O REINO DOS HUMILHADOS! Lucas 8.1-3
Jesus anunciou o Reino de Deus como um “reino de humilhados”, onde todos os excluídos são incluídos. Vivamos o Reino de Deus!
A história dessa mulher, que tornou-se seguidora de Jesus, facilmente se relaciona com a de outras mulheres que igualmente foram favorecidas por ele e que haviam dedicado a vida a ele (8.1–3).
O livro do médico amado tem sido chamado o Evangelho da Mulher, em virtude de a terna e profunda consideração do Salvador pelas mulheres se ressaltarem em seu Evangelho numa forma mais clara que em qualquer outro. Por exemplo, note a proeminência que é dada a Maria, a mãe de Jesus, e a Isabel (capítulos 1e 2). Tenha em mente também que somente nesse Evangelho se faz menção de Ana, a profetisa, e Joana, a leal seguidora (2.36–38; 8.3; 24.10). A maravilhosa história em que Maria (irmã de Marta e Lázaro) faz uma escolha correta, também aparece somente aqui (10.38–42). Isso também vale para o emocionante relato acerca da bondade de Cristo demonstrada à viúva de Naim (7.11–18) e à mulher pecadora que ungiu o Senhor (7.36–50). Além disso, é inesquecível a parábola a viúva que perseverou (18.1–8). E veja 11.27, 28; 13.10–17; 23.27s.
κηρύσσω
anunciar (proclamar) — tornar conhecido (notícias importantes) publicamente e espalhafatosamente (como se fosse um arauto).
ευαγγελιζω
usado no NT especialmente de boas novas a respeito da vinda do reino de Deus, e da salvação que pode ser obtida nele através de Cristo, e do conteúdo desta salvação
Lucas fala de pregar ou proclamar o reino de Deus (4.43; 8.1; 9.2, 60; 16.16), de entrar nele (18.24, 25; 22.18), de buscá-lo (12.31). Ele está perto (10.9, 11; cf. 7.28; 17.20, 21); não obstante, em outro sentido pertence ao futuro (13.29; 21.31). É essencialmente espiritual (17.20, 21; cf. Rm 14.17), porém abarca também a esfera material (22.28–30). É o dom de Deus a seus filhos (12.32).
Em sua conotação mais ampla, o termo o reino de Deus denota “o reinado, o governo ou a soberania de Deus, reconhecida nos corações e ativa na vida de seu povo, efetuando sua completa salvação, sua constituição como igreja e, finalmente, um universo redimido”.
O reino de Deus era um tema favorito na pregação de Jesus, mas o escopo completo de seu significado e implicações tem sido objeto de muita discussão. No nível mais básico, podemos dizer que o reino de Deus está presente onde quer que o rei seja encontrado. Jesus está presente por seu Espírito tanto na igreja quanto no mundo. Alguns identificaram completamente o reino com a igreja, mas embora a igreja esteja certamente incluída e seja representante do reino, a maioria dos teólogos diria que o reino é um conceito mais amplo em seu sentido pleno e final. A igreja é uma organização missionária, ao passo que o reino é mais frequentemente concebido como o resultado desse cumprimento da missão.
O reino é presente em seus primórdios, embora seja futuro em sua plenitude; num sentido, ele já está aqui, mas, no sentido mais rico, ele está ainda por vir (Lc 11.20; 16.16; 17.21; 22.16, 18, 29, 30).
É importante observar que, enquanto Sócrates, Aristóteles, Demóstenes, os rabinos e os homens da comunidade de Qumran tinham as mulheres em baixa estima, Jesus, em harmonia com o ensino do Antigo Testamento, lhes designava um lugar de elevada honra. Além disso, é especialmente no Evangelho de Lucas que se enfatiza a ternura e a profunda consideração de Jesus pelas mulheres.
therapeúō
Um uso muito mais comum é para “cura”, não meramente no sentido de tratamento médico, mas no sentido de cura real efetuada pelo Messias. Jesus tem o poder para curar os enfermos (Lc 7.21ss.). Isso é parte tão importante de seu ministério quanto a pregação (Mc 4.23). Nenhuma enfermidade pode resistir a ele. Ele cura muitos (Mc 3.10) ou todos (Mt 12.15), quer doentes, coxos, cegos, mutilados, quer surdos ou mudos, e ele cura sempre que houver necessidade, mesmo que seja no sábado (Mt 12.10, etc.). Expulsar demônios é uma forma de cura. Isso é feito pela palavra naquilo que por vezes envolve um conflito violento (cf. Lc 4.40–41; Mc 3.10–11). A palavra também cura doenças ou defeitos, embora Jesus frequentemente toque os enfermos (Mc 1.41), os segure pelas mãos (1.31), imponha as mãos (5.23) ou realize ações como aquelas dos médicos (7.33; cf. Tg 5.14). Os enfermos podem simplesmente tocá-lo ou suas vestes (Mc 3.10; 5.28; cf. a sombra de Pedro em At 5.15 e as vestes de Paulo em At 19.12). A cura é total quando Jesus, iniciando a era da salvação, tira as enfermidades das pessoas (Mt 8.17; cf. Is 53.4).
Maria Madalena aparece em todos os quatro evangelhos como uma seguidora de Jesus (Lc 8:2) e em momentos críticos da história de Jesus: aos pés da cruz (Mt 27:56; Mc 15:40; Jo 19:25) e na sepultura (Mt 27:61, 28:1–10; Mc 15:47–16:11; Lc 24:1–11; Jo 20:1–18).
“Madalena” implica que ela era de Magdala, uma cidade na costa oeste do Mar da Galiléia. Em Marcos 16:9 e Lucas 8:2, afirma-se que Jesus expulsou sete demônios dela. Ela pode ter sido uma mulher abastada—Marcos 15:40-41 conta ela entre as mulheres que seguiram e cuidaram de Jesus. Ela, Maria a mãe de Tiago, e Salomé, também compraram especiarias para ungir o corpo de Jesus (Mc 16:1).
diakonéō. Essa palavra para serviço, que se distingue de douleúo (servir na função de escravo), therapeúō (servir por vontade própria), latreúō (servir por pagamento) e leitourgéō (prestar um serviço público), conota a nuança básica de serviço pessoal.
A Escritura designa às mulheres um papel vital, chamando-as a um labor de auxílio, de serviço (At 9.36; 16.14, 15, 40; 18.26; Rm 16.1, 2; Fp 4.2, 3; 2Tm 1.5. Veja também C.N.T. sobre 1Timóteo 2.9–15; 3.8–12; 5.9–16).