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OS ATRIBUTOS DE DEUS • Sermon • Submitted
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A SOLIDÃO DE DEUS
INTRODUÇÃO
C. S. LEWIS DISSE: “QUANDO SE TRATA DE CONHECER A DEUS, TODA INICIATIVA DEPENDE DELE. SE ELE NÃO QUISER REVELAR, NADA DO QUE FAÇAMOS NOS PERMITIRÁ ENCONTRÁ-LO.”
Uma pergunta que podemos fazer é:
“Deus pode ser definido?”.
Se uma definição consiste de “uma palavra ou frase que expressa a natureza essencial de uma pessoa ou coisa”, então Deus não pode ser definido, pois não existe uma palavra ou frase que expresse a essência de sua natureza. Ninguém seria capaz de formular uma definição de Deus. Mas se encararmos a definição como uma descrição, então é possível definir Deus, mesmo que não seja de maneira categórica. Na verdade, a maioria das definições de Deus são descritivas. Uma das mais famosas, que pode ser encontrada no Breve Catecismo de Westminster, ilustra esse tipo de definição, quando descreve Deus como “Espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade” (pergunta 4).
A descrição mais extensa da Confissão de Fé de Westminster apenas acrescenta mais atributos como amor, misericórdia e liberdade. Contudo, essas definições apenas listam alguns dos atributos de Deus. Atributos são as qualidades inerentes a um sujeito. Ou seja, é inseparável desse ser. Elas o identificam, distinguem ou analisam. Os atributos de Deus são suas perfeições.
Teologia Básica: Um Guia Sistemático Popular para Entender a Verdade Bíblica (Capítulo 6: As Perfeições de Deus)
Contudo, se realmente queremos adorar a Deus e servi-lo, não podemos fazer isso sem conhecer a Deus.
Sendo assim, eu e você precisamos conhecer a Deus, e conhecer a Deus requer de mim e de você, cobra de mim e de você, disposição, atitude, interesse, fome por esse Deus infinito.
Porque precisamos concordar, que servir a um Deus desconhecido, confiar num Deus desconhecido, adorar um Deus desconhecido é doidice, é tolice, é ter fé na fé.
Eu e você não somos chamados para ter fé na fé. Mas para conhecer a Deus, e confiar no Deus que conhecemos por meio do conhecimento que Ele mesmo revelou a nós mesmos.
ATRIBUTOS INCOMUNICÁVEIS E COMUNICÁVEIS
INCOMUNICÁVEIS:
Eles são mal compreendidos por nós, porque não faz parte da nossa experiência;
esses atributos mostram Deus como Deus é chamado de incomunicável porque eles só pertencem a Deus e não fazem parte da nossa personalidade; exemplos: a espiritualidade de Deus, a independência de Deus, a imutabilidade de Deus, a infinidade de Deus.
Comunicáveis:
São atributos que Deus compartilha conosco, ou seja, faz parte de nós;
são dados de maneira infinitamente menor; exemplos de atributos comunicáveis: bondade de Deus, amor, paciência, misericórdia, graça e etc.
Solidão de Deus (unidade de Deus, Ele é o único Deus)
Pré-existente (existe antes de tudo), Deus sempre existiu sozinho. Autoexistente (não precisa de ninguém para existir) Autossuficiente / independente (não precisa de ninguém para viver, ser feliz em si mesmo, satisfeito, Ele não tem carência por alguém, ele não é dependente) contudo, o contrário também é verdade, toda a criação depende de Deus. Deus sempre existiu sozinho, nunca precisou de ninguém, mas por que Ele quis, resolveu nos criar.
Unidade quer dizer que só existe um Deus, que é indivisível. A unidade de Deus foi uma das principais revelações do Antigo Testamento, conforme perpetuado na declaração do shema (termo hebraico relacionado com “ouve”, a primeira palavra dessa declaração, em (Deuteronômio 6.4).
Esse versículo pode ser traduzido de muitas maneiras, inclusive assim: “O Senhor é nosso Deus, o Senhor é um”, que enfatiza a unidade de Deus; ou “O Senhor é nosso Deus, somente o Senhor”, que ressalta a singularidade de Deus em contraste com os deuses dos pagãos.
O Novo Testamento, mesmo trazendo uma clara revelação da Trindade, afirma a unidade de Deus (Ef 4.6; 1Co 8.6; 1Tm 2.5)
Teologia Básica: Um Guia Sistemático Popular para Entender a Verdade Bíblica (M. Unidade)
Quando falamos sobre o Ser de Deus, estamos falando do Criador do Universo, daquele que fez tudo e todos pelo poder da sua Palavra.
Deus Ele é o único que não teve início, não tem meio, nem mesmo fim. Deus É o que É, Sempre foi o que foi. Não existe origem de Deus. Ninguém criou Deus. Ele já existe antes de todas as coisas.
Podemos tentar definir quem Deus é, contudo, nosso ser é limitado, somos finitos. Logo, será apenas uma tentativa falha nossa, pois não há como nós finitos, definirmos Deus, que é finito.
“Em uma carta a Erasmo, o conhecido humanista cristão, Lutero escreveu: “as tuas ideias sobre Deus são demasiado humanas”. Continua sendo essa a tendência de muitos: humanizar Deus. É verdade que fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Isso, entretanto, não nos dá o direito de fazê-lo à nossa imagem e semelhança, atribuindo ao Todo-poderoso limitações próprias da raça humana. Deus mesmo adverte, no Salmo 50:21: “tens feito estas coisas, e eu me calei; pensavas que eu era teu igual”. Há apenas uma maneira de evitarmos esse erro tão comum: levar cativo o nosso pensamento à revelação que Deus faz de si próprio nas Escrituras.”
Anglada, Paulo. Soli Deo Gloria: O Ser e Obras de Deus . Knox Publicações. Edição do Kindle.
1- Nesses estudos não temos como objetivo exaustivamente conhecer a Deus por completo (plenamente) por inteiro, mas apenas um pouco mais do que se
pode conhecer do seu Ser divino.
2- Não iremos estudar aqui o que nós achamos que Deus é; o que eu e você sabemos de acordo com nossa mente sobre quem Deus é; mas durante essa série de estudos nós iremos buscar estudar, conhecer de Deus, o que Ele mesmo diz sobre seus atributos em sua própria Palavra (A Bíblia), onde Ele se revela.
3- Precisamos saber quais as formas, os meios pelos quais ele se revela:
1°- Criação: A Confissão de Fé de Westminster começa professando a doutrina da revelação natural: Deus se revela por meio das obras que foram criadas e da própria consciência do homem, na qual está impregnado um padrão moral, ainda que imperfeito por causa da queda. (Sl 19.1-24)
Anglada, Paulo. Sola Scriptura: A Doutrina Reformada das Escrituras . Knox Publicações. Edição do Kindle.
2°- Palavra (Bíblia): Tendo em vista a insuficiência da revelação natural e a absoluta necessidade da revelação especial, aprouve a Deus ordenar que essa revelação fosse toda escrita, a fim de que pudesse ser preservada e permanecesse disponível, para a consecução dos seus propósitos eternos. Deus conhece perfeitamente a natureza humana corrompida. Ele conhece também a malícia de Satanás, bem como a perversão do mundo. Ele sabe que revelar a sua vontade à igreja não seria suficiente, pois ela seria fatalmente corrompida e deturpada. Basta observar as tradições religiosas, mesmo as ditas cristãs – como tendem inexoravelmente ao erro! Por isso, Deus fez com que todas as verdades necessárias à salvação, à santificação, ao culto, ao serviço e à vida do homem, fossem escritas e preservadas, para que pudessem ser conhecidas, cridas e obedecidas. Com esses propósitos, o próprio Deus, por meio do seu Espírito, inspirou os autores bíblicos, a fim de que pudessem registrar a revelação especial sem erro algum. (2 Tm 3.16-17)
Anglada, Paulo. Sola Scriptura: A Doutrina Reformada das Escrituras . Knox Publicações. Edição do Kindle.
Se desejamos conhecer a Deus, somente a Escritura e a Criação pode nos revelar quem Deus é. Contudo, a criação se tornou insuficiente para o homem conhecer a Deus para sermos salvos, Deus ainda se revela hoje por meio da sua Palavra (a Bíblia) aos homens, para que assim possam ser salvos.
Quando nós dizemos que nossa fé não é cega, isso nós temos como base que Deus se revela em sua Criação, e também em sua Palavra escrita. E aquilo que a criação aponta é a existência de um Criador supremo, e o que por meio dessa criação eu e você não conseguimos chegar, que é o conhecimento para ser salvo, a Palavra escrita, a Bíblia, ela nos oferece em suas páginas.
Vamos estudar Deus? sim, mas não como se estuda animais, bactérias e até humanos dentro de um laboratório, pois não podemos fazer isso. Mas sim, vamos estudar Deus na perspectiva do próprio Deus, vendo o que Ele diz sobre Ele mesmo.
Necessitamos de algo mais do que um conhecimento teórico de Deus, precisamos conhecer a Deus salvificamente, tendo nossa vida, nossa mente, alma e força dominados pelo seu Ser.
DEUS É INFINITO EM SEU SER, CONTUDO, ELE É CONHECÍVEL, DE MODO QUE PODEMOS CONHECÊ-LO.
Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo. (Oseias 6.3)
Quando nós começamos a leitura bíblica de Gênesis 1.1 muitas vezes não notamos o que a própria Palavra de Deus nos revela, é que Deus, não começou a existir em Gênesis 1.1, mas sim, que houve um tempo antes disso, que Deus habitava só. Antes de toda a criação, antes dos mares, da natureza, do universo, Deus sempre existiu e sozinho.
• Deus sempre foi: completo, suficiente, satisfeito em si mesmo e de nada necessitando; ele não muda (Malaquias 3:6)
Deus resolveu criar todas as coisas somente por sua vontade soberana; (Efésios 1:11)
•O fato de criar foi somente para a manifestação da sua glória; (Neemias 9:5)
•Sabemos que esse terreno é estranho e novo para nós, por isso temos que ir devagar, no final de Romanos 11, Paulo mostra que Deus é todo poderoso e não tem obrigação com suas criaturas;
• Deus nada ganha da nossa parte; (Jó 35:7, 8)
• Nada que fizermos pode afetar o Deus que é bem-aventurado em si mesmo; (Lucas 17:10)
• Nossa obediência não dá nenhum proveito a Deus; Porém é certo que Deus é honrado e desonrado pelos homens, não em seu ser essencial, mas em seu caráter; É necessário entender que mesmo depois da queda tudo ainda pertence a ele e é para ele, mas sabemos com toda certeza que tudo não passa de pó perante o Deus todo poderoso das escrituras; (Isaías 40:15-18)
Esse é o Deus das escrituras; infelizmente ele continua sendo o “Deus desconhecido”; (Atos 17:23) (Isaías 40:22, 23) quão imensamente diferente é o Deus das escrituras do deus do púlpito atual!
O Ser que deve ser cultuado e adorado, Ele é solitário em sua majestade, único em sua excelência, incomparável em suas perfeições. Ele tudo sustenta, mas Ele mesmo é independente de tudo e de todos.
Ele dá bens a todos, porém não é enriquecido por ninguém; (1 Timóteo 6.15,16)
Tal Deus não pode ser encontrado por investigação; só pode ser conhecido conforme e quando revelado ao coração pelo Espirito Santo, por meio da sua Palavra; (Jó 26:14).
A nossa principal oração e finalidade como cristãos deve ser que possamos: “... andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus” (Colossenses 1:10).
APLICAÇÕES:
Dependemos do Senhor, e Deus não depende de mim e de você.
Podemos confiar em Deus, pois Deus se fez conhecer, e Ele se revela como o Deus em quem nós podemos confiar, pois sua misericórdia dura para sempre, porque o seu amor é incondicional, porque Deus é confiável mais que qualquer outro.
O Deus que nós servimos não precisa de nada meu e nem seu, mas nós o servimos por gratidão por tudo que Ele é, fez e faz.
Não adorar a esse Deus, é idolatria, colocar Deus no mesmo nível de outros deuses falsos, é idolatria, colocar as pessoas, a família, o emprego acima de Deus, é idolatria. Portanto, que Deus seja sua prioridade, que Ele seja sempre o primeiro na lista de decisões a serem tomadas, prioridades em tudo na sua vida diária.
Deus é incompreensível, mas pode ser conhecido. O requisito absoluto para ser salvo é conhecê-lo. (João 17.3)