Sem título Sermão (16)
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Transcript
Em Seu período na terra, Jesus discursou com autoridade e verdade para multidões ou grupos menores de seguidores. Qual fosse o público, Sua Palavra era cheia de poder, sabedoria e muita verdade. Mas os encontros que mais chamam a atenção em Seu Ministério são os particulares, em que o alvo é o coração e a necessidade específica de alguém.
O capítulo 3 do Evangelho de João nos traz o relato de um encontro incrível de Jesus com um homem chamado Nicodemos. Ele era do partido dos Fariseus e um dos principais dos judeus, conhecedor profundo da Lei. Seu nome tinha o bonito significado de “vitória do povo”, ou “vitorioso”.
Ele foi ao encontro de Jesus certa noite, e pela sua saudação, ele reconhecia que Jesus era Mestre usado por Deus por conta dos sinais feitos por Ele.
Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele.
Diante de Jesus estava alguém que carregava a vitória no nome, e ainda tinha títulos que abriam portas para ele em qualquer ambiente, e ainda reconhecia Jesus como Mestre usado por Deus. Mas Jesus olha a necessidade interior do homem, e mesmo com Nicodemos não perguntando nada, Jesus dá uma resposta que aguça as mais variadas perguntas: “Se alguém, não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus”.
Nicodemos era alguém que, como bom Fariseu, exteriorizava a religião, entendendo que a guarda da Lei e as boas obras o levariam à Salvação. Jesus, conhecedor dos mistérios mais profundos do coração humano, mostra ao Doutor da Lei a real necessidade do homem, que é o novo nascimento. Como a concepção humana não depende da força do homem, mas da vontade e do poder criativo de Deus, assim a Salvação depende da graça, mediante a fé em Cristo. Não vem de obras, mas dos méritos unicamente de Cristo.
Não importa se temos um nome vitorioso, um título preeminente ou sejamos batizados e arrolados em uma Comunidade Cristã. “Se não nascermos da água e do Espírito não entraremos no Reino de Deus. Quem é nascido da carne é carne, mas quem é nascido do Espírito é Espírito” (João 3.5-6)
Como se dá então essa Salvação na prática? Jesus usou um acontecimento do AT, bastante conhecido do Mestre da Lei, para dissipar suas dúvidas. Jesus recorreu ao tempo de Moisés, em que serpentes abrasadoras foram lançadas no meio do povo por causa das reclamações. Os que foram picados por elas tiveram doenças e muitos morreram. O povo pediu misericórdia, e Deus orientou a Moisés que fizesse uma Serpente de bronze e a levantasse no deserto, a fim de que todos os que olhassem para ela ficassem curados.
E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.
Precisamos crer naquele que foi levantado no madeiro, e com Sua morte deu-nos de Sua vida.
Não somos salvos pelo que fazemos ou pelo que somos, mas “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu Seu Filho unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Esse versículo é um dos mais conhecidos da Bíblia, considerado a suma do Evangelho, e não foi proferido para uma multidão em um grande discurso, mas a um coração necessitado de entender sobre salvação.
Não há nada que façamos de tão bom que faça Deus nos amar mais, nem que façamos de tão ruim que faça Deus nos amar menos. Ele já nos amou de uma maneira incrível, mesmo com toda nossa ruindade. A expressão máxima desse amor está em Seu Filho Jesus. Temos uma nova vida quando recebemos o Filho em nosso coração, e vivemos para Ele, por meio Dele e através Dele.
O que importa não é o nome, o título ou o mérito humano. O que importa é nascer da água e do Espírito de Deus.