JESUS E OS DRAMAS HUMANOS Lucas 8.40-56
Lucas • Sermon • Submitted
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· 51 viewsA morte jamais terá a última palavra, mesmo que esteja próxima da nossa casa, ou ainda caminhando ao nosso lado, ela retrocederá à voz de Jesus.
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Grande ideia: A morte jamais terá a última palavra, mesmo que esteja próxima da nossa casa, ou ainda caminhando ao nosso lado, ela retrocederá à voz de Jesus.
Estrutura: Um homem com sua dor: a morte próxima de sua casa (vv. 40-42), ma mulher com sua esperança: a morte caminha com ela (vv. 43-48) e uma família com sua vitória: a morte retrocede em seus passos (vv. 49-56).
CONECTANDO:
Jesus que havia pregado nas margens do Mar da Galileia em Lucas 8.4. Chamou seus discípulos para “passarem para a outra margem”, em Lucas 8.22. Em Gadara, Jesus expulsa uma legião de demônios de um homem e o transforma de um endemoninhado em um evangelista, em Lucas 8.39.
Agora, Jesus retorna aonde esteve pregando, e é recebido com alegria (antes ele havia sido expulso de Gadara):
Lucas 8.37 (NAA)
37Todo o povo da terra dos gerasenos pediu a Jesus que se retirasse, pois ficaram com muito medo. E Jesus, entrando de novo no barco, voltou.
Lucas 8.40 (NAA)
Jesus cura uma mulher e uma menina
Mt 9.18–26; Mc 5.21–43
40Quando Jesus voltou, a multidão o recebeu com alegria, porque todos o estavam esperando.
A morte próxima de casa. (vv. 40-42)
(a) Há três “chefes de sinagoga” que são nomeados por Lucas.
Atos dos Apóstolos 18.8 (NAA)
8Crispo, o chefe da sinagoga, creu no Senhor, com toda a sua casa; também muitos dos coríntios, ouvindo, creram e foram batizados.
Atos dos Apóstolos 18.17 (NAA)
17Então todos agarraram Sóstenes, o chefe da sinagoga, e começaram a espancá-lo diante do tribunal; Gálio, todavia, não se incomodava com estas coisas.
Jairo era chefe da sinagoga, portanto um dos líderes principais dos judeus. Seus deveres no ofício religioso incluíam a direção da adoração, a seleção daqueles que deveriam liderar a oração, leitura da lei e da Escritura, pregar, além de cuidar das questões financeiras e materiais da sinagoga.
(b) Jairo, não obstante sua posição na sociedade, prostrou-se aos pés de Jesus, em uma súplica: “venha até à minha casa”.
Seu pedido tem requintes de um clamor desesperado: William Hendriksen: Foi uma expressão de uma afeição terna, ansiedade intensa e uma medida considerada de fé.
Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong 4098 πιπτω pipto
πιπτω pipto
forma reduplicada e contraída de πετω peto, (que ocorre apenas como um substituto em tempos determinados), provavelmente semelhante a 4072 pela idéia de desmontar de um cavalo; TDNT - 6:161,846; v
1) descender de um lugar mais alto para um mais baixo
1a) cair (de algum lugar ou sobre)
1a1) ser empurrado
1b) metáf. ser submetido a julgamento, ser declarado culpado
Mateus 9.18 (NAA)
Jesus cura uma mulher e uma menina
Mc 5.21–43; Lc 8.40–56
18Enquanto Jesus lhes dizia estas coisas, eis que um chefe da sinagoga, aproximando-se, o adorou e disse:
— Minha filha morreu agora mesmo; mas venha impor a mão sobre ela, e ela viverá.
(b) Lucas é perspicaz em seu relato, ao destacar que essa filha era “única”. Podemos pensar aqui na brevidade da vida.
Salmo 103.15–16 (NAA)
15 Quanto ao ser humano, os seus dias são como a relva.
Como a flor do campo, assim ele floresce;
16 mas, soprando nela o vento, desaparece
e não conhecerá, daí em diante, o seu lugar.
John Charlie Ryle diz que a morte vem aos casebres e aos palácios, aos chefes e aos servos, aos ricos e aos pobres. Somente no céu a doença e a morte não podem entrar.
Apocalipse 21.4 (NAA)
4E lhes enxugará dos olhos toda lágrima. E já não existirá mais morte, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.
(c) Relatos da morte em nossos dias, igualmente chocantes:
https://cnnportugal.iol.pt/ucrania/russia/olena-zelenska-conta-a-historia-de-criancas-que-perderam-a-vida-na-guerra-quantas-mais-tem-de-morrer/20281231/6224ea100cf2cc58e7e7109c
"Quantas mais têm de morrer?". Mulher de Zelensky conta a história de crianças que perderam a vida na guerra.
CNN Portugal
6 mar, 17:08
Numa publicação feita no Facebook, Olena Zelenska, esposa de Volodymyr Zelensky, relatou a história de algumas crianças que perderam a vida na guerra que assola a Ucrânia há 11 dias.
“Os ocupantes estão a matar as crianças ucranianas. Consciente e cinicamente”. É desta forma que começa a publicação feita no Facebook por Olena Zelenska, primeira-dama ucraniana.
Num longo texto, a esposa do presidente Volodymyr Zelensky conta a história de algumas crianças que perderam a vida à boleia das investidas russas, numa guerra que assola a Ucrânia há 11 dias.
“Sofia, 6 anos. Ela, o seu irmão de um ano e meio, a mãe, a avó e o avô foram baleados no carro”, relata, dando conta de que esta família estava a tentar deixar Nowa Kachowka. Acabaram por morrer numa “ofensiva pelas tropas russas”.
E não se fica por aqui nas histórias. “As nossas crianças. Alisa, da cidade ucraniana de Okhtyrka. Ela não envelheceu mais de 8 anos. Morreu durante o tiroteio juntamente com o avô, que estava a tentar protegê-la com o seu próprio corpo. Polina de Kiev. Ela morreu junto dos seus pais e do irmão durante um tiroteio nas ruas da capital. A irmã dela está em estado crítico”.
Num discurso cru, Olena Zelenska conta ainda a história de Arsenij 14 anos. Uma parte da arma “acertou na cabeça do rapaz”. Segundo Olena, a tia da criança “foi morta e os seus pais mal sobreviveram ao incêndio enquanto tentavam recuperar o corpo do seu filho”.
“Gravemente ferido pelo disparo do rocket. Kirill, de Mariupol, de 18 meses, ainda foi hospitalizado”, mas o desfecho não foi o desejado.
“Tenho que denunciar isto. Pelo menos 38 crianças já morreram na Ucrânia. E esse número pode continuar a aumentar neste momento devido à invasão de cidades pacíficas! Quando as pessoas na Rússia dizem que não estão em guerra com a população civil, mostrem-lhes estas fotos! Essas são as caras das crianças que nunca crescerão”, escreve.
“Quantas mais crianças têm de morrer para que as tropas russas parem de bombardear e os corredores humanitários funcionem? Quanto mais sangue precisa ser derramado e muitas pessoas precisam morrer à fome para que as tropas russas parem de destruir veículos pacíficos e realizem missões humanitárias?”, questiona Olena Zelenska na sua publicação feita na rede social.
“Tal corredor é atualmente necessário nas cidades mais intensas da Ucrânia. Centenas de crianças podem morrer lá nas caves sem comida ou cuidados médicos. Estou sem contacto com eles há uma semana. Os ocupantes estão a balear em famílias inteiras e voluntários enquanto tentam sair ou chegar à cidade”, frisa a primeira-dama.
No final do texto, que também partilhou no Instagram, Olena Zelenska apela aos meios de comunicação “honestos deste mundo” que relatem o que realmente está a acontecer na Ucrânia. “Invasores russos estão a matar crianças. E fazem de propósito, disparam para as vítimas e não permitem ajuda humanitária”.
“Mostrem isto também às mães russas. Elas deviam saber o que os filhos estão a fazer na Ucrânia. Mostrem estas fotos às mulheres russas. São os maridos, irmãos, conterrâneos, que matam crianças e talvez até tenham as suas! Quem concorda silenciosamente com este crime é pessoalmente responsável pela morte de todas as crianças ucranianas”, lê-se na publicar.
No final do texto, uma mensagem para os estados da NATO: “fechem o espaço aéreo para aviões russos! Salve nossas crianças, para que as suas não morram amanhã!”
2. A morte caminha do lado. (vv. 43-48)
(a) Agora é a vez do relato acerca de uma mulher, que havia 12 anos sofria de uma “menstruação crônica”.
Marcos 5.25–26 (NAA)
25Estava ali certa mulher, que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia. 26Ela havia padecido muito nas mãos de vários médicos e gastado tudo o que tinha, sem, contudo, melhorar de saúde; pelo contrário, piorava cada vez mais.
Salmo 108.12 (NAA)
12 Presta-nos auxílio na angústia,
pois vão é o socorro humano.
Provérbios 13.12 (NAA)
12 Esperança adiada faz adoecer o coração;
desejo cumprido é árvore de vida.
Levítico 15.25 (NAA)
25— Quando uma mulher tiver um fluxo de sangue por muitos dias fora do tempo da sua menstruação, ou quando tiver fluxo do sangue por mais tempo do que o habitual, todos os dias do fluxo ela ficará impura, como nos dias da sua menstruação.
(b) Ela toca em Jesus, por detrás por que se sentia indigna e queria passar despercebida.
Leon Morris:
Era provavelmente a natureza da doença que a levou a fazer uma aproximação furtiva. Se tivesse vindo abertamente, em primeiro lugar as pessoas talvez não a tivessem deixado aproximar-se de Jesus (na multidão era mais fácil), e, em segundo lugar, teria que contar diante do povo todo algo sobre a doença da qual queria ser curada. Na sua vergonha, preferia o toque secreto.
(c) Sua cura é de imediato: “e logo a hemorragia dela estancou”.
Êxodo 15.26 (NAA)
26e disse:
— Se vocês ouvirem com atenção a voz do Senhor, seu Deus, fizerem o que é reto diante dos seus olhos, derem ouvidos aos seus mandamentos e guardarem todos os seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre vocês, das que enviei sobre os egípcios; pois eu sou o Senhor, aquele que cura vocês.
(d) Jesus agora para a sua caminhada (para desespero de Jairo e de Pedro…), e resolve fazer uma pergunta: “quem me tocou?”. Isso porque lhe havia saído “poder”.
A MENSAGEM:
"Naquele dia, estava no meio da multidão uma mulher que havia doze anos sofria de hemorragia. Ela tinha gastado todo o seu dinheiro com médicos, mas nenhum deles fora capaz de ajudá-la. Ela esgueirou-se por trás de Jesus e tocou na borda de sua roupa. Na mesma hora, a hemorragia parou. Então, Jesus perguntou: “Quem me tocou?”.
Ele insistiu: “Alguém me tocou. Senti poder saindo de mim”."
“Não que ignorasse quem o havia tocado”, diz EPIFÂNIO, “mas que ele mesmo não fosse o divulgador do milagre, e que a mulher, ouvindo a pergunta e se aproximando, pudesse testemunhar o benefício singular que ela havia recebido. , e que, em consequência de sua declaração, ela poderia ouvir de seus lábios, que sua fé a salvou; e que, por esse meio, outros possam ficar animados para vir e serem curados de seus distúrbios.' a multidão.
Blayney, B., Thomas Scott, e R.A. Torrey com Canne, John, Browne, The Treasury of Scripture knowledge (Londres: Samuel Bagster and Sons), II, 47
(e) Sem ter como esconder, a mulher sai do seu anonimado e dá seu testemunho: a morte que a acompanhava, já não fazia parte da sua jornada na vida.
Leon Morris:
Queria trazer a mulher abertamente diante do público. Mais de uma razão é aparente. Era bom para ela, ou, realmente, até necessário para ela, que sua cura fosse conhecida amplamente. Todos os seus conhecidos devem ter tido consciência de do seu estado permanente de impureza cerimonial. Se ela houvesse de ser recebida de volta para o convívio religioso e social normais, era necessário que sua cura dela se tornasse questão de conhecimento público. Jesus, portanto, tomou medidas para garantir que as pessoas soubessem o que tinha acontecido. É provável, também, que Ele quisesse fazer outra coisa em prol da mulher. É difícil negar que houvesse um elemento de supertição na ideia dela de que um toque na orla de Jesus traria cura a ela. Ao manter uma conversa com ela, Jesus não somente pôde demonstrar à mulher que era a sua fé que contava, como também estabelecer relacionamento pessoal. As palavras também parecem indicar que Ele não curava sem algum custo a Si mesmo. O poder saia dele.
(f) A fala de Jesus é terna e salvífica: “Filha, você foi salva porque teve fé. Vá em paz”.
Lucas 7.50 (NAA)
50Mas Jesus disse à mulher:
— A sua fé salvou você; vá em paz.
Jeferson Rodolfo Cristianini:
O pastor e teólogo John MacArthur, disse assim: “Se você compreende que Deus está usando todas as dificuldades que você enfrenta para aperfeiçoá-lo você ficará em paz”. Saber que Deus governa nossa vida e todos os seus eventos- bons e ruins- para nos moldar nos traz paz, aquela “paz de Deus, que excede todo o entendimento”, e essa “paz de Deus […] guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Filipenses 4:7). O Deus de paz nos dá paz que a razão humana não pode entender e explicar. Que benção ter a paz de Deus em meio as lutas cotidianas.
Fique em paz, pois Deus está no comando de Sua vida. Fique em paz, pois Sua vida está escondida em Jesus Cristo, sua vida está nas mãos do Seu Supremos Pastor e ninguém pode arrebatar sua vida da mão dEle (cf. Colossenses 3:3/ João10: 18). Fique em paz suas dificuldades estão rigorosamente diante do Senhor e Ele está usando essas dificuldades para te aperfeiçoar, e Ele permite tais dificuldades com fins pedagógicos. Fique em paz, pois o Seu Deus, o Seu Criador, o Deus Soberano é fiel e está provendo o escape para suas lutas e derramando sobre sua vida graça e misericórdia. Fique em paz, pois Jesus nos reconciliou com Deus e nos dá da sua paz verdadeira. Fique em paz, pois a paz de Jesus está disponível a seus seguidores e discípulos. Fique em paz!
(g) Interessante:
Broadman:
Alan Richardson nos acautela com respeito a confundir esses milagres com a chamada “cura pela fé”. Ele diz, corretamente, que a fé é usada aqui no sentido de “um relacionamento salvador, pessoal, de fé em Cristo”. Além do mais, não há sugestão, nos Evangelhos, “de que Jesus não poderia ter operado um milagre se a crença em que uma cura seria efetuada não se manifestasse”. A fé ilumina o significado do milagre, em vez de ser a causa efetiva.
3. A morte retrocede. (vv. 49-56)
(a) As más notícias sempre insistem em chegar: “Tua filha já está morta, não incomodes mais o Mestre”.
(b) O velório já estava transcorrendo, aparentemente a morte havia vencido. A casa de Jairo havia se tornado em um local de peregrinações, onde as pessoas se utilizavam da dor exposta para fins de lamúrias, bramidos e tumultos.
Mateus 9.23–26 (NAA)
23Tendo Jesus chegado à casa do chefe e vendo os tocadores de flauta e o povo em alvoroço, disse:
24— Saiam daqui! Porque a menina não está morta, mas dorme.
E riam-se dele. 25Mas, quando o povo tinha sido colocado para fora, Jesus entrou, tomou a menina pela mão, e ela se levantou. 26E a notícia deste acontecimento se espalhou por toda aquela terra.
(c) Mas Jesus libera uma palavra que desafia a própria realidade dos fatos: “Não chorem; ela não está morta, mas dorme”.
João 11.4 (NAA)
4Ao receber a notícia, Jesus disse:
— Essa doença não é para morte, mas para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela.
João 11.11–13 (NAA)
11Tendo dito isso, acrescentou:
— Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo.
12Então os discípulos disseram:
— Senhor, se dorme, estará salvo.
13Jesus falava da morte de Lázaro, mas eles pensavam que tivesse falado do repouso do sono.
(d) Jesus que havia sido tocado pela mulher impura que se tornou pura, agora toca a menina morta que passou a viver.
https://www.abiblia.org/ver.php?id=9622
Comecemos a resposta conhecendo o texto: encontramos “Talíthá kúmi” unicamente no evangelho de Marcos 5,41:
41”Tomando a mão da criança. Disse-lhe: “Talíthá kúmi” o que significa: Menina, eu te digo, levanta-te.” (Marcos 5,41) Bíblia de Jerusalém.
Mas a bem da verdade, a expressão “Talíthá kúmi” não é nada que imaginas, a resposta é muito mais simples e fácil. Portanto nada tem com “códigos” que Jesus usava para se comunicar muito menos que seria o nome da menina.
Mas simplesmente é uma palavra de origem aramaica, língua que Jesus falava para se comunicar, pois as pessoas não falavam a língua do templo o hebraico, que era uma língua sagrada. O aramaico é por assim dizer um dialeto do hebraico, e nesta expressão “Talíthá kúmi” encontramos também semelhantemente no hebraico. Talithá é um substantivo comum no aramaico /hebraico para dizer jovem. Por outro lado “kúmi” é a forma verbal de um verbo muito usado no aramaico/hebraico “kúm” com o significado de levantar-se da cama, acordar de um sono, saindo de um sepulcro. Origem aramaica usado por Marcos.
Portanto: a resposta mais fiel é aquela que já o texto nos sugere: “Talíthá kúmi” = Jovem levanta-te.
Lucas 7.14 (NAA)
14Chegando-se, tocou no caixão e os que o estavam carregando pararam. Então Jesus disse:
— Jovem, eu ordeno a você: levante-se!
(e) O cuidado de Jesus com a estabilidade física da jovem, ao pedir que lhe dessem de comer. E, neste caso, ele pede para que não seja propagado o que aconteceu ali.
4. Outras aplicações:
(a) Nossas emoções são os maiores limitadores em relação à nossa caminhada de fé com o Senhor. Permita-se entrar em pânico, isto mesmo, ouse confiar a despeito do medo!
Max Lucado:
Grandes atos de fé raramente nasceram de um planejamento ou de um cálculo frio. Não foi a lógica que fez Moisés erguer seu cajado nas margens do Mar Vermelho. Não foi uma pesquisa médica que convenceu Naamã a mergulhar sete vezes no rio. Não foi o bom senso que fez Paulo abandonar a Lei e abraçar a graça. E não foi um comitê secreto que orou numa pequena sala em Jerusalém para libertar Pedro da prisão. Foi um grupo de crentes temerosos, desesperados, que se sentiram pressionados contra a parede. Foi uma igreja sem opções. Uma congregação de joão-ninguéns pedindo por ajuda. E mais do que nunca eles foram fortes. No princípio de um ato de fé, há sempre uma semente de medo. As biografias de discípulos corajosos sempre iniciam com capítulos de puro pânico.
Salmo 56.3–4 (NAA)
3 Quando eu ficar com medo,
hei de confiar em ti.
4 Em Deus, cuja palavra eu exalto,
neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei.
Que me pode fazer um mortal?
(b) Muitos se acotovelavam para estarem perto de Jesus, mas somente uma pessoa foi curada, pois ousou tocá-lo com um propósito definido. Toque em Jesus pessoalmente!
Agostinho comentando essa passagem disse: “uma multidão o aperta, mas só essa mulher o toca”.
J.C. Ryle: A mesma coisa acontece continuamente na igreja de Cristo, hoje. Multidões chegam até aos nossos lugares de adoração e ocupam nossos assuntos. Centenas de pessoas chegam-se à mesa do Senhor e recebem o pão e o vinho. Porém, dentre todos esses adoradores, quão poucos, realmente obtém alguma benção da parte de Cristo.
Marcos 11.22–24 (NAA)
22Ao que Jesus lhes disse:
— Tenham fé em Deus. 23Porque em verdade lhes digo que, se alguém disser a este monte: “Levante-se e jogue-se no mar”, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. 24Por isso digo a vocês que tudo o que pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim será com vocês.
Ilustr.:
Um grupo de amigos saiu para pescar em um pequeno barco. No início da noite, resolveram encerrar a pescaria e voltar para casa. De repente, um forte vento, seguido de uma violenta tempestade, os apanhou no caminho, arrastando-os mar adentro. Sem controle, eles permaneceram no mar até a manhã seguinte. Quando foram encontrados, falaram quase que em uníssono: "Nós só não perdemos as esperanças porque conseguíamos ver pequenas luzes na costa, o que nos garantia que não estávamos completamente perdidos".