O PRIMEIRO E SEGUNDO TEMPOS DO REINO DE DEUS
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Introdução
Introdução
Podemos definir o reino de como o o governo de Deus sobre seu povo em sua criação, estabelecido por meio de seu Messias na nova aliança, que agora está presente no mundo, embora esteja aguardando seu cumprimento na segunda vinda de Cristo.
Quando Jesus veio como o Messias, ele estabeleceu o reino de Deus na nova aliança por meio de sua morte e ressurreição, e agora reina do céu. Um dia ele retornará para consumar as bênçãos do reino, momento em que estabelecerá o novo Éden do reino de Deus nos novos céus e nova terra.
Nesse ínterim, vivemos no “já agora” e o “ainda não” do reino, servindo ao nosso Rei e esperando seu retorno. Segundo Patrick Schreiner, o reino é o poder do Rei sobre o povo do Rei no lugar do Rei.
O reino de Deus tem suas raízes no Antigo Testamento e é lançado no ministério público de Cristo, conforme ele ensina, realiza milagres e expulsa demônios (Mt 13: 1-50; 12:28).
A vida, morte e ressurreição de Cristo cumprem as promessas do reino de uma nova aliança. Quando Jesus ascende à destra de Deus, ao lugar de maior poder, o reino se expande (Ef 1:20-21), e milhares entram no reino por meio da pregação dos apóstolos ( At. 2:41, 47).
A plenitude do reino aguarda a volta de Cristo, quando ele se assentará em seu trono glorioso (Mt 25:31) Jesus julgará o mundo, convidando os crentes para o estágio final do reino enquanto bane os incrédulos para o inferno (25:34, 41).
O TEMPO PASSADO DO REINO DE DEUS
O TEMPO PASSADO DO REINO DE DEUS
O reino de Deus fala do governo universal de Deus mas também é seu governo particular sobre seu povo
O reino de Deus fala do governo universal de Deus mas também é seu governo particular sobre seu povo
Mas a misericórdia do Senhor é de eternidade a eternidade, sobre os que o temem, e a sua justiça, sobre os filhos dos filhos, para com os que guardam a sua aliança e para com os que se lembram dos seus preceitos e os cumprem. Nos céus, estabeleceu o Senhor o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo. Bendizei ao Senhor, todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais as suas ordens e lhe obedeceis à palavra. Bendizei ao Senhor, todos os seus exércitos, vós, ministros seus, que fazeis a sua vontade. Bendizei ao Senhor, vós, todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio. Bendize, ó minha alma, ao Senhor.
Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu,tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?
Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.
Embora a expressão “reino de Deus” não apareça no Antigo Testamento, o conceito sim, com Deus reinando sobre seu povo Israel em um sentido único (Êx. 19: 6). Deus criou a humanidade para sua glória, fazendo promessas de um libertador a Adão e Eva, uma nação que viria de Abraão que abençoaria o mundo e um reino eterno para Davi e seus descendentes, que incluem o Messias.
Deus cria para sua glória e o bem de seu povo
Deus cria para sua glória e o bem de seu povo
Ele cria os seres humanos à sua imagem para amá-lo, servi-lo e governar sua criação (Gn. 1: 26-31 ). Na queda, Adão e Eva se rebelaram contra os objetivos de Deus, trazendo o domínio do pecado e da morte (Gn.3). Em misericórdia, Deus promete um libertador (Gn 3:15) e mais tarde entra em um relacionamento formal (uma aliança) com Abraão, prometendo-lhe uma terra e um povo, por meio do qual Deus abençoará todas as famílias da terra (Gn.12:1-3). No Sinai, Deus dá os Dez Mandamentos e estabelece os descendentes de Abraão, o povo de Israel, como o povo de Deus.
Deus expande suas promessas a Abraão em uma aliança com Davi, a quem Deus promete uma dinastia e um reino eterno:
Deus expande suas promessas a Abraão em uma aliança com Davi, a quem Deus promete uma dinastia e um reino eterno:
Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; se vier a transgredir, castigá-lo-ei com varas de homens e com açoites de filhos de homens. Mas a minha misericórdia se não apartará dele, como a retirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre.
Isaías prediz a vinda de alguém que será Deus e homem e reinará no trono de Davi para sempre:
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.
Finalmente, Deus promete uma nova aliançacaracterizada pela obediência à sua palavra, amplo conhecimento de Deus, perdão e novidade de vida - Jr 31: 31–34
Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliançacom a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.
O Antigo Testamento termina no livro de Malaquias com o povo de Deus continuando a se afastar dele, mas também com a promessa de alguém que virá para preparar o caminho para o Messias - Ml. 3:1
Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim;de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança,a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o Senhor dos Exércitos.
Portanto, embora o a expressão “reino de Deus” não apareça no Antigo Testamento, o conceito do reino de Deus permeia todo o Antigo Testamento, tanto no governo universal de Deus quanto em seu governo particular sobre Israel. O reino de Deus está presente no Antigo Testamento, porém, no Novo Testamento, o reino de Deus vem com novidade e poder. Jesus, o Messias, inaugura o reino em sua vinda, o expande em sua exaltação e o consumará em seu retorno.
O REINO DE DEUS NO PRESENTE
O REINO DE DEUS NO PRESENTE
No Novo Testamento, o Messias prometido vem como “Jesus Cristo, o Filho de Davi, o Filho de Abraão” - Mt 1:1
Livro da genealogiade Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
Por meio de sua encarnação, vida sem pecado, crucificação e ressurreição, Jesus cumpre as promessas messiânicas, cumpre a missão messiânica e traz redenção a um mundo perdido.
Jesus é o Rei cujas palavras e ações trazem o reino espiritual de Deus:
Jesus é o Rei cujas palavras e ações trazem o reino espiritual de Deus:
Ele proclama a vinda do reino:
Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.
dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.
Ele, porém, lhes disse: É necessário que eu anuncie o evangelho do reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado.
Ele prega as parábolas do reino:
MT.13: 1-50
Ele declara a ética e a natureza do reino:
MT. 5-7
Suas ações, especialmente sua expulsão de demônios pelo Espírito, inauguram o reino: “Mas se é pelo Espírito de Deus que expulso os demônios, então o reino de Deus chegou a vós” (Mt.12:28; cf. Lc. 11:20).
A missão de Cristo conduz sempre “a Jerusalém” e à sua morte e ressurreição, onde ele traz a salvação pelo seu sacrifício.
A ascensão dee Jesus e a mudança de status na esfera de poder
A ascensão dee Jesus e a mudança de status na esfera de poder
Em sua ascensão, Jesus se move da esfera terrestre limitada para a esfera celestial transcendente:
Jesus está sentado à direita de Deus “nos céus - muito acima de todo principado, autoridade, poder e domínio” (Ef 1:20-21) agora e para sempre.
Quando Jesus derrama o Espírito sobre a igreja no Pentecostes, o reino de Deus se expande poderosamente à medida que milhares vêm a Cristo - veja os textos:
Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas.
louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.
Muitos, porém, dos que ouviram a palavra a aceitaram, subindo o número de homens a quase cinco mil.
Pedro explica: “Sim, Deus, com a sua destra, o elevou a Príncipe e Salvador, para conceder a Israel o arrependimento e perdão de pecados” (At. 5:31 ).
Deus resgata pecadores “do domínio das trevas” e os transfere “para o reino do Filho que ele ama” (Cl.1: 13–14).
O "reino", como o reinado de Deus sobre seu povo, finalmente e definitivamente "virá no final dos tempos em uma poderosa irrupção na história, inaugurando a ordem perfeita da era por vir."
E, no entanto, este reino "já entrou na história na pessoa e na missão de Jesus" e, portanto, a "presença do futuro" já é evidente (George Eldon Ladd).
Portanto, o reinado de Deus é presente e futuro, já agora e ainda não - sua invasão ativa da história agora e seu estabelecimento final na era por vir. É uma regra soberana, um poder dinâmico e uma atividade divina.
Conclusão
Conclusão
Como portador deste reino, Jesus requer arrependimento para entrar na comunidade do seu reino, visto que o sistema atual do mundo deve ser rejeitado e a nova era do governo de Deus e seu modo de vida correspondente devem ser abraçados. Como tal, o arrependimento não é apenas o caminho para o reino, mas também o caminho do reino.
Amanhã, iremos encerrar falando do tempo futuro do reino de Deus.
Isso, porque o NT também proclama que Jesus voltará para reinar como rei, trazendo justiça, paz, alegria e vitória.
Nesse tempo presente, vivemos na tensão entre o “já” e o “ainda não”. O reino foi estabelecido com Israel, inaugurado com Cristo em sua vinda e realizado nos eventos da morte e ressurreição de Cristo. Mesmo que os efeitos do reino tenham começado, e, devemos orar “venha a nós o teu reino” - seus resultados completos aguardam o retorno de Cristo.