MULHERES EM MISSÃO
Dez dias de Oração 2022 • Sermon • Submitted
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MULHERES EM MISSÃO
Exemplo de Abnegação, Altruísmo e Generosidade!
Texto: Lucas 8:1-3
INTRODUÇÃO
Quão relevante é estudar sobre ser parceiro na missão de Deus? O Deus da Bíblia é Onipotente e Ele Se declara como o Dono de tudo (Sl 24:1, 2). Entretanto, de acordo com Lucas 8:1-3, Jesus Se associou aos 12 discípulos e foi apoiado por algumas mulheres.
Lucas 8:1-3 serve como introdução à seção principal do ministério terrestre de Jesus: Sua última peregrinação na Galileia. Essa seção termina com Lucas 9:51: “Aproximando-se o tempo em que seria elevado aos céus, Jesus partiu resolutamente em direção a Jerusalém”.
Essa fase de Seu ministério foi particularmente rica em ensinos, demonstração de poder e expansão da missão. Durante última viagem pela Galileia, Jesus usou parábolas para tornar Suas instruções mais claras. Seus ensinos sobre “quem é o maior” e as advertências contra o sectarismo referem-se a essa fase de Seu ministério. Ele falou a respeito de Sua morte e ressurreição. Outra experiência culminante foi a transfiguração, que proveu um vislumbre de Sua vinda em glória. Essa viagem, definitivamente, foi a plataforma da qual as boas-novas ressoaram.
Durante a viagem, Jesus controlou os elementos ao acalmar uma tempestade e caminhar sobre as águas. Ele demonstrou Seu poder sobre a morte ao ressuscitar a filha de Jairo e Seu poder ao curar a mulher com hemorragia. Uma multidão de cinco mil pessoas, sem contar mulheres e crianças, foi alimentada até́ estar totalmente satisfeita. Jesus Se apresentou como compassivo e todo-poderoso.
Há também uma significativa inovação na missão. Jesus visitou as regiões dos gentios, fora das fronteiras de Israel, como Tiro, Sidom, Betsaida e Decápolis. Seguiu para o norte, região de Cesareia de Filipe. Fora de Tiro, Ele repetiu o milagre da multiplicação de pães, ao alimentar quatro mil homens, apresentando-se como o Pão da vida para todas as nações. Ele modelou o conceito de uma missão universal. Sem dúvida, foi um período excepcional do ministério terrestre de Jesus.
Quem proveu os recursos necessários? VAMOS LER Lc 8.1-3 Essas mulheres ajudavam Jesus e Sua equipe missionária. O Deus todo poderoso dependeu de seres humanos. Entre o grupo que dava suporte a Cristo estavam as mulheres. Isso é um paradoxo incrível.
A missão de Deus para o planeta Terra entrou em sua fase final. É tempo de avançar e ir mais rápido. Mas temos a logística necessária para apoiar essa expansão? Ellen White fala a respeito da estratégia de Deus: “Colocou nas mãos de Seus servos os meios pelos quais levar avante Sua obra, tanto nas missões nacionais como nas estrangeiras. Mas se apenas a metade do povo cumprir o seu dever, não serão supridos ao tesouro os meios necessários, e muitas partes da obra de Deus terão de ficar incompletas” (Conselhos sobre Mordomia, p. 29). Os recursos estão disponíveis; será que ainda não foram entregues?
I – A CONTRIBUIÇÃO DAS MULHERES
Falando sobre a contribuição dessas mulheres, Lucas emprega duas palavras-chave: “sustento” e “seus bens” (Lc 8:3, NVI). A palavra grega diekonoun, traduzida como “sustento”, se refere tanto aos serviços prestados quanto ao patrocínio financeiro. O contexto pode acomodar ambos os significados.
Um pregador itinerante, com 12 discípulos, definitivamente tinha algumas necessidades básicas: lavagem e conserto de roupas, preparo de alimentos e assim por diante. É também verdade que Jesus deixou Sua carpintaria e os Seus seguidores deixaram seus barcos, a mesa de coleta de impostos e, portanto, necessitavam de apoio financeiro para sobreviver.
Os bens comuns são essenciais para que as boas novas avancem; são as rodas da missão. Que tipos de “seus meios”, foram empregados por essas mulheres? Elas proviam serviços de acordo com suas habilidades: quer simples ou complexas. Os “seus meios” também se referem a recursos financeiros. Poderia ser algum dinheiro disponível de economias, posses ou bens de certo valor. É bem provável que essas mulheres venderam alguns bens para ajudar Jesus e os discípulos. Se esse foi o caso, elas deram início a uma prática que posteriormente seria copiada pela igreja primitiva: vender bens e trazer o valor da venda para apoiar a missão de Deus.
As mulheres, em todas as gerações, sempre tiveram coisas importantes a fazer ou comprar para si mesmas. Essas mulheres não eram exceção, mas demonstraram excepcional abnegação. Os pioneiros da Igreja Adventista do Sétimo Dia eram movidos pelo mesmo espírito. Ellen White nos incentiva no mesmo sentido: “Cada um deveria conservar à mão uma caixa missionária, e nela depositar cada centavo que é tentado a desperdiçar na condescendência própria” (Conselhos sobre Mordomia, p. 175). Nós temos nossa caixa, gaveta, carteira ou conta bancária missionária?
II – A FORÇA MOTRIZ
Qual era a força motriz por trás do espírito de abnegação dessas mulheres? O texto traz à luz dois motivos. Primeiro, essas mulheres estavam com Jesus (Lc 8:2). De acordo com 2 Coríntios 3:18, a companhia de Jesus, o Grande Doador, leva os indivíduos a serem transformados a Sua imagem. Robert K. Mclver fala a respeito do relacionamento positivo entre ofertar e outras práticas espirituais: “Dentre os adventistas do sétimo dia, o dizimar está intimamente relacionado a uma gama de outras práticas relacionadas à religião, tais como frequentar a Escola Sabatina, ler e meditar na Bíblia a cada dia, e orar frequentemente durante o dia” (Tithing Practices among Seventh-day Adventists, p. 30). Essa proximidade de nossa conexão com Deus e Sua Palavra leva à renovação do espírito de abnegação. Quando se investe no crescimento da espiritualidade, o resultado será o crescimento na liberalidade.
Outro elemento motivador é o fato de que essas mulheres “haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças” (Lc 8:2). Todas experimentaram o poder libertador e a bondade de Jesus. Sem esse contexto, seria difícil compreender como Cuza, administrador da casa de Herodes, poderia permitir que sua mulher estivesse com Jesus e usasse seus recursos pessoais para apoiar o ministério de um obscuro rabino de Nazaré. Na mordomia o ato de doar é sempre a resposta do coração agradecido. De forma tradicional, os beneficiários mostram gratidão apenas por palavras e emoções; mas aqui os beneficiários mostraram sua gratidão pela parceria. Esta é uma característica da mordomia bíblica: damos porque Ele já deu. Amamo-Lo e aos outros porque Ele nos amou primeiro.
III – OS VERDADEIROS BENEFICIÁRIOS
O próximo episódio onde encontramos essas mulheres é ao pé da cruz (Lc 23:49) e no sepultamento de Jesus (Lc 23:55). Elas não fugiram quando Jesus foi preso e condenado. A fidelidade no sustento da missão de Deus as preparou para a fidelidade em tempos de crise. Aonde você vai quando você deu tudo? Você vai a Jesus. O compromisso delas de sustentar Jesus foi traduzido na dedicação total a Ele. Sua vida era a confirmação das palavras de Lucas 12:34: “Pois onde estiver o seu tesouro, ali também estará o seu coração”. Nossa dedicação no apoio à missão de Deus hoje é um dos indicadores mais seguros de que iremos permanecer firmes na crise final.
Por fim, essas mulheres estiveram presentes na tumba vazia, no dia da ressurreição (Lc 24:1-9). Elas tiveram o privilégio de serem as primeiras a testemunhar o maior evento de toda a história humana. Servir, ofertar e testemunhar pertencem ao mesmo pacote. Não devemos ser seletivos. Jesus, o Todo-poderoso, escolheu se associar a parceiros humanos na obra da proclamação das boas novas do reino. Ele Se associou a 12 discípulos e a mulheres que Lhe davam de seus recursos. O envolvimento em Sua missão é por meio do serviço dedicado e da oferta sacrifical. Ao provarmos Sua bondade, que isso se reflita em nossa resposta. O resultado será o avanço da missão de forma mais rápida.
CONCLUSÃO
O reformador Martinho Lutero e seu amigo moravam no mesmo mosteiro. Ambos tinham as mesmas crenças sobre a fé cristã. No entanto, Lutero entrou no caminho da guerra para a Reforma, já o amigo permaneceu no mosteiro, orando continuamente por Lutero, pedindo o derramamento da força de Deus sobre Lutero. Uma noite, o amigo teve um sonho. Ele viu um campo sem fim que parecia tocar o horizonte. O campo estava cheio de milho pronto para a colheita. E ele viu um homem solitário tentando colher o campo sozinho – uma tarefa impossível. Então ele viu o rosto do trabalhador solitário. Era seu amigo Martinho Lutero. O sonho lhe ensinou uma grande verdade: deveria deixar de apenas orar por Lutero e começar a trabalhar com ele.
Há quem, por causa de limitações físicas, não possa fazer nada além de orar e suas orações realmente trazem força aos obreiros. Mas a maioria de nós é abençoada com força do corpo e clareza de espírito. Ficar de joelhos dobrados em oração por aqueles que trabalham nos campos não é suficiente. Dar ofertas generosas para financiar a tarefa não é suficiente. Cada um de nós é mordomo de Deus. Devemos estar totalmente comprometidos com os negócios do Mestre, pois também são nossos negócios. Todo sopro da vida, todo fragmento de recursos, todo dom de Deus é tecido e mantido junto com a oração, o serviço e um relacionamento com Cristo Jesus.
APELO
Quantos gostariam de dizer hoje ao Senhor: “Toma-me, Senhor, para ser Teu inteiramente. Aos Teus pés deponho todos os meus projetos. Usa-me hoje em Teu serviço. Permanece comigo, e permite que toda a minha obra se faça em Ti. Esta é uma questão diária. Cada manhã consagrai-vos a Deus para esse dia. Submetei-Lhe todos os vossos planos, para que se executem ou deixem de se executar, conforme o indique a Sua providência. Assim dia a dia podereis entregar às mãos de Deus a vossa vida, e assim ela se moldará mais e mais segundo a vida de Cristo” (Caminho a Cristo, p. 70)
