Conselhos Sábios - Provérbios 1.8-15

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Provérbios 1.8–19 RA
8 Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe. 9 Porque serão diadema de graça para a tua cabeça e colares, para o teu pescoço. 10 Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas. 11 Se disserem: Vem conosco, embosquemo-nos para derramar sangue, espreitemos, ainda que sem motivo, os inocentes; 12 traguemo-los vivos, como o abismo, e inteiros, como os que descem à cova; 13 acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos de despojos a nossa casa; 14 lança a tua sorte entre nós; teremos todos uma só bolsa. 15 Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; guarda das suas veredas os pés; 16 porque os seus pés correm para o mal e se apressam a derramar sangue. 17 Pois debalde se estende a rede à vista de qualquer ave. 18 Estes se emboscam contra o seu próprio sangue e a sua própria vida espreitam. 19 Tal é a sorte de todo ganancioso; e este espírito de ganância tira a vida de quem o possui.
Introdução
1. Aperfeiçoa o Caráter - vs. 8-9
Provérbios 1.8–9 NTLH
8 Meu filho, escute o que o seu pai ensina e preste atenção no que a sua mãe diz. 9 Os ensinamentos deles vão aperfeiçoar o seu caráter, assim como um belo turbante ou um colar melhoram a sua aparência.
Filhos, escutem seus paisFilho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe (Pv 1.8). A obediência aos pais é uma receita segura para a bem-aventurança. Os filhos que honram e obedecem aos pais têm a promessa de uma vida longeva e bem-sucedida. Porém, os que tapam os ouvidos ao ensino e à instrução de seus pais pavimentam o caminho do desastre. Muitos filhos, seduzidos por más companhias e arrastados por paixões mundanas, enveredam-se por caminhos sinuosos e caem em abismos profundos. Quantos jovens vivem hoje prisioneiros das drogas, cativos do álcool, presos no cipoal da impureza, porque não escutaram o conselho dos pais! Quantos casamentos desastrosos porque os filhos não ouviram a orientação dos pais! Quantos fracassos morais, quantas lágrimas amargas, quantas mortes precoces, porque os filhos preferiram ouvir outras vozes em lugar de escutar seus pais! A desobediência aos pais é um sinal evidente da decadência da nossa geração. A única forma de termos famílias sólidas, igrejas saudáveis e uma sociedade justa é voltar-nos para os preceitos da Palavra de Deus, que ensinam a necessidade dos filhos obedecerem a seus pais.
Honra e belezaPorque serão diadema de graça para a tua cabeça e colares, para o teu pescoço (Pv 1.9). Os filhos que honram os pais são bem-aventurados na vida. A obediência é o caminho seguro da longevidade e da prosperidade. Essa disposição de obediência livra os filhos de muitos perigos e adorna a vida deles com muitas honras. O sábio compara essa obediência a um diadema sobre a cabeça e a um colar no pescoço. As imagens remetem a honra e beleza. A obediência aos pais traz honra aos filhos, além de tornar a vida deles mais suave, bela e feliz. A obediência aos pais não apenas protege os filhos de perigos mortais, companhias nocivas e lugares escorregadios, mas também os toma pela mão para levá-los a um lugar alto de segurança, a um jardim engrinaldado de felicidade e a uma sala adornada de honra. Filhos, escutem seus pais! Honrem seus pais! Os pais são autoridade de Deus em sua vida. Rejeitar essa autoridade é insurgir-se contra o próprio Deus. Você quer ser bem-aventurado na vida? Escute seus pais! Você quer ter um casamento feliz? Escute seus pais! Você quer ser bem-sucedido em sua vida profissional? Escute seus pais! Você quer viver de forma maiúscula e superlativa? Escute seus pais!
2. Livra-nos da sedução - vs. 10-14
Provérbios 1.10–14 NTLH
10 Filho, se homens perversos quiserem tentar você, não deixe. 11 Eles poderão dizer: “Venha, vamos matar alguém! Vamos nos divertir atacando pessoas inocentes! 12 Estarão vivas e com saúde quando as encontrarmos, mas nós acabaremos com elas. 13 Acharemos todo tipo de riquezas e encheremos as nossas casas com as coisas roubadas. 14 Venha com a gente, que nós repartiremos o que roubarmos!”
Fuja das más companhias!Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas (Pv 1.10). Muitos filhos criados com amor e desvelo pelos pais perderam-se nos labirintos da vida, porque em dado momento foram seduzidos por más companhias e arrastados para as regiões escuras e lôbregas dos vícios mais destruidores. Aqui há uma exortação solene aos filhos. Eles precisam precaver-se. Pecadores andam espreitando crianças, adolescentes e jovens para arrastá-los para o abismo da iniquidade. A arma que usam para capturar os incautos é a sedução. Eles mostram o prazer imediato do pecado e escondem suas trágicas consequências. Apresentam o pecado como uma pílula dourada, mas escondem que possui um veneno mortal. O pecado é uma fraude. É assaz enganoso. Promete felicidade e traz desgosto. Promete liberdade e escraviza. Promete vida e mata. Os pecadores não se contentam em caminhar sozinhos pelas veredas sinuosas do pecado; querem atrair outros para engrossarem essas fileiras. Por isso, armam sua rede na porta das escolas, jogam seu laço sedutor sobre filhos despercebidos, a fim de capturá-los e arrastá-los para o reino da escuridão e da morte. O conselho de Deus é: não caia nessa rede sedutora. Fuja do conselho dos ímpios, afaste-se do caminho dos pecadores e não se assente na roda dos escarnecedores. Livre sua alma da morte!
Não ande com gente violentaSe disserem: Vem conosco, embosquemo-nos para derramar sangue, espreitemos, ainda que sem motivo, os inocentes (Pv 1.11). O convite para uma pessoa se matricular na banda podre do crime é estranhamente sedutor. Os agentes do mal transformam a violência em coisa atraente e lucrativa. Fazem propaganda entusiasta do crime e apontam os benefícios de uma vida que caminha ao arrepio da lei. O sábio alerta os jovens de taparem os ouvidos à voz desses arautos da violência. Mostra-lhes o perigo de cederem a essa sedução perigosa. O convite não esconde seus propósitos nefastos. O convite é para se ajuntar a gente que já perdeu a sensibilidade e se rendeu ao crime. O convite é para entrar num estilo de vida marcado por tramas, mentiras e engano. Ou seja, para viver de emboscada em emboscada, nas regiões lôbregas da falsidade. O convite é para tornar-se uma fera selvagem, um monstro social, que derrama sangue não de gente culpada, mas de gente inocente, por motivos torpes. Andar com pessoas cujas vestes estão manchadas de sangue e ceder às suas palavras sedutoras para aderir ao crime é entrar por um caminho de desastre, cair num abismo profundo e antecipar irremediavelmente a morte. Ah, quantos jovens foram arrastados por essas torrentes da impiedade! Quantos pais choram amargamente por ver seus filhos jogados nas prisões ou assassinados precocemente, porque caíram nessa armadilha mortal! O princípio permanece: Não ande com gente violenta!
A perversidade não tem limitesTraguemo-los vivos, como o abismo, e inteiros, como os que descem à cova (Pv 1.12). A proposta dos agentes do mal é conseguir adesão a seu projeto sanguinário, ou seja, emboscar contra gente inocente, por motivos banais, a fim de derramar sangue. Esses agentes da morte não apenas maquinam o mal, mas o executam com requinte de crueldade. Eles não têm nenhum temor a Deus, nem respeito à vida humana. Desde que seus caprichos cruéis sejam atendidos, estão dispostos a sequestrar, roubar e matar. Não querem, porém, fazer isso sozinhos. Buscam engrossar suas fileiras, atraindo para seu grupo criminoso jovens descuidados. Usam o instrumento da sedução para alcançar seu intento maligno. Buscam atrair para sua rede de morte aqueles que, tolamente, deixam de ouvir o conselho dos pais. Aqueles que andam na região nebulosa do perigo, flertando com o pecado, buscando saciar o coração nas taças borbulhantes das aventuras, tornam-se vulneráveis a essas investidas dos promotores da violência. Que Deus conceda discernimento aos nossos jovens, dando a eles prudência para afastarem os pés desses caminhos escorregadios, rompendo qualquer vínculo com os falsos amigos, que só puxam para baixo, influenciam para o mal e provocam destruição por onde passam.
Cuidado com os bens mal adquiridosAcharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos de despojos a nossa casa (Pv 1.13). O dinheiro adquirido com violência é uma maldição. A riqueza que vem como resultado do roubo e do derramamento de sangue torna-se o combustível para destruir os próprios transgressores. Não é pecado ser rico; pecado é amar o dinheiro. Não é pecado termos dinheiro; o problema é o dinheiro nos possuir. Não é pecado carregar dinheiro no bolso; o problema é entronizar dinheiro no coração. Muitas pessoas, por amor ao dinheiro, mentem, roubam, sequestram e matam. Outras, por amor ao dinheiro, se casam e se divorciam, corrompem e são corrompidas, torcem a lei e pervertem o direito. A motivação para a violência é o desejo de acumular bens. O brilho da riqueza tem fascinado multidões, transformando pessoas em feras, jovens em monstros, gente de bem em um bando de ladrões incorrigíveis. A ganância insaciável é o útero no qual gestam crimes hediondos. Desde o narcotráfico até o assalto aos cofres públicos, delinquências são inspiradas por esse desejo insaciável de pilhar o próximo e acumular o alheio. Os bens roubados não são preciosos. Essa riqueza produz tormento. Essa fortuna desemboca em vergonha, opróbrio e prejuízos irremediáveis. Esse pacote tem cheiro de enxofre, e seu fim é a morte.
Cuidado com suas aliançasLança a tua sorte entre nós; teremos todos uma só bolsa (Pv 1.14). O segredo de uma vida feliz é apartar-se daqueles que, deliberadamente, andam no caminho da perversidade. Esses agentes da ilegalidade, protagonistas do crime e feitores de males são proselitistas perigosos que lançam sua rede sedutora a fim de arrastar pessoas incautas para seu cartel do crime. Nesse projeto de engrossar suas fileiras, buscam alianças e fazem promessas. Querem parceiros e garantem vantagens. Chamam para a aventura e dizem que esse caminho é lucrativo. A bolsa coletiva na qual se acumula o dinheiro da iniquidade é, no entanto, maldita. Os valores que entram nela provêm do roubo, da opressão, da violência e do derramamento de sangue. Essa riqueza entorpece a mente, calcifica o coração, cega os olhos e coloca tampão nos ouvidos. Faz do ser humano um monstro celerado, uma fera sedenta de sangue, um lobo selvagem. Ser sábio é não dialogar com esses arautos do crime. Ser prudente é nem sequer se aproximar daqueles que vivem na marginalidade. Ser feliz é fugir não apenas do mal, mas até mesmo da aparência do mal. A felicidade não habita nas tendas da perversidade, mas está presente na casa daqueles que vivem em retidão e justiça. Não faça alianças com perversos; junte-se a pessoas capazes de ajudar você a viver mais perto de Deus.
3. Livra-nos de homens sem caráter - vs. 15-19
Provérbios 1.15–19 NTLH
15 Filho, não ande com gente dessa laia. Fique longe deles. 16 Eles têm pressa de fazer o mal e estão sempre prontos para matar. 17 Não adianta armar uma arapuca enquanto o passarinho estiver olhando. 18 No entanto esses homens estão preparando uma armadilha onde eles mesmos morrerão. 19 O que acontece com quem fica rico por meio da violência é isto: acaba sendo morto.
Fuja enquanto é tempoFilho meu, não te ponhas a caminho com eles; guarda das suas veredas os pés (Pv 1.15). Há um provérbio que diz: “Dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és”. Davi abre o livro de Salmos mostrando que o primeiro passo rumo à felicidade é fugir do conselho dos ímpios, não se deter no caminho dos pecadores, nem se assentar na roda dos escarnecedores. Agora, Salomão, filho de Davi, na mesma toada, reforça outro lado da questão. Não é mais o justo que age positivamente afastando-se. Agora, o justo reage positivamente, não atendendo ao chamado sedutor daqueles que são veteranos no crime. Não há maior insensatez do que acreditar que o crime compensa. Não há maior loucura do que se matricular nessa escola maldita para auferir vantagens imediatas. Andar com pessoas aliançadas com a desonestidade e dar as mãos a indivíduos cuja vida está manchada de sangue é lançar a sorte numa aventura perigosa e a alma num abismo profundo. O crime não compensa. Ainda que fique encoberto aos olhos das pessoas e passe ao largo da justiça humana, jamais ficará impune no tribunal de Deus. As vantagens transitórias do pecado trazem prejuízos eternos. As alegrias fugazes do pecado produzem sofrimento permanente. A riqueza acumulada pela prática da violência é a mais consumada miséria!
O caminho do crimePorque os seus pés correm para o mal e se apressam a derramar sangue (Pv 1.16). O cartel do crime é articulado. Tem agentes de propaganda, marketing atraente e propostas mirabolantes e sedutoras. Numa sociedade em que os valores morais são invertidos, o crime ronda os palácios e a impunidade se esconde nos tribunais, muitos acreditam que o crime compensa. Alguns acreditam que a melhor maneira de aproveitar a vida é explorar o próximo, saquear-lhe os bens e tirar-lhe a vida. O caminho do crime, porém, é sinuoso. Sua rota é turbulenta. Seu destino é desastroso. O lucro do crime é perda; as taças borbulhantes que se levantam ao redor da mesa do crime transbordam de veneno letal. Aqueles que fazem do crime um meio de vida espalham a morte e para ela rumam. Provocam desastres e são eles próprios o maior desastre. O conselho do sábio é oportuno: fuja daqueles cujos pés correm para o mal e se apressam para derramar sangue. Não ande com aqueles cujas mãos estão cheias de sangue e cujos pés não se afastam da violência. Andar com eles é entrar num beco sem saída. É se intrometer numa encrenca que acabará mal.
Aqueles que espreitam a própria vidaPois debalde se estende a rede à vista de qualquer ave. Estes se emboscam contra o seu próprio sangue e a sua própria vida espreitam (Pv 1.17,18). Salomão contrasta com as aves aqueles que, por ganância, se rendem ao crime. Quando o pássaro vê o caçador montar a armadilha, foge imediatamente, mas com essas pessoas acontece exatamente o contrário. Elas montam armadilha contra a própria vida e planejam a própria destruição. O pecado entorpece o ser humano e tira-lhe a lucidez. Despoja-o de discernimento e rouba-lhe a prudência. Aqueles que preparam uma armadilha para os outros caem nesse mesmo laço. Aqueles que abrem covas para os outros caem nessa mesma sepultura. Aqueles que maquinam o mal contra o próximo tornam-se vítimas de sua própria violência. O mal que eles intentam contra os outros cai sobre sua própria cabeça. Andar ao arrepio da lei e maquinar o mal contra o próximo é preparar uma emboscada para a própria alma. O lucro do crime tem gosto amargo. O prazer do pecado pode ser doce ao paladar, mas é amargo no estômago. Aqueles que colocam os pés na estrada escorregadia do crime descerão a um abismo profundo e beberão o cálice da maldade que prepararam para seu próximo.
A ganância é o caminho mais curto para a morteTal é a sorte de todo ganancioso; e este espírito de ganância tira a vida de quem o possui (Pv 1.19). A ganância é uma sede insaciável de ter, de ter sempre mais, de ter de qualquer forma, de ter até o que é dos outros. A ganância é o amor ao dinheiro, e o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. O destino de todos aqueles que são dominados pelo desejo de possuir riquezas a qualquer preço é uma vida de perturbação contínua, em que não existe alegria verdadeira nem paz real. Essa ambição sem limites acaba destruindo quem a possui. Esse vazio que a pessoa gananciosa sente, em vez de ser preenchido com a posse de bens materiais, acaba aumentando. Se a ganância toma o controle da vida, quanto mais a pessoa tem, menos feliz e segura ela se sentirá. Na verdade, a ganância desestrutura completamente a vida de quem a ostenta. Desarticula seus valores morais. Por ganância, há pessoas que casam e descasam, mentem e roubam, corrompem e são corrompidas, matam e morrem. Por ganância, há pessoas que vendem a alma ao diabo e afogam sua vida num tormento eterno. Salomão não poderia ser mais enfático: Este espírito de ganância tira a vida de quem o possui. O ganancioso perde não apenas os bens que adquiriu como fruto da violência contra o próximo; ele perde também a própria vida. Sua perda é irremediável. Sua ruína é total.
Conclusão
Os conselhos de Cristo Jesus leva-nos a salvação nEle, somos expostos a perdição diariamente, mas o Senhor concede-nos o desejo de perecer-nos com Cristo Jesus e seus ensinamentos livraram -nos do mau.
Aplicação
A palavra de Cristo a Escritura sagrada, possui belas palavras de vida e nelas contém a vida.
Somente Cristo pode livrar-nos das mãos do inimigo ou da sedução do pecado
Olhe para Cristo e busque ao Senhor a santificação dia após dia para que nosso caráter se pareça cada dia mais com Cristo Jesus
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