confuso;

O que era a cidadania romana?

Segundo John Stott, essa cidadania era adquirda por direito (posição ou ofício elevado no império), por merecimento (serviços prestados ao império), por herança (de pai para filho, como foi o caso de Paulo), por suborno ou compra (como foi o caso de Lisías, o tribuno, aqui);

Concedia alguns privilégios aos cidadãos, incluindo a proteção imperial para não ser interrogado sob tortura;

A preocupação do comandante - o tribuno poderia ter sérios problemas se açoitasse um cidadão romano sem julgamento;

A lei proibia amarrar um cidadão romano sem julgamento;

Ele poderia responder diretamente ao governador por sua transgressão;

Se uma pessoa afirmasse ser um cidadão romano, os oficiais deveriam tratá-lo como tal até que os documentos comprovassem ou não sua cidadania;

A dúvida do comandante;

O tribuno duvidou se Paulo era realmente um cidadão romano, pois o ouviu falando em hebraico, uma língua não falada pelos romanos;

O fato de essa cidadania não ser comum no Oriente, especialmente a quem não pertencesse à elite.

Lisias comprou sua cidadania, enquanto Paulo a herdou de seu pai (que provavelmente fora um escravo liberto a quem esse direito foi passado, dado ao fato de seu doador não possuir filhos);

A providência de Deus ao proteger Paulo através de uma lei romana.

Aplicações

1. Sofrer por sofrer não glorifica a Deus;

Segundo Albert Moholer, “Paulo suportaria qualquer sofrimento que lhe sobreviesse, mas não buscava sofrimentos desnecessários.” Mesmo entendendo do seu chamado para morrer por Cristo, isso não deveria ser buscado ou planejado como se fosse um tipo de suicídio. Deus não tem prazer em que busquemos formas de autoflagelação, penitências, ou mesmo torturas psicológicas ou emocionais para que possamos ter sua aprovação. Os sofrimentos e a morte expiatória de Cristo já fez isso por nós! Em Cristo fomos aceitos por Deus como seus filhos! Nossos sofrimentos, em Cristo, ganham um significado, pois são ordenados por Deus para que sejamos mais parecidos com Cristo e possamos glorificá-lo. Devemos suportá-los com paciência e confiança.

2. Em sua soberania, Deus usa de leis e pessoas para proteger seu povo, dando oportunidade para que testemunhem dele.

Paulo utilizou de sua cidadania não porque temia o sofrimento, mas porque lhe permitia continuar a pregar o evangelho. Deus protegeu Paulo em muitas situações para que ele continuasse a sua obra de evangelização aos gentios e aos judeus. Deus usou pessoas e leis para isso. E assim tem sido ao longo dos séculos de história da igreja. Paulo contou com a proteção do Império em algumas situações, mas também foi martirizado pelo mesmo império que outrora o protegeu. O fato a ser destacado aqui é que Deus é quem nos protege segundo o seu querer. Enquanto temos liberdade, aproveitemos para testemunhar de Cristo. A quem você tem falado de Jesus?