Duras Palavras - João 6.60

Texto Bíblico: João 6.60

João 6.60 NAA

60 Muitos dos seus discípulos, tendo ouvido tais palavras, disseram: — Duro é este discurso; quem pode suportá-lo?

O evangelho de João é escrito para toda a terra, um livro para ser lido por todos, sem endereçamento específico. O apóstolo João era irmão de Tiago, filho de Zebedeu, empresário de pesca do mar da galileia. Sua mãe era Salomé conforme registrado em Marcos 15.40 “40 Estavam também ali algumas mulheres, observando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de José, e ainda Salomé.” e Mateus 27.56 “56 Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mulher de Zebedeu.” , que pode ter sido irmã de Maria, mãe de Jesus, conforme registro em João 19.25 “25 E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, a irmã dela, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena.”, o que tornaria João e Jesus primos, porém isso são apenas conjecturas.

João escreveu esse evangelho na cidade de Éfeso, capital da Ásia Menor, onde morou por longos anos, pastoreou a maior igreja gentílica da época, liderou as igrejas da região e morreu já em avançada velhice, nos dias do imperador Trajano. Muito provável que este evangelho tenha sido escrito entre os anos 80 e 96 d.C.

João registra no sexto capítulo um milagre que Jesus fizera, a multiplicação dos pães, também registrado em Mateus 14.13-21, Marcos 6.30-44 e em Lucas 9.10-17, continua relatando o andar de Jesus sobre o mar, também registrado nos evangelhos Mateus 14.22-33 e Marcos 6.45-52 e continua registrando que Jesus ensina aos seus discípulo que Ele é o pão da vida, os Judeus ao ouvirem tais palavras murmuram e muitos de seus discípulos se escandalizam com tais palavras e muitos deles se retiram.

Muitos dos discípulos eram apenas seguidores de Jesus, não apresentavam mudança de vida, mas queriam apenas o que Jesus podia oferecer como benefício, o discurso de Jesus trouxe quatro características que ofenderam os ouvidos de seus discípulos.

Eles estavam mais interessados em comida, no messianismo político e nos milagres manipuladores, eles não se preocupavam com as verdades espirituais para as quais o milagre da alimentação apontava.

Eles não estavam preparados para abandonar crenças cheias de sincretismo, eles eram incapazes de dar os primeiros passos de fé genuína.

Eles se ofenderam particularmente com as declarações que Jesus apresentou, afirmando ser maior do que Moisés, singularmente enviado por Deus e autorizado a dar vida (6.32–58). 4) A metáfora estendida do “pão” é ela mesma ofensiva para eles, especialmente quando ataca tabus evidentes e se torna uma questão de “comer carne” e “beber sangue”.