Ore Pelo Reino [ Mt 9.35-38]

Introdução

Resumo de Questões Introdutórias

O livro de Mateus escrito por um dos discípulos do mestre entre as décadas de 50 e 60 d.C. foi destinado a uma igreja que tinha sua maioria de cristão judeus. E revela Jesus como o messias esperado desde o Antigo Testamento, Jesus era o rei aguardado que instauraria o seu reino.

Por isso o livro de diversas formas enfatiza a chegada do “reino dos céus” e como Jesus seria o rei descendente de Davi e descendente de Abraão (Mateus 1.1) e revela o plano de Deus começando por Israel com sua rejeição e alcançando os gentios.

Contexto

Após terminar o registro longo do sermão da montanha, Mateus descreve Jesus em atividades sobrenaturais acalmando a tempestade, libertando enfermos, opressões e possessões com alguns ensinos bem breves a respeito do jejum, seu chamado e dos doze e as exigências do discipulado.

Ao que parece ser uma seção do livro que vai do capítulo 8 ao 10 em que a ênfase está na proclamação e “invasão” do reino de Deus por meio de seu rei, aqui Mateus parece lidar com a tensão da manifestação do reino proclamado e a garantia da sua consumação futura.

O trecho de 9.35-38 aparece como uma transição entre a obra do mestre e sua delegação aos discípulos como súditos do reino. Esse trecho parece juntar o ensino de Jesus sobre o discipulado, jejum, escolha dos doze, obras de Cristo e sua delegação aos doze (capítulo 10) com uma nota do autor que parece preparar não apenas os 12, mas os discípulos de Cristo que liam o registro na igreja que vinha sofrendo perseguição (10.17-42). Essas instruções adiante não parece ter sido focada naquela missão específica dos doze, mas da igreja como a comunidade do reino. A restrição dessa missão é aos judeus para quem viera o messias, com a rejeição se estende aos judeus (Mateus 28.18-20)

Assim nesse trecho Mateus parece abrir um parêntese e fazer um resumo da obra do rei messiânico e como isso afetaria os seus súditos até que o reino que começava a se manifestar, e está em guerra com o reino deste mundo, fosse consumado.

Compaixão Consciente (9.36)

Jesus compreendia a necessidade da vinda de seu reino. Ele tinha consciência que era o messias aguardado e nesse momento, antes da rejeição nacional, seu ministério focava na nação da aliança. Ele olha para os judeus e percebe que eles eram como ovelhas sem pastor.

Jesus percebe que a liderança dos fariseus, saduceus, escribas e romana não cuidava do povo e nem os ensinava adequadamente a respeito do reino que foi profetizado no Antigo Testamento, assim Jesus conhecia a situação do povo que precisava conhecer esse reino e não conhecia.

Ilustração

Livro Intercessão Mundial, JMM

Clamor por Trabalhadores (9.37-38)

A palavra “rogai” pode ser traduzida por ansiar, necessitar, suplicar.

Assim Jesus identifica uma grande necessidade, e convoca os seus discípulos a clamar de coração ao SENHOR para que ele mande mais trabalhadores para a sua seara. Pessoas que tenham compaixão dos perdidos e que sendo transformados e vivenciando as manifestações do reino também desejem espalhar esse reino a pessoas escravizadas pelo reino deste mundo.

É uma verdadeira batalha espiritual de reinos o de Deus e o das trevas. Assim Jesus conclama seus seguidores a orar de todo o coração para que venha uma resposta do alto para a necessidade de pessoas perdidas, afinal Deus pode mudar qualquer realidade com sua graça e poder.

Ilustração

Irmão que intercedia pelo Billy Graham

Colaboração com os Trabalhadores (10.1)

A resposta da oração dos discípulos foi respondida, se imediatamente ou não isso não é claro, mas Jesus convoca os doze. Esse número é importante porque revela a missão direcionada aos judeus, ou seja, ao seu próprio povo que aguardava a chegada do reino, sabemos pelo fim de Mateus e Lucas (enviou 70) que o evangelho do reino de Deus foi rejeitado pelos judeus e estendeu-se aos gentios.

Aqui, entretanto fica evidente que os discípulos viram a seara pronta clamaram ao Deus da seara e foram a resposta dessa oração.

Muitas vezes a resposta da nossa oração somos nós ou pessoas queridas muito próximas. E não devemos impedir que estes sigam ao ministério que Deus os chama. Muitas vezes a vida não será fácil, terão muitos desafios, mas a seara é grande e precisa de ceifeiros para que o reino de Deus se expanda.

É muito fácil dizer que ama o reino e deseja sua expansão quando não saímos do nosso conforto sem investir, ir ou até impedindo que outros o façam, por medo ou insegurança.

Lembre-se a seara é grande o reino é grande e poderoso, mas os ceifeiros são poucos e muitas vezes nós e os nossos são as respostas dessa necessidade tão grande.

Ilustração

Pai que impede o filho de ser missionário

Princípios Eternos

Conhecer o alvo do meu ministério

Colocar-se no lugar (compadecer)

Conhecer as pessoas mais do que os números

Amar as pessoas que caminham como ovelhas desgarradas

Conhecer agências missionárias, missionários, pastores e lideres

Saber da situação espiritual e da igreja no mundo

Separe um tempo de sua devocional para se lembrar dos povos não alcançados

Busque informação de missionários transculturais e locais

Se envolva com missionários e agências missionárias

Tenha meios para que no dia a dia se lembre de missões (Mapa no quarto)

Conheça as necessidades perto e longe de você

Busque saber o que a igreja tem apoiado e realizado para a expansão do reino de Deus

Busque conhecer e se envolver com as coisas do reino de Deus

Não impeçam os vocacionados

Seja suporte daqueles que vivem pelo reino

Incentive missões em sua casa

Ame missões e se envolva como Deus te permitir

Sirva como Deus permitir de todo o coração

Conclusão

Assim o desafio é lançado no mês de oração precisamos lembrar-nos de orar para que o reino de Deus venha (manifestação e consumação – Mateus 6.10).

Assim precisamos ter compaixão Clamor e colaboraração

Desafios

1. Orar pelos vocacionados em tempo integral

2. Orar por missões

3. Orar pelos pastores de sua comunidade

4. Orar para que Deus desperte nosso coração para o seu reino e a intercessão missionária torne-se um hábito em nossas vidas.