OS SINAIS DA PROMESSA

Espírito Santo   •  Sermon  •  Submitted
0 ratings
· 8 views
Notes
Transcript
Texto base: At 2.1-4
Introdução: As comunidades modernas já estão acostumadas a todos os tipos de sinais na comunicação. Sinais no trânsito, no elevador, nos esportes. Podemos dizer que os sinais são formas de comunicar uma mensagem. Deus se comunicou assim com muita frequência!
- O sol, a lua e as estrelas foram dados para sinais (Gn 1.14)
- O sinal do arco da aliança (Gn 9.12,13)
- Os sinais de que Deus havia enviado Moisés (Ex 3.17)
- O sábado como sinal de aliança (Ex 31.13)
- O sinal do Messias, nascido de uma virgem (Is 7.14)
- O sinal as pastores: o menino em faixas, numa manjedoura (Lc 2.12)
- Outros visitantes viram na estrela, o sinal do menino (Mt 2.2)
- Jesus fazia muitos sinais. Atos milagrosos que indicavam ser ele o Messias.
- O povo também queria ver os sinais
No pentecostes, três sinais apareceram como evidência do mover do Espírito. William MacDonald diz que a vinda do Espírito envolveu um som para ouvir, um cenário para ver e um milagre para experimentar. A vinda do Espírito foi um evento indiscutível. Foi sensível aos sentidos. Isso assinala sua importância. Não deveria haver dúvidas de que era um ato divino especial.
1. VENTO, UM SINAL PARA OUVIR
A palavra grega echos, usada aqui, é a mesma usada em Lucas 21.25 para descrever o estrondo do mar. O derramamento do Espírito foi um acontecimento audível, verificável, público, reverberando sua influência na sociedade. Esse impacto atraiu grande multidão para ouvir a Palavra.
a. O Espírito soprava na Criação. “O Espírito se movia, sobre o caos”.
b. O Espírito soprou como doador de vida.
c. Deus soprou em Adão e lhe deu vida
d. O Espírito soprou na profecia de Ezequiel (Ez 37.8-10)
e. Um forte vento separou as àguas do Vermelho (Ex 14.21)
f. Jesus soprou sobre os discípulos e profetizou a plenitude do Espírito sobre eles (Jo 20.22)
g. O sinal do vento apontou para a soberania de Deus
h. O som de vento testemunhava àqueles discípulos que o Espírito que soprava na Criação, agora estava operando entre eles para trazer vida em meio ao caos.
i. O som de vento testemunhava que Deus estava preparando um novo caminho para seu povo. Deus estava abrindo portas para a igreja passar, assim como abriu o mar no deserto.
j. O som de vento testemunhava que a obra de Cristo não se restringiu à cruz. Mas Deus estava ressuscitando pessoas da morte espiritual. Como nos dias de Ezequiel, Deus fez soprar o Espírito no cenáculo para levantar um exército numeroso.
l. O som de como de um vento, deveria trazer à memória dos discípulos que aquele movimento era Jesus cumprindo a Promessa. Era Jesus soprando seu Espírito. Era Jesus dizendo que eles continuariam sendo conduzidos pela vontade soberana do trono celestial.
m. Irmãos, como vemos, Deus não fez eles ouvirem um som de vento por acaso. Da mesma forma, te convido a ressignificar a maneira como você percebe o vento em seu dia a dia.
- a força do vento agitando as árvores: Senhor, agite nossas vidas para que caiam as folhas secas. Sopre vida espiritual em mim.
- a ruído do vento durante a noite: ore! Deus, trás vida onde há caos e morte. Reaviva ossos secos. Abre caminhos pra gente seguir em frente. Me governe como quiseres.
2. FOGO, UM SINAL PARA VER
Desde os tempos mais remotos, o fogo tem sido elemento de força para o ser humano. Fogo usado na caça, para proteção, em guerras, etc. O fogo tem características importantes: ilumina, aquece, purifica e queima. Na Escritura, a figura do fogo tbm tem estreita relação com o poder de Deus. Vejamos:
Apontou para o poder de Deus
a. A luz brilhou na criação e expulsou as trevas em meio ao caos (Gn 1.3,4)
b. Foi o fogo que destruiu Sodoma e Gomorra.A luz do fogo ardeu na sarça e não a consumia (Ex 3.2).
c. No Sinai, Deus desceu em fogo, no topo da montanha (Ex 19.18). Guiou o povo na noite escura. Era sob o calor do fogo que os sacrifícios eram oferecidos no altar (Lv 9.24-10.2).
d. “Porque o Senhor, teu Deus, é fogo que consome...” (Dt 4.24).
e. E foi figura de purificação do povo de Deus. “Farei passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei como se purifica a prata, e a provarei como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: é meu povo, e ela dirá: O SENHOR é meu Deus” (Zc 13.9).
f. João anunciou que Jesus batizaria com Espírito e fogo (Jo 3.11). O fogo sinaliza tanto o poder que ilumina e aquece, quanto o que purifica e queima.
g. No batismo de Jesus, nas águas, o Espírito pousou na forma de pomba. No batismo dos discípulos, no Espírito, ele pousou na forma de fogo.
h. Na visão das línguas de fogo pousando SOBRE eles, os discípulos poderiam saber que o fogo que sobre eles pousava, iluminaria suas consciências. Eles teriam mais clareza para compreender as verdades divinas, enxergar melhor o mundo, ter melhor visão de sua missão. Como a coluna de fogo iluminando a jornada no deserto. Luz para o caminho. Era luz do fogo, da lâmpada. Luz pra guiar a igreja.
i. Ao serem penetrados por chamas como de fogo, os discípulos poderiam se lembrar da revelação divina a Moisés. Fogo pra arder a alma.
j. Ao verem o fogo sobre eles, poderiam lembrar-se do fogo de Deus no topo do Sinai revelando a santa lei.
l. Ao verem o fogo sobre eles, poderiam lembrar-se do altar do sacrifício. O Espírito fazia deles um altar para oferecer sacrifícios agradáveis a Deus.
m. Nas línguas de fogo, poderiam se lembrar do batista e entender. É isso! É a profecia de João. Jesus falou sobre ela. É redenção e juízo que são chegados.
n. O sinal do fogo apontou para o poder de Deus
o. Vejam, irmãos! O sinal do fogo para trazer às nossas consciências a obra poderosa do Espírito de Cristo.
- ao ver o fogo enquanto cozinha: aquece minha alma! Tira-me da frieza espiritual. Enche-me de paixão pelas coisas santas.
- se você se queimar, por acidente. Lembre-se! A vinda do Espírito anuncia a todos os homens que o juízo de Deus é chegado. Que não se brinca com fogo!
- ao ver uma fogueira: Ore! Ilumina minha alma. Me dá lucidez para discedrnir tua vontade, compreender a santa palavra, sabedoria para ensinar as Escrituras.
3. LÍNGUAS, UM SINAL PARA FALAR
A fala é uma das mais significativas peculiaridades do ser humano. A habilidade de se comunicar conscientemente por meio de sinais e palavras. O mais intrigante dos sinais do pentecostes está relacionado à fala. Um fenômeno até então, sem precedentes, aconteceu. Assim como os dois sinais anteriores, ele também têm reflexos singulares na revelação bíblica. Vejamos:
a. Deus falou na Criação. Falou e tudo se fez.
b. Feitos à imagem e semelhança de Deus, os seres humanos receberam a habilidade de falar.
c. Deus falou face a face com Moisés. Falava por sonhos e visões com os profetas. Falou por meio de registros em livros, que mandou fazer. Falou pessoalmente, escrevendo em pedra e até em uma parede. Deus falou na boca de gente piedosa, mas tbm falou na boca de uma mula.
d. Hb 1.1 “Deus falou muitas vezes, de várias maneiras, por meio dos profetas, mas nos últimos tempos falou por meio do Filho”.
e. João referiu-se à Jesus como a Palavra. O verbo que se fez carne, ativo na criação, falou no Pentecostes. Em línguas estranhas, eles falaram grandezas de Deus.
f. Nas línguas que falaram, podemos recordar de Babel:
“Em Babel houve dispersão; no Pentecostes, ajuntamento. Babel foi resultado de rebeldia contra Deus; Pentecostes, fruto da oração perseverante a Deus. Em Babel os homens enalteciam seu próprio nome; no Pentecostes, falavam sobre as grandezas de Deus. John Stott escreve: “Em Babel, a terra orgulhosamente tentou subir ao céu, enquanto, em Jerusalém, o céu humildemente desceu à terra”. H. D. Lopes
g. Em Babel, as línguas eram humanas; no Pentecostes, celestiais. Em Babel, Deus confundiu as línguas; no Pentecostes, Deus lhes deu entendimento.
h. No sinal das línguas estranhas, eles puderam entender que Deus estava cumprindo neles as palavras de Isaías 28.11 “Pelo que por lábios gaguejantes e por língua estranha falará o SENHOR a este povo,”
i. É interessante notar o contexto dessa profecia. Ler v. 7-9. Aqueles que acusaram os discípulos de embriaguez tentaram se desviar da profecia, rejeitando a voz profética.
l. Mas o sinal das línguas apontou para a autoridade de Deus
m. Era obra de um Deus triúno se revelando aos homens, ao longo da história. Eles não falavam por si mesmos e não mais falariam de outra forma. Aqueles discipulos recebem, pelo Espírito, autoridade profética. Eles falam com autoridade canônica. Ele falam com assertividade para orientar o povo de Deus e dar-lhes direção.
- então, falar em linguas não se trata apenas de uma experiência íntima, pessoal. É sinal de que há um Deus que fala à humanidade.
- quando ouvir línguas estranhas, lembre-se de que Deus tem se valido de seres humanos para comunicar suas grandezas.
- as línguas testemunham que Deus nos deu a sua palavra. Que Deus nos fala pelo seu filho.
- as línguas devem nos lembrar que Deus nos chamou para falar as grandezas dele. Não pra palavrão. Não para fofoca. Não para semear intrigas. Não para ofender. Não para mentir. Não para zombar. Não para sedução ilícita. Use sua lingua para as grandezas de Deus!
- as línguas são um sinal de que fomos iluminados para pregar, resolver conflitos (At 6.15), resistir à perseguição.
CONCLUSÃO
Vento sobre vidas morrendo espiritualmente. Crentes falindo na fé. Novo fôlego agos sufocados, sem esperança, perdidos no caos.
Fogo iluminando consciências sombrias, perdidas na escuridão. Fogo, tirando da frieza da alma, dando paixão espiritual, paixão pela palavra.
Línguas dando voz profética, falando grandezas divinas. Línguas como sinal de que o verbo que encarnou agora vive em nós pelo seu Espírito.
Faz tua obra, Senhor Jesus!
Bibliografia:
Lopes, H. D. (2012). Atos: A Ação do Espírito Santo na Vida da Igreja (J. C. Martinez, Org.; 1a̱ edição, p. 52). Hagnos.
Related Media
See more
Related Sermons
See more