O DOM DA INFLUÊNCIA

Dez dias de oração 2022  •  Sermon  •  Submitted
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O DOM DA INFLUÊNCIA
TEXTO: 2 Coríntios 6:4-10
INTRODUÇÃO
O que significa “influenciar”? De acordo com o dicionário, influenciar significa “induzir (alguém) a fazer alguma coisa, a se comportar de determinada maneira ou a pensar de um determinado modo”. Em outras palavras, consiste em produzir um efeito nas ações, no comportamento ou na opinião de outra pessoa.
Ilustração –
No entanto, o dom da influência é muito mais que passar à próxima geração um gosto, uma inclinação ou uma rejeição, que pode ter a ver com esportes, animais ou carros.
I – INFLUÊNCIA NEGATIVA
Pensemos um pouco sobre influência. Que tipo de influência Acabe e Jezabel tinham? Leiamos 1 Reis 16:29-33, vamos ler. Acabe deliberadamente se alinhou com os pagãos; construiu um templo para o deus deles e o serviu. Essa má liderança levou o povo a uma profunda apostasia. Deus usou medidas drásticas para mostrar a Acabe a inutilidade desse outro deus – chamado Baal – ao reter as chuvas por três anos e meio, para concluir em uma poderosa demonstração no Monte Carmelo.
Porém, notemos a reação de Jezabel 1 Reis 19:1, 2, vamos ler. É evidente que Jezabel não estava presente na reunião sobre o Monte Carmelo, mas permaneceu no palácio, onde estava cercada por mimos e elogios lisonjeiros. Porém, quando Acabe chegou, ensopado e enlameado, após a grande tempestade, ele estava totalmente exaltado diante da evidência do poder de Deus e da ineficácia de Baal. Jezabel ficou furiosa! Elias havia matado os profetas que ela valorizava, e isso despertou-lhe o desejo de se vingar. Assim, enviou mensageiros ao desprezado profeta de Deus: “Amanhã você estará morto”. Obviamente, Elias correu.
Alguns capítulos depois, é mencionado que Acabe desejava ter a vinha de Nabote. Por isso, ele lhe ofereceu uma troca: “Em troca eu lhe darei uma vinha melhor ou, se preferir, eu lhe pagarei, seja qual for o seu valor” (1 Reis. 21:2). Ele realmente queria ter essa vinha; mas Nabote recusou.
Quando Acabe chegou ao seu palácio, estava cabisbaixo. A Bíblia diz que ele estava triste e com raiva, que não queria comer, mas foi para a cama sem mostrar o rosto. Isso não lhe faz lembrar o comportamento das crianças pequenas?
Jezabel percebeu que algo estava acontecendo e foi atrás de Acabe. Imediatamente surgiu a pergunta: “Por que você está tão deprimido? Você nem quer comer?”. Acabe contou-lhe a história: “Porque eu disse a Nabote, de Jezreel: Venda-me a sua vinha; ou, se preferir, eu lhe darei outra vinha em lugar dessa. Mas ele disse: ‘Não te darei minha vinha’” (1 Reis 21:6). Isso foi o suficiente para que ela sorrisse e, fazendo um gesto de surpresa, dissesse: “É assim que você age como rei de Israel? Levante-se e coma! Anime-se. Conseguirei para você a vinha de Nabotee, de Jezreel’” (1 Reis. 21:7). Imediatamente, essa mulher começou a trabalhar. Ela escreveu cartas em nome de Acabe, selou-as com o selo do rei, e as enviou aos anciãos e nobres que moravam na mesma cidade que Nabote.
É pertinente perguntar: Essa mulher tinha influência? Sim ou não? Era uma boa influência, com resultados duradouros? Ou era uma influência que ajudava a derrubar a espiritualidade de Israel?
Consciente ou inconscientemente, todos nós exercemos influência. Fazemos isso com palavras, ações ou nosso comportamento, mas todos nós influenciamos os outros de maneiras que os aproximamos ou os afastamos de Deus.
Se formos negativos em relação à igreja, aos membros, aos programas da igreja, certamente as pessoas não se sentirão atraídas por Jesus ou por Deus. Por outro lado, se formos pacientes e bondosos, se atendermos às necessidades do nosso próximo com misericórdia, as pessoas vão querer saber qual é a razão que nos diferencia.
II – INFLUÊNCIAS POSITIVAS
Temos muitos exemplos de pessoas que exerceram o talento da influência em uma direção positiva.
José foi fiel a Potifar e, embora aquela mulher quisesse desviá-lo, e ele acabou abandonado na prisão por um erro que não cometeu, mas continuou sendo fiel ali. Quando ele interpretou os sonhos de Faraó, este perguntou: “Será que vamos achar alguém como este homem, em quem está o espírito divino?” (Gênesis 41:38). E o Faraó elevou José ao posto de primeiro-ministro do Egito.
Daniel também usou seu talento de influência na corte da Babilônia; por meio de sua fidelidade. Com total determinação, decidiu que honraria a Deus em tudo – inclusive com sua alimentação. Ele foi fiel quando repreendeu o neto de Nabucodonosor na noite em que a Babilônia caiu. Ele foi fiel ao orar, mesmo sabendo que poderia acabar junto aos leões.
Paulo é outro exemplo de influência, 2 Coríntios 6:4-10, vamos ler. Uma vida santa é um sermão que convence. A forma como reagimos diante dos eventos da vida é uma maneira de refletir quem somos e quais são nossos valores. Somos amáveis? Expressamos amor genuíno? Dizemos a verdade com tato? Reagimos gentilmente mesmo quando nos provocam? Permanecemos positivos em meio a dificuldades? Ou somos violentos? Antipáticos? Jactanciosos e arrogantes?
No livro Atos dos Apóstolos, Ellen White diz que a influência de Paulo era tão grande que o imperador romano Nero decidiu executá-lo em segredo. Ele não queria que isso fosse conhecido, pois Paulo era um cidadão romano, e a lei dizia que ele não podia ser torturado. Por isso, eles o decapitaram sem tornar o ato público.
“Paulo foi levado reservadamente ao lugar da execução. A poucos espectadores se permitiu estar presentes; pois seus perseguidores, alarmados com a extensão da sua influência, temiam que fossem ganhos conversos para o cristianismo por meio das cenas de sua morte. Mas, até os soldados empedernidos que o acompanhavam, ouviram suas palavras, e com espanto o viram animado e mesmo alegre à vista da morte. Para alguns que testemunharam seu martírio, o espírito de perdão que manifestou para com seus assassinos, e sua inabalável confiança em Cristo até o último momento, mostraram ser um cheiro de vida para vida. Muitos aceitaram o Salvador que Paulo pregava, e sem demora selaram destemidamente com o sangue a sua fé” (Atos dos Apóstolos, p. 286).
Quer estejamos conscientes ou não, todos nós influenciamos cada pessoa com quem interagimos. Nossa amabilidade no supermercado, nossa conduta no restaurante, nossa conversa com amigos, a maneira como falamos com os membros da família, e inclusive o que expressamos através de nosso rosto. Tudo isso faz com que aqueles que nos veem ou nos ouvem sejam conscientes ou inconscientemente afetados.
Ellen White, no livro Parábolas de Jesus, diz: “Nossas palavras, nossos atos, nosso traje, nosso procedimento, até a expressão fisionômica tem sua influência. Da impressão assim feita dependem consequências para bem ou para mal, que ninguém pode computar. Todo impulso assim comunicado é uma semente que produzirá sua colheita. É um elo na longa cadeia de eventos humanos que se estende não sabemos até aonde. Se por nosso exemplo ajudamos a outros na formação de bons princípios, estamos-lhes dando a capacidade de fazer o bem. Eles, por sua vez, exercem a mesma influência sobre outros, e estes sobre terceiros. Assim, por nossa influência inconsciente, podem ser abençoados milhares” (idem, p. 181).
CONCLUSÃO
Muitas pessoas que impactaram minha vida eram desconhecidas, pois eu não sabia nem seus nomes. Elas sorriram para mim na praia; me permitiram ir em frente para pagar minhas compras antes delas em uma loja; sorriram para mim quando estávamos procurando um espaço vazio no estacionamento lotado. Todas elas tocaram minha vida através de seu comportamento altruísta e até me mostraram que não estavam tão apressadas ou ansiosas quanto eu.
Também fui influenciado por uma palavra de compreensão e misericórdia quando não consegui chegar a uma reunião a tempo. Senti a influência positiva através de palavras de ânimo quando a vida estava me dominando sob uma sombra de estresse e eu me sentia sob o peso do desânimo. Muitos me transmitiram palavras de ânimo e me deram proteção da parte de Deus.
Assim como fui influenciado por tantos, é impossível saber como e quando influenciei outras pessoas: positiva ou – embora seja triste dizer – negativamente. Há momentos em que fui perspicaz, exigente; argumentei e critiquei e consegui afastar alguém de Jesus. Outras vezes, fiquei tão ausente dentro de minhas responsabilidades que perdi a oportunidade de mostrar compaixão e empatia. E muitas vezes, quando estou esperando pagar em um caixa, estou tão mergulhado em meus próprios pensamentos que me esqueço da amabilidade ou da alegria.
Sim, houve momentos em que minha vida foi um testemunho real da presença de Jesus em mim, e pude ser cortês com os rudes, amigável com aqueles que não o eram. Pude ser um modelo de ministério de compaixão e atenção com os outros, e eles puderam se sentir atraídos por Jesus através de mim; desejaram viver como Jesus.
APELO
O que você quer deixar como legado: uma influência positiva ou negativa? O que você deseja passar para a próxima geração? Como podemos exercer uma influência positiva? Tudo se resume a estar com Jesus.
Em João 15:1, Jesus nos diz: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.” Jesus é a fonte de influência positiva. Se passarmos um tempo todos os dias em Sua presença, Ele poderá transformar nossos pensamentos, nossos corações, nosso comportamento e até nossas palavras. Ele poderá suavizar nossas duras arestas e poderemos refleti-lo ao mundo.
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