Paulo diante das autoridades romanas

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Paulo testemunha diante de Festo e o rei Agripa e sua esposa.

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Transcript

Introdução

Como Deus cumpre os seus propósitos na vida do homem?
A Bíblia nos ensina que Deus ordena todas as coisas que acontecem, usando pessoas, governos e circunstâncias para cumprir seus propósitos. O maior propósito de Deus para nós é que nós o glorifiquemos em todas as circunstâncias.
O propósito de Paulo em testemunhar de Jesus Cristo às autoridades romanas. Como Deus conduziu Paulo nesse propósito?
Depois de ter testemunhado perante o governador Félix, Paulo ficou preso em Cesareia por dois anos. Outro governador foi levantado e Paulo deveria testemunhar perante ele também.

I. Deus protege Paulo mais uma vez das acusações dos judeus (vs.1-12)

Festo assume o governo da província no lugar de Félix;
Segundo o historiador Flávio Josefo, Pórcio Festo foi um bom administrador e em geral, considerado justo; esforçava-se por conciliar questões contraditórias, apaziguar tumultos e prender revolucionários;
Atos, Volumes 1 e 2 3. Paulo perante Festo (25.1–12)

Num esforço para restaurar uma aparência de paz e segurança, Festo eliminou os chamados sicários que tinham se tornado cada vez mais audazes no último ano da administração de Félix. Esses sicários eram judeus assassinos que se misturavam no meio da multidão nos dias de festa. Com punhais escondidos em suas vestes, eles matavam seus inimigos e desapareciam. Quando as pessoas se juntavam em volta de um líder caído, os sicários reapareciam, se juntavam aos que choravam e assim escapavam da investigação.

Paulo é acusado pelos judeus perante Festo;
Após a saída de Félix, os judeus entenderam que poderia haver uma outra oportunidade para acusar o apóstolo Paulo e tramar outra emboscada para o matá-lo;
Quando Festo se dirigiu à Jerusalém, eles o procuraram acusando Paulo de muitos crimes, no entanto, sem conseguir provar nenhum deles;
Festo se recusa a mandar Paulo a Jerusalém e manda que continuasse preso em Cesaréia, mas com o intuito de ganhar o favor dos judeus assente que eles o acompanhem e acusassem Paulo novamente perante o tribunal;
Por ter um conhecimento previo sobre o caso de Paulo, Festo não permitiu que Paulo fosse conduzido a Jerusalém novamente, sem antes ouvi-lo e ordena que os acusadores do apóstolo apresentassem mais uma vez as suas acusações perante ele no tribunal da Cezareia;
Paulo faz sua defesa perante Festo;
Paulo é conduzido novamente perante um tribunal a fim de se defender das acusações dos judeus. Era comum que casos antigos ou mesmo arquivados pudessem ser reabridos à luz de novas acusações.
As acusações dos judeus tiveram um enfoque diferente: em vez de enfatizar crimes contra o templo (dos quais não tinham como provar), os judeus afirmavam que Paulo havia cometido crime contra o império, algo que eles também não podiam provar;
Paulo enfatiza sua inocência dizendo que não transgredira nenhuma lei romana ou judaica;
Festo dá a oportunidade de Paulo escolher ser julgado por ele em Jerusalém, onde ele seria o juiz do caso. No entanto Paulo não tinha certeza se ele usaria o próprio Sinédrio para aconselhá-lo ou o seu próprio conselho.
Atos, Volumes 1 e 2 c. O Apelo (25.9–12)

Paulo pesou suas opções e temeu que:

1. Festo usasse os membros do Sinédrio como seu conselho e, dessa forma, o processo não teria objetividade;

2. o governador queria estabelecer boas relações com os judeus e, portanto, seria parcial em seu julgamento;

3. se Festo o declarasse inocente e o libertasse, Paulo não mais contaria com o poder militar romano para sua proteção, e assim correria risco de morte nas ruas de Jerusalém e estradas da Judeia;

4. os judeus iriam tramar para matá-lo no caminho de ida ou volta a Jerusalém

Paulo apela para que seja julgado por Cézar, um direito que só lhe foi concedido por ser um cidadão romano; Paulo seria conduzido ao tribunal de Nero, que ainda não se tornara hostil aos cristãos na época;
Deus protege Paulo mais uma vez de ser morto pelos judeus, usando um governador que tinha habilidades conciliatórias e por ser conhecido por julgar justamente.

II. Deus dá a Paulo a oportunidade de testemunhar de Cristo mais uma vez (vs.13-27)

O rei Agripa e sua irmã, Berenice, chegam para saudar Festo e passar com ele ali alguns dias;
Agripa II era filho de Agripa I e assumiu o reinado de algumas cidades da província. Tinha apenas 17 anos e era acompanhado de suas irmãs sempre quando visitava os oficiais romanos;
Agripa II era conhecido por lidar com as causas do judaísmo e até mesmo intituir sacerdotes para trabalhar no templo;
Atos, Volumes 1 e 2 Comentários Adicionais sobre Agripa II e a Dinastia Herodiana

Agripa II, então, governou a metade norte da Palestina. Expandindo a capital da cidade de Cesareia de Filipos, ele a rebatizou de Neronias, em honra ao imperador Nero. Embora se intitulasse “Grande Rei, sincero amigo de César, e amigo de Roma”, ele contudo tentava promover a causa judaica. Ele era conhecido como um especialista em costumes e conflitos judaicos (26.3) e era bem versado nas Escrituras em hebraico (26.27). Agripa trazia suas raízes judias de sua bisavó Mariane, a segunda mulher de Herodes, o Grande.

Festo expõe o caso de Paulo a Agripa;
Festo tinha a sua disposição um conselho de oficiais que o instruiam sob os assuntos relativos as leis religiosas dos povos que os romanos subjugavam;
Tendo conhecimento de que Agripa entendia bem das leis judaicas, ele expõe todo o caso de Paulo;
No entendimento de Festo, os judeus acusavam Paulo de questões relativas à religião judaica. Os oficiais não viam o cristianismo como algo distinto do judaísmo (Jesus, um morto a quem Paulo afirma estar vivo);
Agripa fica curioso e pede para ouvir Paulo;
Por se tratar de um assunto do qual se interessava, no dia seguinte, Festo convoca outra audiência, agora na presença do rei Agripa e sua irmã;
Festo conduz Paulo perante o rei Agripa para prestar seu depoimento;
Festo apresenta Paulo perante as autoridades fazendo um resumo de sua situação e também do seu parecer quanto ao mesmo;
Festo justifica a audiência, dizendo que não poderia mandar Paulo para que fosse julgado perante Cézar, sem antes ter um bom parecer sobre o caso;
Deus concede a Paulo a oportunidade de testemunhar mais uma vez a respeito do Evangelho perante duas autoridades. O propósito que Deus determinou a Paulo estava se cumprindo.

Aplicações:

1. Deus usa a vida de pessoas, nas mais diversas áreas para cumprir os seus propósitos em nossa vida;
2. Jesus prometeu estar com seus discípulos todos os dias e lhes dar as palavras que precisam para testemunhar sobre ele;
3. Precisamos ponderar com sabedoria e utilizar os recursos legais que Deus nos dá para tomarmos decisões sábias;
4. Todos precisam ouvir o Evangelho.
Deus ordenou que Paulo testemunhasse às autoridades romanas, não apenas judias, pois o Evangelho é uma mensagem para todos os povos.
5. Deus tem nos dado a oportunidade para testemunhar de sua Palavra diante de pessoas, de autoridades, de amigos e familiares.
Como você tem aproveitado essas oportunidades para evangelizar?

Conclusão:

O Senhor Jesus se pôs ao lado de Paulo, dizendo-lhe que era necessário que ele testemunhasse de Cristo perante as autoridades em Roma. Paulo estava sendo protegido e conduzido por Deus nessa jornada, e agora Paulo estaria diante de mais uma autoridade que, tendo conhecimento dos costumes judaicos, poderia ouvir do Evangelho. Como Paulo defenderia a causa do Evangelho perante Festo e Agripa? O capítulo 26 nos dará essa resposta.
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