A Maturidade Espiritual da Igreja de Cristo

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Exposição geral da carta de 1 Coríntios

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Questões Introdutórias

Título

Provavelmente esta não foi a primeira carta aos cristãos na região da Acaia, mas como pelo menos uma carta anterior mencionada em 1Co 5.9 foi perdida então essa carta é tradicionalmente conhecida como Primeiro aos Coríntios.

Autoria

Quanto a autoria essa carta não é muito questionada. Os relacionamentos pessoais com os destinatários durante segunda viagem missionária, as referencias a autoria [1.1; 16.21] e o testemunho da tradição não deixam dúvidas.

Data

Não há grande debate quanto a data, visto que Paulo expressa seu desejo de permanecer em Éfeso até o pentecoste [16.8] o que indica que foi escrita no final de seu período em Éfeso. O ano específico varia de acordo com o esquema cronológico de 55 a 57.

Contexto Histórico

Na época de Paulo, a cidade de Corinto se assemelhava em muito uma metrópole moderna, por sua atividade comercial intensa, diversidade internacional e depravação generalizada. De modo que o comediante grego Atistófanes identifica o ser Corintiano com “viver uma vida desregrada”.
Com um histórico de invasão esse grande centro comercial com dois portos relevantes no tempo de Paulo contava com dois grandes templos sobreviventes. O de Apolo e de Afrodite, que contava com 1000 prostitutas cultuais que fez de Corinto modelo de sensualidade.
Essa familiaridade com a imoralidade com certeza é significativa ao vermos os problemas que Paulo precisa lidar. Tais problemas fazem com que Corinto seja descrita como “O paraíso do marinheiro, céu do bêbado e o inferno da mulher decente”
Introdução da Carta [1.1-9] benefícios do império como a isenção de impostos. Não é possível saber quantos habitantes tinham em Corinto, as estimativas variam de 100 a 700 mil habitantes. A população bem diversificada com romanos, gregos, orientais e judeus. Boa parte dessa população era formada por escravos.

Ocasião

Paulo chega em Corinto por volta de 51, sem muito resultado, visto que não temos informações da igreja em Atenas. Ele permanece por 18 meses em Corinto, vivendo com um casal judeu, Áquila e Priscila que a semelhança de Paulo são fazedores de tendas. Algum tempo depois Timóteo e Silas chegam com uma oferta vindos da Macedônia, o que possibilita Paulo se dedicar em tempo integral ao ministério.
Após o contato inicial na sinagoga, Paulo sofre intensa perseguição chegando a ir ao tribunal romano, a questão é ignorada como um problema dos judeus com uma variante da religião protegida pelo império, esse decisão parece dar tranquilidade a igreja nas décadas seguintes.
Finalizada a igreja Paulo vai a Éfeso com Áquila e Priscila deixa-os ali e vai para a Judeia, um judeu alexandrino Apolo é discipulado por Áquila e Priscila, eventualmente chega a Roma e por sua eloquência e cultura helenística obtém a admiração dos coríntios imaturos.
Esse amor plea sabedoria mundana com um grupo judaizante e o pano de fundo imoral de muitos na igreja cria o ambiente para os problemas que Paulo precisa lidar na igreja que são maturidade espiritual, pureza e ressurreição de Cristo.

Estrutura

Nos capítulos 1-6 Paulo lida com os problemas denunciados pelos da casa de Cloé (1.11) que são as divisões [1-4] e desordens [5-6], dos capítulos 7-14 Paulo responde perguntas variadas da igreja introduzidas pela expressão “a respeito de” (περὶ δέ), e aparentemente o capítulo 15 é isolado a preocupação mais “teológica” de 1 Coríntios, problemas doutrinários da ressurreição e volta de Cristo levados provavelmente por Estéfanes, Fortunato e Acaico que foram os portadores da carta [16.17]

Propósito

Difícil encontrar um propósito para a carta, visto que é provavelmente a resposta a diversos questionamentos. Ainda assim parece claro que Paulo queria desenvolver um comportamento maduro entre os crentes de Corinto.
Vemos isso quando ele corrige problemas básicos vindos dos relatórios que tinham acesso, oferece soluções por meio da doutrina e exemplo pessoal, ensina doutrinas especificas e sua relação com a vida da igreja em corinto e defende seu apostolado e usa seu próprio exemplo em relação a liberdade cristã.

Introdução da Carta [1.1-9]

Paulo inicia a carta identificando o autor, leitores, mostra sua relação com eles, os identificam cumprimenta esses leitores e ora em favor dos coríntios expressando gratidão pela obra de Cristo no meio dessa igreja, destacando os principais temas da carta que são a questão dos dons [1Co 1.7], Volta de Cristo [1Co 1.7] e maturidade espiritual [1Co 1.8]

A Maturidade Espiritual é Expressa pela Unidade [1Co 1.10 - 4.21]

Divisões são uma percepção errada do Evangelho [1Co 1.10-3.4]

Divisões são uma percepção errada do Ministério do Cristão [1Co 3.5-4.1]

A Maturidade Espiritual é Expressa pela Unidade e Pureza do Corpo [1Co 5.1-6.20]

A Imoralidade entre os membros da igreja deve ser disciplinada para que esta possa recobrar sua Pureza e Alcançar Maturidade [1Co 5.1-13]

Os Processos de Crentes contra Crentes em Corinto devem cessar, porque destroem a unidade da igreja e seu testemunho na comunidade [1Co 6.1-11]

A atitude irresponsável dos coríntios para com o uso do corpo deve ser alterada se a igreja deseja alcançar a maturidade espiritual (6.12–20)

A Maturidade Espiritual busca o bem estar comum [1Co 7.1-14.40]

As questões acerca do casamento são tratadas de uma forma madura, levando em consideração os mandamentos do Senhor e o conselho do apóstolo (7.1–40)

As questões relacionadas com a liberdade cristã são resolvidas de uma forma madura quando os privilégios são desfrutados com discernimento e interesse pelos outros (8.1-11.1)

A maturidade espiritual na esfera da atividade religiosa não é demonstrada por meio da autoexpressão e autopromoção, mas por meio da submissão à tradição apostólica revelada (11.2–14.40).

A Maturidade Espiritual se Concentra na Vida Ressurreta e não Terrena [1Co 15.58]

A fidelidade à realidade da ressurreição é essencial para manter a fé cristã (15.1–11)

A fidelidade à realidade da ressurreição é essencial para manter a esperança cristã viva e a vida cristã autêntica (15.12–34).

A perspectiva futura para os cristãos é uma ressurreição semelhante à de Cristo (15.35–58).

A Maturidade Espiritual Busca o Benefício para Outras Pessoas [1Co 16.1-12]

A coleta para os cristãos pobres na Judeia precisa ocorrer regular e generosamente entre os coríntios (16.1–4).

Os planos de Paulo visavam benefício daqueles com quem ele tinha contato (16.5–12).

Conclusão [1Co 16.13-24]

Paulo conclui a carta com alguns imperativos lógicos a partir de tudo que ele lidou. Ordena que os Coríntios Ajam de forma madura [16.13-14], Recebam os mensageiros com amor [16.15-18], Recebam as saudações dos irmãos da Ásia [16.19-21] e Permaneçam Puros e desfrutem da Graça de Cristo [16.22-24]

Princípios Eternos

Busque conhecer as escrituras e o evangelho de modo a confrontar com a cultura ou expectativa
Busque um relacionamento pleno com a pessoa de Cristo para uma vida plena
Centralidade de Cristo é maior do que qualquer expectativa cultural ou filosófica
Lembre-se de que a essência do evangelho não está na sabedoria humana, mas é sobrenatural
O ministério cristão tem a ver com servir a Cristo e igreja e comunidade, não com autopromoção
A disciplina cristã não apenas preserva o disciplinado, mas restaura a pureza da igreja
Atitudes que causam escândalo e mau testemunho devem ser evitados por amor aos irmãos e a igreja
Sexualidade não é apenas uma necessidade física, mas expressão espiritual na medida em que honra a presença do espírito, respeita o corpo como propriedade de Deus e valoriza a redenção do Filho.
O Casamento é santo e o crente deve preservá-lo e lidar com ele de forma madura o máximo possível
Ideal é a estabilidade na família
A decisão de separação parte do incrédulo, e não há garantias de salvação do incrédulo ainda que este seja beneficiado na relação com o crente
Os interesses dos outros devem ser colocados em prioridade
A liberdade cristã tem seus limites, geralmente ligados a necessidades dos irmãos mais fracos ou a unidade da igreja
Dons espirituais devem servir a igreja e não promover o servo
O foco da maturidade cristã não é a vida terrena, mas a eternidade e a expectativa da ressurreição semelhante a Cristo é fundamental.
Devemos olhar para os outros (pessoas, igrejas ou ministérios)
Precisamos amadurecer espiritualmente, receber as pessoas em amor e manter a pureza do corpo de Cristo.

A verdadeira maturidade espiritual na vida de uma igreja desenvolve relacionamentos de amor sob o poder libertador e a graça unificadora de Cristo.

Desafio

Ore a Deus para da sabedoria de como manter a unidade e pureza da igreja
Desenvolva Relacionamentos sobrenaturais baseados na graça do evangelho e não em interesses comuns
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