JUNTOS SOMOS MAIS FORTES! Josué 22
Josué • Sermon • Submitted
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· 15 viewsO maior testemunho que podemos dar ao mundo é que somos parte de um povo que cultua o mesmo Deus!
Notes
Transcript
Grande ideia: O maior testemunho que podemos dar ao mundo é que somos parte de um povo que cultua o mesmo Deus!
Estrutura: Rubenitas, gaditas e manassitas de volta para casa (vv. 1-9), um ruído de comunicação em Israel (vv. 10-20) e a verdade do coração: um testemunho ao Senhor (vv. 21-34).
Richard Hess:
Cada um dos três capítulos finais descreve um único acontecimento. À primeira vista parece que esses eventos são uma coletânea de migalhas: uma disputa entre as tribos acerca de um altar, uma fala de despedida e outra cerimônia de aliança. No entanto, mediante um exame mais cuidadoso torna-se claro que todos eles focalizam num único assunto, a devida adoração ao Deus de Israel- como oferecê-la e o que acontecerá se Israel não o fizer. Dessa forma a lei do altar ensina como a adoração comunitária deve unificar as tribos e não dividi-las. A palavra de despedida de Josué relembra seu papel e autoridade como sucessor de Moisés e adverte o povo contra a violação dos mandamentos de Deus. A renovação da aliança em Siquém reúne todo o povo para um momento final. Unidas sob uma só liderança política e religiosa, as tribos confessam sua lealdade a Deus e aceitam a aliança que este lhe propôs. A morte e sepultamento de Josué e de Eleazar bem como o novo sepultamento de José são símbolos vivos que denotam a unidade de Israel.
1. De volta para casa. (vv. 1-9)
(a) Essa porção começa e termina com uma alusão a Moisés.
Números 32.28–32 (NAA)
28Então Moisés deu ordem a respeito deles ao sacerdote Eleazar, a Josué, filho de Num, e aos chefes das casas dos pais das tribos dos filhos de Israel. 29Moisés lhes disse:
— Se os filhos de Gade e os filhos de Rúben passarem o Jordão com vocês, cada um armado para a guerra, diante do Senhor, e a terra estiver subjugada diante de vocês, então deem a eles a posse da terra de Gileade. 30Mas, se eles não passarem, armados, com vocês, terão a parte deles entre vocês na terra de Canaã.
31Os filhos de Gade e os filhos de Rúben responderam:
— O que o Senhor Deus disse a estes seus servos, isso faremos. 32Passaremos, armados, diante do Senhor à terra de Canaã e teremos a posse de nossa herança deste lado do Jordão.
Josué 1.12–15 (NAA)
12Josué falou aos rubenitas, aos gaditas e à meia tribo de Manassés, dizendo:
13— Lembrem-se do que Moisés, servo do Senhor, ordenou a vocês, dizendo: “O Senhor, seu Deus, está dando descanso a vocês e lhes dará esta terra. 14Que as mulheres de vocês, as crianças e o gado fiquem na terra que Moisés lhes deu deste lado do Jordão. Mas vocês, todos os valentes, passarão armados na frente de seus irmãos e os ajudarão, 15até que o Senhor conceda descanso aos irmãos de vocês, como deu descanso a vocês, e eles também tomem posse da terra que o Senhor, o Deus de vocês, lhes dá. Depois, vocês poderão voltar e tomar posse da terra que Moisés, servo do Senhor, lhes deu por herança deste lado do Jordão, para o nascente do sol.”
(b) Bom saber que houve obediência àquilo que essas tribos se comprometeram, já tendo passado 07 (sete) anos:
Josué 1.16–17 (NAA)
16Eles responderam a Josué:
— Tudo o que você nos ordenou faremos e aonde quer que você nos enviar iremos. 17Como em tudo obedecemos a Moisés, assim obedeceremos a você; tão somente esteja com você o Senhor, seu Deus, como esteve com Moisés.
Josué 22.1–3 (NAA)
Josué abençoa e despede as duas tribos e meia
22 1Então Josué chamou os rubenitas, os gaditas e a meia tribo de Manassés 2e lhes disse:
— Vocês fizeram tudo o que Moisés, servo do Senhor, lhes ordenou e também foram obedientes a mim em tudo o que lhes ordenei. 3Durante todo esse tempo, até o dia de hoje, vocês não abandonaram os seus irmãos; pelo contrário, tiveram o cuidado de guardar o mandamento do Senhor, seu Deus.
(c) Temos no verso 4 (quatro) mais uma ocorrência da palavra “repouso” (03 vezes no livro):
Josué 21.44 (NAA)
44O Senhor lhes deu repouso ao redor, segundo tudo o que havia jurado a seus pais. Nenhum de todos os seus inimigos resistiu diante deles; a todos eles o Senhor entregou nas mãos dos filhos de Israel.
Josué 23.1 (NAA)
Josué exorta o povo a observar a Lei
23 1Muito tempo havia se passado desde que o Senhor tinha dado a Israel repouso de todos os seus inimigos ao redor. Josué agora já era bem idoso.
(d) As orientações de Josué ao povo são bem explicitas: guardem a Palavra do Senhor, amem ao Senhor e sejam fiéis ao Senhor!
Quando Josué falou a rubenitas, gaditas e meia tribo de Manassés, prestes a voltar para suas casas no lado leste do Jordão, ele enfatizou três coisas: a obediência passada às suas ordens e às ordens de Moisés, a fidelidade divina ao lhes dar a terra prometida e trazer-lhes a paz desfrutada naquele momento e a obrigação de continuar a guardar os mandamentos de Deus. Ao ampliar o último ponto, Josué disse: “Tende cuidado, porém, de guardar com diligência o mandamento e a lei que Moisés, servo do Senhor, vos ordenou: que ameis o Senhor, vosso Deus, andeis em todos os seus caminhos, guardeis os seus mandamentos, e vos achegueis a ele, e o sirvais de todo o vosso coração e de toda a vossa alma” (Js 22.5).
Boice, James Montgomery. Josué: Comentário expositivo (p. 134). Editora Monergismo. Edição do Kindle.
(e) No demais, todos foram despedidos para o Oriente do Jordão com suprimentos materiais e recomendações espirituais.
(f) Pensando em nossos termos:
Da mesma forma, embora a casa do nosso Pai celestial acima seja muito desejável (essa é a insinuação do bispo Hall), precisamos permanecer na terra até que nossa luta seja concluída, e esperar pela devida libertação. Não podemos antecipar o tempo da nossa remoção.
Henry, Matthew. Comentário Bíblico Matthew Henry - Antigo Testamento Volume 2 . Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Edição do Kindle.
2. “Quem não se comunica...”. (vv. 10-20)
(a) Essas tribos que ocupavam agora o lado leste do Jordão resolvem edificar um altar “grande e vistoso”.
Deuteronômio 12.5–7 (NAA)
5Pelo contrário, busquem o lugar que o Senhor, seu Deus, escolher entre todas as tribos, para ali pôr o seu nome e sua habitação; é para lá que vocês devem ir. 6A esse lugar vocês devem levar os seus holocaustos, os seus sacrifícios, os seus dízimos, as ofertas que vocês prepararam, as ofertas prometidas, as ofertas voluntárias e os primogênitos das vacas e das ovelhas de vocês. 7Ali, vocês comerão diante do Senhor, seu Deus, e se alegrarão em tudo o que fizerem, vocês e as suas famílias, no que o Senhor, seu Deus, os tiver abençoado.
(b) As palavras “altar” (13 vezes) e “testemunho” (03 vezes) serão centrais nesse capítulo.
(c) Os “filhos de Israel” quando souberam da construção desse altar, imaginaram que se tratava de um “culto rival”. Logo, resolveram agir pois a unidade no culto estava sendo ameaçada.
Schaeffer diz: “Eu gostaria muito que Deus permitisse que a igreja deste século aprendesse essa lição. A santidade do Deus vivo exige que não seja feita qualquer tipo de concessão na área da verdade. Lágrimas? Tenho certeza de que houve lágrimas mas, se houvesse rebelião contra Deus, a guerra era inevitável”.[
Boice, James Montgomery. Josué: Comentário expositivo (p. 136). Editora Monergismo. Edição do Kindle.
(d) Eles tiveram de apelar para a diplomacia antes do uso da força. O tempo era propício à guerra, pois “nenhum tempo é mais perigoso para o povo de Deus do que momentos de paz”.
(e) O processo consistiu em exortações com recordações de episódios do passado, tudo para gerar consternação e arrependimento.
(f) Levando a sério mais um princípio extraído desse texto:
Muitas discussões infelizes seriam impedidas, ou logo remediadas, se ocorresse uma investigação imparcial e favorável quanto ao motivo da ofensa. Corrigir erros e divergências e colocar palavras e ações mal interpretadas na verdadeira luz seria a forma mais eficaz de resolver rixas tanto públicas quanto privadas, e de encontrar uma solução feliz.
Henry, Matthew. Comentário Bíblico Matthew Henry - Antigo Testamento Volume 2 . Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Edição do Kindle.
3. Um testemunho do Senhor. (vv. 21-34)
(a) Mas, na realidade a intenção das tribos do oriente do Jordão era outra: estabelecer um memorial para demarcar uma identidade pactual.
(b) Na realidade, vale aqui o ditado: “conversando é que se entende...”.
Por que a história acabou bem quando havia tanto espaço para discordância? Foi por causa dos dois passos já mencionados. Schaeffer diz:
Primeiro, houve uma clara concordância acerca da importância da doutrina e da verdade, uma compreensão de que a santidade de Deus exige que nos curvemos diante dele e obedeçamos aos seus mandamentos. Lembre-se das palavras de Josué, quando ele enviou o povo para o outro lado do Jordão: “Tende cuidado, [...] que ameis o Senhor, vosso Deus, andeis em todos os seus caminhos, guardeis os seus mandamentos”. Houve um final feliz porque o povo fez isso. Segundo, aqueles que foram valorosos em sustentar a verdade foram também corajosos ao agir em amor. Se tivesse havido apenas a sustentação da verdade, nunca teria acontecido um final feliz. Teria havido apenas guerra, porque as dez tribos teriam atravessado o rio e matado os outros israelitas sem falar com ninguém. Teria havido tristeza no meio do equívoco. Mas, por causa do amor de Deus, as tribos conversaram uma com as outras abertamente, e o amor e a santidade de Deus puderam se encontrar. O Salmo 85 fala da justiça de Deus e do amor de Deus se beijando (Sl 85.10). Foi o que aconteceu aqui.[
Boice, James Montgomery. Josué: Comentário expositivo (pp. 139-140). Editora Monergismo. Edição do Kindle.
(c) Estamos aqui diante de uma preocupação honesta com o futuro: “amanhã vossos filhos talvez dirão a nossos filhos”.
Josué 22.26–27 (NAA)
26Por isso dissemos: “Vamos edificar um altar, não para holocausto, nem para sacrifício, 27mas para que entre nós e vocês e entre as nossas gerações depois de nós nos sirva de testemunho, e possamos servir o Senhor na presença dele com os nossos holocaustos, os nossos sacrifícios e as nossas ofertas pacíficas.” E também para que, no futuro, os filhos de vocês não digam aos nossos filhos: “Vocês não têm nada a ver com o Senhor.”
Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong 05703 עד ̀ad
עד ̀ad
procedente de 5710; DITAT - 1565a; n m
1) perpetuidade, para sempre, futuro contínuo
(d) Há uma bonita confissão de unidade da fé: não se pode caminhar com quem não tem uma mesma confissão de fé que a nossa.
(e) Preste atenção: somos sim, devedores aos nossos irmãos:
Romanos 13.8 (NAA)
O amor ao próximo é o cumprimento da lei
8Não fiquem devendo nada a ninguém, exceto o amor de uns para com os outros. Pois quem ama o próximo cumpre a lei.
Apesar de estarmos tranqüilos em nosso coração, contudo há uma satisfação que devemos aos irmãos que estão em dúvida quanto à nossa integridade, e que devemos estar prontos para apresentar com humildade e temor. Se Deus conhece nossa sinceridade, os outros também deveriam conhecê-la pelos nossos frutos, especialmente aqueles que, embora estejam enganados a nosso respeito, mostram zelo pela glória de Deus, como ocorreu com as dez tribos aqui.
Henry, Matthew. Comentário Bíblico Matthew Henry - Antigo Testamento Volume 2 . Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Edição do Kindle.
(e) Houve então um tempo singelo de renovação de compromissos de fé na caminhada.
Josué 22.31 (NAA)
31E Fineias, filho do sacerdote Eleazar, disse aos filhos de Rúben, aos filhos de Gade e aos filhos de Manassés:
— Hoje sabemos que o Senhor está no meio de nós, porque vocês não cometeram infidelidade contra o Senhor. Assim vocês livraram os filhos de Israel da mão do Senhor.
Salmo 133 (NAA)
A excelência da união fraternal
Cântico de peregrinação. De Davi
133 1 Oh! Como é bom e agradável
viverem unidos os irmãos!
2 É como o óleo precioso sobre a cabeça,
o qual desce pela barba,
a barba de Arão,
e desce para a gola de suas vestes.
3 É como o orvalho do Hermom,
que desce sobre os montes de Sião.
Ali o Senhor ordena a sua bênção
e a vida para sempre.
(f) Em um clima festivo de culto, todos se despedem e a frase que fica como “clímax” dessa porção é o 34:
Josué 22.34 (NAA)
34Os filhos de Rúben e os filhos de Gade chamaram o altar de “Testemunho”, porque disseram: “É um testemunho entre nós de que o Senhor é Deus.”
34). Eles chamaram esse altar de Ede, um testemunho, e nada além disso – um testemunho do seu relacionamento com Deus e Israel, e da sua conformidade com as outras tribos na fé comum, que Jeová é Deus, Ele e mais ninguém. Seria um testemunho para as gerações futuras acerca do cuidado de transmitir sua fé pura e completa a eles, mas também seria um testemunho contra eles se em algum momento abandonassem a Deus e seguissem outros deuses.
Henry, Matthew. Comentário Bíblico Matthew Henry - Antigo Testamento Volume 2 . Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Edição do Kindle.
4. Outras aplicações:
(a) Temos um compromisso pela unidade da igreja. Mas não sacrificaremos a verdade no altar da conveniência política ou denominacional.
Jeremias 32.39–41 (NAA)
39Eu lhes darei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para o seu próprio bem e o bem de seus filhos. 40Farei com eles uma aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; porei o meu temor no coração deles, para que nunca se afastem de mim. 41Terei alegria em lhes fazer o bem, e os plantarei firmemente nesta terra, de todo o meu coração e de toda a minha alma.
Paul Washer:
Veja o que texto diz: “Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim”. A evidência de que Deus fez uma aliança eterna com você, amigo, é que ele pôs o temor de Deus em seu coração, para que você não se afaste dele. E, se você se afastar, e ele não discipliná-lo, e você continuar se afastando dele, isso é evidência de que ele não pôs o seu temor em você. Isso é evidência de que você não foi regenerado- não tem nenhuma aliança com Deus! Queridos amigos, isso é verdade bíblica.
(b) Precisamos erguer altares de testemunho em nosso entorno. Nossa cidade precisa saber que fazemos parte do povo de Deus: “o povo que vai morar no céu”.
Apocalipse 7.9–10 (NAA)
A visão dos glorificados
9Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestes brancas, com ramos de palmeira nas mãos. 10E clamavam com voz forte, dizendo:
“Ao nosso Deus,
que está sentado no trono,
e ao Cordeiro, pertence a salvação.”
J. C. Ryle:
Aqui, muitas vezes achamos difícil adorar a Deus com regozijo por causa das tristezas e cuidados deste mundo. Lágrimas devido à perda daqueles que amávamos tornam constantemente árduo o cantar louvores. Esperanças frustradas e tristezas familiares têm-nos feito, algumas vezes, pendurar nossas harpas nos salgueiros. Lá, toda lágrima será enxugada, todo santo que morreu em Cristo nos verá novamente, e todas as coisas difíceis da jornada da nossa vida se tornarão claras e nítidas como o sol ao meio-dia. Aqui, sentimos que estamos comparativamente sozinhos e que até na casa de Deus os verdadeiros adoradores espirituais são poucos. Lá, veremos toda a multidão de irmãos e irmãs que nenhum homem pode enumerar; e todos eles terão uma só mente, um só coração e estarão livres de toda mancha, fraqueza e imperfeição, regozijando-se todos no mesmo Salvador e prontos para passarem a eternidade em seu louvor. No céu teremos muitos companheiros de adoração.