A responsabilidade dos pais cristãos

Introdução

Deuteronômio 6.6–7 RA

6 Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; 7 tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.

Ilustração

Quando eu reprovei a sétima série

Proposição

É responsabilidade dos pais educar os seus filhos segundo a lei do Senhor e para glória dele.

Educar é responsabilidade e tarefa primordial dos pais

A ordem do Senhor é dada diretamente aos pais - tu as inculcarás.

Isto é igualmente verdade no AT e NT, ou seja, para judeus e para cristãos - Ef 6.4 “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor”.

Na dinâmica bíblica os pais recebem a instrução de Deus, amam a instrução e a transmitem aos seus filhos. “estarão no teu coração; tu as inculcarás”.

Deuteronômio 4.9 RA

9 Tão somente guarda-te a ti mesmo e guarda bem a tua alma, que te não esqueças daquelas coisas que os teus olhos têm visto, e se não apartem do teu coração todos os dias da tua vida, e as farás saber a teus filhos e aos filhos de teus filhos.

Esdras 7.10 RA

10 Porque Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do Senhor, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.

A edução dos crentes não sobre a formação de uma pessoa apenas, mas sobre a permanência de um povo. Ela é, portanto, é geracional. Daí a importância da diligência dos pais transmitirem aos seus filhos os ensinos das Escrituras e de orientarem a educação formal a luz da Bíblia. Se os pais negligenciarem sua responsabilidade nesta geração, a próxima poderá deixar o Senhor por não conhecê-lo.

Jz 2.10 “10 Foi também congregada a seus pais toda aquela geração; e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco as obras que fizera a Israel.”

A tarefa de educar pode ser delegada ou compartilha, mas a responsabilidade não

Os judeus podiam confiar a um rabino a educação formal de seus filhos: é possível que isso acontecesse a partir dos 10 anos de idade, depois que a criança foi intruida na Lei em casa.

Paulo, por exemplo, foi “instruído aos pés de Gamaliel” aos pés de Gamaliel, um dos rabinos mais importantes de sua época (At 22.3).

Sim vemos que podemos compartilhar a tarefa de educar, em alguns aspectos, nossos filhos. Contudo a responsabilidade sempre será dos pais. O significado disso é que quem presta contas a Deus são os pais e mais ninguém. Responsabilidades não podem ser delegadas!

De maneira prática, se meu filho tem uma educação espiritual ruim não é culpa da igreja, mas minha. Se a educação formal tem transformado meu filho em um descrente e ímpio, a culpa não é da escola ou do governo, é minha. Deus disse para eu educar meus filhos, então, Ele cobrará de mim a edução dos meus filhos.

O método inicial é inculcar

O sentido provável é repetir (ou afiar): O contexto sugere que o modo de inculcar é repetir a Lei ou saturar a criança dela. Dt 6.7-10 “7 tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. 8 Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. 9 E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas. 10 Havendo-te, pois, o Senhor, teu Deus, introduzido na terra que, sob juramento, prometeu a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó, te daria, grandes e boas cidades, que tu não edificaste;”

O ponto é uma educação diligente e ativa.

Por alguma razão, a educação progressista abandonou a memorização: a repetição de conteúdo para transmissão de conhecimento.

Contudo, a Bíblia ensina que devemos saturar nossos filhos com a Palavra. Ele não precisam compreender no começo. Mas, no tempo certo, a partir do que foi inculcado poderemos dar a eles a compreensão das coisas de Deus.

Deuteronômio 6.20–25 RA

20 Quando teu filho, no futuro, te perguntar, dizendo: Que significam os testemunhos, e estatutos, e juízos que o Senhor, nosso Deus, vos ordenou? 21 Então, dirás a teu filho: Éramos servos de Faraó, no Egito; porém o Senhor de lá nos tirou com poderosa mão. 22 Aos nossos olhos fez o Senhor sinais e maravilhas, grandes e terríveis, contra o Egito e contra Faraó e toda a sua casa; 23 e dali nos tirou, para nos levar e nos dar a terra que sob juramento prometeu a nossos pais. 24 O Senhor nos ordenou cumpríssemos todos estes estatutos e temêssemos o Senhor, nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos guardar em vida, como tem feito até hoje. 25 Será por nós justiça, quando tivermos cuidado de cumprir todos estes mandamentos perante o Senhor, nosso Deus, como nos tem ordenado.

O conteúdo inculcado hoje são as informações a partir das quais nossos filhos compreenderão a redenção amanhã. As informações memorizadas hoje, despertarão o “por quê teológico” - Por que fazemos assim? - e, então, a oportunidade de apresentar a graça de Cristo aos nossos filhos. 2Tm 3.15 “15 e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.”

Conclusão

Deus delegou aos pais a responsabilidade e a tarefa de educar seus próprios filhos. Nosso filhos não do estado nem propriamente nossos, mas de Deus e nós somos mordomos de Deus na educação deles. Não os criamos do nosso jeito e para nós mesmos, mas do modo do Senhor e para Ele.

O chamado de Dt.6.7 é para que transmitamos com diligência a Palavra de Deus aos nossos filhos a fim de saturá-los com o evangelho para que eles possam conhecer a Cristo e sua redenção e para que o sirvam com seus dons e recursos.

Aplicação

Você deve assumir a educação cristã de seus filhos: esse não é o papel da igreja: ela é coadjuvante e você é o protagonista.

Você também é responsável pela educação formal dos seus filhos: supervisione o conteúdo da currículo escolar.

Cerifique-se de seu filhos até os 10 anos já sabe de cor:

Os livros da Bíblia em ordem e segundo as suas divisões.

O Pai Nosso.

Os dez mandamentos.

As principais histórias bíblicas (segundo a própria Bíblia)

Gn 1.1; Rm 3.23; Rm 6.23; Jo 3.16; Sl 23 (no mínimo).

O Breve Catecismo de Westminster.