Redescobrindo a Adoração
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Redescobrindo a Adoração
Redescobrindo a Adoração
Estamos estudando a oração do Pai nosso, a única oração que foi feita com o intuito de nos ensinar a orar. Na semana passada vimos como a conciencia da paternidade de Deus afeta nossas orações. Hoje mediratemos na primeira petição da oração: “Santificado seja seu nome”
9 — Portanto, orem assim: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
Muitas vezes quando oramos já vamos apressadamente para os nossos pedidos e súplicas e é possível que você fique ainda mais ansioso com seus problemas. E muitas vezes esses pedidos são egoistas, apenas voltados para o EU. Mas na oração do Pai nosso Jesus nos ensica a começar com o LOUVOR. Esse é o primeiro pedido da oração, para que o Nome de Deus seja santificado.
Em que sentido o louvor é primordial? Ele motiva os outros tipos de oração. Quanto mais voltarmos a atenção para a perfeita santidade e justiça de Deus, mais rapidamente enxergaremos as próprias imperfeições e as confessaremos. Poderíamos dizer que a adoração repleta de veneração a Deus corrige as outras formas de oração.
Certa vez eu estava com um problema sério que precisava ser resolvido. Comecei a orar e clamar para Deus que meu problema fosse resolvido. Mas ironicamente, quanto mais eu pedia, mais ansioso e angustiado eu ficava, pois estava enxergando apenas o problema. Foi quando o Espírito Santo me iluminou dizendo que sentia saudades de mim. Que eu precisava me lembrar de quem Deus era, precisava louva-lo. Passei aquela semana toda em louvor. Meus olhos puderam contemplar a grandeza de Deus e meu coração pode se tranquilizar.
Louvor e adoração são os pré-requisitos necessários para a elaboração e a motivação adequadas de todos os outros tipos de oração. Não quer dizer que nunca possamos ir direto para a petição ou para a confissão, mas significa que, em nossa vida de oração como um todo, o louvor e a adoração devem ter a primazia.
Quando Jesus nos orienta a começar nossas orações com Louvores, isso nos ensina muita coisa.
1 - Adorar a Deus é o propósito de nossas vidas
1 - Adorar a Deus é o propósito de nossas vidas
O Catecismo Maior de Westminster diz que: “O fim principal do homem é glorificar a Deus e deleitar-se nele para sempre”
Esse é oropósito de nossas vidas. Fomos criados para louvá-lo e termo alegria em louválo.
Muitos passam a vida tentando descobrir qual o seu propósito, o que Deus quer para sua vida. A bílblia nos revela que fomos criados para a Glória de Deus.
“Santificado seja o vosso nome”. Não é porque o nome de Deus possa ser mais santificado do que já é, mas porque somos lembrados do quanto precisamos do auxílio divino para que possamos conhecer quão Santo, ou separado, de nós Ele é na verdade.
36 Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre. Amém!
.Esse foi o assunto de uma das orações do próprio Senhor Jesus: “Pai, glorifica o teu nome” (Jo 12.28). Esse é o propósito para o qual o mundo foi criado. Essa é a finalidade para a qual os santos são chamados e convertidos. A principal coisa que deveríamos buscar nesta vida é que “em todas as cousas seja Deus glorificado” (1Pe 4.11).
C.S Lewis quando escreveu suas reflexões sobre os salmos esclareceu como o louvor completa nossa alegria, pois esse é p propósito para o qual fomos feitos.
Lewis começa relatando um problema que tinha com muitos dos salmos, ou seja, o fato de Deus conclamar as pessoas a louvá-lo com tanta frequência. “Menosprezamos o homem que requer elogio constante da sua virtude, inteligência ou encanto”, reage ele. Quase me parecia que Deus estivesse dizendo: “O que mais quero é que me digam que sou bom e maravilhoso”
Com o passar do tempo, Lewis começou a refletir sobre a razão pela qual louvamos o que quer que seja. O que queremos dizer, por exemplo, quando afirmamos que um quadro, uma obra musical ou um livro é “admirável”?
Quando você descobre algo grandioso ou fascinante, sente uma necessidade quase visceral e instintiva de louvá-lo para os outros e fazer com que eles o reconheçam. “Ouça isso!”, você diz para seu amigo. “Mal posso esperar para que também o leia! Você vai amar.” “Não é ótimo? Não é maravilhoso?” Por que será que, quando nossa imaginação é capturada por alguma coisa, é inevitável que ajamos assim? Lewis respondeu:
Penso que apreciamos louvar aquilo de que gostamos porque o louvor não se limita apenas a expressar nosso prazer, mas também o completa; é sua consumação determinada. Não é por cortesia que o tempo todo os amantes enaltecem a beleza um do outro; o deleite não é completo até ser expresso. [...]
Ele revela que devemos louvar a Deus ou viver na irrealidade, na pobreza. Não podemos apenas crer em nossa mente que ele é amoroso ou sábio, ou grande. Devemos louvá-lo por essas coisas e louvá-lo para outras pessoas - se pretendemos ir além do conhecimento abstrato e alcançar um envolvimento capaz de transformar o coração.
Interessante que Jesus diz que Deus tem um nome, e na biblia os nomes de Deus nos revelam o que ele fez:
“EL-SHADDAI” – “DEUS TODO PODEROSO”
“EL- ROI” – “DEUS QUE VÊ”
JEOVÁ-JIRÉ” – “O SENHOR PROVERÁ
JEOVÁ-NISSI” – “O SENHOR É MINHA BANDEIRA
2 - O Louvor nos lembra quem nós somos
2 - O Louvor nos lembra quem nós somos
A primeira petição é: Santificado seja o teu nome (v. 9). Quando os discípulos perguntaram como deviam orar, Jesus lhes disse para pedir, em primeiro lugar, que o nome de Deus fosse considerado santo, porque Deus é santo. Isto significa que Deus é outro e diferente de qualquer coisa que possamos experimentar ou encontrar no universo material. Deus, o Criador, difere de todas as criaturas; e Deus difere de todas as criaturas no sentido de que ele é incriado e eterno. Cada um de nós foi criado, e temos uma idade mensurável. Nós não somos eternos; somos temporais. Jesus está dizendo que, no início de sua oração, você deve distinguir aquele a quem está se dirigindo. As duas coisas das quais sempre devemos nos lembrar quando oramos é de quem Deus é e quem nós somos. Isto define a estrutura e a atmosfera da conversa.
Quando louvamos, nos lembramos e vilzualizamos a santidade de Deus, imediatamente somos lembrados que Não somos santos e precisamos nos arrepender. Somos consumidos pelo temor de Deus.
Vemos isso acontecendo com vários personágens bíblicos, que, ao verem quem Deus era e sua magestate percebiam seus próprios pecados:
5 Então eu disse: — Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!
8 Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: — Senhor, afaste-se de mim, porque sou pecador.
O LOUVOR É CAPAZ DE REORGANIZAR NOSSOS AFETOS
Por causa do pecado, nossos amores estão dezorganizados. Agostinho ensinava que todas as pessoas buscam a felicidade e se apegam a coisas que, segundo acreditam, as fará felizes. Esse apego é vivenciado como amor. O principal problema humano, contudo, é que, por causa do pecado, identificamos erroneamente o que nos tornará felizes. O resultado são amores ou afetos desordenados —“fora de ordem”. Ou amamos o que não deveríamos, ou deixamos de amar o que deveríamos, ou amamos mais o que deveríamos amar menos, ou amamos menos o que deveríamos amar mais.
A razão fundamental da nossa miséria, no entanto, é não amarmos a Deus de modo supremo. Como Agostinho afirmou em uma oração famosa: “Tu nos fizeste para ti mesmo, e nosso coração fica inquieto enquanto não encontrar descanso em ti” {Confissões, 1.1.1). Isso significa, de modo bem simples, que se você amar algo neste mundo mais do que a Deus, esmagará esse objeto debaixo do peso das suas expectativas, e ele acabará por partir seu coração.
Para onde quer que a alma humana se volte, a menos que seja em direção a Deus, ela se apega à dor, mesmo que sejam belas as coisas fora de Deus e de si mesma às quais ela se apega {Confissões, 4.10.15).
Somos o que prende nossa imaginação, o que nos leva a louvar e a compelir outros a louvá-lo. Nossa raiva, ansiedade e desânimo descontrolados resultam de afetos desordenados. Nossos problemas de relacionamento resultam de afetos desordenados, e nossos problemas sociais e culturais também. O que pode refazer a engenharia do nosso ser mais íntimo, a estrutura da nossa personalidade? O que pode criar uma comunidade humana saudável? Louvor e adoração a Deus. Devemos amar a Deus acima de tudo, e isso só pode ser cultivado por meio do louvor e da adoração.
3 – O LOUVOR TEM O PODER DE FORTALECER NOSSA FÉ EM MEIO À DOR
3 – O LOUVOR TEM O PODER DE FORTALECER NOSSA FÉ EM MEIO À DOR
Os últimos salmos do saltério são todos salmos de louvor, e o último deles — o salmo 150 refere-se ao louvor de modo mais contundente.
1 Aleluia! Louvem a Deus no seu santuário; louvem a Deus no firmamento, obra do seu poder. 2 Louvem-no pelos seus poderosos feitos; louvem-no segundo a sua imensa grandeza. 3 Louvem-no ao som da trombeta; louvem-no com harpas e liras. 4 Louvem-no com tamborins e danças; louvem-no com instrumentos de cordas e com flautas. 5 Louvem-no com címbalos sonoros; louvem-no com címbalos retumbantes. 6 Todo ser que respira louve o Senhor. Aleluia!
Por que o saltério termina com um louvor ininterrupto? Eugene Peterson acredita que, como toda oração é moldada pelo louvor, no fim, toda oração deve terminar e terminará em louvor. Escreve ele:
Toda oração [genuína], quando nela nos empenhamos tempo suficiente, transforma-se em louvor. Qualquer oração, por mais desesperada que seja o seu motivo, por mais enfurecidas e temíveis as experiências que atravessa, acaba em louvor. Nem sempre ela chega a esse ponto de forma rápida ou fácil — a jornada pode levar uma vida inteira — mas o fim é sempre louvor. [...] Há insinuações a isso em todo o livro de Salmos. Com não pouca frequência o louvor brota, mesmo em meio a um terrível lamento, desafiando toda lógica e sem fazer qualquer transição. [...]
O salmo 150 não está sozinho; mais quatro salmos de aleluia foram inseridos antes dele, de modo que se torna o quinto de cinco salmos que concluem o saltério. Esses cinco salmos de aleluia são extraordinariamente fortes. [...] [Isso significa] que não importa o quanto soframos, não importam nossas dúvidas, não importa quão bravos fiquemos, não importa quantas vezes tenhamos perguntado, desesperados: “Até quando?”, a oração enfim evolui para o louvor. Tudo encontra seu caminho até os degraus de entrada do louvor. não significa dizer que outras orações são inferiores ao louvor, mas somente que toda oração em que nos empenhamos bastante transforma-se em louvor. [...] Não tenha pressa. Pode levar anos, décadas até, antes que determinadas orações cheguem às aleluias, como nos salmos 146—150. Nem toda oração termina em louvor. Na verdade, a maioria, se considerarmos o saltério um guia fiel, não é. Mas a oração sempre se inclina na direção do louvor e acaba chegando lá.
História de quando passei por um momento terrível e o lovor me ajudou a levantar.