JESUS LIBERTA! Lucas 8.26-39

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esus vê o ser humano em seu potencial maior, pois ele atenta ao seu valor essencial: a sua dignidade.

Notes
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Grande ideia: Jesus vê o ser humano em seu potencial maior, pois ele atenta ao seu valor essencial: a sua dignidade.
Estrutura: “um homem possuído de demônios” (vv. 26-34), “o homem de quem tinham saído os demônios” (vv. 35-39)
CONECTANDO:
Mar. 4.1-20: Parábola do Semeador (com explicação).
Mar. 4.21-25: Parábola da Luz.
Mar. 4.26-29: Parábola da semente.
Mar. 4.30-34: Parábola do grão do mostarda (com o “uso das parábolas).
Mar. 4.25-41: Jesus acalma a tempestade.
Mar. 5.1-20: A cura do endemoniado geraseno.
Lc. 8.4-15: Parábola do Semeador (com explicação).
Lc. 8.16-18: Parábola da Luz.
Lc. 8.19-21: A mãe e os irmãos de Jesus.
Lc. 8.22-25: Jesus acalma a tempestade.
Lc. 8.26-39: A cura do endemoniado geraseno.
Bom recordar esses textos:
Lucas 4.17–21 (NAA)
17Então lhe deram o livro do profeta Isaías. E, abrindo o livro, achou o lugar onde está escrito:
18 “O Espírito do Senhor está sobre mim,
porque ele me ungiu
para evangelizar os pobres;
enviou-me para proclamar
libertação aos cativos
e restauração da vista aos cegos,
para pôr em liberdade
os oprimidos,
19 e proclamar o ano aceitável
do Senhor.”
20Tendo fechado o livro, Jesus o devolveu ao assistente e sentou-se. Todos na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então Jesus começou a dizer:
— Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabam de ouvir.
Edmund Clowney:
Jesus, porém, não apenas ensinou o significado do Jubileu como lei e promessa. Sua mensagem foi um toque de trombeta: “Hoje se cumpriu a Escritura que ouvistes”. Lucas não vê necessidade de dizer mais nada. Deus se valera das sombras do festival do Jubileu. Deus havia prometido o último grande Jubileu quando então ele traria libertação e restauração. O que Jesus diz é que o tempo chegou porque ele chegou. Seus lábios são o toque da trombeta. O ano do favor divino, de sua benção salvadora, da promessa do seu reino fora anunciado, não no monte Sião, mas em Nazaré, onde Jesus fora criado. Os nazarenos curiosos queriam ver milagres; não sabiam que aquilo que tinham ouvido era um milagre. Ali estava o Senhor no meio deles, dizendo-lhes que sua nova ordem havia começado.
Lucas 8.22 (NAA)
Jesus acalma uma tempestade
Mt 8.23–27; Mc 4.35–41
22Aconteceu que, num daqueles dias, Jesus entrou num barco em companhia dos seus discípulos e lhes disse:
— Vamos passar para a outra margem do lago.
E partiram.
Um homem possuído. (vv. 26-34)
(a) Chegando à “outra margem do lago”, foram para Gadara.
GADARA - a capital da província romana da Peréia. Ficava no cume de uma montanha a cerca de 10 quilômetros a sudeste do Mar da Galiléia. Marcos (5:1) e Lucas (8:26–39) descrevem o milagre da cura do endemoninhado (Mateus [8:28–34] diz dois endemoninhados) como tendo sido realizado “no país dos gadarenos”, descrevendo assim a cena em geral. O milagre não poderia ter sido feito em Gadara, pois entre o lago e esta cidade existe a profunda e quase intransponível ravina do Hieromax (Jarmuk). Identifica-se com a moderna aldeia de Um-Keis, rodeada de ruínas muito extensas, todas testemunhando o esplendor da antiga Gadara.
RUÍNAS DE UM-KEIS (GADARA).
“Os vestígios mais interessantes de Gadara são os seus túmulos, que pontilham as falésias por uma distância considerável ao redor da cidade, principalmente na encosta nordeste; mas muitos sarcófagos lindamente esculpidos estão espalhados pelas alturas circundantes. Eles são escavados na rocha calcária e consistem em câmaras de várias dimensões, algumas com mais de 20 pés quadrados, com recessos nas laterais para corpos ... Os atuais habitantes de Um-Keis são todos trogloditas, 'morando em túmulos', como os pobres maníacos antigos, e ocasionalmente são quase tão perigosos para viajantes desprotegidos.”
Easton, M. G., Dicionário Bíblico Ilustrado e Tesouro da História Bíblica, Biografia, Geografia, Doutrina e Literatura (New York: Harper & Brothers, 1893), p. 271
(b) Interessante é que o homem que foi ao encontro de Jesus, e não o contrário. E a sua condição de vida era realmente deprimente.
Em Lc 4.31-37 Jesus inicia seu ministério na Galileia expulsando um endemoniado em Cafarnaum. Agora, ele o faz em uma terra “estrangeira”.
Lucas 8.27 (NAA)
27Logo que Jesus desembarcou, veio da cidade ao seu encontro um homem possuído de demônios que, havia muito, não se vestia, nem habitava em casa alguma, porém vivia nos túmulos.
Comentário Bíblico de Lucas: Através da Bíblia A Libertação de um Endemoninhado (Lc 8.26–34)

Precisamos também destacar que a palavra demônio é sinônimo de espírito mau ou espírito imundo. O endemoninhado vivia uma vida sub-humana, reduzido praticamente a um animal: ele vivia nu, acorrentado e algemado e morava em lugares desertos ou cemitérios. Ele era uma figura do ser humano completamente alienado de si mesmo, vivendo como um morto, sendo evitado por todos.

(c) O homem possuído pelos demônios se prostra (um sinal de reverência ou súplica) a Jesus, e o chama de “Filho do Deus Altíssimo”, e ainda pede para não ser atormentado (“questionar através de tortura”).

Título de Deus que revela a sua majestade e glória e também a sua superioridade sobre os deuses das nações pagãs (Gn 14:18–20; At 7:48).

(d) Aqui ocorre um relato surpreendente pois Jesus, de alguma forma interage com aqueles demônios que possuíam aquele pobre homem.
A MENSAGEM:
"Eles navegaram até a terra dos gerasenos, na margem oposta à da Galileia. Quando Jesus desembarcou, um louco da cidade, vítima de demônios, ficou frente a frente com ele. O homem não usava roupas fazia muito tempo. Havia saído de casa e morava no cemitério. Quando viu Jesus, caiu diante dele, gritando: “O que queres comigo? Tu és Jesus, o Filho do Deus Altíssimo! Não me castigues!” (O homem disse isso porque Jesus havia ordenado ao espírito maligno que saísse dele.) O demônio fazia o homem ter convulsões, por isso ficava sempre vigiado, amarrado com correntes e algemas, mas, enlouquecido e dominado pelo demônio, arrebentava as correntes.
Jesus perguntou: “Qual é seu nome?”. “Meu nome é Multidão”, foi a resposta, porque eram muitos demônios que afligiam o homem. Em desespero, eles imploravam a Jesus que não os enviasse para o abismo profundo."
(e) Lucas nos esclarece acerca do temor dos demônios de se “desincorporarem-se”. Os demônios temiam ser enviados para o “abismo”.
Lucas 8.31 (NAA)
31Estes pediram a Jesus que não os mandasse para o abismo.

ABISMO De acordo com o pensamento daquele tempo, um imenso buraco sem fundo nas profundezas da terra, onde os espíritos maus ficavam presos até o castigo final (Isaías 14:15; Lucas 8:31; Apocalipse 9:1).

Apocalipse 20.1 (NAA)
Os mil anos. A primeira ressurreição
20 1Então vi descer do céu um anjo que tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente.
Apocalipse 20.7–10 (NAA)
Satanás é solto e derrotado
7Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão 8e sairá para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha. O número dessas é como a areia do mar.
9Marcharam, então, pela superfície da terra e cercaram o acampamento dos santos e a cidade amada. Porém, desceu fogo do céu e os consumiu. 10O diabo, que os tinha enganado, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde já se encontram a besta e o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, para todo o sempre.
(f) Dai, Jesus permite que os demônios ocupassem lugar entre os porcos. O que provocou uma séria crise com os moradores da cidade, famosos criadores de porcos.
Havia na cidade um grupo de poderosos apascentadores de porcos. Esses porcos não seriam usados somente na alimentação, mas para rituais pagãos. Era uma cidade idólatra que lucrava com a escravidão espiritual das pessoas.
Na verdade, os habitantes da cidade estavam bem mais ocupados em transações financeiras e sacrifícios pagãos do que em agradar a Deus. O profeta Isaías relata que os porcos eram usados em rituais demoníacos Is 66: 3, 16, 17.
Isaías 66.3 (NAA)
3 “Quem mata um boi é como
o que comete homicídio;
quem sacrifica um cordeiro,
como o que quebra o pescoço
de um cão;
quem traz uma oferta de cereais,
como o que oferece sangue de porco;
quem queima incenso,
como o que bendiz um ídolo.
Como estes escolheram
os seus próprios caminhos,
e a sua alma tem prazer
nas suas abominações,
Isaías 66.16 (NAA)
16 Porque com fogo e com a sua espada
o Senhor entrará em juízo
com toda a humanidade;
e serão muitos os mortos
da parte do Senhor.
Isaías 66.17 (NAA)
17O Senhor diz:
— Os que se santificam e se purificam para entrarem nos jardins após a deusa que está no meio, que comem carne de porco, coisas abomináveis e ratos serão todos destruídos ao mesmo tempo.
(g) Por que Jesus permitiu que os demônios fossem lançados nos porcos? Talvez para revelar a hipocrisia daquela sociedade gadarena: eles valorizavam mais os porcos do que com as pessoas.
William Barclay:
Existe um sentimentalismo barato que promove a tristeza sobre a dor de um animal e não move um dedo quanto à situação infeliz de milhões dos homens e mulheres de Deus. Na escala de valores de Deus, não há nada mais importante quanto uma alma humana.
(Ele) diz que os gadarenos ao expulsarem Jesus estavam dizendo: não perturbem nossa comodidade, preferimos que deixe as coisas como estão; não perturbem nossos bens; não perturbem nossa religião.
2. Um homem liberto. (vv. 35-39)
(a) O quadro do homem outrora possesso agora é claramente distinto: “vestido, em perfeito juízo, sentado aos pés de Jesus”.

σωφρων sophron

da raiz de 4982 e de 5424; TDNT - 7:1097,1150; adj

1) de mente sã, equilibrado

2) que freia os próprios desejos e impulsos, autocontrolado, moderado

Lucas 5.8 (NAA)
8Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo:
— Senhor, afaste-se de mim, porque sou pecador.
Lucas 7.38 (NAA)
38E, estando por detrás, aos pés de Jesus, chorando, molhava-os com as suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos. Ela beijava os pés de Jesus e os ungia com o perfume.
Lucas 8.41 (NAA)
41Eis que veio um homem chamado Jairo, que era chefe da sinagoga, e, prostrando-se aos pés de Jesus, suplicou-lhe que fosse até a sua casa.
Lucas 17.16 (NAA)
16e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe. E este era samaritano.
(b) Primeiramente houve “temor” por parte da população de Gadara. E posteriormente houve “muito medo”.
Lucas, Volumes 1 e 2 B. Jesus Revela Seu Amor pelos Homens

Qualquer que tenha sido a causa de seu temor, não os aproximava de Jesus. Não era o tipo de temor descrito antes no versículo 25. Esse temor era, pelo menos em certa medida, “uma profunda reverência” que havia produzido a pergunta: “Quem é este …?” Ao contrário, o temor da provação, provavelmente pagão em sua maioria segundo descrito neste relato, era supersticioso em seu caráter. Era definitivamente pecaminoso.

(c) Na cidade não se falava em outro assunto: a libertação de um homem dos grilhões demoníacos.
A MENSAGEM:
"Aterrorizados, os que cuidavam dos porcos saíram em disparada e contaram tudo o que viram na cidade e por toda a região. O povo foi conferir de perto a situação. Encontraram o homem de quem os demônios haviam saído assentado aos pés de Jesus, usando roupas decentes e em perfeito juízo. A cena era sublime, e por um instante os moradores tiveram mais reverência que curiosidade. Algumas testemunhas do fato contaram a eles como ocorrera a libertação do endemoninhado."
(d) Jesus prepara-se para sair daquela região. E entabula um diálogo (mais uma vez) libertador com aquele homem.
O homem queria estar ainda mais próximo daquele que o fez acordar para a vida. Mas Jesus expõe que ele será mais útil partindo para a ação, não se prendendo a uma mera contemplação. Quantos anos aquele homem havia ficado fora de casa! Agora seria um tempo de restituição familiar!
Hernandes Dias Lopes:
Não estaremos credenciados a pregar para os de fora, se ainda não testemunhamos para os da nossa própria família.
(e) Estamos diante do primeiro caso no Novo Testamento de um missionário fora da Judéia.
Antes, um homem que preferia estar entre os mortos do que entre os vivos. Agora, um missionário que não deixa de publicar em sua cidade, e na circunvizinhança, “tudo quanto lhe fizera Jesus”.
http://www.atendanarocha.com/2010/05/o-endemoninhado-de-gadara.html
Jesus atravessou o mar da Galiléia, desembarcou em Gadara, para mudar o destino de muitos naquele lugar. Entre as ruínas atuais da cidade, são contadas cerca de cinco igrejas do período antigo. O gadareno, que comia com os porcos, se tornou um evangelista. Sua família foi salva, muitos conheceram o amor sobrenatural de Jesus, através de sua história.
(f) E ainda:
Lucas, Volumes 1 e 2 B. Jesus Revela Seu Amor pelos Homens

A mensagem e a lição são claras: o Calvário tem significado para o judeu e para o gentio. A maravilhosa história deve ser proclamada com alegria e fervor a ambos os grupos. Satanás deve ser banido dos corações e vidas para que Cristo possa entrar. Esse é o sentido central desse relato.

3. Outras aplicações:
(a) Não podemos trivializar o fato de que há pessoas em nossos dias dominados por Satanás e seus demônios, eles não vivem em controle absoluto de seus atos, são escravos.

As Escrituras indicam que os demônios já foram anjos que se rebelaram contra Deus e seguiram a Satanás à desobediência e pecado (Apo 12:1–12). Como os anjos, os demônios são seres inteligentes que possuem grande poder. Embora os demônios sejam espíritos malignos que são invisíveis para os humanos, eles às vezes aparecem nas Escrituras como possuindo os seres humanos e falando através deles (Luc 4: 31-37). Suas principais atividades no mundo são se engajar em guerra cósmica com os anjos (Dan 10:13; Apoc 12:1-12), tentar as pessoas a pecar (Efé 6:11), e enganar o mundo com mentiras que cegam as pessoas para a verdade espiritual (1 Tim 4:1). As Escrituras também falam de demônios atacando fisicamente as pessoas e até mesmo possuindo as pessoas para fazerem sua vontade (Mar 5:1-20).

Lucas 4.36 (NAA)
36Todos ficaram admirados e comentavam entre si:
— Que palavra é esta? Pois, com autoridade e poder, ele ordena aos espíritos imundos, e eles saem.
Lucas 6.17–18 (NAA)
Jesus ensina e cura muitas pessoas
Mt 4.23–25
17E, descendo com eles do monte, Jesus parou num lugar plano onde se encontravam muitos discípulos seus e grande multidão do povo, de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidom, 18que vieram para o ouvir e para ser curados de suas doenças. Também os atormentados por espíritos imundos eram curados.
Lucas 11.20 (NAA)
20Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente é chegado o Reino de Deus sobre vocês.
(b) Jesus dá um exemplo marcante de que a dignidade humana precisa ter prioridade à nossa missão: aquele homem havia ficado muito tempo longe de casa, era tempo de voltar.
1Timóteo 5.8 (NAA)
8Se alguém não tem cuidado dos seus e, especialmente, dos da própria casa, esse negou a fé e é pior do que o descrente.
Donald Kraybill:
Jesus acompanha os pescadores que gozam de prestígio moderado. Ele mesmo martela pregos como um carpinteiro. Porém, Ele passa a maior parte do tempo com as massas- os pobres e os doentes. Embora Ele se relacione com todos os tipos de pessoas, os Evangelhos mostram o cuidado especial de Jesus para com aqueles marcados com estigma. Sua rede de relações inclui os endemoninhados, cegos, surdos, coxos, doentes, paralíticos, prostitutas, publicanos, pecadores, adúlteros, viúvas, leprosos, samaritanos, mulheres e gentios. Em suma, uma grande parte daqueles que não eram ninguém, em lugar nenhum.
O espírito de Jesus penetra em todas as caixas sociais. Barricadas de suspeita, desconfiança, estigma e ódio desmoronam em sua presença. Ele também nos convida a ver os seres humanos por trás dos rótulos de estigma. Seu reino transcende todas as fronteiras. Ele recebe pessoas de todas as caixas. O amor de Deus subjuga os costumes sociais que dividem, separam e isolam.
Todos são convidados para a mesa no novo reino. Ninguém é deixado de lado ou excluído. A grande acolhida de Jesus está no coração do evangelho. A reconciliação forma o seu núcleo. Esta boa notícia derrete as barreiras espirituais entre os seres humanos e Deus e desmantela os muros entre as pessoas. O ágape de Jesus alcança as pessoas antes separadas por caixas, diz-lhes que o amor de Deus lava o estigma e as acolhe em uma nova comunidade.
Mateus 25.31–46 (NAA)
O grande julgamento
31— Quando o Filho do Homem vier na sua majestade e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória. 32Todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos: 33porá as ovelhas à sua direita e os cabritos, à sua esquerda.
34— Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: “Venham, benditos de meu Pai! Venham herdar o Reino que está preparado para vocês desde a fundação do mundo. 35Porque tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; eu era forasteiro, e vocês me hospedaram; 36eu estava nu, e vocês me vestiram; enfermo, e me visitaram; preso, e foram me ver.”
37— Então os justos perguntarão: “Quando foi que vimos o senhor com fome e lhe demos de comer? Ou com sede e lhe demos de beber? 38E quando foi que vimos o senhor como forasteiro e o hospedamos? Ou nu e o vestimos? 39E quando foi que vimos o senhor enfermo ou preso e fomos visitá-lo?”
40— O Rei, respondendo, lhes dirá: “Em verdade lhes digo que, sempre que o fizeram a um destes meus pequeninos irmãos, foi a mim que o fizeram.”
41— Então o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: “Afastem-se de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. 42Porque tive fome, e vocês não me deram de comer; tive sede, e vocês não me deram de beber; 43sendo forasteiro, vocês não me hospedaram; estando nu, vocês não me vestiram; achando-me enfermo e preso, vocês não foram me ver.”
44— E eles lhe perguntarão: “Quando foi que vimos o senhor com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não o socorremos?”
45— Então o Rei responderá: “Em verdade lhes digo que, sempre que o deixaram de fazer a um destes mais pequeninos, foi a mim que o deixaram de fazer.” 46E estes irão para o castigo eterno, porém os justos irão para a vida eterna.
Ilustr.:
https://efemeridesdoefemello.com/2016/09/13/michelangelo-comeca-a-esculpir-a-estatua-de-david-em-florenca/
Era uma manhã de segunda-feira quando o artista de 26 anos encarou a monumental peça de mármore de quase 6 metros e iniciou uma de suas obras-primas. O primeiro dos extraordinárias trabalhos da vida do gênio Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni.
Exatos 515 anos atrás, começava a nascer o David de Michelangelo.
Mas a história sobre o gigantesco homem de mármore que hoje está exposto na Galleria dell’Accademia, em Florença, teve início alguns anos antes.
A ideia original era ter uma série de estátuas dos profetas em frente à Catedral de Florença. Vários artistas foram contratados para a realização das obras. Em 1464, ao escultor Agostino di Duccio foi incumbida a missão de criar um David de mármore.
Um enorme bloco foi trazido direto de Carrara, cidade no Norte da Toscana. Agostino iniciou os trabalhos na escultura, dando forma às pernas, aos pés e ao torso. Mas, por razões desconhecidas, abandonou no meio.
Em 1476, Antonio Rossellino foi o escolhido para continuar. Porém, seu logo contrato terminou e ele nem martelou a enorme peça de mármore. Então, a gigantesca pedra permaneceu no jardim da Catedral por 25 anos…
Pessoas à frente da empreitada começaram a se preocupar com o desgaste da peça, apelidada de “O Gigante”. Por volta de 1500, convocaram artistas renomados, como Leonardo da Vinci, para examinarem a obra inacabada e, quem sabe, até assumirem o trabalho.
O jovem Michelangelo foi quem conseguiu para si a missão de terminar o David. No dia 16 de agosto de 1501, o artista de 26 anos assinou contrato para assumir o trabalho. Quase um mês depois, desferiu o primeiro golpe na peça de mármore.
Três anos depois, em 8 de setembro de 1504, o David de Michelangelo foi revelado.
No ano seguinte, 1505, ele iniciaria outra obra imortal: a pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
David Merkh:
O bloco de mármore que Michelangelo transformou na famosa escultura "Davi", permaneceu por décadas, quase intocado no depósito da catedral em Florença. Antes que o trabalho fosse oferecido a Michelangelo, dois outros escultores haviam tentado fazer algo daquele bloco de mármore. Um começou a trabalhar com a pedra, mas logo desistiu, porque achou que seus talentos se restringiam a trabalhos mais delicados. O grande Leonardo da Vinci rejeitou a oportunidade de transformar aquele pedaço de rocha, dando preferência a outro projeto que considerava estar mais de acordo com o seu gosto. Quando lhe foi oferecida a oportunidade, Michelangelo concordou em fazer o que outros não puderam fazer. Ele construiu uma barraca em volta do bloco de mármore e a manteve trancada o tempo todo. Por três anos, ele trabalhou para transformar o bloco informe em uma eterna obra de arte. Para começar, Michelangelo examinou minuciosamente o mármore, a fim de descobrir que poses ele poderia esculpir. Fez vários esboços e modelos do que poderia vir a criar e então testou, em uma versão de cera e em escala menor, a imagem que desejava ter como resultado final. Em seguida, tomando marreta e talhadeira, iniciou o trabalho.
Quando Michelangelo olhou para o bloco de mármore, viu o que aquele pedaço de rocha poderia vir a ser, e não o que já era. Ele não o rejeitou por ser ainda imperfeito. Ele viu a forma de trabalhar as imperfeições, até mesmo de incorporá-las ao seu projeto. O que ele fez foi tão fantástico que nem mesmo imperfeições evidentes poderiam manchar sua beleza. Há marcas de broca no espesso cabelo encaracolado de Davi; algumas das marcas originais da pedreira estão bem no alto da cabeça; podem ser vistos traços de cortes feitos por um escultor que, quarenta anos antes de Michelangelo, falhou em fazer o que este fez: criar uma das maiores obras-primas de todos os tempos.
Michelangelo, o escultor de Davi, ilustra o que acontece quando Deus usa as talhadeiras da vida para nos esculpir à imagem de Jesus. Ele consegue ver o que muitos não enxergam.
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