Aula EBD 06/03/2022 - Do decreto eterno de Deus

Confissão de Fé de Westminster  •  Sermon  •  Submitted
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Do decreto eterno de Deus

Já vimos nas aulas anteriores os modos pelos quais podemos conhecer a Deus e quem e como é esse Deus. No capítulo 3 nós veremos como esse Deus resolveu guiar tudo que ele criou. Deus tem um plano, e é sobre ele que fala o capítulo 3 da CFW.
PARÁGRAFO 1

Desde toda a eternidade e pelo mui sábio e santo conselho de sua própria vontade, Deus ordenou livre e inalteravelmente tudo quanto acontece, porém de modo que nem Deus é o autor do pecado, nem violentada é a vontade da criatura, nem é tirada a liberdade ou a contingência das causas secundárias, antes estabelecidas.

Nesse capítulo aprenderemos sobre as coisas que Deus ordena e decreta que aconteçam, mais para frente falaremos sobre aquelas coisas que ele permite, mas isso é assunto para outra aula.
O que são os decretos de Deus?
Decreto é o ato pelo qual Deus, na eternidade, ordenou tudo que viria acontecer durante toda a história da sua criação.
Quais são as duas principais características de um decreto de Deus?
CARACTERÍSTICAS:
Livres: Deus não foi influenciado por nada em sua tomada de decisão.
Inalteráveis: Uma vez definido, o decreto de Deus jamais foi ou será alterado.
A primeira coisa que a CFW vai afirmar é que os decretos de Deus são livres e inalteráveis. Por livres, podemos entender que o Senhor não foi influenciado por nada no processo em que tomou suas decisões. Ele sempre foi absolutamente livre para escolher. Esses decretos também são inalteráveis, já que, uma vez definidos, não há necessidade nenhuma de alteração, pois o Senhor é perfeito, bem como todos os seus planos.
É característica estritamente humano ato de ser pressionado. Nada limitou o Senhor em suas decisões, nem mesmo seus próprios atributos (conhecimento).
Também é humano o ato de conduzir seus projetos através de tentativa e erro, com ajustes ao longo do caminho. Deus não precisa disso.
Quais são as três ressalvas feitas pela CFW a respeito dos decretos e da soberania de Deus?
TRÊS REGRAS:
Deus não é o autor do pecado
A vontade humana não é violentada
As causas secundárias não são excluídas
Uma das maiores objeções à teologia reformada é a ideia de que, se Deus é soberano, Ele também precisa ser considerado o autor imediato do pecado. Contudo, essa premissa não é verdadeira. A criatura homem é tão espetacular que o Senhor pôde a criar com um senso de justiça, portanto, Deus decretou o pecado, mas quem comete esse pecado são os homens, sendo responsáveis por eles.
Exemplo do autor que escreve um livro com um personagem assassino.
Nicodemus não explica, não sou eu que vou explicar.
O nosso raciocínio não parte da nossa lógica decaída, ele parte da Bíblia. Portanto, se a Bíblia afirma as duas verdades, nós aceitamos, mesmo que pareça pouco cabível à nossa lógica caída.
Todavia, o Senhor decretou todas as coisas sem violentar a vontade humana. Isso não quer dizer que a vontade humana é livre. No Éden Adão e Eva podiam escolher entre pecar e não pecar, eles verdadeiramente possuíam livre arbítrio. A partir da queda, a vontade humana passou a ser pecaminosa por natureza, sendo que o homem deseja pecar e o decreto de Deus leva isso em consideração. Nos novos céus e na nova terra, a nossa vontade passará a ser santa por natureza, tornando-se impossível pecar. Ali atingiremos um estágio mais sublime que o que Adão e Eva possuíam no jardim.
A vontade humana não é livre. Ela tem uma natureza pecaminosa. E ela pode ser influenciada por Deus para o bem (Filipenses 2:13) ou para o mal (Êxodo 9:12).
Livro “a soberania banida” afirma que “vontade livre” é impossível por definição.
A vontade de Deus é a causa final, a vontade do homem é a causa contingente, ou secundária.
Livre arbítrio é diferente de livre agência. Na livre agência somos livres para agir conforme a nossa natureza.
Exemplo das molduras.
A última observação desse primeiro parágrafo afirma que, apesar de Deus decretar tudo que acontece nesse mundo, as causas secundárias e “terrenas não são excluídas, muito pelo contrário, elas fazem parte exatamente do mesmo plano de Deus. O Deus que decreta o que vai acontecer também decreta como isso vai acontecer dentro da história.
É por isso que precisamos pregar, mesmo que o Senhor já tenha escolhido todos os que serão salvos, porque a pregação é o meio para que a salvação se concretize.
Deus decretou que os pecadores seriam salvos através de Jesus Cristo. Isso não anula o fato de que Deus decretou que Jesus nasceria da virgem maria, cresceria em tal cidade… Tudo faz parte do decreto.
PARÁGRAFO 2

Ainda que Deus sabe tudo quanto pode ou há de acontecer em todas as circunstâncias imagináveis, ele não decreta coisa alguma por havê-la previsto como futura, ou como coisa que havia de acontecer em tais e tais condições.

Esse segundo parágrafo faz um acréscimo sobre a completa onisciência de Deus, mesmo sobre aquilo que jamais se tornou realidade dentro da história, e também sobre a liberdade de Deus em seus decretos.
O que Deus sabe a respeito do futuro?
O QUE DEUS SABE:
Tudo que vai acontecer
Tudo o que iria acontecer em qualquer circunstância imaginável (1Samuel 23:11-12).
Qual a relação correta entre presciência e os decretos de Deus?
Apesar de toda essa sabedoria, Deus não decreta nada com base em uma previsão daquilo que acontecerá. O Senhor não te salva porque previu que você seria fiel, mas ele escolheu te salvar, por isso você se tornou fiel.
Você se lembra? A decisão é livre! Ele não decreta pressionado por um conhecimento que é anterior a Ele. Caso contrário não haveria liberdade. Nada pode influenciar a Deus, nem mesmo seu conhecimento.
PARÁGRAFO 3

Pelo decreto de Deus e para a manifestação da sua glória, alguns homens e alguns anjos são predestinados para a vida eterna e outros preordenados para a morte eterna.

Nos dois primeiros parágrafos do capítulo 3 a CFW fala de modo geral sobre os decretos de Deus. Contudo, a partir do terceiro parágrafo ela passa a falar sobre o decreto da predestinação.
Muita gente confunde, mas decreto não é a mesma coisa de predestinação. A predestinação é um dos decretos de Deus e tem relação com o destino eterno de anjos e homens.
O que é a predestinação?
Predestinação é o decreto pelo qual Deus determina o destino eterno de anjos e homens.
Quais criaturas são alvos do decreto da predestinação?
PREDESTINAÇÃO
Anjos (1Timóteo 5:21; Mateus 25:41)
Homens
O primeiro ponto importante que a CFW trata sobre predestinação é que não apenas os homens, mas também os anjos são alvos do decreto da predestinação.
O que é dupla predestinação?
DUPLA PREDESTINAÇÃO
Eleitos: são aqueles homens e anjos predestinados à vida eterna.
Reprovados: são aqueles homens e anjos preordenados para a morte eterna.
O segundo ponto importante tratado pela CFW sobre a predestinação é que ela é dupla. Enquanto alguns homens e anjos são destinados à vida eterna, outros são destinados à perdição eterna. Deus escolhe alguns para salvar e outros para serem condenados.
A eleição é fundamentada na soberania de Deus e na sua graça, enquanto a reprovação está fundamentada na soberania de Deus e na sua justiça.
Isso pode até não parecer justo, mas precisamos nos lembrar de três coisas importantes:
Todos nós merecemos a punição pelo pecado. Não é inesperado que sejamos julgados e condenados.
O que é de se admirar não é o juízo de Deus, mas a sua grande graça, capaz de alcançar até mesmo alguns dos piores homens da existência.
Tudo que é feito no decreto da predestinação é para a glória de Deus.
Exemplo de uma cadeia cheia de criminosos perigosos e um homem escolhe pagar a pena no lugar de alguns deles.
PARÁGRAFO 4

Esses homens e esses anjos, assim predestinados e preordenados, são particular e imutavelmente designados; o seu número é tão certo e definido, que não pode ser nem aumentado nem diminuído.

Qual a possiblidade de mudança no total de eleitos e reprovados?
Esse quarto parágrafo do capítulo 3 vem para reforçar a ideia do parágrafo anterior e afirmar a imutabilidade e a infalibilidade do decreto da predestinação.
A ideia é que Deus é perfeito e, portanto, tendo elegido e reprovado indivíduos ainda na eternidade, é impossível que o número total de eleitos e reprovados se altere ao longo da história.
Aqueles a quem o Senhor elegeu, ele faz perseverar. É o Senhor que sustenta. Isso passa muito pela doutrina da Perseverança dos Santos. Não há dúvida! Não há possíbilidade de perder a salvação.
Isso traz paz ao crente e motivação para crescer a cada dia mais, ao olhar para o amor incondicional de Deus.
Meu exemplo, friendzone
Meu exemplo conversando com um arminiano sobre um acidente de um crente que estava a 120km em uma pista com limite de 100km.
PARÁGRAFO 5

Segundo o seu eterno e imutável propósito, e segundo o santo conselho e beneplácito de sua vontade, antes que fosse o mundo criado, Deus escolheu em Cristo, para a glória eterna, os homens que são predestinados para a vida; para o louvor da sua gloriosa graça, ele os escolheu de sua mera e livre graça e amor, e não por previsão de fé, ou de boas obras e perseverança nelas, ou de qualquer outra coisa na criatura que a isso o movesse, como condição ou causa.

O parágrafo 5 do capítulo 3 volta a sua atenção completamente aos eleitos. Esse pequeno parágrafo nos faz entender mais daquilo é e do modo como funciona a predestinção.
Quando fomos predestinados?
Fomos predestinados antes da fundação do mundo. Isso quer dizer que, antes que qualquer coisa viesse a existir, Deus nos predestinou para a salvação.
Falar um pouquinho sobre a treta de supralapsarianismo e infralapsarianismo.
Supra: Deus decreta eleger e reprovar - Deus decreta criar - decreta permitir a queda - decreta providenciar a salvação dos eleitos - decreta o chamado dos eleitos à salvação
Infra: Decreta criar, decreta permitir a queda - decreta eleger e reprovar - decreta providenciar a salvação dos eleitos - decreta o chamado dos eleitos à salvação.
Por que o supra é menos aceito? Porque nele a condenação deixa de ser em por causa do pecado.
Mas essa é uma discussão inútil, porque trata-se de teologia especulativa tentando colocar em ordem algo que aconteceu na eternidade, onde sequer existia tempo.
Qual o motivo pelo qual Deus escolheu os eleitos?
Não existe um motivo em nós para que o Senhor tenha nos escolhido para salvar. Na verdade o motivo para isso está no próprio Deus que, segundo a sua própria bondade, nos elegeu em Cristo. Cristo sim é o eleito, é ele o verdadeiro predestinado e é estando unidos a Ele que nós podemos ser salvos.
Além disso, o parágrafo cinco volta a ressaltar que a nossa eleição está pautada em graça, não em previsão de fé, boas obras ou qualquer outra coisa que seja.
Não há nada em nós, está tudo em Deus.
PARÁGRAFO 6

Assim como Deus destinou os eleitos para a glória, assim também, pelo eterno e mui livre propósito de sua vontade, preordenou todos os meios conducentes a esse fim;

Quem é o povo de Deus?
A primeira afirmação feita por esse parágrafo nos mostra duas belas realidades. A primeira delas é que Deus tem um povo, os eleitos. Assim como no antigo testamento Deus escolheu, sem razão aparente, Israel para ser seu povo, o Senhor também escolheu, sem motivo aparente, a igreja (que são os eleitos) para ser seu povo.
O pessoal fala de injustiça na doutrina da predestinação, mas foi exatamente isso que Deus fez no velho testamento: escolheu um povo e rejeitou outros.
Qual o destino final do povo que Deus escolheu?
A segunda verdade que esse parágrafo nos revela é que Deus destinou esse povo que ele escolheu à glória, ou seja à glorificação. Isso diz respeito ao que vai acontecer com esse povo no final de tudo. Todavia, entre a escolha desse povo, que foi feita na eternidade, e a sua glorificação, Deus também determinou os meios para que esse fim se concretizasse.
Quais meios Deus usa para concretizar o destino que Ele mesmo escolheu para o seu povo?
A verdade é que quem tem dificuldade de compreender e aceitar a predestinação, geralmente não entendeu que ela não diz respeito somente ao final, mas também aos meios que levam a esse final. Deus escolhe e determina que seus eleitos serão glorificados, mas ele também decreta cada pedacinho do caminho que eles percorrerão até chegar a essa glorificação. Nesse processo, tanto os fins quanto os meios são muito importantes.
É por isso que, para se reconhecer um verdadeiro cristão, a forma de viver é importante. Porque existe um só caminho que leva os eleitos à glorificação. Se alguém não está nesse caminho, logicamente ele não é um eleito.
Em 1Tessalonicenses 2:13, Paulo fala da nossa salvaçãol, mas ele também afirma que ela só virá através “pela santificação do Espírito e fé na verdade.
Em Efésios 1:4-5 Paulo fala dessa mesma realidade e afirma que nós fomos eleitos, não apenas para a glorificação final, mas também para uma vida santa e irrepreensível perante Ele.
Mais do que isso, a Bíblia deixa claro que, na vida do verdadeiro cristão, essa santidade deve ser crescente, ou seja, cada vez maior.
Provérbios 4:18, exemplifica essa realidade dizendo que “a vereda do justo é como o raiar da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. Ou seja, o verdadeiro crente e evolui.
Isso é um grande alerta pra nós. Hoje nós devemos pecar menos que ontem e amanhã, menos que hoje. Nós estamos crescendo? Nós falamos sobre amadurecimento no PG sexta e isso é importantíssimo, acima de tudo o amadurecimento espiritual.
Assim como Deus traz a fé através da pregação e da oração de intercessão de outras pessoas, Ele também pode nos voltar para o eixo através do sofrimento. Muitas vezes o sofrimento é que traz o aprendizado que a gente precisa.
Irmã que queria descansar
Irmão que tinha chamado missionário mas não quis seguir.
As vezes Deus derruba o nosso sorvete
C. S. Lewis, castelo de cartas quando sua esposa morreu.
É possível reconhecer um verdadeiro cristão. Não podemos ter medo de dizer que alguém é realmente crente e que alguém não demonstra sê-lo. Para definir isso, a Bíblia nos dá uma regra clara: Mateus 7:16-20.
Qual é a relação entre Adão e Jesus Cristo?

os que, portanto, são eleitos, achando-se caídos em Adão, são remidos por Cristo, são eficazmente chamados para a fé em Cristo

O parágrafo 6 segue fazendo uma relação entre Adão e Jesus Cristo. Ele diz que os eleitos são caídos, em Adão, mas são remidos em por Cristo, através da fé injetada neles.
É preciso parar um pouco para refletir sobre os pontos de contato que existem entre Cristo e Adão. Ambos estavam em uma posição de representação de muitas pessoas. Enquanto Adão era o representante legal de toda a raça humana, fazendo assim toda ela cupada pelo seu pecado; Cristo veio representando os eleitos e tomando sobre si o castigo que estava sobre eles.
O contraste entre Cristo e Adão é claro. Enquanto Adão peca e atrai sobre si a justiça de Deus, Cristo é perfeito, mas mesmo assim traz a justiça para si a fim de salvar os eleitos. Jesus e Adão são tentados exatamente nas mesmas coisas: comida, tentar ao Senhor e desejo por poder para si próprio. A diferença é que Adão pecou, Jesus não.
É preciso recordar que Jesus foi tentato em condições infinitamentes piores que Adão. Adão tinha tudo para obedecer e, mesmo assim desobedeceu: ele estava no paraíso, com estômago cheio, tendo ao seu lado uma bela esposa que lhe servia de companhia e tinha apenas um mandamento para obedecer. Por outro lado, Jesus tinha tudo para desobedecer e, mesmo assim, obebedeceu: ele estava no deserto, com fome, sozinho e tinha que seguir toda a lei.
É conversa fiada essa história de que o meio nos faz pecar. Nossa carne nos faz pecar, nossos desejos, nossa vontade corrompida.
Cristo, diferentemente de Adão, vem e executa a nossa redenção. E é preciso ressaltar mais uma vez que a redenção é mais um dos meios para chegarmos à glória. A redenção não aconteceu na eternidade, quando fomos escolhidos por Deus, mas dentro da história, quando Cristo se entregou na cruz. Deus determina na eternidade e realiza dentro da história.
Então a CFW ressalta esse contraste, primeiro dizendo que, mesmo os eleitos, estão caídos em Adão. Todavia, eles são remidos em Cristo e são chamados à fé em Cristo.
Como os eleitos são chamados para a fé em Cristo?

pelo seu Espírito que opera no tempo devido, são justificados, adotados, santificados e guardados pelo seu poder, por meio da fé salvadora.

Esse chamado à fé em Cristo é feito pelo Espírito Santo em algum momento da história.
Perceba que o parágrafo está falando dos meios ainda.
Ele disse que Deus escolheu, na eternidade, depois ele disse que os eleitos foram remidos através da morte de Cristo, e agora ele está dizendo que os eleitos são chamados (aqui ele já chega na vida pessoal de cada um).
O que é o chamado para a fé em Cristo?
Esse chamado é aquele momento em que ouvimos a pregação da Palavra de Deus, somos convencidos e nos rendemos diante de Cristo. Isso acontece quando nos convertemos. Dentro do tempo, todo eleito será chamado e convencido de tudo que o evangelho diz.
Todos tem um momento de conversão. O meu foi ouvindo uma palavra do Pr. Paulo Junior lá na PIPG.
O que acontece a partir do chamado?
A partir desse momento, quatro coisas acontecem:
Justificados: O Espírito de Deus implanta em nós a justiça de Cristo. Os nossos pecados já não são mais vistos por Deus, mas a justiça de Cristo.
Adotados: O Senhor passa a nos enxergar como seus filhos adotivos. Somos incluídos na família de Cristo.
Santificados: Inicia-se o processo de santificação que persiste por toda a vida.
Aquele que roubava não roube mais, antes trabalhe...
Guardados até o fim: O Senhor nos faz perseverar até o fim.
Ele nos faz passar por tudo. E tem gente que é impressionante.
Exemplo do Valter.
Por que tem gente que sai e Deus busca e outras que saem e nunca mais voltam?
Perceba que, nesse parágrafo, foi tratado todo o processo da salvação, tanto meios quanto fins: eleição, redenção, chamado, justificação, adoção, santificação e perseverança final.
É possível que uma pessoa que não foi eleita seja salva?

Além dos eleitos não há nenhum outro que seja remido por Cristo, eficazmente chamado, justificado, adotado, santificado e salvo.

Quando proclamamos a doutrina da predestinação, geralmente somos questionados se pessoas que desejam a Deus realmente serão rejeitadas, mesmo buscando. A resposta é que ninguém que não seja eleito jamais buscará ou desejará a Deus, a não ser que não seja um eleito. Isso porque essa busca e esse desejo só podem existir quando o Espírito Santo muda o coração do homem.
João 6:64-65
João 10:26
João 8:47
O grande divórcio - O inferno é um lugar trancado pelo lado de dentro da porta. Ele pode inclusive ser tido como uma manifestação da graça de Deus.
PARÁGRAFO 7

Segundo o inescrutável conselho de sua própria vontade, pela qual ele concede ou recusa misericórdia, como lhe apraz, para a glória de seu soberano poder sobre as suas criaturas, o resto dos homens, para louvor de sua gloriosa justiça, foi Deus servido não contemplar e ordená-los para a desonra e ira por causa de seus pecados.

O parágrafo 7 vai resumir e reafirmar algumas das verdades que foram expostas nesse capítulo. Ele nos lembra que nem todos os homens foram contemplados com a maravilhosa graça de Deus, mas que alguns deles foram ordenados para a ira de Deus.
Pode nos parecer difícil entender essa realidade, mas o próprio Jesus deu graças ao pai por isso (Mateus 11:25-26).
O que vamos fazer na eternidade com uma mãe que se lembrar de um filho que não foi salvo? Ela vai confiar plenamente na justiça de Deus.
O parágrafo ainda ressalta que, independente do que pensamos e achamos, Deus faz isso de acordo com a sua própria vontade, que é soberana e que lhe autoriza a fazer o que bem desejar com as suas criaturas, criando para si vasos de honra e vasos de desonra.
PARÁGRAFO 8

A doutrina deste alto mistério de predestinação deve ser tratada com especial prudência e cuidado, a fim de que os homens, atendendo à vontade revelada em sua Palavra e prestando obediência a ela, possam, pela evidência de sua vocação eficaz, certificar-se de sua eterna eleição. Assim, a todos os que sinceramente obedecem ao Evangelho, esta doutrina fornece motivo de louvor, reverência e admiração a Deus, bem como de humildade, diligência e abundante consolação.

É possível exaurir a doutrina da predestinação?
O parágrafo 8 finaliza o capítulo dizendo, primeiro, que a doutrina da predestinação é um grande mistério. É importante nos lembrarmos disso porque, por mais que tenhamos bons argumentos e evidências bíblicas de sua realidade, sempre chegará um ponto da discussão em que precisaremos dizer “eu não sei”. É preciso entender que não há problema em fazer isso, já que realmente não conseguimos sondar de forma profunda o coração do nosso Deus, que é infinito e santo.
Como a CFW recomenda que a doutrina da predestinação seja tratada?
Além disso, esse parágrafo também nos orienta a ter prudência e cuidado ao tratar da doutrina da predestinação.
Novo reformado. Deveria ficar em uma jaula.
É fácil encontrar pessoas que exageram e limitam sua vida a esse tipo de argumentação, muitas vezes de forma agressiva. Devemos nos lembrar sempre que essa doutrina deve servir para aproximar as pessoas de Deus e para confirmar a eleição delas, não para afastá-las e criar nelas uma aversão à teologia reformada.
Quais são os resultados práticos da doutrina da predestinação na vida do crente?
RESULTADOS PRÁTICOS DA DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO
Louvor a Deus: nos faz admirar a grandeza do Senhor e adorá-lo.
Humildade: nos faz permanecer em posição de humildade, já que reafirma toda nossa inferioridade diante de Deus.
Diligência: nos leva ao esforço pela obediência, já que é o único caminho possível para a glorificação.
Segurança: nos dá a segurança de saber que não vamos perder a salvação por qualquer pecado.
Ler Romanos 9 com o pessoal!
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