As duas alianças
Exposições em Gálatas • Sermon • Submitted
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· 21 viewsPaulo usa as duas mulheres de Abraão como símbolos das duas alianças - obras e graça.
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Introdução
Introdução
Por que é mais fácil aparentemente confiar em nós mesmos do que confiar em Deus? O que faz você pensar que suas obras garantem salvação a você?
A maioria das religiões estão apoiadas no legalismo ou moralismo:
Islamismo
Religiões orientais
O secularismo moralista
Paulo e o legalismo dos gálatas
I. A aliança das obras (vs. 21-25)
I. A aliança das obras (vs. 21-25)
A fim de dissuadir os gálatas de guardar a lei como meio para salvação, Paulo interroga aqueles que espalham essas más notícias utilizando a narrativa de Gênesis, que relata sobre os dois filhos que Abraão teve: um com a escrava Agar que representa o legalismo e escravidão e outro com sua esposa Sara que se refere à promessa cumprida de Deus;
Tim Keller expõe 4 tipos de pessoas, no que tange ao seu relacionamento com a Lei:
As que cumprem a lei e dela dependem;
As não cumprem a lei e dela dependem;
As que não cumprem a lei e dela não dependem;
As que cumprem a lei e dela não dependem;
A lei aqui se refere ao Antigo Testamento como todo, não como o conjunto de leis e tradições. Aos que se diziam cumprir a lei e dela dependiam, Paulo cita que a lei iria depor contra eles;
Históricamente, dois povos foram formados por meio das gerações de Ismael e Isaque. Deus fez uma aliança especial com Isaque, sendo que Ismael fora mandado embora, mesmo ainda Deus tendo prometido cuidar e perseverar sua geração;
Agar aqui é identificada com o monte Sinai, que fica na Arábia e se refere à Jerusalém terrestre - uma alusão a lei.
Quando Paulo fala sobre “estar debaixo da lei” aqui ele não está se referindo à nossa obediência à lei de Deus, mas o depender da lei para galgar a salvação por sua obras;
Os falsos mestres sustentavam a tese de que os gálatas não poderiam ser considerados filhos de Abraão se não seguissem a risca toda a lei de Moisés. Baseavam sua argumentação de que apenas crer em Cristo não os tornaria participantes da aliança; era preciso guardar a lei para isso.
A herança sangúinea e étnica que provinha de Sara e Isaque era o que eles sustentavam como um fundamento para ser filhos de Abraão, como assim eram os judeus;
No entanto, em sua brilhante argumentação, Paulo identifica que a lei, o monte Sinai e a Jerusalém terrestre - figuras sustentadas no Antigo Testamento como sinais de aliança com o povo - estão relacionadas a Agar, não Sara;
Pois, foi dependendo de suas obras, de querer dar um jeitinho para que a promessa de Deus se cumprisse com Abraão, que Sara lhe deu permissão para se deitar com sua comcubina Agar - algo que o próprio Deus reprova em sua lei (poligamia e comcubinas). Como afirma Tim Keller, foi a fé de Abraão em si mesmo que o fez querer antecipar o cumprimento das promessas que Deus fizer a ele e sua esposa Sara. Ao se deitar com Agar, Abraão revelou sua incredulidade, de certa forma.
Paulo compara todos os que se baseiam em suas obras com Abraão e Agar, quando se fiam em suas obras para serem salvos;
Para ser filho de Abraão era necessário crer em Jesus, pela fé nele, e não na sua relação com a lei.
II. A aliança da graça (vs. 26-27)
II. A aliança da graça (vs. 26-27)
Citando Isaías 54.1, Paulo ressalta o caráter gracioso da promessa de Deus, associando-a a Sara;
Quando Abraão recebeu a promessa de que seria pai de uma grande nação, Deus disse que faria isso por meio dele e sua esposa Sara, no entanto, Sara era velha demais para ter filhos. O tempo foi passando e nada acontecia… Abraão vivia na expectativa de tudo o que fora prometido. Sara, vendo essa realidade, quis então dar uma ajudinha, entregando Agar ao seu esposo. Mas não foi isso que Deus disse que faria. Eles precisavam crer em Deus;
E foi quando Abraão tinha 100 anos e sua esposa 80 anos, que então Isaque nasceu. Nasceu de uma virgem que se tornou alegre mãe de filhos.
A profecia de Isaías se reporta a Gênesis 16, quando Deus olha para duas mulheres, uma bela e fértil, e outra velha e estéril, e escolhe salvar o mundo através da estéril.
Sara está relacionada ao ato gracioso de Deus agir para salvar todo aquele que nele crê, por isso ela é uma analogia do próprio evangelho.
III. A nossa realidade perante essas duas alianças (vs.28-31)
III. A nossa realidade perante essas duas alianças (vs.28-31)
Ao utilizar Sara e Agar como alegoria, Paulo não está refutando a historicidade dos fatos em Gênesis ou o propósito da narrativa de Gênesis per si. Mas mostrar de forma elucidativa nossa realidade perante os dois pactos: o das obras e o da graça;
Ao dizer aos gálatas que eles eram filhos de Isaque, ele ressalta que é por meio da fé em Jesus Cristo que fomos livres da escravidão;
No v.29, ele mostra que assim como havia uma inimizade entre Isaque e Ismael, e que este perseguia aquele, assim não há como você sustentar ter fé em Jesus e ao mesmo tempo querer depender das suas obras para ser salvo.
No v.30, Paulo sustenta que é necessário mandar embora o filho da escrava, aquele que persegue Isaque, aquele que se opõe a fé… ou seja, era preciso desprezar os ensinos que nos coloca sob escravidão para vivermos de fato a liberdade que Cristo nos deu pela graça; era preciso abandonar os ensinos dos falsos mestres e fixar os olhos tão somente em Jesus e depender dele em nossa salvação, pois como afirma o v.31, nós não somos filhos da escrava, mas da livre.
Deus deu a Adão, no princípio um pacto de obras, que ele cumprindo, receberia de Deus uma promessa. No entanto, Adão se mostrou reprovado para isso. Ele não cumpriu esse pacto e lançou toda a humanidade em maldição. Cristo, porém, o segundo Adão, cumprindo esse pacto cabalmente, por meio de sua obediência ativa ao Pai, nos garantiu que por meio de suas obras, todos os que nele creem pudessem ser livres da maldição, e filhos de Abraão.
Aplicações
Aplicações
1. Nossas obras não podem mudar a nossa realidade espiritual. Precisamos crer na obra de Jesus Cristo para experimentarmos a verdadeira liberdade.
2. Deus é o único que pode mudar nossa realidade espiritual. Todo mundo, do mais religioso ao menos religioso, necessita da graça de Deus. Deus manifesta sua graça para todos.
3. Uma vez que fomos alcançados pela graça, vivamos de acordo com ela.
Conclusão
Conclusão
Crer em Cristo demanda uma renúncia da nossa própria autojustificação, de crer que somos bons, de nossas próprias boas obras.