Até os Confins da Terra
Deus conduz o apóstolo Paulo até Malta e de lá até Roma
Introdução
I. O Evangelho chega em Malta (vs. 1-10)
A picada de cobra não foi um mero acidente, mas um incidente divinamente conduzido, no qual Deus mostra seu poder e sua força.
Públio é identificado como sendo o principal (homem) na ilha. O termo principal significa que ele era a autoridade maior na ilha. A expressão não precisa ser interpretada como um título de um oficial do governo romano, mas pode se referir a um benfeitor de causas filantrópicas. Públio parece ter exercido o papel de um benfeitor ao receber Paulo e seus companheiros e hospedá-los por três dias.
Públio era um homem rico, que possuía campos ao redor da praia onde os homens aportaram. Ele deve ter possuído propriedades e outros edifícios onde a tripulação e passageiros naufragados se abrigaram. Embora ele pertencesse a uma classe alta da sociedade, Públio não tinha obrigação de fornecer acomodação e refeições para 276 visitantes. Lucas indica que a hospitalidade de Públio a Paulo e seus amigos durou três dias. Depois disso, os outros nativos se encarregaram de hospedá-los.
As pessoas que tinham sido curadas desejavam expressar sua gratidão a Paulo e seus companheiros. Dessa maneira, os nativos demonstraram sua gratidão (comparar com 1Tm 5.17), não por meio de pagamento pelo ministério de cura de Paulo, mas por meio de presentes.
Quando Paulo e seus amigos chegaram a Malta, eles não tinham mais do que a roupa do corpo, que se encontrava encharcada. Nós imaginamos que os malteses lhes tenham dado muitos presentes em termos de roupas e provisões, de maneira que eles podiam continuar a viagem com conforto. Em resumo, quando chegou a hora de Paulo, Lucas e Aristarco partirem, os malteses supriram-nos com toda a sorte de coisas necessárias para o restante da viagem. Dessa maneira, os nativos expressaram a apreciação por tudo que Paulo e seus amigos tinham feito por eles enquanto permaneceram em Malta.
Aplicação 1: O Evangelho confronta as cosmovisões pagãs com a verdade e o poder de Deus.
Aplicação 2: O Evangelho nos convida a não nos preocuparmos conosco, mas com a glória de Deus.
II. O Evangelho em Puteóli (vs. 11-16)
Logo que desembarcaram, Paulo e seus companheiros entraram em contato com os cristãos que residiam em Putéoli. Os cristãos convidaram Paulo, com a permissão de Júlio (comparar com 27.3), e presumivelmente sob guarda, para ficar com eles por sete dias.
Que alegria para esses crentes terem Paulo com eles para pregar e ensinar, especialmente no Dia do Senhor (veja 20.6–7)! Os crentes também enviaram notícias aos cristãos de Roma, dizendo que Paulo iria começar o último trecho de sua viagem dentro de uma semana (veja o v. 15).