O Verbo de Deus - Jo 1.1-14
Ebd - O Evangelho de João • Sermon • Submitted
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· 167 viewsPrimeira mensagem de uma série de 4 sobre o Evangelho de João
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Introdução
Introdução
Olá, mais uma vez estou aqui tendo o privilégio de trazer uma reflexão sobre a Palavra do Senhor aos irmãos. Como de costume, os temas das minhas mensagens estão relacionados aquilo que estamos estudando na nossa E.B.D. E como aqueles que estão tendo o prazer de estudar conosco sabem, estamos estudando a história de Jesus a partir do Evangelho de João. Para você que ainda não faz parte da EBD, fica mais uma vez o convite. Nesse quadrimestre você poderá entender e aprender mais sobre a vida de Jesus, sobre o que Ele fez quando esteve aqui na terra e sobre o que Ele quis ensinar para nós até hoje! Como é graças a Ele que somos salvos, nada melhor do que entendermos a fundo os seus ensinamentos e ministério.
Saudação / Propaganda da E.B.D / Ministério de Jesus
Livro de João o mais importante / “Santo dos Santos” / Diferença dos Sinóticos
Comparação com os Sinóticos, por que João?
Mais teológico - 90% do conteúdo não está presente
Sinóticos relatem o que Jesus fez (histórico), João o significado do que Jesus fez (teológico), o que é mais aplicável em nossa vida
Mateus = Jesus Rei / Marcos = Jesus servo / Lucas = Jesus o homem perfeito / João = Jesus é Deus com objetivos evangelísticos e teológicos “Estes, porém, foram registrados para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenham vida em seu nome.” (João 20.31, NAA)
Objetivo de mostrar Jesus como Deus = 7 milagres e 7 manifestações de Eu Sou
Eu sou o pão da vida (6.35,48)
Eu sou a luz do mundo (8.12)
Eu sou a porta das ovelhas (10.7,9)
Eu sou o bom pastor (10.11)
Eu sou a ressurreição e a vida (11.25)
Eu sou o caminho, a verdade e a vida (14.6)
Eu sou a videira verdadeira (15.1,5).
E porque escolhemos o Evangelho de João e não Mateus, Marcos ou Lucas? O livro de João é tido como um dos melhores e mais importantes livros de toda a Bíblia. Alguns o chamam de o “Santo dos Santos das Escrituras”, ele é o mais teológico de todos os 4 Evangelhos. Como já foi explicado pelos professores das classes de vocês, Mateus, Marcos e Lucas são denominados como os “Evangelhos Sinóticos”, pois apesar de possuírem públicos e características diferentes, se assemelham muito no conteúdo e forma em que relataram o ministério de Jesus. Já o Evangelho de João não, é completamente diferente dos outros três, conta a mesma história porém sob uma ótica muito diferente, com conteúdo, estilo e propósitos diversos, na verdade, cerca de 90% do conteúdo desse Evangelho não é encontrado nos Sinóticos. Os Sinóticos são muito mais históricos e relatam mais “O que Jesus fez”, enquanto João é mais teológico e está mais preocupado em demonstrar “o porquê Jesus fez”, quais ensinamentos quis passar em cada atitude que teve.
Mateus apresentou Jesus como Rei, Marcos como servo, Lucas como o homem perfeito e João se importa desde o início em mostrar Jesus como Deus, com objetivos teológicos e evangelísticos, como ele mesmo deixa claro em “Estes, porém, foram registrados para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenham vida em seu nome.” (João 20.31, NAA)
O objetivo de João em mostrar Jesus como Deus é claro desde o primeiro versículo, e dentro desse objetivo, tendo 7 como o número da perfeição, João escolhe 7 milagres de Jesus para relatar e também 7 ocasiões em que Jesus se apropria da gloriosa expressão de Deus ao se revelar para Moisés no livro de Êxodo e dizer “Eu sou”:
Eu sou o pão da vida (6.35,48)
Eu sou a luz do mundo (8.12)
Eu sou a porta das ovelhas (10.7,9)
Eu sou o bom pastor (10.11)
Eu sou a ressurreição e a vida (11.25)
Eu sou o caminho, a verdade e a vida (14.6)
Eu sou a videira verdadeira (15.1,5).
Sobre essas expressões, falaremos mais nas outras mensagens que trarei aqui, pois hoje, como é a primeira, precisamos focar no início.
O Verbo 1.1-5
O Verbo 1.1-5
Não começa com genealogia para mostrar como Jesus é Deus
Explicação de Logos - Palavra serve para expressar o pensamento e vontade como também reflete características do caráter da pessoa (Jesus é a palavra de Deus em ação)
Características do verbo
O Verbo é eterno - Durante toda a beleza da criação Jesus já estava lá, não foi criado e tudo foi gerado através Dele - Deus Criador, Jesus agente da criação
O Verbo é uma pessoa distinta, porém intimamente ligada a Deus - “Estava face a face com Deus”, relacionamento pessoal, e o nosso?
O Verbo é vida - Vida biológica e vida espiritual, é a luz que ilumina nossas vidas
Onde o Verbo está não há trevas - Onde Jesus está não há espaço para o pecado, Ele entra e ilumina. E da mesma forma, por ordem de Jesus, precisamos ser luz para os outros Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada no alto de um monte. Nem se acende uma lamparina para colocá-la debaixo de um cesto, mas num lugar adequado onde ilumina bem todos os que estão na casa.” (Mateus 5.14–15, NAA)
De acordo com o seu objetivo de mostrar Jesus como Deus, João não começa o seu livro com a genealogia de Jesus, buscando mostrar o “lado homem” de Cristo, de quem havia sido gerado e há qual linhagem pertencia, pelo contrário, ele faz questão de mostrar que Jesus estava com Deus desde o princípio e sendo uma pessoa diferente, mas possuindo a mesma essência.
João utiliza um termo para se referir a Jesus que só é utilizado por ele no N.T, “o Verbo ou a Palavra” (logos). E vou deixar uma breve explicação sobre o termo. Normalmente a função da palavra é expressar o pensamento interior imediato e como consequência características que estão presentes no “pensador”. Por exemplo, as palavras traduzem, transformam em expressão aquilo que estou pensando e querendo que vocês entendam nesse momento. Além disso o conjunto de palavras que eu costumo usar, revelam também parte parte daquilo que eu sou, o próprio Jesus diz em mateus que “a bocas fala o que o coração está cheio”. Portanto ao se referir a Jesus por esse termo, João está querendo mostrar que através de Jesus o pensamento e vontade de Deus são revelados, assim como Ele o reflete como pessoa! Jesus é a palavra de Deus em ação! E nesses versículos encontramos algumas características de Jesus
O Verbo é eterno. Desde o princípio Jesus estava com Deus. Assim como o André falou brilhantemente semana passada, durante toda a beleza da criação de Deus, Jesus já estava lá. Deus foi o criador e Jesus o agente da criação. Como ouvimos, Deus criou tudo pela sua PALAVRA, através de Jesus.
O Verbo é uma pessoa distinta de Deus. Apesar de ser Deus, Jesus é uma pessoa distinta e intimamente ligada ao Pai, “estava face a face com Deus”
O Verbo é vida. A palavra utilizada aqui não se refere a vida biológica e sim vida espiritual. É somente através do Verbo que temos vida espiritual, Ele é a luz que ilumina as nossas vidas
Onde o Verbo está, não há trevas. Se Jesus está em nossas vidas, as trevas não prevalecerão contra ela! Ou seja, onde Jesus está não pode haver espaço para o pecado, não podemos ter nosso espaço de escuridão, Jesus tem que entrar e iluminar todas as áreas das nossas vidas. Jesus mesmo afirma que Ele é a luz do mundo, somente Ele pode iluminar aquilo que o Diabo escureceu através do pecado e mais do que isso, em Mateus Jesus também diz que nós somos a luz do mundo, nós devemos refletir a luz de Jesus que existe dentro de nós na vida dos outros, assim como João Batista fez como o texto diz a seguir. “— Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada no alto de um monte. Nem se acende uma lamparina para colocá-la debaixo de um cesto, mas num lugar adequado onde ilumina bem todos os que estão na casa.” (Mateus 5.14–15, NAA)
O outro João 1.6-9
O outro João 1.6-9
Contexto de João, 400 anos sem profeta, homem de extrema importância para o povo e para Deus, confundido com o Messias
Sabia (tinha ciência do seu papel) que ele não era a luz, mas que apontava para a Luz, não era o Noivo, mas o amigo do Noivo.
Devemos ter humildade para não querermos ter como nossa uma luz que é reflexo de Cristo
Devemos refletir a glória de Deus da mesma forma que João Batista, sabendo que: “Convém que ele cresça e que eu diminua.” (João 3.30, NAA)
Nossas boas atitudes não farão Deus nos amar mais, devemos fazê-las pois Deus já nos ama ao máximo e fez tudo por nós (inverter a ordem)
Nessa parte o apóstolo João muda o foco para falar de um outro João, o Batista. Aquele que veio para abrir caminho para Jesus. E lembre-se do contexto, nesse tempo fazia 400 anos que Deus não se revelava através de homens, profetas para o povo. Ou seja, o papel de João Batista era extremamente importante, chegando ao ponto de ser confundido com o Messias pelo povo. Porém ele sabia exatamente o seu papel e a sua função, ele não era a Luz, mas aquele que apontava para a Luz, não era o Noivo, mas o amigo do Noivo. O que aprendemos com isso? Devemos ter humildade suficiente para entender qual é o nosso papel como “arautos” do rei. Não podemos querer uma glória que não é nossa, não podemos achar que somos merecedores de algo quando não somos!
Nosso propósito de vida é vivermos para refletirmos a glória de Deus e não a nossa glória. E será que estamos vivendo isso da maneira correta? Será que através da nossa vida e das nossas atitudes as pessoas estão conseguindo enxergar a Cristo ou estamos querendo “roubar” o lugar de Cristo achando que somos bons e merecedores de tudo o que temos? João Batista tinha tudo para poder deixar “subir para a cabeça”, um profeta de Deus depois de 400 anos, diversos seguidores, alguns até o confundiam com o próprio Messias, mas qual foi a resposta dele? “Convém que ele cresça e que eu diminua.” (João 3.30, NAA)
Como falei na aula passada para os jovens, não adianta acharmos que quanto mais fazermos para Deus, mais ele nos amará e melhores seremos! Deus não irá te amar mais pelo o que você faz para Ele. Quando você acha isso, não é Jesus que está crescendo e sim você, de acordo com as suas atitudes! Devemos fazer cada vez mais por Jesus, assim como João, até o ponto de precisar ter nossa cabeça decepada e servida em uma bandeja, como aconteceu com João, mas não porque somos bons e sim porque somos gratos e reconhecemos a grandiosidade do Jesus que servimos!
Filhos de Deus 1.10-14
Filhos de Deus 1.10-14
Aparentemente o propósito não deu certo, o mundo não o reconheceu e os seus não o aceitaram
Versículo 12 mostra que aqueles que o recebem se tornam filhos de Deus
Somente é filho de Deus o que o recebe, família não importa, atitudes não importam, apenas acreditar em Jesus não importa
Capítulo 3 tem a história de Nicodemus, mestre da Lei, mas não entendia o que era nascer de novo
Glória a Deus, pois depende apenas Dele, não depende das nossas falhas ou fraquezas
Glória é o reflexo de todos os atributos de Deus reunidos, devemos nos quebrantar diante desse Jesus glorioso e pedir para nascer de novo. E todos nós devemos permitir que o Verbo dissipe todas as trevas que hajam em nossas vidas
Nessa última parte do texto João volta as atenções para o Verbo, e a princípio, nos versículos 10 e 11 parece mostrar que de nada adiantou ser o Verbo, que aparentemente o seu plano havia dado errado, afinal o mundo que havia criado não o havia reconhecido e ainda pior, aqueles que eram seus, não o aceitaram. Porém no versículo 12 é que as coisas mudam. Realmente alguns não o aceitaram, porém todos aqueles que o receberam tiveram o direito de se tornarem filhos de Deus.
Aqui João deixa claro que não são todos que são filhos de Deus, aqui João deixa clara qual é a única maneira de se tornar filho de Deus, recebendo a Cristo como salvador, nascendo de novo para uma nova vida, assim como explicou para Nicodemos, um mestre da Lei no capítulo 3. Que sabia tudo sobre a lei, sobre rituais, sobre a liturgia existente, porém não entendia o que era nascer de novo. Da mesma forma pode acontecer com alguém aqui hoje, João deixa claro que somente acreditar em Jesus não nos torna filhos de Deus, que termos pais cristãos, não nos torna filhos de Deus, que sabermos tudo sobre a lei, virmos todos os domingos da igreja, participarmos de atividades e programações, não nos torna filhos de Deus. A única coisa que nos torna filhos de Deus, é receber o Verbo, todo poderoso e criador dentro de nossas vidas! E glória a Deus por isso, pois não depende de mim, não depende das nossas fraquezas e sim da graça, poder e misericórdia daquele que estava com Deus e era Deus!
Concluo com o versículo 14, que mostra que o unigênito do Pai refletiu toda a sua glória! Glória não é um atributo de Deus, glória é o reflexo de todos os atributos de Deus reunidos. Jesus, somente Jesus, conseguiu refletir a Palavra, a mensagem e a Glória de Deus para todos nós! se você ainda não teve o privilégio de se quebrantar diante desse Deus glorioso e pedir para nascer de novo, aproveite, deixa Ele iluminar a sua vida e dissipar todo tipo de trevas que nela possa haver!