O DESENVOLVIMENTO DE UMA CULTURA ÍMPIA - PARTE II

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O DESENVOLVIMENTO DE UMA CULTURA ÍMPIA - PARTE II

UMA CULTURA MARCADA PELA AUSÊNCIA DO VERDADEIRO DEUS.
GÊNESIS 4: 17-26
INTRODUÇÃO
1. O que é cultura?
Definir cultura não é uma tarefa fácil.
cultura se refere ao conjunto de características peculiares que identificam uma sociedade, em uma determinada época.
Mas, em outro sentido, cultura é mais do que isso. A palavra em si vem do latim e significa “trabalhar o solo” ou “cultivar”.
No seu sentido mais amplo, representa o resultado da aplicação do conhecimento humano no desenvolvimento de obras e atividades que possuem mérito e qualidade, bem como, o envolvimento de outros na apreciação e apreensão dessas.
“FALAR PARA IGREJA SOBRE OS PROBLEMAS EUIVOCADOS DOS CRISTÃOS COM RELAÇAO À CULTURA”
VALE APENA OLHARMOS PARA A EPISTOLA DE PAULO A TITO:
Porque existem muitos insubordinados, palradores frívolos e enganadores, especialmente os da circuncisão. É preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância. Foi mesmo, dentre eles, um seu profeta, que disse: Cretenses, sempre mentirosos, feras terríveis, ventres preguiçosos. Tal testemunho é exato. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sadios na fé Tito 1:10-13
Paulo reconhece, então, que existiam comportamentos genéricos que caracterizavam aquela cultura e vários desses eram desvios do comportamento que Deus espera dos seus servos. Tito, em seus esforços para edificar aquela igreja, tinha que reconhecer que muito dessa “cultura” havia sido trazida para dentro (1.5). Ele tinha que rejeitá-la e “repreender severamente” (v. 13) e “com toda autoridade” (2.15) os que refletiam tal “comportamento cultural típico dos cretenses” dentro da igreja.
O crente tem que ter sempre o discernimento moral para separar formas comportamentais que não condizem com a Palavra de Deus, independentemente se são classificadas como “cultura”, popular ou não.
CORPO DO SERMÃO:
VISÃO GERAL:
Deus não entregou Caim à morte por seu crime. Em vez disso, o texto continua a narrar seus notáveis papéis como fundador de uma cidade – presumivelmente a primeira cidade a existir – e como progenitor de uma linhagem de descendentes que incluiu aqueles que recebem o crédito de serem os descobridores de importantes artes humanas, como a criação de gado, a música e a invenção de ferramentas e do trabalho com metais.
A linhagem de Caim também levou, menos admiravelmente, à figura de Lameque – um homem violento como Caim, mas também, evidentemente, o primeiro polígamo do mundo.
EM NOSSO SERMÃO PASSADO FALAMOS DA CRUELDADE DO ASSASSINATO DE ABEL E DOS ASPECTOS QUE ENVOLVIAM AQUELA CENA.
OBSERVAÇÃO
Não percam de vista todo cenário dos capítulos 1, 2 e 3. Precisamos olhar como uma grande narrativa o desenrolar da história.
O capítulo três termina com a expulsão de Adão e Eva do jardim.
Nosso sermão de domingo passado também termina com a retirada de Caim da presença de Deus.
O NOVO TESTAMENTO CITA CAIM DE UMA FORMA DIRETA:
Não como Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão justas.
1 João 3:12
O horror desse assinato é tal que poderíamos presumir que Deus destruísse tudo imediatamente. Mas ele não faz isso. A boa ordem que Deus estabeleceu para sua criação permanece.
Caim se casa e tem um filho chamado Enoque; depois constrói uma cidade e lhe dá o nome do filho.
V17 CAIM O que segue são a genealogia de Caim e as realizações de seus descendentes.
Sua linhagem nos fornece a primeira metalúrgica, a primeira poesia e as primeiras cidades. Sua linhagem é um símbolo da cultura humana com grandes civilizações, e não de Deus.
Caim e sua família ainda são humanos à imagem de Deus. Mas a história demonstra claramente que humanos agora, depois da queda no pecado, têm a capacidade terrível de desencaminhar sua vida.
MEUS AMADOS IRMÃOS É NESSE CONTEXTO QUE PRECISAMOS ENTENDER OS ACONTECIMENTOS QUE VÊM A SEGUIR: Caim constrói uma cidade e as pessoas começam a desenvolver a cultura em muitas direções diferentes.
No versículo 17 temos uma sequência de acontecimentos:
1 DEITOU COM SUA ESPOSA;
Na graça comum de Deus, a vida familiar é desfrutada
2 DEU A LUZ A ENOQUE
3 EDIFICOU UMA CIDADE
A cidade funciona como um paliativo à vadiação e alienação e como uma proteção contra a irracionalidade e retaliação humanas. A ambiguidade da cultura humana ímpia é retratada pelos avanços paralelos de civilização e violência.
4 - A CHAMOU
Em vez de honrar a Deus, o incrédulo honra a humanidade. Esta perversa reversão dará origem a um estado autodivinizante e maquiavélico
MEUS AMADOS IRMÃOS: Cientes do sabemos a respeito de Caim, nosso coração se abate quando pensamos nele construindo e controlando uma cidade, ainda que construir uma cidade seja parte importante de desenvolver potenciais não revelados na criação.
Quero chamar a atenção de vocês para o fato da primeira cidade desenvolvida no meio de uma corrupção moral.
Outro ponto que chama a atenção aqui é de que maneira a inveja e a ira de Caim afetará a vida urbana na cidade chamada Enoque e ao redor dela?
Talvez vocês possas achar que estou exaferando, crinado um monstro, porém preciso relembrá-los que essa cidade começa com um homem que mostrou o seu desprezo pelo governo supremo de Deus.
V19 LAMEQUE (Quero chamar a escalada do pecado)
Lameque representa tanto o endurecimento progressivo no pecado – poligamia (cf. 2.24; Mt 19.5,6) e a vingança grosseiramente injusta – quanto a extensão do mandato cultural desde a agricultura animal (Gn 4.20) às artes (4.21) e às ciências (4.22).
Duas mulheres. A escalada do pecado agora se estende à relação conjugal. Poligamia é uma rejeição do plano conjugal de Deus (2.24).
Vs 20-22 (Os talentosos descendentes de Caim)
Esta linhagem familiar é uma trágica imagem da distorção e destruição que o pecado causa. As artes e as ciências, extensões apropriadas do mandato cultural divino, são aqui expressas numa cultura depravada como meio de auto-afirmação e violência, que culmina com o cântico de Lameque que expressa tirania.
A poesia é uma dádiva extraordinária de Deus, a Blíbia contém muitos cânticos e poemas que desenvolvem a beleza e o poder da linguagem em obediência a Deus.
V 23 e 24 ( O cântico da Vingança)
Escutem minhas palavras. A seção termina com um poema: o cântico de vingança de Lameque. Os descendentes de Caim adotam violência e vingança ainda maiores. Enquanto Caim temeu a autoridade de Deus, Lameque destemidamente assume autoridade para seu lucro pessoal.
Em seu poema a extraordinária a dádiva divina já foi distorcida, deturpada em um instrumento para ameaçar com vingança e violência.
Outra vez, uma dádiva boa (poesia) é usada, mas de um modo que ignora ou nega a regra de Deus para a criação e o seu papel como o Doador.
V 24 setenta vezes sete. A fórmula deste número representa violência ilimitada. Caim flagrante e abusivamente defende a reputação com retaliação; daí, a identidade de Caim, que se casara com a violência, engendra a identidade de sua progênie, que se caracteriza pela violência.
V 25 - 26 A grande Transição: Um Remanescente Piedoso.
Adão se deita novamente com sua esposa. Evidentemente, esta história foi descronologizada. A linhagem de Caim, por meio do tirânico Lameque, é apresentada para ilustrar as consequências do pecado da vingança. Agora a história lembra o nascimento de Sete a revelar a esperança no progresso da semente santa. A despeito das vicissitudes da história, Deus está mantendo sua promessa de prover uma semente para destruir a serpente (3.15).
Sete. Seu nome, derivado do verbo hebraico traduzido por “concedeu” e significa “pôr, colocar”, expressa a fé de Eva de que Deus continuará a família pactual a despeito da morte.
Deus concedeu. Em contraste com o nome inicialmente dado a Caim, Eva agora credita propriamente a Deus só a dádiva de um filho.
V26 Enoque. Seu nome significa “fraqueza”, e em sua fraqueza ele se volta para Deus com sua petição e louvores (ver Sl 149.6).
“É a consciência da fragilidade humana, simbolizada pelo nome Enoque, que intensifica a consciência do homem da total dependência de Deus, uma situação que intuitivamente evoca a oração”
invoca o nome do Senhor. Esta é uma imagem de oração: “encetar uma intensiva relação como alguém que clama”. A família pactual, fazendo sua petição e louvando o nome do Senhor, glorifica a Deus, não os humanos (cf. 4.23,24).
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