A LIBERDADE QUEBRA A BARREIRA QUE NOS SEPARAVA

Introdução

No filme 12 anos de escravidão existe uma cena muito marcantes que retratava a relação dos donos de escravos cristãos e seus escravos. O dono com a Bíblia aberta ensinava seus subordinados que eles deveriam agir em obediência a seus senhores, pois esta era a vontade de Deus.

No Brasil por exemplo, a relação da elite religiosa com seus escravos era basicamente entre um dono de animal e seu instrumento de trabalho, o escravo.

Paulo conclui o capítulo três lembrando aos insensatos gálatas que a verdadeira experiência em Cristo quebrara todo tipo de distinção étnica, de gênero e de relação humana.

No entanto para chegar a esta conclusão Paulo continua seguindo sua argumentação contra o falso ensino que desprezava a cruz de Cristo.

Pontos a Serem Considerados - (vs. 1-5; 6-9; 10-14; 15-18; 19,20; 21,22; 23-15).

Paulo continua a investir na crítica a maneira como aqueles irmãos se tornaram insensatos.

Ele acrescenta um outro elemento importante, o Espírito é dádiva da fé em Cristo e não uma conquista pela prática de obras da lei.

Abraão é exemplo no AT que a fé sempre foi o principal elemento da promessa de Deus. Abraão seria considerado o pai de todas as nações por ser justificado pela fé.

Isto implica que aqueles que se submetem as práticas da lei como forma de alcançar acesso a família de Deus se colocam em maldição.

A lei não era inútil, nem sua chegada posterior anularia a aliança previamente estabelecida por Deus, a promessa de uma aliança foi dada gratuitamente a Abraão.

Neste caso, qual a utilidade da lei? A lei veio como um freio por causa dos pecados dos israelitas, o relacionamento do povo com Deus era mediada e não direta.

Por esta razão a lei foi dada como uma espécie de babá, que cuidou do povo até a revelação de Cristo Jesus.

Finalmente Paulo encerra esta seção lembrando que esta nova vida em Cristo alcançada pela fé nos filia como filhos de Deus.

Somos Filhos, Indistintos - (vs. 26-29)

É interessante como uma vida subjugada ao legalismo ou a imposição de regras, produz uma relação humana que impõe ao outro a condição de distinção.

É importante que seja dito que a nova vida na família de Deus não implica numa igualdade arbitrária, não é uma uniformidade.

A igualdade bíblica não anula as distinções, particularidades e individualidades, no entanto a igualdade bíblica reposiciona as expectativas a respeito do outro e de nós mesmos.

A igualdade bíblica é baseada na filiação onde somos identificados como filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus. Como filhos temos direito a herança da promessa feita a Abraão.

Lembre-se que no final do versículo 8 das três promessas feitas a Abraão Paulo escolhe a de ser ele uma benção para todas as nações.

O batismo é o simbolo dessa imersão tanto em Cristo como no seu corpo.

Portanto, não há mais distinção entre raças, gêneros e relações sociais e econômicas. Na família de Deus nos tornamos um só povo, as distinções de gêneros são desfeitas, homens e mulheres caminham juntos na proclamação do reino.

Nas relações sociais, as diferenças econômicas não ditam mais as regras, elas são desfeitas.

Conclusão

Paulo vai dando passos importantes para esclarecer seu ponto de vista.

Creio que o mais importante neste momento é entendermos que o argumento de Paulo em defesa do evangelho pregado na galácia por ele é fundamentado na obra de Cristo.

Toda a obra de Jesus na cruz converge os homens a viverem uma vida de unidade por meio do Espírito.

Como você tem experimentado essa nova vida em Cristo? Você tem tido a liberdade de viver sem a culpa da lei?

A morte de Cristo foi para vivermos uma vida sem culpas uma vez que sobre ele foi depositado todos os nossos pecados. Arrependimento é o que é gerado em nossos corações quando somos alcançados pela fé.