Mateus 10.16-39

Série expositiva no Evangelho de Mateus  •  Sermon  •  Submitted
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O autor exorta seus leitores, enfatizando que a realidade adversa de perseguição que estão suportando não representa nenhuma anormalidade, na verdade, as lutas que têm travado fazem parte do discipulado cristão, e agora, como agentes do Reino, deveriam publicar a veracidade do Evangelho com suas próprias vidas, se preciso fosse, sabendo que, a contrário do que poderiam supor, a estariam ganhando.

Notes
Transcript
“[...] Porque é chegado o Reino dos céus” (Mateus 3.2).
Pr. Paulo Ulisses
Introdução
Após demonstrar quais eram as diretrizes que Cristo havia legado aos agentes do Reino no exercício do chamado à proclamação do Evangelho, agora o autor narra a fala do Senhor, em que admoesta seus discípulos quanto ao custo do discipulado, em termos das perseguições.
Na seção de Mt 8.18-22, entremeando as narrativas em que milagres são realizados por Cristo, Mateus ressalta o diálogo entre o Senhor Jesus e dois de seus discípulos (ou pelos menos aspirantes a tal) em que a realidade das dificuldades do Reino lhes são expostas. Porém, naquela seção, o ponto em questão eram as dificuldades originadas a partir da escolha que fariam, e que deveriam ser levadas em consideração por todos aqueles que desejassem seguir a Cristo. O escriba, acostumado com o conforto que sua reputação lhe proporcionava, deveria pensar melhor se de fato estava pronto para abrir mão de toda aquela bonança e regalia, a fim de seguir o Mestre que não possuía lugar sequer para reclinar a cabeça (8.20). O outro, cuidadoso com a organização de sua vida, deveria enfrentar o dilema de abandonar sua vida anterior, dedicando-se exclusivamente a Cristo e ao Reino, deixando para trás qualquer coisa que poderia absorver seu coração mais do que a obra à qual se dedicaria, incluindo sua família (8.22).
Esse ponto do custo do discipulado é retomado por Jesus, porém agora a ênfase recai sobre as ameaças externas; as perseguições e lutas que o Evangelho provoca, não porque haja no Reino qualquer predisposição ao conflito ou o incentivo ao cultivo de um espírito belicoso, mas porque a Verdade do Reino despertará a antagonia dos homens contra Deus e seu Messias, visto estarem corrompidos em sua natureza, e alheios a Redenção.
Assim, a presente seção do Evangelho de Mateus, destina-se a tornar claro aos discípulos de Cristo os custos do discipulado, expondo as admoestações do Senhor Jesus quanto as perseguições.
Elucidação
A introdução da seção é feita através de um aviso, que dá o tom de toda a fala de Cristo até o versículo 39: "Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos" (v.16). A metáfora usada transmite bem a realidade que, a partir daquele ponto, faria parte de toda a jornada dos apóstolos: eles sentiriam a aversão do mundo à mensagem da salvação. Lobos ferozes, buscariam devorar as ovelhas, desejando estas tão somente expor a glória do Rei que lhes salvou da ira vindoura e do poder do pecado.
Embora a mensagem pareça benéfica, ao ponto de parecer ilógico que alguém fosse capaz de rejeitá-la, Cristo já havia adiantado que em algumas cidades eles não seriam recebidos (vs.12-15). A recepção da mensagem do Evangelho não era uma capacidade dada aos homens, ou que poderia ser transmitida pelos próprios discípulos: era uma prerrogativa do Espírito. Assim, o homem natural não podendo converter-se a si mesmo, ou cair em si (por conta própria) quanto ao seu estado de Queda, responde ao anúncio do Reino de maneira natural: com perseguição e ódio:
Mateus 10.17–18 RA
E acautelai-vos dos homens; porque vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas; por minha causa sereis levados à presença de governadores e de reis, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios.
Entretanto, contrapondo as expectativas dos que poderiam achar que aqui se esconde motivo suficiente para declarar insucesso ao Evangelho, o arranjo da expressão pressupõe que na verdade esse comparecimento dos discípulos à presença de reis e autoridades é uma oportunidade: o testemunho do Evangelho crescerá a medida em que, com intrepidez, publicarem, sem temor, a verdade que lhes foi revelada: o Reino dos céus é chegado (v. 7). Tal testemunho, sendo o meio ordenado para a concessão da fé (como visto anteriormente (cf. Rm 9.17)), é operado pelo Espírito Santo; aquele que falará "em vós" (gr. = "ἐν ὑμῖν") (v.20).
As consequências da filiação ao Reino são exibidas logo após essa promessa, de que o Espírito do Pai estaria com os discípulos (v.20b), o que neste ponto do texto pode significar um adiantamento feito por Cristo quanto a promessa do "outro consolador" (gr. "ἄλλον παράκλητον"), levando em consideração, por exemplo, que no texto de Atos, é o Espírito que aparece capacitando os discípulo a testemunharem, tal como fora prometido.
Em razão disso, os "efeitos colaterais" do cumprimento do chamado são primeiro apresentados, originando-se no círculo social mais íntimo dos agentes do Reino:
Mateus 10.21–22 (RA)
Um irmão entregará à morte outro irmão, e o pai, ao filho; filhos haverá que se levantarão contra os progenitores e os matarão. Sereis odiados de todos por causa do meu nome […].
A lógica do argumento é estruturada a partir de uma noção dedutiva, isto é, tendo exposto que haveria a possibilidade de os próprios parentes odiarem os agentes do Reino por causa da mensagem do Evangelho, não era preciso listar todos os grupos que possivelmente odiariam os servos do Senhor; assim, Cristo resume a extensão da perseguição enfatizando que os discípulos seriam odiados "de todos".
Porém, da mesma forma como a prisão e o testemunho frente à autoridades foi seguida da promessa de capacitação para a pregação pelo poder do Espírito (o que lhes serve de estímulo), após essa descrição de hostilidade e perseguição que os agentes do Reino sofrerão por cumprirem as ordens de Cristo, o Senhor novamente lhes faz outra promessa: "aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo (v. 22b). É válido perceber que ao afirmar isso, Cristo não está simplesmente fazendo uma promessa, não sabendo quem chegará ao fim ou não, mas uma observação ou constatação de fato: o agente do Reino, tendo permanecido até ao fim (cf. "ὑπομείνας" - particípio no aoristo ativo), receberá a salvação. Noutras palavras, os agentes do Reino recebem de Cristo não um incentivo baseado numa possibilidade - permanecer até ao fim ou não - mas uma certeza: através de seu poder, mesmo sob dificuldades, resistirão e fruirão a salvação.
A prova que sustenta tal argumento também transita para um "demarcador temporal": resistindo as agruras de serem arautos de um Rei que o mundo odeia, sendo rejeitados numa cidade "fugi para outra, porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do Homem" (v.23). Noutra passagem, mais adiante, expondo seu sermão final, em que também explica aos discípulos que sinais antecederiam sua vinda (Mt 24.3), Cristo salienta: "E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim" (Mt 24.13).
Esse indicador, aponta tanto para um compromisso que deve ser firmado pelos discípulos com o Senhor, quanto lhes servirão de "meta a ser cumprida": sua mensagem deverá ser testificada a todos os homens; o mundo deverá ser informado que o Reino é chegado e que o momento do arrependimento é o agora.
A este ponto, os discípulos são também exortados quanto ao porquê de sofrerem para testemunharem do Evangelho: suas jornadas estavam diretamente ligadas a do próprio Cristo. Assim como o Messias sofreu para, com sua própria vida, executar a salvação, da mesma forma os discípulos deveriam assinalar com seu próprio sangue a confissão de fé que agora são responsáveis por propagar, reconhecendo que não são superiores a seu mestre, para serem isentados de tal preço:
Mateus 10.24–25 RA
O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?
O Senhor Jesus relembra seus discípulos o episódio em que os fariseus, a despeito de todos os sinais anteriormente realizados, afirmaram que foi através do poder de Satanás (i.e. Belzebu) que Jesus realizou aquelas obras (Mt 9.32-34). Se diante do Filho de Deus, os fariseus, mantendo seus corações contumazes e rebeldes ao que estava frente aos olhos, negaram o poder messiânico de Cristo, atribuindo tais obras à Belzebu, perseguição muito mais severa os filhos do Reino (i.e. seus domésticos (cf. v. 25)) enfrentariam.
Novamente, mediante a revelação de uma ameaça, a fé dos apóstolos é fortalecida por outra promessa, desta vez porém, também anexada à uma advertência:
Mateus 10.26–28 RA
Portanto, não os temais; pois nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido. O que vos digo às escuras, dizei-o a plena luz; e o que se vos diz ao ouvido, proclamai-o dos eirados. Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.
Os adversários do Reino podem ser homens poderosos, às vistas dos olhares dos próprios homens, mas nenhum poder comparar-se-á ao de Deus: os homens podem apenas matar o corpo, mas nada podem fazer à alma (expressão usada como figura de linguagem (metonímia) para salvação), isto é, ainda que intentem perseguir e matar os discípulos, não lhes podem tirar o Reino e a salvação (conforme dito anteriormente, à luz do versículo 22b). Por outro lado, o Pai celeste, em seu poder, pode ir muito além: pode matar não somente o corpo, mas também a alma, ou seja, condenar à punição eterna.
Entretanto, o teor dessa referência não tem como o objetivo unicamente expressar uma advertência ou chamar a atenção dos discípulos a não temerem os homens, mas também tenciona demonstrar o valor dos mesmos, conforme vemos a partir do versículo 29:
Mateus 10.29–31 RA
Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados. Não temais, pois! Bem mais valeis vós do que muitos pardais.
A denotação dessa ênfase de Cristo resulta na compreensão de que, todo aquele que ferir a qualquer dos agentes do Reino despertará a fúria divina, pois, se rejeitassem os discípulos, rejeitariam também Aquele que os enviou, conforme será exposto novamente no versículo 40. Assim, os discípulos não deveriam temer os homens ou as perseguições, pois significavam muito para o Pai, que até os fios de cabelo da cabeça de cada um havia contado (v. 30); outra razão para que os agentes do Reino não retrocedessem em sua missão, do contrário, estariam dando as costas à todo o favor do Criador, e isso seria interpretado como uma negação a Cristo, que de contrapartida, também negaria o "desertor":
Mateus 10.32–33 RA
Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus.
A admoestação final vem através de um referência direta ao próprio Cristo: "Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada" (v.34-36). Como em seguida é explicado pelo próprio Senhor Jesus, a "espada" nesse caso indica a divisão que inevitavelmente surgiria entre parentes e familiares, dado o teor do que agora significa ser "servo de Cristo", pelas razões já expostas (i.e. antagonia dos que não nasceram de novo, contra os filhos de Deus). Porém, se isso representa um fardo pesado demais para qualquer um que queira ser discípulo de Jesus, esse tal "não é digno de mim" (v. 37), pois ao abrir mão do que quer que seja nesse mundo, e tomando a cruz do sofrimento por seguir a Cristo (v. 38), os agentes do Reino não estariam perdendo sua vida, mas ganhado-a: fazendo parte do Reino dos céus. Não há maior definição de ganho do que esta.
Transição
Em sua admoestação pastoral à igreja, Mateus usa o discurso de Cristo para encorajar os agentes do Reino a abraçarem a obra de evangelização que receberam do Senhor, mas também os adverte que isso custará caro. O fato de agora serem filhos da luz os põe, inexoravelmente, em oposição aos que estão em trevas, na verdade, a ordem é inversa, pois estando na luz, agora podem ver o estado de trevas e perdição em que estavam, os perdidos, porém, não o podem, e por isso, qualquer confronto com à sua visão de mundo obscurecida é uma ato de inimizade, que será retaliada e rechaçada.
Também não poderão recorrer ao ambiente familiar, ou a qualquer tipo de “refúgio” desse mundo, pois seu próprios parentes se voltarão contra eles, e as autoridades ratificarão a perseguição contra Cristo através de seus arautos.
J. C. Ryle, comentando as dificuldades que os servos de Cristo enfrentarão, exorta:
[...] Os que quiserem trabalhar na obra do Senhor devem ser moderados quanto às suas expectativas. Não devem pensar que um sucesso universal acompanhará seus esforços. Pelo contrário, devem esperar encontrar muita oposição. Devem ter em mente o fato de que serão odiados, perseguidos e maltratados, e isso até mesmo da parte de seus parentes mais próximos. Com frequência, eles se sentirão como ovelhas entre os lobos. Tenhamos isso sempre em mente. Não importa se estamos pregando, ensinando ou visitando uma casa, não importa se estamos escrevendo ou dando conselhos, ou qualquer outra coisa que estejamos fazendo, deve ser um pensamento constante não esperarmos mais do que as Escrituras e a experiência garantem (RYLE, 2018, p.102).
Por outro lado, todo esse pavoroso cenário de perseguição e conflito, não deve desenvolver no coração dos eleitos algum tipo desesperança ou desestímulo, pelo contrário, tal como fora dito desde o início dos tempos, essa rivalidade seria usada por Deus como instrumento da proclamação da sua glória ao mundo (cf. Gn 3.15).
Assim, muito didaticamente, a cada menção de luta, há uma promessa anexada: 1) Os discípulos não seriam abandonados, mas contariam com o poder do Espírito para pregarem as boas-novas; 2) Embora as perseguições parecessem ser o fim, na verdade eram apenas a trajetória determinada por Deus para que eles recebessem a salvação: 3) Por meio das dores da retaliação que sofreriam, estariam replicando a jornada do próprio Cristo, e assim, vivendo por modo digno do Evangelho, à luz do que fez o próprio Mestre; 4) Não deviam temer as autoridades dos homens, pois eram aliados e servos do único e Todo-poderoso Rei de toda a terra, por quem eram amados e valorizados e por fim, 5) Enquanto o mundo poderia supor que estariam entregando suas vidas por uma causa perdida, na verdade, os agentes do Reino estavam anunciando o ganho da eternidade que lhes foi concedido por Deus em seu Messias… acharam a vida.
Todas essas exortações acompanharão a história da igreja de Deus neste mundo, enquanto Cristo não retornar. Diante disso, os mesmos princípios aplicados à igreja na quele período, são transpostos para nós hoje e sintetizados na seguinte aplicação:
Aplicação
Como agentes do Reino sofreremos perseguições, mas elas são uma das provas de que pertencemos a Cristo, não havendo nada a que devemos temer.
Como visto, todas essas admoestações e exortações feitas por Cristo, giram em torno do encorajamento feito por ele para que nós obedeçamos o seu chamado sem temer o que nos há de acontecer, e ao mesmo tempo nos dando ciência do futuro (à médio prazo) que nos aguarda.
Além de vir dos mais diversos lugares (família, sociedade (autoridades) etc), deveremos levar em consideração que o preço a ser pago pela propagação do Evangelho pode ser a retirada de nossa liberdade (prisão), ou até a morte, conforme vemos no versículo 28.
Frente a tanto inimigos e dificuldades, somos carinhosamente encorajados pelo Mestre, ao sermos expostos ao dado de que em primeiro lugar, todas essa dores foram suportadas em muito maior intensidade por ele mesmo, e agora, nos é dada a oportunidade de replicar seus passos.
Não somos melhores que nosso mestre (v.24-25), portanto, não podemos esperar que usufruiremos de todos o benefícios do Reino dos céus, sem sofrermos nada nesse mundo, pois não foi assim com Cristo, que:
Hebreus 12.2–3 (RA)
[…] Em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.
Precisamos aprender que a jornada cristã consiste em abraçarmos as perseguições como parte do processo através do qual o Reino de Deus está sendo publicado neste mundo. Nós, como agentes desse Reino, estamos sendo convocados para uma missão que é muito maior do que nós mesmos: expor a glória de Deus em Cristo Jesus por meio da entrega de nossas vidas ao chamado de proclamação da boa-nova do Evangelho, que naturalmente fere os ouvidos dos homens. Em um de seus sermões o pastor Paul Washer diz: “Ninguém jamais foi capaz de resistir a pregação do evangelho; ou eles se revoltarão contra como animais furiosos, ou serão convertidos”. (Viva para a Eternidade - Paul Washer - YouTube). Ser convertido neste caso, é ser alvo da ação poderosa do Espírito Santo, mudando a natureza do homem caído, para que seja capaz de atender ao chamado de Cristo.
Porém, não somos chamados a converter, como vimos no sermão anterior, somos chamados a proclamar com nossas vidas que o Evangelho é real. Uma das mais famosas frases do pai da igreja Tertuliano (160 - 220 d.C.) diz: “o sangue dos mártires é a semente da igreja”.
Não importa se nossos pais, filhos, cônjuges, outros parentes e amigos nos odiarão, fomos arregimentados para esta missão, e se amarmos a este mundo e qualquer pessoa ou coisa que nele há mais do que a Cristo, não seremos dignos dele, lembrando sempre que, ainda que a pregação do evangelho ocasione a perda da nossa vida, na verdade, nós a teremos achado, pois como o próprio Senhor nos diz: “Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa acha-la-á” (v.39).
Conclusão
O registro histórico do martírio do Lorde Cobham, narra a intrepidez concedia a este homem de Deus, que após ter entregue sua vida a Cristo e ao seu Reino, foi preso e condenado à morte.
As cenas finais de sua vida, demonstram para nós hoje o cumprimento das palavras de Cristo contidas neste texto que lemos, tal como narrado no Livro dos Mártires:
Depois que o arcebispo leu a declaração condenatória diante de toda a multidão, Lorde Cobham disse, com semblante extremamente bem-disposto: - Embora vós julgueis o meu corpo, que é apenas uma realidade desprezível, toda vida tenho convicção e certeza de que não podeis prejudicar a minha alma, não mais do que satanás pôde fazê-lo em relação à alma de Jó. Aquele que a criou com sua infinita misericórdia e promessa há de salvá-la (FOXE, 2005, p. 82).
Esta não é simplesmente mas um relato meramente inspirador, mas uma constatação de que Aquele que nos prometeu coragem e força para suportar as perseguições contra o Evangelho, cumprirá em nossas vidas seu propósito, glorificando seu nome em nossa vidas, nos garantindo que perseveraremos até o fim, e então, seremos salvos.
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