CRISTO, NOSSO MOTIVO DE ORGULHO - Gl 6.11-18
Sermões expositivos em Gálatas • Sermon • Submitted
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Introducão
Introducão
Antes de pegar a pena e escrever a sua habitual despedida, que é comum em outras cartas.
O apóstolo deseja que os Gálatas mantenham sua confianca no Evangelho para a salvacão e o vivenciem dia após dia.
Ele deseja convencê-los de que a fé cristã é uma questão de transformacão do interior, e não a valorizacão de uma vida religiosa cheia de regras e rituais.
O Evangelho é substancial, e não superficial.
Paulo faz isso, porque ele sabe, e nós hoje sabemos que as pessoas gostam da religião, ta na moda as pessoas serem espiritualizadas.
Pois a religião diz que quanto mais acertarmos em cumprir regras, mais recompensas e popularidade receberemos.
E o apóstolo escreveu em letras grandes para enfatizar sua mensagem: "ENTENDAM ISTO!"
Devemos entender que o que se orgulha da sua religiosidade é absolutamente aposto do cristão que se orgulha somente em Jesus e na sua obra da Cruz.
Não se trata apenas de uma questão de "doutrinas diferentes", mas também de dois estilos de vida distintos.
Em Gálatas Paulo deica claro que era necessário escolher entre a escravidão e a liberdade {Gl 5:1-12), entre a carne e o Espírito (Gl 5:13-26), entre viver para si mesmo ou viver para os outros (Gl 6:1-10).
Paulo deseja tratar da questão da motivação do coracão, e não há necessidade maior hoje do que examinar as motivações por trás de nossa busca por espiritualidade.
Sabemos o que fazemos, mas será que entendemos o por quê?
Uma boa obra pode ser arruinada por uma motivação errada.
Paulo aborda esse assunto delicado de maneira interessante.
O cerne do motivo da busca das pessoas por uma religião está ligado com aquilo que lhe traz orgulho.
No fim, a pergunta que fica é: Qual o motivo pelo qual você pensa estar num relacionamento com Deus?
Neste trecho, Paulo deseja nos apresentar um último contraste entre o orgulho do religioso (Gl 6:12, 13), e o orgulho do cristão (Gl 6:14-16).
1. O ORGULHO DO RELIGIOSO (Gl 6:12,13)
1. O ORGULHO DO RELIGIOSO (Gl 6:12,13)
Paulo não tem nada de positivo a dizer sobre o religioso. Descreve pessoas desse tipo de quatro maneiras.
i. São arrogantes (vv. 12a, 13b).
i. São arrogantes (vv. 12a, 13b).
Seu principal objetivo não era obedecer a Deus e fazer discípulos, tampouco ajudar pessoas a conhecer a Deus e servir no seu tempo.
Seu propósito era serem conhecidos pelos seus feitos e sua perfomance religiosa, e por fim terem muitos seguidores.
Apesar de, certamente, não ser errado desejar ganhar seguidores para Cristo ou ver a obra do Senhor crescer, sem dúvida é errado desejar essas bênçãos apenas para se orgulhar.
Desejamos ver mais pessoas participando de nossa igreja, não porque queremos contá-las como números de frequência no encontro dominical.
Mas porque queremos ajudá-las a conhecer a Deus, a viver em uma comunidade de amor e servir no mundo. Porque as pessoas são importantes para Deus.
É preciso, porém, ter o cuidado de não "usar as pessoas" a fim de promover interesses egoístas e a própria exaltação como faziam os religiosos do tempo de Paulo.
ii. São tolerantes consigo mesmos (v. 12b).
ii. São tolerantes consigo mesmos (v. 12b).
Por que pregar e praticar a circuncisão?
Para escapar da perseguição. Paulo era perseguido porque pregava a graça de Deus e a salvação sem as obras da Lei (Gl 5:11).
Os religiosos do tempo de Paulo, se faziam passar por cristãos aos membros da Igreja e por seguidores da Lei mosaica aos que observavam a Lei.
Assim, evitavam ser perseguidos de qualquer lado, a fim de agradar a todos e serem ovacionados.
Hoje em dia muitos lideres religiosos são pressionados pela opinião público sobre alguns temas das escrituras, e para terem fama e verem suas igrejas crescerem, abrem mão da bíblia, para estarem na moda e ganhar "likes".
iii. São persuasivos (v. 12a).
iii. São persuasivos (v. 12a).
O verbo obrigar dá a idéia de persuasão intensa e até mesmo força. "Constranger contra a vontade", é um termo forte.
Indica que os religiosos eram extremamente persuasivos; sabiam "vender seu peixe" e estavam convencendo os gálatas de que o obra de Cristo na cruz não era suficiente, precisava de algo a mais.
Por outro lado, sempre que Paulo apresentava o Evangelho, ele o fazia de modo verdadeiro e sincero, sem truques de oratória nem recursos argumentativos.
Irmãos, quando estive com vocês, anunciando-lhes o mistério de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vocês. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a fé que vocês têm não se apoiasse em sabedoria humana, mas no poder de Deus.
Paulo não era um politico, mas sim um embaixador, falava acerca do Reino de Deus e sua graca.
iv. São hipócritas (v. 13).
iv. São hipócritas (v. 13).
Pois nem mesmo os que se deixam circuncidar guardam a lei, mas querem apenas que vocês se submetam à circuncisão para que eles possam se gloriar na carne de vocês.
Jesus falou algo sobre os religiosos do seu tempo: "porque dizem e não fazem" (Mt 23:3). Em outras palavras, eles diziam, "faca o que eu digo, mas não faca o que eu faco".
O apóstolo os condena por sua desonestidade e hipocrisia; não tinham intenção alguma de guardar a Lei, mesmo que pudessem.
Sua religiosidade era apenas uma máscara para encobrir seu verdadeiro objetivo:
Que era ser apluadido, tentar conquistar a Deus por suas obras e ganhar seguidores.
Mas será que basta fazer tudo "religiosamente certinho"? Será que basta ser uma pessoa "espiritualizada"?
2. O ORGULHO DO CRISTÃO (GL 6:14-18)
2. O ORGULHO DO CRISTÃO (GL 6:14-18)
O religioso se alegra nas suas habilidades e quão bom e correto as pessoas dizem que ele é, crê que assim conquistará o favor de Deus.
O Evangelho diz que somos maus, pecadores, e somos como criminosos diante de Deus por causa dos nossos pecados, por isso nosso orgulho, alegria e confianca, devem estar em Jesus Cristo e sua cruz.
Paulo se orgulhava na cruz de Cristo.
Que motivos temos para nos orgulhar na cruz?
i. O Cristão deve orgulhava em Cristo como Salvador.
i. O Cristão deve orgulhava em Cristo como Salvador.
Jesus Cristo é mencionado pelo menos 45 vezes na Epístola aos Gálatas, o que significa que um terço dos versiculos dessa carta contém alguma referência a Jesus.
A pessoa de Jesus Cristo cativava Paulo, e era Cristo que tornava a cruz gloriosa para ele.
Em seus primeiros anos como rabino judaico, Paulo tinha motivos de sobra para se orgulhar, mas depois de seu encontro com Cristo, toda aquele orgulho em seu conhecimento e habilidades se transformou em refugo.
Na verdade, considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele perdi todas as coisas e as considero como lixo, para ganhar a Cristo
Os religiosos não se gloriavam na cruz de Cristo, pois não se gloriavam em Cristo. Religiosos se orgulham de si mesmos e em cumprir meia dúzia de regras.
Não conheciam, verdadeiramente, o Cristo da cruz.
ii. O Cristão deve se orgulhar no poder da cruz.
ii. O Cristão deve se orgulhar no poder da cruz.
Para Saulo, enquanto rabino erudito, uma doutrina de sacrifício numa cruz era totalmente absurda.
Não tinha dúvida de que o Salvador viria, mas, em sua teologia, não havia lugar para a ideia de que esse Salvador viria para morrer numa cruz amaldiçoada.
Naquele tempo, a cruz era a representação suprema de fraqueza e vergonha, onde criminosos eram condenados.
No entanto, Saulo de Tarso experimentou o poder da cruz e se tomou Paulo, o apóstolo.
A cruz deixou de ser uma vergonha para ele e se tomou a sua alegria, símbolo de Salvacão, e sua mensagem:
mas nós pregamos o Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios.
Para Paulo, a cruz representava liberdade: de si mesmo (Gl 2:20), do pecado (Gl 5:24) e do mundo (Gl 6:14).
Na morte e ressurreição de Cristo, o poder de Deus é liberado de modo a conceder liberdade e vitória sobre o pecado e a morte para todo o que crê.
iii. O Cristão deve se orgulhar no propósito da cruz.
iii. O Cristão deve se orgulhar no propósito da cruz.
Para Paulo, o mais importante não eram os aspectos da lei, da popularidade religiososa, tampouco seu méritos com um bom rabino.
Para ele importava a Jesus Cristo que lhe fez nova criatura. (v.15)
Um dos propósitos da cruz era dar origem à "nova criatura", ser nova criatura é viver para conhecer a Deus, viver em comunidade e servir no mundo.
É andar acompanhado pela paz e misericórdia do Senhor, como resultado de viver pelo Espírito Santo (v.16).
Houve um tempo em que Paulo orgulhava se de sua marca da circuncisão, por ser um bom religioso.
É verdade que eu também poderia confiar na carne. Se alguém pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais: fui circuncidado no oitavo dia, sou da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, eu era fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível.
Mas depois de se tornar cristão, sua marca de identificação mudou.
O apóstolo passou a se orgulhar nas marcas resultantes do sofrimento que havia suportado a serviço de Jesus Cristo.
O contraste com o religioso é óbvio: Eles desejavam marcar a came dos Gálatas com a circuncisão e se orgulhar disso.
Mas Paulo dizia, "porque eu trago em meu corpo as marcas de Jesus ".
Paulo não está dizendo que tinha em seu corpo as feridas por ter sido crucificado.
As marcas de seu critianismo e chamado eram suas prisões, cadeias, açoites, apedrejamentos e muitos tipos de tratamento injurioso que ele sofreu por amar a mensagem do Evangelho da Cruz.
Mesmo tendo sido um bom religioso e cumprido tudo que a religião lhe pediu, Paulo não ostentava seu histórico com uma boa pessoa ou como um bom religioso, mas mostrou as marcas de Jesus, os sinais de sua perseguição por causa do Evangelho.
Por que a cruz de Cristo provoca perseguições e enraivece tanto o mundo?
John Stott diz:
É porque Cristo ter ido à cruz comunica algumas verdades muito desagradáveis acerca de nós mesmos, isto é, nós somos pecadores, estamos sob a maldição da lei de Deus e não podemos salvar a nós mesmos.
Cristo assumiu o nosso pecado e a maldição exatamente porque não havia outra forma de nos vermos livres deles.
A cruz nos reduz a nada. Ela fura o balão da nossa vaidade. Fere mortalmente o nosso orgulho e a nossa soberba.
Quais as marcas vamos carregar?
As marcas dos pecado? Destruicão, engano, morte?
As marcas da religião? Escravidão a preceitos, regras e tentativas frustradas de agradar a Deus, orgulho e dureza de coracão?
É muito melhor ser marcado por Cristo, viver para ele e ser marcado para sempre por sua graca e amor.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Depois de nos mostrar estes contrastes, Paulo toma a pena do seu redator e diz:
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com o espírito de vocês, irmãos. Amém!
Paulo deseja deixar marcado em nós a mensagem mais importante que precisamos saber e gravá-la em nossos coracões.
A graca do Senhor Jesus Cristo, é a porta de entrada para a vida com Deus, o caminho para continuar andando com Ele, e tudo que precisamos ao longe de nossa vida com Jesus.
Comecamos pela graca, somos declaros justos dos nossos crimes, que são nossos pecados, pela graca.
Prosseguimos pela graca, não pelo o que fazemos, ou pelo o que possuímos.
O Evangelho da graca era o que os Gálaras precisavam guardar em seu espírito.
Por graca, Paulo não está falando de um conjunto de informacões, mas de uma vida poderosamente transformada de dentro pra fora por Jesus Cristo, não pelo o que fazemos, ou por merecimento, mas pelo poder de Deus.
No que você se orgulha, nesta manhã?
SDG